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Evolução da Intensidade das emoções em função do PCE

Capítulo IV – Apresentação e discussão de dados

1.1. Evolução da Intensidade das emoções em função do PCE

No estudo foram analisadas as seguintes emoções e a sua intensidade: Zanga, Ansiedade, Medo, Vergonha, Culpa, Inveja, Ciúme, Tristeza, Gratidão, Orgulho, Compaixão, Amor, Alegria, Alívio e Esperança (Tabela 6).

Para analisar se havia diferenças estatisticamente significativas, entre os três grupos antes e depois da aplicação do PCE, utilizou-se o Teste One Way Anova para comparar os resultados dos três grupos no pré-teste e no pós-teste (Tabela 6). Os resultados revelam que só existem diferenças estatisticamente significativas na emoção Alegria (p=0,036), indicando que os grupos eram homogéneos. Verificou-se que através do Teste de Scheffé (Tabela 7), essas diferenças se verificam entre o Grupo de Controlo e o Grupo Experimental 2 (p=0,041).

No que se refere aos resultados do pós-teste, verifica-se que só a emoção Zanga apresenta diferenças estatisticamente significativas (p=0,024) entre os três grupos. Os resultados do Teste Scheffé (Tabela 7) mostram que essas diferenças se verificam entre o Grupo de Controlo e o Grupo Experimental 2 (p=0,024).

Tabela 6 – Intensidade das emoções em função do momento de avaliação (pré e pós-teste), nos três grupos

N=52 Pré-teste Pós-teste

Exp 1 Contr Exp 2 Exp 1 Contr Exp 2

N Méd SD Méd SD Méd SD F P Méd SD Méd SD Méd SD F P Zanga 52 4,16 ,62 3,12 ,51 3,38 1,05 ,747 ,479 2,68 ,59 2,08 ,46 4,86 ,86 4,050 ,024 Ans 52 5,84 ,46 5,32 ,49 5,00 1,18 ,416 ,662 4,16 ,51 4,96 ,46 5,38 ,75 1,077 ,349 Medo 52 4,47 ,69 3,40 ,55 5,25 ,84 1,632 ,206 3,84 ,58 2,76 ,47 2,63 1,10 1,167 ,320 Culpa 52 3,68 ,58 2,64 ,58 3,86 1,26 ,964 ,388 2,79 ,62 2,36 ,50 4,13 1,04 1,353 ,268 Verg 52 4,11 ,60 2,36 ,45 2,50 1,16 2,734 ,075 1,84 ,55 2,04 ,45 1,63 ,60 ,116 ,891 Trist 52 6,00 ,62 4,04 ,64 5,38 1,25 2,291 ,112 3,89 ,75 3,20 ,50 4,88 1,13 1,069 ,351 Invej 52 3,16 ,56 1,84 ,33 1,38 ,78 3,065 ,056 2,05 ,48 1,88 ,43 1,63 ,68 ,120 ,887 Cium 52 3,32 ,66 1,52 ,38 2,00 ,96 3,029 ,057 2,42 ,66 2,04 ,48 2,25 ,98 ,114 ,892 Aleg 52 7,00 ,39 6,28 ,39 8,12 ,35 3,566 ,036 5,58 ,57 6,52 ,43 6,88 ,67 1,344 ,270 Orgu 52 7,68 ,32 6,80 ,41 7,86 ,58 1,873 ,165 5,94 ,66 6,04 ,51 7,50 ,70 1,124 ,333 Alivi 52 6,32 ,43 5,56 ,50 6,38 ,63 ,807 ,452 5,32 ,64 5,40 ,50 5,38 1,03 ,005 ,995 Esper 52 6,37 ,63 5,52 ,59 6,50 ,76 ,675 ,514 5,37 ,47 5,04 ,54 5,63 ,63 ,225 ,799 Amor 52 5,84 ,63 3,92 ,62 5,00 1,24 2,173 ,125 4,63 ,71 2,88 ,60 4,88 1,14 2,318 ,109 Grati 52 5,58 ,69 4,60 ,51 5,38 ,99 ,732 ,486 4,58 ,57 3,92 ,54 3,00 ,78 1,102 ,340 Comp 52 6,63 ,51 5,68 ,52 7,50 ,53 2,123 ,130 5,37 ,53 5,04 ,53 4,25 ,75 ,581 ,563

