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Categoria de análise: ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS

Variável Especificação Materiais de análise Quantificação/ Qualificação

Recursos investidos pela

empresa na comunidade. - Valores investidos nas comunidades pelas empresas; - Objetivos de cada investimento. - Relatórios disponibilizados pelas empresas; - Informações das comunidades e do Estado (prefeituras, INCRA ou ICMBio). - Em reais; - Análise dos relatórios, dos contratos e das informações cedidas pelas empresas.

Recursos investidos pelo Estado na comunidade.

- Valores investidos nas comunidades pelo Estado; - Objetivos de cada investimento. - Relatórios disponibilizados pelo INCRA, prefeituras e ICMBio; - Relatórios e informações das comunidades. - Em reais. - Análise dos resultados destes investimentos, e como estes influem na relação da comunidade com a empresa. Estabelecimento de referenciais simbólicos. - Uso de ritos de instituição/organização, dos elementos arquitetônicos e das imagens como símbolos para estabelecimento de uma representação positiva diante das comunidades;

- Ampliação da capacidade de permanência empresarial nos territórios comunitários; - Ampliação dos poderes empresariais a partir do estabelecimento dos referenciais simbólicos positivos;

- Atas das reuniões das comunidades com as empresas; - Identificação dos principais símbolos representacionais empresariais;

- Análise dos contratos de convênios entre as

empresas e as

comunidades, para execução das obras; - Entrevistas aos representantes das empresas e das comunidades; - Identificação das aplicações das reuniões e dos ritos utilizados nestas para estabelecimento de uma simbologia empresarial positiva; - Levantamento das características dos contratos que evidenciam a busca pela ampliação dos poderes empresariais;

Categoria de análise: ESTRATÉGIAS COMUNITÁRIAS

Variável Especificação Materiais de análise Quantificação/ Qualificação Reconhecimento, inter- reconhecimento e homogeneidade objetiva entre os comunitários. - Reconhecimento da comunidade como um agente ativo nos movimentos; - Inter-reconhecimento dos comunitários como partícipes de uma comunidade legítima;

- Atas das reuniões realizadas pela comunidade;

- Entrevistas aos representantes das comunidades;

- Análise de como são estabelecidas as relações entre os trabalhadores, e destes com as lideranças e ... Continua...

- Homogeneidade na avaliação da ação das empresas na comunidade; - Homogeneidade na ação da comunidade perante as empresas; - Capacidade das comunidades de aplicarem estratégias de investimento, sejam elas individuais e/ou coletivas, que fortaleçam seus poderes delegados. - Entrevistas e questionários aplicados aos trabalhadores assentados (Ass. Francisco Romão) e quebradeiras de coco babaçu (RESEX Ciriáco). ... continuação. ... organizações da comunidade, como por

exemplo, as associações. Ligações permanentes e úteis entre os comunitários - Capacidade de realização do trabalho tributário de sociabilidade; - Rendimento do trabalho de acumulação e manutenção do capital social. - Entrevistas aos representantes das comunidades; - Entrevistas e questionários aplicados aos assentados e as quebradeiras de coco babaçu. - Eventos realizados na comunidade; - Receptividade dos eventos; - Avaliação dos eventos;

Redes de relações das

comunidades - Capacidade de mobilização de agentes; - Capacidade de agregação dos capitais dos agentes mobilizados;

- Capacidade das comunidades de utilizarem “atos de instituição” que ampliem ou fortaleçam a rede de relações;

- Capacidade das comunidades de aplicarem estratégias de investimento, individuais e/ou coletivos, que fortaleçam suas redes de relação. - Entrevistas aos representantes das comunidades; - Entrevistas e questionários aplicados aos os assentados e as quebradeiras de coco babaçu; - Entrevistas aos representantes dos agentes parceiros das comunidades.

- Análise dos mecanismos de mobilização utilizados pelas comunidades e os resultados destes sobre a rede de relações de cada uma delas.

Concentração do capital social nas lideranças.

- Capacidade de regulação dos mecanismos de distribuição do capital social; - Capacidade das lideranças de concentrar este capital através da delegação e da representação;

- Capacidade de obter lucros para a comunidade utilizando o capital delegado; - Entrevistas aos representantes das comunidades; - Entrevistas e questionários aplicados aos assentados e as quebradeiras de coco babaçu; - Entrevistas aos representantes dos agentes parceiros das comunidades;

- Estudo das maneiras utilizadas pelas lideranças para atuarem junto às comunidades;

- Análise das formas de concentração do capital social nas lideranças, e os usos feitos dele.

- Capacidade de uso da delegação para proteger a comunidade de possíveis descréditos, e de membros indesejáveis;

- Indícios de apropriação indevida do capital delegado.

... continuação.

Concorrência pela apropriação da

concentração do capital social

- Desrespeito aos mecanismos de concentração do capital social nos representantes das comunidades;

- ver item anterior - Observação dos momentos de conflito entre os comunitários, e as repercussões destas nos mecanismos de concentração do capital social.

Valor do capital social da comunidade

- Capacidade das comunidades de dar suporte aos membros (representantes ou não);

- ver item anterior - Identificação dos momentos de uso do capital social pelas lideranças e o resultado deste.

Reprodução do capital social

- Capacidade da comunidade e das lideranças de manterem o reconhecimento nas trocas de capital com outras organizações;

- ver item anterior - Análise das trocas de capital com outros agentes e como esta tem influindo no capital social da comunidade.

