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Muitas pessoas ao chegarem a idade de ingressar no mercado de trabalho, acabam ficando confusas em relação a carreira que devem seguir. Drucker (1998, p. 39) argumenta que “o futuro não pode ser conhecido. A única coisa certa a respeito dele é que será diferente de hoje, ao invés de uma continuação.” Alguns procuram basicamente pelo que lhes interessa e pelo que realmente gostam, outros procuram estabilidade financeira e oportunidades de crescimento, outros ainda são influenciados pelos pais ou familiares, mas há também aqueles que querem mudança e inovação, são os empreendedores. “O empreendedor vê a mudança como norma e como sendo sadia.

Geralmente, ele não provoca a mudança por si mesmo. Mas, e isto define o empreendedor e o empreendimento, o empreendedor está sempre buscando a mudança, reage a ela, e a explora

como sendo uma oportunidade.” (DRUCKER, 1987, p. 36)

Neste tópico, apresentam-se os fatores que levaram os jovens entrevistados a realizar suas respectivas escolhas, bem como questões relacionadas à sua vida profissional e pessoal. Alguns dos principais fatores que levaram os gestores empreendedores da geração Y a seguir este caminho foram: paixão pela profissão (53,84%), já possuíam algum empreendimento e resolveram mudar (23,07%), já cresceram em famílias empreendedoras (15,38%), e, renda extra (7,69%) tendo em vista que nestes percentuais está incluído o sócio da empresa Evlo: Arquitetura e Design.

Nos quadros a seguir estão descritas parte das trajetórias de trabalho de cada entrevistado e suas motivações profissionais. O quadro 07 evidencia que dois empreendedores que atuam em Santa Rosa, proprietários de pizzarias com propostas diferenciadas, iniciaram seus negócios por motivos variados.

Quadro 07: Fatores motivacionais de empreendedores do ramo alimentício

Carina Lenz Rigo

Formada em hotelaria, onde atuou durante 8 anos. Após foi estudar inglês na Austrália, onde trabalhou em serviços gerais. Quando voltou, abriu uma agência de viagens, que vendeu a pouco tempo. Por gostar de empreender, resolveu abrir a Pizzaria Gióia juntamente com seu marido que abandonou a carreira de advogado para empreender com sua esposa.

Darles Freisleben

"...eu me baseei bem no sentido de ter uma renda extra, como eu sei que meu curso (eng. Elétrica) vai demora um pouco ainda". Ele e seus sócios, tem uma boa relação de amizade e por isso tiveram a ideia de propagar uma coisa diferente. O pai do Sr. Darles já tinha uma empresa no ramo da construção, onde ele trabalha atualmente, além da pizzaria, e através de seu pai, viu que empreender era um ramo legal, "|e ai eu queria fazer uma coisa própria mas com parte da amizade também."

Fonte: Dados da pesquisa agosto/setembro 2017.

Enquanto a primeira entrevistada iniciou seu negócio por amor ao empreendedorismo, e por já possuir um outro negócio, antes do atual, o segundo, vê o empreendimento como uma maneira de adquirir uma renda extra, além de ter crescido em meio a uma organização, porém de um ramo totalmente distinto. Drucker (1987, p. 199) descreve que “o empreendimento se baseia nos mesmos princípios, tanto se o empreendedor é uma grande instituição existente ou se é um indivíduo que está começando seu novo negócio sozinho.” Como já mencionado anteriormente, ambas organizações atuam há pouco tempo no mercado, ou seja, a menos de dois anos. De acordo com SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) a seguir são apresentados dois gráficos referentes a taxa de sobrevivência das empresas no Brasil, e também da taxa de mortalidade.

Figura 18: Taxa de Sobrevivência de Empresas de Dois Anos: Evolução no Brasil

Fonte: Sebrae (2016)

Na figura 18,pode-se identificar que a taxa de sobrevivência das empresas no Brasil, do ano de 2008 ao ano de 2012 aumentou gradativamente, o que significa que:

Tomando como referência as empresas brasileiras constituídas em 2012 e as informações sobre estas empresas disponíveis na SRF até 2014, a taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos de atividade foi de 76,6%. Esta taxa foi a maior taxa de sobrevivência de empresas com até dois anos já calculada para as empresas nascidas em todo o período compreendido entre 2008 e 2012 (SEBRAE, 2016, p. 16).