Estes resultados parecem indicar que o Programa de Controlo Emocional não tem efeitos na Intensidade das emoções. Apesar de muitos estudos revelarem os benefícios para os indivíduos aquando da aplicação de programas relacionados com as emoções (Jekanc, Kittler, & Schlagheck, 2017; Lim & O’Sullivan, 2016; Martins et al., 2017; Reidick, Freudenberg, Pieter, & Frohlich, 2016; Reina & Delgado, 2015; Saha et al., 2015; Slimani et al., 2014; Zambrin, Paludo, Santos, Simões, & Serrassuelo Junior, 2016), ou da importância das emoções no desempenho (Beauchamp et al., 2012; Doerwald et al., 2016; Martinent & Ferrand, 2015) ou das variáveis pessoais e situacionais poderem moderar as experiencias emocionais (Dias et al., 2013), pensamos que toda a aprendizagem e aplicação de competências emocionais deverão ser continuas, por isso a necessidade de serem trabalhadas desde tenra idade, para benefícios futuros e constantes dos indivíduos.

Grupo de Controlo em que determinados valores aumentam e outros baixam (Gráfico 1), mas não apresentando diferenças estatisticamente significativas, à exceção da emoção Zanga.

Gráfico 1 – Evolução dos resultados da Intensidade das emoções no pré-teste e pós-teste nos grupos da amostra

A Zanga é uma emoção negativa e as emoções negativas são respostas a acontecimentos que se desenrolam, ou a possíveis respostas de acontecimentos que venham a suceder. A pressão é uma característica da competição e pode alterar as emoções e os comportamentos dos atletas, quando os atletas são da mesma equipa percebem a mesma pressão da competição, eles respondem com as mesmas emoções e sofrem as mesmas consequências do resultado da competição (Wolf, Geukes, Heldmann, & Schulz, 2015), no caso de uma modalidade individual, os atletas só dependem deles. A emoção que ocorre num determinado contexto pode não ser prejudicial, deverá sim, ser orientada para beneficiar o desempenho desportivo.

Comprovamos que os nadadores que aplicaram o PCE obtiveram resultados diferenciados nas emoções, de acordo com a hipótese do nosso estudo: “Os nadadores do Grupo Experimental 1 e do Grupo Experimental 2 têm resultados distintos do Grupo de Controlo nas emoções após a aplicação do Programa de Controlo Emocional (PCE)”, apesar de não existirem diferenças estatisticamente significativas do pré-teste para o pós-teste.

Tabela 7 - Teste Scheffé na Intensidade das emoções com diferenças significativas na amostra no pré- teste e pós-teste

Variável

dependente Grupo Entre grupos α ≤,05

Pré-teste

Grupo Experimental 1 Grupo Controlo ,403

Alegria Grupo Experimental 2 ,316

Grupo Controlo Grupo Experimental 1 ,403 Grupo Experimental

2 ,041

Grupo Experimental 2 Grupo Experimental 1 ,316 Grupo Controlo ,041 Pós-teste

Grupo Experimental 1 Grupo Controlo ,716

Grupo Experimental 2 ,110

Zanga

Grupo Controlo Grupo Experimental 1 ,716 Grupo Experimental

2 ,024

Grupo Experimental 2 Grupo Experimental 1 ,110 Grupo Controlo ,024

A Intensidade da Zanga, no pós-teste apresentou um resultado menor no Grupo de Controlo aumentando no Grupo Experimental 1 e sendo maior no Grupo Experimental 2. A emoção da Zanga pode levar o indivíduo a reagir com mais ênfase perante determinada situação. Pode levar o indivíduo a enfrentar o momento e o foco de tensão, como a encarar o desafio para que não se torne prejudicial, indo buscar a energia necessária para realizar a tarefa. Uma das variáveis que difere dos grupos Experimental 1 e Experimental 2 do Grupo de Controlo foi a aplicação do Programa de Controlo Emocional (PCE). Contudo, tendo estes grupos usufruído do PCE (e havendo impacto em ambos os grupos) e estando os valores do Grupo de Controlo mais próximos do

(Anexo B), bem como na experiência competitiva, todavia mais à frente verificaremos que o desempenho desportivo tornou-se superior no Grupo Experimental 2.

O meio interno do indivíduo ao ser perturbado, e até essa perturbação ser compensada através de uma defesa eficaz (Lazarus, 1999), poderá levar a pessoa zangada a preparar- se para o desafio, levando-o a melhores desempenhos. Robazza e Bortoli (2007) sugerem que o efeito da energia da raiva pode beneficiar o desempenho, neste caso a predisposição da Zanga será semelhante. As emoções induzem os comportamentos, e são expressas de forma diferente, dependendo do género, da idade, do contexto social, da cultura e das experiências emocionais.

