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4 RESULTADOS

4.2 Consolidação dos dados coletados

4.2.4 Etapa 4

Foram aplicadas entrevistas semiestruturadas de profundidade a respeito do questionário aplicado aos seis servidores diretamente ligados à área sob estudo, divididas em dois níveis: nível tático e nível operacional, sendo que as respostas alinhadas desses dois níveis vêm a seguir no item 4.3.4.1; aquelas não alinhadas se encontram logo após, no item 4.2.4.2.

4.2.4.1 Respostas alinhadas entre os níveis tático e operacional

1) Os entrevistados valorizam seu conhecimento em manutenção como sendo grande e suficiente.

2) Com relação ao tempo para estudar manutenção, ambos os grupos informaram não dispor desse tempo devido aos afazeres e ao acúmulo de funções.

3) Quanto aos procedimentos de manutenção, fluxogramas e planejamento, ambos os grupos concordam que são feitos de maneira informal, e que não existem formalmente.

4) Os trabalhos do dia a dia são programados com uma semana de antecedência, dependendo do tipo de serviço a ser executado, da necessidade de material etc., enquanto outros mais complexos, como os relativos à manutenção preventiva, podem levar um mês ou até mais para serem programados, dependendo da complexidade e da necessidade de materiais.

5) Com relação ao estoque de sobressalentes para atender às demandas das máquinas e instalações mais críticas, os entrevistados acreditam que há esse estoque sim.

6) Sem saber precisar quanto, os entrevistados concordam que é muito baixa a percentagem de manutenção preventiva executada no campus, sendo que as principais causas da não execução dessas manutenções são a falta de mão de obra e a dificuldade de planejamento.

7) Com relação ao planejamento dos gastos com peças de reposição, esses não são planejados, uma vez que a maioria dos atendimentos é corretivo. Além disso, foi citada a questão dos altos custos de materiais especializados.

8) A maior parte das intervenções é realmente corretiva, devido, segundo os entrevistados, à falta de mão de obra e de planejamento.

9) Existe uma cobrança para que se tenham todas as máquinas e instalações funcionando, e essa é feita por todos, desde o diretor até o responsável pelo local (gabinete, equipamento, sala, laboratório etc.)

10) Ambos os grupos informaram que são chamados a prestar contas dos gastos com as intervenções sob sua responsabilidade e que essas intervenções acontecem segundo as regras da instituição, além, é claro, de seguir o orçamento anual.

11) Na visão dos entrevistados, vale a pena fazer a gestão da manutenção, principalmente pelo controle e pelo acompanhamento que a organização poderia fazer dos trabalhos, além de ser uma boa prática em si mesma.

12)Ambos os grupos concordam que os servidores atuantes na área possuem todos os

EPIs necessários para o desempenho da função.

13) Os equipamentos e meios com os quais a equipe de manutenção pode contar para atender aos chamados são o telefone (o mais utilizado), depois a solicitação verbal e por último uma solicitação formal por e-mail; os equipamentos mais utilizados para atendimento são o computador e o telefone.

4.2.4.2 Respostas não alinhadas entre os níveis tático e operacional

1) O controle da manutenção é avaliado como razoável e atende parcialmente à demanda. 2) Sobre o ferramental necessário para fazer todas as intervenções no sistema de média tensão no dia a dia, ambos os grupos concordam que ele existe, entretanto alguns são antigos, obsoletos ou sem os testes de certificação.

3) Com relação aos tempos médios das intervenções e ao tempo médio que o equipamento ou instalação fica parado para reparação, ambos informaram que não têm esses dados estatísticos, mas que acompanham informalmente os tempos de manutenção, uma vez que eles sabem os prazos de execução.

4) Os servidores avaliam seu conhecimento de manutenção como razoável, enquanto os demais o avaliam como baixo. Ressaltam que isso ocorre por não terem capacitação na área, mas que seria fundamental para uma boa execução, pois diminuiria tempo e custos.

5) Com relação ao tempo para estudar manutenção, os servidores informaram não dispor dele devido ao acúmulo de serviço.