Complementar a figura acima, onde apresenta-se a taxa de sobrevivência, observa-se que, se esta aumentou, logicamente ao observar a taxa de mortalidade, percebe-se que houve uma queda entre os anos de 2008 a 2012, destacando que no período entre 2010 e 2011 houve um pequeno aumento, que posteriormente voltou a diminuir.

Figura 19: Taxa de Mortalidade de Empresas de Dois Anos: Evolução no Brasil

Fonte: Sebrae (2016)

Com vistas a isso, nota-se que “é importante frisar que as empresas criadas no período entre 2008 e 2012 beneficiaram-se de uma série de aspectos positivos, presentes no conjunto do

período compreendido entre 2008 e 2014, o que ajuda a explicar o aumento da taxa de sobrevivência das empresas neste período.” (SEBRAE, 2016, p. 17)

O quadro 08, enfatiza a paixão pela profissão, que é uma característica não somente desta jovem empreendedora que atua em Santa Rosa, mas também dos empreendedores, no conjunto.

Quadro 08: Fatores motivacionais de empreendedora/autônoma do ramo estético

Talita Giacomassa Martini

Formada em Educação Física, é uma pessoa que sempre praticou esportes, sempre jogou vôlei, futsal... É uma pessoa muito atleta, que gosta de fazer atividades físicas e por isso escolheu cursar educação física. "Nunca pensei em trabalhar em academia, eu fiz a faculdade pensando em dar aula em escola." Quando ela realizou o estágio na Academia Saúde, se apaixonou e foi bastante desafiada a trabalhar, e quando terminou o estágio foi contratada. "Mas eu me encantei, e hoje eu não quero saber mais de dar aula, eu amo ser personal, eu amo trabalhar com adultos, trabalhar com família..."

Fonte: Dados da pesquisa agosto/setembro 2017.

Esta entrevistada sempre foi apaixonada pela profissão, porém no início do curso não imaginava que seria uma autônoma. Suas expectativas em relação à profissão demonstravam que ela seria professora em escolas, mas no decorrer de sua carreira profissional tomou outro rumo. Ao passar pelo estágio, como de costume em cursos de licenciatura, ela percebeu que além do amor pelos esportes, possuía dentro de si, o amor pelo empreendedorismo. Como já exposto no tópico anterior, Martini, não é dona da academia em si, mas é como se fosse, pois é ela que controla seus alunos, sua renda, suas aulas, pagando apenas uma porcentagem para as proprietárias por utilizar o espaço da academia em suas aulas. Diante disso, Dolabela (2008, p. 24) traz a concepção de que:

Pesquisas indicam que o empreendedorismo oferece graus elevados de realização pessoal. Por ser a exteriorização do que se passa no âmago de uma pessoa, e por receber o empreendedor com todas as suas características pessoais, a atividade empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos. Talvez seja muito difícil encontrar um empreendedor que queira se aposentar ou que espere ansiosamente pelo fim de semana para se desvencilhar do trabalho. Não é raro encontrar empreendedores que tiram poucas férias.

Concomitante a escolha profissional de uma personal que ama o que faz, o quadro 09, também mostra uma jovem empreendedora que possui sua organização em Santo Ângelo, que cresceu em meio ao ramo que atua, ou seja, a indústria e loja de vestuário feminino.

Quadro 09: Fatores motivacionais de empreendedora do ramo de vestuário

Daniela Holzbach

Formada em Tecnologia em Produção e Vestuário. Teve uma influência da mãe, ou seja, ela ensinou a Dani a gostar disso, e a inseriu nesse meio, mas sempre deixando a livre para fazer suas escolhas. A Dani nunca tinha pensado nisso como uma profissão, tanto que fez vários outros vestibulares, até que um dia se deu conta que ela realmente

gostava disso e que era uma coisa que ela poderia seguir e tocar adiante. "O prazer que eu sinto em produzir uma peça e ver ela pronta e ver as pessoas usando..."

Fonte: Dados da pesquisa agosto/setembro 2017.

O quadro apresenta a trajetória profissional de Holzbach, que sempre encantada ao ver sua mãe trabalhar, resolveu se dedicar a este ramo. A mãe sempre incentivando a filha a seguir seus passos, jamais a pressionou e/ou obrigou a estudar algo que não lhe interessasse.