De acordo com a nossa hipótese “Após a aplicação do PCE os atletas do Grupo Experimental 1 e Grupo Experimental 2 têm uma maior consciência da intensidade das emoções no seu desempenho”, os resultados não refletem que os sujeitos a quem foi aplicado o PCE têm uma maior consciência da intensidade das emoções no desempenho desportivo. Graham et al., (2002) verificaram que numa modalidade coletiva a emoção Culpa faria diferença do objetivo de desempenho para o desempenho em si, contudo verificaram que em modalidades individuais como a natação e o atletismo quanto mais forte o objetivo mais forte serão as emoções negativas. Relembramos que na modalidade individual a pressão da competição é suportada pelo atleta (Ramis et al., 2016). Contudo, os atletas da nossa amostra conseguiram lidar, tanto com as emoções positivas como com as emoções negativas, apesar da dificuldade que é saber utilizar estratégias adequadas com esse tipo de emoções (Dias, 2005; Freitas-Magalhães, 2007).

2-Evolução da Influência das emoções em função do PCE

No estudo também foram analisadas as emoções (Zanga, Ansiedade, Medo, Vergonha, Culpa, Inveja, Ciúme, Tristeza, Gratidão, Orgulho, Compaixão, Amor, Alegria, Alívio e Esperança) e a sua Influência (Tabela 8):

Para analisar se havia diferenças estatisticamente significativas, entre os três grupos antes e depois de aplicado o PCE, utilizou-se o Teste One Way Anova para comparar os resultados dos três grupos no pré-teste e no pós-teste (Tabela 8). Os resultados revelam que existem diferenças estatisticamente significativas na emoção Medo (p=0,044) e Ciúme (p=0,014), no pré-teste. Verificou-se que através do Teste de Scheffé (Tabela 8), essas diferenças verificam-se entre o Grupo de Controlo e o Grupo Experimental 2 na emoção Medo (p=,044), e entre o Grupo Experimental 1 e o Grupo de Controlo na emoção Ciúme (p=,019).

No que se refere aos resultados do pós-teste, verifica-se que as emoções Ansiedade e Amor apresentam diferenças estatisticamente significativas (p=0,030 e p=0,012) entre os três grupos. Os resultados do Teste de Scheffé (Tabela 9) mostram que essas diferenças se verificam entre o Grupo Experimental 1 e o Grupo Experimental 2 (p=0,044) na emoção da Ansiedade, e entre o Grupo Experimental 1 e o Grupo de Controlo (p=0,028) na emoção do Amor.

No pré-teste, a emoção Ciúme obteve resultados mais baixos e negativos no Grupo de Controlo e no Grupo Experimental 2, ao contrário do Grupo Experimental 1 que obteve resultados positivos. O facto desta emoção social ter uma importância individual como também levar o sujeito a encarar o desafio, poderá num determinado grau melhorar os desempenhos. As emoções podem aproximar o atleta do seu objetivo motivando-o para o investimento de mais recursos (Dias et al., 2013).

Tabela 8 – Influência das emoções em função do momento de avaliação (pré e pós-teste), nos três grupos

