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2. OBJETIVOS

3.5. Etapa Estatística

Para avaliar a bioequivalência entre duas formulações de valproato de sódio foi estabelecido cálculo das razões em medicação teste e medicação referência a partir dos valores obtidos individualmente de Cmax, ASC, ASC0-t e ASC0-inf, já definidos anteriores seus significados.

Através das curvas obtidas, a Cmax foi apresentada, levando em conta o tmax, que representa tempo necessário para alcançar a concentração. Como dito anteriormente, ASC0-t foi obtida após a utilização da regra trapezoidal linear. A constante de eliminação, Ke, foi obtida após utilização da regressão linear dos pontos apresentando a fase de eliminação em gráfico log-linear.

Para obtenção do tempo de meia-vida, t1/2, usou-se tal constante sobre a fórmula t1/2 = ln2/ke. Assim como utilizou-se dessa constante em Ct/ke, adicionada em ASC0-t para se obter a área sob a curva para o infinito.

Após transformação logarítmica, utilizou-se modelo aditivo para as análises em todos os valores de ASC, Cmax, tmax e t1⁄2. Valeu-se da análise de variância para o modelo de 2 períodos cruzados, ASC e Cmax, que foram transformados em logaritmos, enfatizando os efeitos de sequência, voluntário em sequência, período e tratamento.

Com o uso do teste ANOVA para analisar ASC e Cmax das duas medicações de valproato de sódio, foi estabelecido se Intervalo de Confiança de 90% das medicação teste por medicação referência individualmente apresentava-se entre o intervalo 80-125%. Dado este que é pertinente para avaliação da bioequivalência, como disposto pela ANVISA no RE 1170/06124.

Embasado nos dados produzidos pelo teste ANOVA, a averiguação de ocorrência de efeito residual foi estabelecida usando o valor de P obtido como parâmetro. Sobre os diversos parâmetros de ASC, no contexto de definição de bioequivalência, foi apresentada

ASC0-t se componente analisado superior a 80% da ASC0-inf em ao menos 90% dos voluntários. O efeito de sequência foi estudado com significância de p < ou = 0.10. Os efeitos de período e tratamento foram analisados com significância de p < ou =0.05.

Com o uso do Microsoft Excel, todos os dados foram processados, a medida que novos dados eram obtidos dos equipamentos analíticos, mantendo registro em papel e via eletrônica de todos os resultados apresentados no estudo.

Novamente descrevendo os softwares utilizados nesse estudo, agora no caso da análise estatística, foram Graph Pad Prism Versão 3.02, WinNonLin Professional Edition, Versão 6.4 ou Phoenix 6.4 e Microsoft Excel 2010.

4. RESULTADOS

4.1.Estudo de Bioequivalência 4.1.1. Análise descritiva

Obteve-se a população de 24 voluntários para o estudo, 12 de cada gênero, gozando de boas condições de saúde, após avaliação clínica e laboratorial sem alterações, preenchendo critérios de inclusão e sem apresentar critério qualquer de exclusão. No Anexo VIII, estão descritos a história clínica e exame físico de cada voluntário.

A faixa etária foi de 21 e 50 anos, com a mediana de 30,83 anos. O peso obteve uma variação de 46 a 99,4 kg, com média de 68,45 kg. A variação da altura ficou entre 1,50 a 1,86 m, com média 1,69 m. Por fim, IMC oscilou entre 19,65 e 28,73, com média de 24,19. No Anexo IX, encontra-se todos os dados antropométricos dos voluntários do estudo.

Os períodos de internação foram em média 37 horas. No Quadro 10 estão descritos os períodos.

Quadro 10 - Descritivo das internações

Voluntários Período Data

internação Hora Data Alta Hora

1 ao 24 1 08/01/2016 ~ 18:00 10/01/2016 ~ 7:00

1 ao 24 2 22/01/2016 ~ 18:00 24/01/2016 ~ 7:00

Não houve qualquer ocorrência divergente entre os horários de coletas de amostras pré-medicação, assim como não existiram atrasos na administração dos medicamentos, conforme demonstra o Anexo X.

4.1.2. Segurança e Tolerância

Observou-se boa tolerância das medicações de valproato de sódio no decorrer do estudo, visto que não ocorreram graves eventos nos períodos de observação pós- administração e ocorreram 04 eventos adversos classificados como não sérios por médico responsável no decorrer do período de observação. Sobre os eventos ocorridos, 01 (25%) foram considerados como provavelmente relacionado à terapia, e, 3 (75%) não relacionados à terapia.