6) No quesito tempo gasto fazendo manutenção, suas ocupações são antagônicas: enquanto os eletricistas utilizam 100% na execução de suas tarefas de manutenção, os demais utilizam 80% do tempo trabalhado no planejamento.

7) Quanto aos procedimentos de manutenção, fluxogramas e planejamento, todos afirmaram que não são de uso normal, não ocorrem formalmente.

8) Os trabalhos de rotina são programados na semana, conforme o tipo de trabalho; as manutenções preventivas levam mais tempo, pois precisam da compra de materiais. 9) O percentual de manutenção preventiva executada no campus é de cerca de 20%, pois

a área atua basicamente na manutenção corretiva, ficando os serviços mais especializados a cargo de contratação externa.

10) Com relação ao planejamento dos gastos com peças de reposição, os entrevistados não sabem informar e acreditam que não exista, devido aos altos custos das peças para ficarem estocadas, aguardando utilização.

11) Sobre o ferramental necessário para fazer todas as intervenções no sistema de média tensão no dia a dia, todos concordam que dispõem da maioria deles, faltando apenas algum mais específicos.

12) Todos informaram que não são chamados a prestar contas dos gastos com as intervenções.

13) Com relação aos tempos médios que os equipamentos ou instalação ficam parados para reparação, nenhum deles soube informar.

14) Os entrevistados informaram também que a equipe de manutenção cumpre os prazos combinados em cerca de 50% a 70% dos atendimentos; a maioria dos atrasos é por dificuldade na execução do próprio serviço ou por falta de material ou peça de reposição.

15) Com relação aos treinamentos regulares e normativos, os entrevistados informaram que não têm sido feitos. Cada um aponta uma causa diferente, desde falta de recurso e planejamento, de tempo, até falta de recurso financeiro e de organização das equipes.

4.3 Consolidação dos dados colhidos

Com base nas informações colhidas nas observações, nos documentos, nos questionários e nas entrevistas em profundidade, foi montado um SWOT da situação em análise. O intuito é facilitar o entendimento do caso em estudo e promover uma indicação da direção a ser tomada para a instituição adequar-se às melhores práticas de mercado, o que contribuirá para a melhoria da imagem da instituição. Todos os dados – colhidos em observações e documentos ou apresentados pelos servidores da instituição –, foram, de alguma maneira, relacionados com o referencial teórico.

Da análise SWOT, resultaram pontos fortes e fracos da área de manutenção, relativos às redes de distribuição de energia. Sob as óticas interna e externa à instituição, isto permitiu que também fosse pontuado aquilo que, internamente à instituição, pode ajudar e aquilo que atrapalha em relação às boas práticas de manutenção. Da mesma forma, a análise SWOT permitiu que fossem pontuadas as oportunidades e as ameaças que o ambiente externo

apresenta à instituição, auxiliando-a ou pondo-se como obstáculo na busca por melhores resultados, conforme se segue.

4.3.1 Forças internas

1) A equipe conhece o que deve fazer.

2) A equipe se conhece há, pelo menos, oito meses. 3) A equipe tem pouca variação.

4) O gerente de manutenção tem muita vivência na área. 5) O gerente de manutenção é o mesmo há mais de seis anos. 6) O gerente de manutenção conhece bem a área de atuação. 7) Os eletricistas têm bastante tempo de serviço na instituição. 8) O bolsista está há bastante tempo na instituição.

9) O engenheiro tem facilidade com a parte elétrica.

10) Os trabalhos de reparação já são conhecidos na sua maioria.

11) O procedimento de passagem de requisição já é bastante conhecido no ambiente de trabalho.

12) O setor e seus colaboradores são bastante conhecidos na instituição. 13) Os deveres e responsabilidades são conhecidos pelos colaboradores. 14) A manutenção conta com área própria, destinada a serviços de reparação.

15) A verba para serviços de manutenção é planejada há, pelo menos, quatro anos e tem atendido a contento.

16) Existe uma rotina de solicitação de serviços consolidada.

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