N=52 Pré-teste Pós-teste

Exp 1 Contr Exp 2 Exp 1 Contr Exp 2

N Méd SD Méd SD Méd SD F P Méd SD Méd SD Méd SD F P Zanga 52 ,00 ,46 ,16 ,39 ,25 ,86 ,054 ,947 ,16 ,47 -,64 ,35 ,36 ,91 1,167 ,320 Ans 52 ,47 ,47 ,88 ,41 1,50 ,76 ,703 ,500 -,84 ,34 ,08 ,36 1,00 ,53 3,762 ,030 Medo 52 -,68 ,42 -1,12 ,36 ,88 ,83 3,331 ,044 -,95 ,39 -1,28 ,34 ,25 ,67 2,392 ,102 Culpa 52 -,47 ,48 -,60 ,40 ,13 ,90 ,355 ,703 -1,00 ,35 -,56 ,33 ,75 ,67 3,175 ,051 Verg 52 -,84 ,53 -1,84 ,25 -,50 ,60 2,569 ,087 -,16 ,30 -,64 ,36 ,36 ,42 1,410 ,254 Trist 52 -1,50 ,60 -,80 ,33 -,13 ,91 ,454 ,638 -,37 ,48 -,64 ,39 ,63 1,02 1,043 ,360 Invej 52 -,05 ,50 -,68 ,35 -,88 ,58 ,790 ,549 ,47 ,28 -,48 ,37 ,50 ,27 2,603 ,084 Cium 52 ,32 ,48 -1,32 ,32 -1,25 ,67 4,695 ,014 ,21 ,29 -,28 ,27 ,00 ,68 ,643 ,530 Aleg 52 2,63 ,32 2,76 ,22 3,25 ,25 ,808 ,452 2,84 ,32 2,64 ,22 3,13 ,40 ,506 ,606 Orgu 52 3,21 ,27 3,16 ,22 3,38 ,38 ,110 ,896 3,05 ,31 2,64 ,24 3,38 ,26 1,329 ,274 Alivi 52 1,95 ,38 1,64 ,34 1,63 ,78 ,190 ,828 2,58 ,29 1,80 ,33 2,00 ,46 1,534 ,226 Esper 52 2,21 ,27 1,88 ,37 2,38 ,53 ,400 ,672 1,79 ,36 1,76 ,27 2,13 ,48 ,211 ,810 Amor 52 1,47 ,37 1,20 ,37 ,88 ,99 ,282 ,755 1,89 ,37 ,68 ,24 2,00 ,57 4,892 ,012 Grati 52 1,79 ,31 1,36 ,26 1,50 ,73 ,468 ,629 1,63 ,33 1,16 ,24 ,38 ,73 2,217 ,120 Comp 52 1,58 ,45 1,60 ,40 3,13 ,30 2,331 ,108 1,47 ,38 1,36 ,29 1,00 ,53 ,272 ,763

altos e positivos. As emoções negativas são mais urgentes, são de reação e ajudam-nos a responder a um acontecimento que produz algo de desagradável. Em certas culturas e certos contextos, estas emoções tornam-se um handicap e poderão deixar marcas mais profundas nos sujeitos (André, 2004), comprometendo futuros desempenhos. O indivíduo percebe uma elevada necessidade ou uma alta dificuldade de adaptação, ou ainda quando se encontra numa situação de incerteza e não sabe se poderá controlar ou ultrapassar a exigência (Salmuski et al., 1996).

Os resultados na amostra do pré-teste para o pós-teste revelam uma variação em quase todos os valores em que determinados valores aumentam e outros baixam (Gráfico 2), mas não apresentando diferenças estatisticamente significativas, à exceção da emoção Ansiedade e Amor.

Gráfico 2 – Evolução dos resultados da Influência das emoções no pré-teste e pós-teste nos grupos da amostra

De acordo com a nossa hipótese “Após a aplicação do PCE os atletas do Grupo Experimental 1 e Grupo Experimental 2 têm uma maior consciência da Influência das emoções no seu desempenho”, na emoção Amor e na emoção Ansiedade poderão ter uma maior influência no desempenho desportivo após ter sido aplicado o Programa de Controlo Emocional.

A Ansiedade obteve diferenças significativas com o Grupo Experimental 2 e o Grupo Experimental 1, é positiva no Grupo Experimental 2 e negativa no Grupo Experimental 1. Goyen e Anshel (1998) referem que os adultos têm menores níveis de stress que os mais jovens. Poderá ser uma das causas do Grupo Experimental 2 apresentar estes valores, dado ser mais jovem e com menos experiência competitiva que o Grupo Experimental 1.

Quanto à hipótese “Os nadadores do Grupo Experimental 1 e do Grupo Experimental 2 têm resultados inferiores nos níveis de ansiedade competitiva após a aplicação do Programa de Controlo Emocional (PCE) “, constatamos que assim acontece nos nadadores do Grupo Experimental 1, no entanto os nadadores do Grupo Experimental 2 obtiveram os valores mais elevados na emoção Ansiedade. Os atletas com menor experiência competitiva apresentam maiores níveis de Ansiedade (Gomez et al., 2016). Contudo, conforme Jones (1995) a Ansiedade seria facilitativa na influência do desempenho, ao realizar o PCE os nadadores terão uma perceção de controlo quanto à avaliação e aos objetivos a atingir, determinando um estado de controlo para um maior desempenho desportivo. As emoções e os pensamentos são interpretados de uma forma que aumenta a motivação e ajuda a melhorar o desempenho desportivo (Neil et al., 2011). A eficácia no treino e principalmente na competição é um dos princípais objetivos do atleta, melhorar o seu treino para depois viabilizar a prestação competitiva, e potenciar os fatores que concorrem para a excelência desportiva (Garganta, 2001). Quanto à emoção Amor sendo uma emoção positiva é conhecida como uma libertação e animação, é uma ferramenta que faz “mover” certos indivíduos. É uma emoção profunda e inefável, é um reconhecimento de qualidades e de um sentido de unidade subjacente. O Amor pode conduzir a momentos de euforia, como ter uma influência importante no comportamento social.

