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4. TERRITÓRIO INOVATIVO PARA DESENVOLVIMENTO DO APL! 58!

4.2 Etapa de Análise! 64!

Federal), Ciências Sem Fronteiras (Governo Federal), Plano estratégico de Longo Prazo -Pernambuco 2035 (Governo Estadual), Marco Pernambucano (Governo Estadual), Porto Mídia (Porto Digital),

Outras iniciativas listadas: Abril pro Rock, Coquetel Molotov, Recife Moda & Música, Porto Musical, Fenearte, TedX, Movimento Hot Spot, Werkbund, CampusParty, SODET, Manguezal, IXdA South America, EXPOLAB, ARIES.

Nesta análise, encontramos grande dificuldade pela pouca especificidade de plano de ações, pela dificuldade de encontrar dados de impacto dos mesmos e principalmente pelo caráter orgânico dos planos e iniciativas, pois ainda que tenham objetivos claros (fomento de cada setor), estão em processos contínuos de construção e modificação, dificultando a interpretação dos mesmos. Assim, nesta etapa não pudemos concluir diretamente se o que há planejado deverá ou não auxiliar na construção de ambientes para emergências projetuais inovadoras, mas podemos perceber um caráter de incentivo à inovação, bem como as visões apresentadas neste trabalho poderiam auxiliar neste caminho.

Ao fazermos o estudo de caso do estado de Pernambuco, território brasileiro que deseja se desenvolver economicamente através da inovação, pudemos analisar a situação atual e os planos de desenvolvimento sob esta óptica. Concluímos, então, que não foi observada no estado a existência de um ambiente que possa ser considerado Território Inovativo, no entanto, também não podemos concluir se os projetos que objetivam um impacto estratégico poderiam fazer surgir esse ambiente. (MARTINS; CASTILLO,2013)

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4.2 Etapa de Análise

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Objetivo: Analisar o território de acordo com os Atores e Intérpretes.

Como: Para esta etapa foi escolhida como ferramenta para facilitar a visualização dos dados a contrução de mapas de nós

4.2.1 Mapeamento de Atores e Relações de Força

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Os APLs (incluindo o foco deste trabalho, o APL do Agreste), apresentam uma estrutura de poder e controle; deste modo, a organização do Arranjo é um tanto hierarquizada e portanto a escolha dos atores-chaves a serem mapeados seguiu a lógica da influência. Foram mapeados não apenas os atores produtivos/projetuais como também os atores-chaves de poder. Assim, com o auxílio de alunos da graduação que auxiliaram na pesquisa, foi executado o seguinte Mapa de Atores- Chaves:

a)Mapeamento de Atores-Chaves(Projetuais/Produtivos/Controle)

b)Mapeamento das Relações e Forças e, de Projetos e Planos para aquele Território

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Imagem ilustrativa da ferramenta Mapa de nós, onde os Círculos (nós) correspondem aos Atores e os traços as ligações entre eles.

c)Mapeamento dos Intérpretes atuais e Possíveis Intérpretes (Destaque / intérpretes/canais externos)

Figura 12. Mapeamento dos Atores do APL do Agreste14

Na pesquisa, observa-se que para o Pólo, as estruturas de grande força na atualidade são estruturas locais, como o SINDIVEST (Sindicato das Indústrais de Vestuário), a Associação Industrial e Comercial de Caruaru, etc. Outro fato relevante é que em 2006 foi implantado dentro do Pólo Comercial de Caruaru (atualmente alojado em um prédio próprio), o campus do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco com o curso de Design. Esperava-se a integração com as indústrias locais, e disposição projetistas para o setor, o que não ocorreu plenamente.

Entretanto, deve-se lembrar que o Marco Pernambucano da Moda (parte do Núcleo Têxtil e de Confecções de Pernambuco - NTCPE), que surge posterior ao mapeamento apresentado acima, pode trazer o centro projetual e estratégico do setor para Recife, podendo mudar bastante as relações de poder do APL.