No atual cenário em que estamos inseridos, a maioria das pessoas buscam a auto-realização e não mais somente fatores relacionados a questões financeiras. Botelho (1993, p. 146) complementa que “...se faz absolutamente necessário que o trabalho que se está realizando proporcione uma forte, contínua e agradável sensação de sucesso.” Ao perceber que sua profissão estava na produção de peças femininas, a felicidade tomou conta, pois estava ali a oportunidade de transformar sua paixão em trabalho. Holzbach relata no quadro acima que sente prazer em produzir e ver as pessoas usando, ou seja, amor por ver as pessoas vestindo sua própria coleção. Hunter (2006, p. 49) define amor como “o ato de se pôr à disposição dos outros, identificando e atendendo suas reais necessidades, sempre procurando o bem maior.”

O quadro 10 apresenta o perfil e a trajetória profissional de dois jovens sócios da empresa Evlo: Arquitetura e Design de Santa Rosa, mostrando que suas características individuais foram decisórias ao iniciarem este empreendimento.

Quadro 10: Fatores motivacionais de dois empreendedores do ramo da arquitetura

Rocheli Rockenbach

Eduardo Rodrigues

Ela sempre foi muito ligada a desenho, a artes, e fazia artes plásticas desde criança num ateliê de Santa Rosa, durante 11 anos. Sempre gostou muito. Achava que iria fazer Arquitetura, pois gostava de artes e desse tipo de desenhos (para as pessoas ou para ambientes). Quando tinha em torno de 15 anos que foi uma fase decisória, ela viajava muito para ver a família em São Paulo, e o Design estava aparecendo muito como profissão do futuro. Depois que ela conheceu o curso e começou a se inteirar que tinha aqui mais perto de sua casa, percebeu que seus gostos estavam mais ligados ao Design e não a Arquitetura em si, "além de que eu via como uma profissão nova, na época eu via como a profissão do futuro." Na faculdade ela seguiu mais para o lado de interiores e acabou juntando isso com a Arquitetura. Inicialmente trabalhou como secretária na clínica da mãe e da vó. Depois que ingressou na faculdade começou a trabalhar com plotagem, que são impressões de plantas. Após foi para a área de móveis e interiores. Trabalhou também em lojas de planejados, como projetista, e também em um escritório de Arquitetura. Além disso, atuou em uma fábrica de móveis, onde trabalhou desenvolvendo protótipos de produtos assinados por designers, antes de abrir a sua empresa.

Foi uma soma das atividades de quando era jovem. Ele gostava de desenhar bastante e gostava de montar lego, e depois começou a andar de skate e a "gostar muito de perceber essa relação com os espaços da cidade e isso foi o que mais decidiu para fazer Arquitetura." Ele foi pelo lado mais urbano. Teve outras experiências

profissionais sempre no mesmo ramo: estágio durante a faculdade, trabalhou em Porto Alegre em um escritório. Sempre conseguiu trabalhar com o que gosta, sempre trabalhou com Arquitetura.

Fonte: Dados da pesquisa agosto/setembro 2017.

Percebe-se que ambos empreendedores já demonstravam interesse na área muito cedo, ou seja, desde criança as artes plásticas e o espaço estavam presentes em suas atividades e brincadeiras. Inicialmente trabalharam principalmente com arquitetos e em escritórios, sempre atuando na área, exceto a Sra. Rockenbach que antes da faculdade teve uma experiência em uma clínica familiar, como secretária. Além disso, pode-se perceber que as características individuais de cada um são complementares, fazendo com que a Evlo: Arquitetura e Design seja uma empresa ampla, abrangendo tanto o lado de interiores, como o lado mais urbano. Nesta perspectiva Cohen e Fink (2003, p. 201) explicam que: “[os opostos se atraem]...quando as qualidades opostas se complementam – quando as habilidades de uma pessoa preenchem lacunas vitais no repertório de habilidades da outra pessoa ou quando os valores de uma...de alguma maneira sugerem um caminho para superar o lado apagado da outra.”