Na Influência do Amor verificamos que as diferenças encontradas são entre o Grupo de Experimental 1 e o Grupo de Controlo, sendo os valores do Grupo Experimental 1

num determinado contexto e depende sempre de vários fatores, conforme o indivíduo, elas são um impulso para agir e poderão ser potenciadas se orientadas adequadamente pelo indivíduo. As emoções são mais úteis num comportamento mais complexo. A interpretação da emoção vai antecipar e influenciar o desempenho (Neil et al., 2011), o uso das emoções depende do reforço baseado no uso da ação, verifica-se que a influência das emoções é relativa e que as emoções tornam-se autónomas na influência do desempenho desportivo.

Tabela 9 - Teste de Scheffé na Influência das emoções com resultados significativos no pré-teste e no pós-teste

Variável

dependente Grupo Entre grupos α ≤,05

Pré-teste

Grupo Experimental 1 Grupo controlo ,755

Grupo Experimental 2 ,162

Medo

Grupo Controlo Grupo Experimental 1 ,755 Grupo Experimental

2 ,044

Grupo Experimental 2 Grupo Experimental 1 ,162

Grupo Controlo ,044

Grupo Experimental 1 Grupo Controlo ,019

Ciúme Grupo Experimental 2 ,140

Grupo Controlo

Grupo experimental

1 ,019

Grupo Experimental 2 ,996 Grupo Experimental 2 Grupo Experimental 1 ,140

Grupo Controlo ,996

Pós-teste

Grupo Experimental 1 Grupo Controlo ,203

Ansiedade Grupo Experimental

2 ,040

Grupo Controlo Grupo Experimental 1 ,203

Grupo Experimental 2 ,405

Grupo Experimental 2 Grupo Experimental1 ,040

Grupo Controlo ,405

Grupo Experimental 1 Grupo Controlo ,028

Amor Grupo Experimental 2 ,985

Grupo Controlo Grupo Experimental

1 ,028

Grupo Experimental 2 ,088 Grupo Experimental 2 Grupo Experimental 1 ,985

O sujeito ao definir as estratégias e os modelos que utiliza nas diferentes situações que ocorrem durante a competição pode assim realizar um desempenho apropriado e adequado ao momento, maximizar e promover o controlo emocional para manter altos níveis de desempenho.

As emoções têm de ser avaliada num contexto dinâmico, em que o indivíduo espera que ocorram mudanças ou poderá existir uma crença na melhoria do momento (Ellsworth & Smith, 1988), essa crença pode potenciar o desempenho, desde que não perdure no tempo, levando a um desalento.

Cada emoção tem funções distintas na forma como organiza, a perceção, a cognição e o comportamento. As emoções são respostas do indivíduo, à importância atribuída aos seus objetivos, dando uma resposta às necessidades do momento. A forma como se avalia a situação determina a emoção.

O ser humano funciona como um todo, por mais horas de treino que ele faça, por mais que automatize os seus movimentos, as emoções do dia-a-dia influenciam a sua forma de estar e o seu desempenho.

A competição introduz o fator da adversidade e assim surge a dimensão trágica do desporto, o confronto, e o desespero refletem-se, há sempre alguém que não ganha. Mas os aspetos emocionais não aparecem da mesma forma em todos os indivíduos, num caso procura-se ultrapassar os seus limites, noutro caso, trata-se de se ser mais forte, tudo é pensado, construído, reajustado de acordo com o tipo de adversário.

A forma como o indivíduo se apercebe do estímulo ou do evento, a sua avaliação cognitiva, seja ela positiva, ou de ameaça ou de desafio, define as categorias das emoções positivas e negativas que estará sujeito. Assim se reforça a ideia de que os jovens atletas têm mais dificuldades em identificar as suas avaliações usando mais dimensões complexas.