Os eventos adversos foram cefaleia (50%), triglicérides de 232mg/dL (25%) e anemia (25%), esta última provavelmente relacionada à terapia. Todos os eventos adversos foram leves e bem tolerados e os voluntários receberam tratamento com resolução sintomática. Não houve diferença estatística na proporção de eventos adversos entre as formulações teste e referência (p>0,05). Os relatos dos eventos adversos estão descritos no Anexo XI.

O exame físico geral, eletrocardiograma e exames laboratoriais foram repetidos ao final do estudo, demonstrando segurança do estudo de bioequivalência: os resultados não mostraram alterações estatisticamente significativas (p>0,05).

4.1.3. Parâmetros farmacocinéticos

As dosagens para avaliação das concentrações plasmáticas do analito foram realizadas nos momentos 0, 0.5, 1, 1.5, 2, 2.5, 3, 3.5, 4, 4.5, 5, 5.5, 6, 6.5, 7, 8, 10, 12, 14, 18, 24, 48, 72, 96 horas em seguida da administração do fármaco. É descrito os tempos e volumes coletados no Apêndice 7. No Anexo XII estão dispostas s concentrações plasmáticas obtidas, individualizadas, dos medicamentos teste e referência, obtidos ao longo dos tempos mencionados.

O Cmax médio de 53.57 ng/mL foi obtido para o medicamento teste e 51.49 ng/mL para o medicamento referência. Com relação ao tmax médio, para a medicação teste foram 4.90h e para a medicação referência foram 5.17h.

O tempo de meia-vida da eliminação para medicação teste foram 17.72h e para medicação referência foram 17.71h. Os dados farmacocinéticos obtidos, bem como a média e variação, após a administração de uma dose oral de 500 mg de cada medicamento de valproato de sódio encontram-se relatados no Quadro 11, logo em seguida.

Quadro 11 - Parâmetros farmacocinéticos de ambas as formulações de valproato de sódio

Epilenil® (teste) Depakene® Cmax(ng/mL) Média 53.57 51.49 Variação 37.34- 76.30 31.10- 78.37 tmax(h) Média 4.90 5.17 Variação 2.50 - 12.00 2.50- 8.00 ASC0-t(ng.h/mL) Média 996.41 1013.57 Variação 626.07- 1428.90 619.43- 1517.67 ASC0-inf(ng.h/mL) Média 1081.39 1122.60 Variação 687.03- 1559.82 706.44- 1841.04 Ke(h-1) Média 0.04 0.04 Variação 0.02- 0.06 0.02- 0.07 t1/2(h) Média 17.72 17.71 Variação 10.83- 30.76 9.94- 33.27

O último momento de dosagem das concentrações plasmáticas médias do valproato de sódio foi após 96 horas da administração. Na Figura 5 estão delimitadas as curvas das concentrações plasmáticas médias de valproato de sódio de cada medicação ao longo do tempo.

Figura 5 - Concentrações plasmáticas médias de valproato de sódio em ambas medicações

Conforme demonstrado no Quadro 12, não há diferença estatística significante, considerando p≤0,05, com base na análise estatística da razão medicação teste sobre medicação referência, individualmente, com relação à Cmax, ASC0-t e ASC0-inf. Logo, conotando a bioequivalência entre os medicamentos e suas fórmulas estudadas.

Quadro 12 - Análise estatística da razão teste / referência individual n Razão (%) IC 90% (limite inferior) IC 90% (limite superior) Poder % Cmax 24 104,43867 100,42766 108,60987 1,0000 ASC0-t 24 98,118881 94,664425 101,6994 1,0000 ASC0-inf 24 96,710921 92,96862 100,60386 1,0000

4.2.Validação do Método Analítico

As amostras plasma branco normal, plasma branco lipêmico e plasma branco hemolisadas tiveram seu acionamento em fase para pré-estudo de validação. Não foram observadas interferências em retenção do analito ou padrão interno nos devidos tempos. A regressão linear foi o método empregado para determinar as concentrações de valproato de sódio de 2 a 120 ng/mL. O LIQ foi validado em 2 ng/mL (Figura 6), CQB em 6 ng/mL (Figura 7), CQM1 em 25 ng/mL (Figura 8), CQM2 em 45 ng/mL (Figura 9), CQA em 60 ng/mL (Figura 10) e CQD em 120 ng/mL (Figura 11).

Figura 7 - CQB

Figura 9 - CQM2

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