Executado pelas alunas da graduação Paullyanne Farias e Deborah Vanessa durante

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Com base neste mapeamento, seguiu-se para algumas entrevistas com a Gerência de Economia Criativa da SDEC-PE e com o atual gestor do NTCPE, Fredi Maia, e ainda pesquisas na imprensa local sobre as últimas novidades do setor. Deste procedimento obtivemos as seguintes informações:

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Este mapeamento apresenta o intenso processo de mudança que está acontecendo e deve se intensificar nos próximo 2 anos. Concluímos que com o advento do NTCPE, a relação de forças pode mudar, e consequentemente as competências competitivas da região. Inicialmente, a integração maior entre o setor têxtil de todo o estado, não apenas o Agreste e seguindo, aparentemente, para um caminho de valorização do intangível (significado), porém, notamos que os sócios-

Dados e Observações

Os governos Estadual e Federal, agem em duas frentes de cobrança/fiscalização e incentivo. A primeira visa diminuir as irregularidades do setor (como diminuir impacto ambiental, diminuir ilegalidade de mão-de-obra, melhorar arrecadação tributária, e outras ilegalizades), a segunda criando os dispositivos de incentivo às mudanças juntamente com os orgãos representativos do setor.

Em 2003/2004, o SINDIVEST teve um programa chamado Oficina de Moda que objetivou aumentar a profissionalização do setor, deste processo saíram algumas marcas de destaque local e um início de processo de integração com outras entidades como SEBRAE, SENAC e SENAI

Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE), Organização Social, receberá nos próximos 36 meses uma aporte de aproximadamente R$6,16 Mi objetivando fomentar ações de incentivo a novos negócios, exploração de novos mercados e elaboração de estudos e pesquisas sobre a cadeia (SDEC).

O NTCPE é uma O.S. formada por três sócios-fundadores: Sindicato da Indústria de Vestuário de Pernambuco (Sindivest-PE); Sindicato da Industria Têxtil de Pernambuco (Sinditêxtil-PE); e Federação das Associações Comerciais de Pernambuco (Facep). Possui um Conselho de Administração composto por 13 instituições públicas e privadas, entre elas: Banco do Nordeste; Sindicato das Costureiras (Sindcostura); Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fiação e Tecelagem; e as secretarias estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Ciência e Tecnologia (Sectec), além da SDEC. A O.S. tem o objetivo de ser o braço executor de diversas ações para esta cadeia em Pernambuco. (SDEC).

fundadores do NTCPE são as mesmos atores que exercem a maior força no APL, o que dificulta a previsão o que realmente acontecerá no setor.

4.2.2 Mapeamento de Intérpretes e Possíveis Intérpretes (Destaque Intérpretes/Canais Externos)

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Associando Verganti e Storper e Venables temos como intérpretes os seguintes atores: funções criativas e culturais (incluindo as indústrias correlatas, tais como moda, design e artes), o turismo, as finanças e os serviço de negócios, a ciência, tecnologia, sociólogos, antropólogos, marketing experts, mídia, intérpretes tecnológicos, fornecedores tecnológicos, projetistas de vanguarda, empresas de outros setores, designers, revendedores e distribuidores e as próprias pessoas, poder e influência (governo , as sedes de empresas , as associações comerciais e agências internacionais), instituições de pesquisa e formação e empresas.

Destarte, para mapear estes intérpretes e possíveis intérpretes, seguimos com a busca exploratórias por indivíduos/instituições que pudessem cumprir com este papel, seja para preencher a lacuna da inexistência no Território, seja para elevar determinado campo. Segue a listagem de alguns nomes levantados

Campos Intérpretes

Funções Criativas e Culturais (arte e design)

Portomídia, Espaços Culturais (Casa do Cachorro Preto, Orbe), artistas e

projetistas da região

Turismo Circuito da Cachaça, Circuito do Leite, Circuito do Vitivinicultura, Litoral Sul, Recife&Olinda.

Finanças e Serviços de Negócios BNB/BNDES, centrais de Venture Capital, Agências de Negócios

internacionais (como o UKTI). Agencias de Design e Comunicação (Branding) Ciência e Tecnologia UFPE (Exp. Engenharia de Materiais),

Porto Digital, Fashnology, centrais de Pesquisa internacionais (Ex.

Universidade do Minho, Aveiro- desenvolvimento de tecidos tecnológicos).

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Com as indefinições do momento, torna-se difícil o aprofundamento na busca dos intérpretes, mas já em um primeiro momento, pode-se perceber claramente relações que devem ser criadas o mais rápido possível, como a ponte entre a academia e instituições locais, tal como o Portomídia.

4.3 Reprogramação da Continuidade da aplicação (Síntese e

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