Neste sentido é visível que nesta organização se estabelece uma boa relação de trabalho entre ambas as partes, o que é de extrema importância. Além disso:

De um lado, duas pessoas podem aprender a entender, e até a apreciar, suas diferenças. Por outro lado, oferece um meio de examinar a complementaridade das relações de trabalho. A maioria das situações exige uma variedade de abordagens gerenciais, incluindo a habilidade de usar pensamentos, sentimentos intuição, julgamento e percepções. A adaptação mútua pode facilitar um intercâmbio de informações. (COHEN e FINK, 2003, p. 223)

Um fator que também contribui com essa relação e complementaridade destes jovens, é que pelo fato de ambos pertencerem a geração Y, possuem uma característica muito importante, típica desta geração, que é o trabalho em equipe.

No próximo quadro (11), estão relacionadas as histórias profissionais de dois jovens com perspectivas semelhantes aos seus empreendimentos, ambos localizados na cidade de Santa Rosa, possuem como proposta o ensino, ou seja, atuam no meio educacional.

Quadro 11: Fatores motivacionais de empreendedores do ramo educacional

Daniel Knebel Baggio

"Isso aí vem desde novo, eu acho que minha ideia era ser professor, então eu fiz faculdade pensando em ser professor, isso acabou me motivando e a empresa é voltada para isso, então a motivação veio da...tenho pai e mãe que são profes, estudei numa escola aqui da universidade que também tinha muito esse incentivo, então foi por ai que veio e a partir da demanda como foi precisando, acabei abrindo a empresa". Antes tinha uma empresa de investimentos, onde também trabalhavam com cursos voltados para a área, a qual acabou fechando.

Felipe Diesel

Começou cedo a estudar inglês, e logo foi dar aula, quando tinha 16/17 anos, e assim acabou ficando na área. "Eu logo quis empreender e abrir minha escola, com 23 anos. " Mas no começo o trabalho foi basicamente necessidade." No início foi buscar uma mudança, uma necessidade de mudança no sentido financeiro, buscar criar a riqueza".

Fonte: Dados da pesquisa agosto/setembro 2017.

Estes dois jovens, que já vivenciaram o empreendedorismo antes de constituir as atuais organizações, optaram em seguir suas carreiras no ramo educacional. O primeiro vinculado a cursos na área de Pós Graduação, e o segundo relacionado a escola de idiomas. Ambos começaram com a ideia ainda muito novos, sempre atuando na área, sem outras experiências profissionais, já foram se aventurado como a maioria dos Y. Andrade (2012, p. 7) destaca que:

Como postura profissional, têm foco no sucesso pessoal; na perspectiva de carreira em curto prazo; não veem limites claros entre a vida e o trabalho; esperam trabalhar a qualquer hora, de qualquer lugar, virtualmente e com mais flexibilidade; valorizam autonomia e otimismo; gostam de trabalhar em equipe, esperam obter resultados rapidamente.

Essas características se comprovam não somente nestes dois entrevistados, pode-se perceber que a maioria deles iniciaram suas carreiras bem cedo, sem muitas experiências profissionais anteriores, buscando aprender e dividir suas experiências profissionais com outras pessoas, muito diferente da geração X, que são resistentes as mudanças, “egoístas e autossuficientes, e buscam, por meio do trabalho, a realização dos desejos materiais e pessoais” (ANDRADE, 2012, p. 5).

Com vistas a isso, no quadro 12, pode-se identificar três jovens empreendedores que atuam em Santa Rosa, no ramo da comunicação e da tecnologia, os quais possuem como principal característica a comunicação e assim iniciaram suas carreiras.

Quadro 12: Fatores motivacionais de empreendedores do ramo da tecnologia e comunicação

Gustavo Hansel

Naturalmente, Gustavo não teve nenhuma outra experiência profissional, pois quando iniciou sua carreira aos 16 anos, já foi na GH, "...eu comecei dentro da área de tecnologia, ao passo que eu fui evoluindo na vida, ai eu fui conhecendo o design, mas eu comecei dentro da área da tecnologia". Devido a isso, hoje a GH é um dos únicos escritórios de branding do mundo que tem a tecnologia como viés "....mas o design veio com algo bem natural na minha vida assim, eu fui conhecendo ele depois que eu conheci tecnologia, e a gente foi entrando no mercado de branding, começou tudo com tecnologia."