Categoria de análise: CAPITAL SIMBÓLICO EMPRESARIAL E COMUNITÁRIO Variável Especificação Materiais de análise Quantificação/

Qualificação

Lucros simbólicos

- Comportamento do lucro simbólico das empresas; - Capacidade das empresas e do Estado em transformar o investimento de capital financeiro em retorno simbólico positivo;

- Comportamento dos lucros simbólicos das comunidades.

- Entrevistas e questionários aplicados aos trabalhadores assentados (Ass. Francisco Romão) e quebradeiras de coco (RESEX Ciriáco); - Entrevistas aos representantes das empresas. - Compreensão dos mecanismos utilizados pelas empresas para transformar Os investimentos financeiros em retorno simbólico positivo; - Análise da repercussão dos investimentos privados no poder simbólico das comunidades.

Concentração do capital

jurídico - Uso do capital jurídico para ampliar o capital simbólico. - representantes Entrevistas aos das empresas, e das comunidades. - Identificação dos principais agentes jurídicos envolvidos no campo, e a influência destes sobre o poder simbólico das

empresas e das comunidades.

... continuação. Lutas simbólicas e formas de capital simbólico utilizadas. - Capacidade de uso e controle de recursos simbólicos; - Capacidade do agente de ampliar o conhecimento e o reconhecimento perante os demais agentes;

- Uso das seguintes formas: prestígio, carisma, legitimidade, notoriedade, respeitabilidade, dentre outros. - Entrevistas e questionários aplicados aos trabalhadores assentados (Ass. Francisco Romão) e quebradeiras de coco (RESEX Ciriáco); - Observações nas comunidades. - Análise dos mecanismos utilizados pelos agentes para ampliar seu poder simbólico no campo.

Discursos (relações de comunicação) e

competência das práticas de linguagem.

- Capacidade de concentração dos capitais nas relações de comunicação;

- Censuras estabelecidas pelos agentes nas relações de comunicação;

- Capacidade de uso do discurso como estratégia de relação utilizando-se de: discurso neutralizado; discurso adequado às situações; o legítimo; o ideológico; e o dominante; além dos discursos herético, autoritário e performático; - Condições sociais de aceitabilidade e as leis sociais do dizível;

- Habitus linguístico dos principais agentes e dos principais detentores dos direitos do discurso (porta- vozes) e do poder da relação de comunicação (discurso autorizado); - Entrevistas aos representantes das empresas e das comunidades; - Entrevistas e questionários aplicados com trabalhadores assentados (Ass. Francisco Romão) e quebradeiras de coco babaçu (RESEX Ciriáco);

- Análise de atas das reuniões, e de materiais de cunho publicitário das empresas, além de bibliografia que destaque falas dos comunitários envolvidos no campo; - Análise dos lugares e situações em que os discursos são realizados.

- Identificação dos momentos de censura e quais as condicionantes destes; - Identificação dos emissores e destinatários legítimos (reconhecidos e reconhecedores); - Análise das condições sociais de produção e de reprodução dos produtores e receptores do discurso;

- Identificação dos possíveis limites entre o dizível e o indizível.

Estrutura da tese

Utilizei a INTRODUÇÃO para descrever a contextualização e a problematização desta pesquisa de tese; bem como a hipótese, o objetivo geral e os objetivos específicos. Além disso, apresento os pressupostos teórico-metodológicos, enfatizando a contribuição da teoria de campos de Pierre Bourdieu; e descrevo os procedimentos técnico-metodológicos que apoiaram nas análises.

No CAPÍTULO 01 (Dominação, práticas empresariais de relacionamento e resistências comunitárias) começo aprofundando teoricamente sobre o conceito de dominação de Pierre Bourdieu. Em seguida destaco as principais práticas empresariais de relações com comunidades, principalmente as classificadas como “ações sociais”. Finalizo descrevendo algumas das principais estratégias das comunidades rurais brasileiras contra as estratégias corporativas.

O contexto regional e o histórico dos agentes são destacados no CAPÍTULO 02 (Contextualização regional e caracterização histórica, sociológica e territorial dos agentes). Inicio relatando os principais acontecimentos relacionados com o Programa Grande Carajás (PGC), bem como as repercussões destes na região analisada nesta tese. Apresento importantes referências bibliográficas sobre a ação empresarial na região, além de contextualizar a problemática das questões agrárias do oeste maranhense. Para apresentar melhor os agentes estudados nesta tese, descrevo uma caracterização histórica, sociológica e territorial das duas comunidades e das duas empresas.

No CAPÍTULO 03 (A relação entre as empresas e as comunidades rurais), destaco como é estabelecida a relação entre estes dois agentes empresariais (Vale e Suzano) e as comunidades rurais analisadas. Nos dois primeiros subcapítulos (3.1 e 3.2) descrevo os históricos das relações, destacando os acontecimentos que mais influíram e que mais representam as estratégias dos agentes. Em seguida aprofundo a análise das estratégias empresariais considerando os referenciais simbólicos utilizados pelas empresas na busca pela dominação. Finalizo com uma análise dos processos de resistência dos assentados e das quebradeiras de coco contra as estratégias da Vale e da Suzano.

No CAPÍTULO 04 (Críticas às bases de fortalecimento das estratégias de dominação empresarial), apresento uma crítica às bases organizacionais de apoio às estratégias de comunicação/relacionamento das grandes empresas internacionais. O foco é demonstrar como são estabelecidas as nocivas redes de fortalecimento ampliadoras das possibilidades de êxitos das empresas Vale e Suzano, no relacionamento com comunidades rurais.

CAPÍTULO 01. Dominação, práticas empresariais de relacionamento, e