Felipe Dorneles

Começou a trabalhar durante a faculdade, sendo que nunca havia trabalhado durante o ensino médio, pois seus pais não lhe deram esta liberdade, sempre tinham muito forte a questão da educação. Ao ingressar na faculdade começou a fazer estágio voluntário, "e ai então eu sempre tinha essa ideia de tentar de alguma forma me destacar nos locais que eu estava, por mais que era voluntário eu não deixava a desejar nas minhas atividades...eu vestia muito a camisa do local onde eu estava, e acho que isso fez com que eu me diferenciasse em algum momento nos locais que eu trabalhei como empregado...". Foi então que surgiu a possibilidade de abrir a empresa "foi uma coisa que pesou muito, tipo ah, eu vou ter que começar a trabalhar pra mim, tipo se eu tenho, se eu trabalho dentro de uma empresa como se ela fosse minha, tá na hora de eu fazer algo que realmente seja

meu". Atualmente além de conduzir a empresa, é correspondente do jornal correio do povo, na região noroeste, e é professor da Unijuí, no curso de Jornalismo, pelo qual é formado.

Facundo Nuñes

"Quando eu comecei era uma coisa que me atraia, me atraia muito, assim a parte de comunicação em si, até que eu comecei a entender de que era um pouco mais complexo do que eu pensava , ai foi que quando uma professora me explicou um pouco melhor do que se tratava que eu comecei a me apaixonar mesmo assim, entende, eu tinha uma certa facilidade para desenvolver essa área criativa e comecei a trabalhar com isso, e no segundo ano assim, no terceiro semestre da faculdade eu já comecei a trabalhar profissionalmente, então foi isso que me motivou muito." A partir do momento em que começou a trabalhar, sempre esteve diretamente ligado a essa área, ou seja, a área criativa, pois ela é muito abrangente. Trabalhou em setores comerciais, parte de criação em agências, parte de atendimento, enfim, foram diferentes áreas dentro da própria indústria criativa.

Fonte: Dados da pesquisa agosto/setembro 2017.

Enquanto Hansel e Nuñes sempre trabalharam no ramo, desde suas primeiras experiências no mercado de trabalho, Dorneles, iniciou sua carreira profissional, com trabalhos voluntários quando estava na faculdade. Isso mostra que apesar dos três jovens atuarem na mesma linha, não necessariamente iniciaram seus empreendimentos da mesma maneira. Mas uma característica que é comum a eles, é a comunicação e a tecnologia. Todos seguiram carreiras profissionais que estão diretamente ligadas à tecnologia, que engloba a inovação, e também a comunicação. Drucker (1987, p. 39) destaca que “os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor. É o ato que contempla os recursos com a nova capacidade de criar riqueza. A inovação, de fato, cria um recurso.” Além disso, a comunicação como exposto anteriormente também está presente no dia-a-dia não somente destes, mas de todos os empreendedores. Portanto, Botelho (1993, p. 163) descreve que a “a capacidade de comunicar é saber fazer-se entender e é principalmente, capacidade para ouvir e não apenas escutar.”

E para finalizar a análise das carreiras profissionais de cada gestor empreendedor deste estudo, apresenta-se no quadro 13, dois jovens que atuam também em Santa Rosa, na área de eventos.

Quadro 13: Fatores motivacionais de empreendedores do ramo de eventos

Cauhã Pereira da Silva

Na verdade é músico profissional a treze anos, e trabalhou em todo sul do Brasil como músico, onde passou por muitos lugares, casas... Com o passar do tempo, resolveu voltar para Santa Rosa, onde começou a trabalhar na rádio Mais FM, que foi seu primeiro trabalho na área. Foi então que "a gente viu que em Santa Rosa precisava algo diferente, então eu já tenho experiência e me formei em técnico em publicidade também, já tinha experiência em ramo noturno."

Paulo Cesar Cardoso

"É o que eu gosto, o fato de gostar de tá com pessoas, trabalhar com pessoas, conhecer gente nova, novas experiências, proporcionar algo diferente." Antes disso, além de ser militar (ainda é atualmente também), foi estagiário administrativo no Senai, mas sempre pensou em empreender.

Fonte: Dados da pesquisa agosto/setembro 2017.

Estes dois jovens, sempre gostaram de trabalhar com público, música e eventos. O primeiro iniciou como músico, e o segundo além de ser militar atualmente, foi promotor de eventos e estagiário administrativo, antes de ser empreendedor. Um resolveu empreender por querer algo diferente, o outro por gostar de pessoas, ambos com características bem peculiares do

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