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BUSCANDO INDÍCIOS NA INVESTIGAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS “PIONEIROS” DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

3.1. Análise descritiva das entrevistas

3.1.3. Experiência de ensino na web

A categoria de análise “Experiência de ensino na web” se desdobra em três questões menores: (a) “Relato de experiências na educação a distância via web”, (b) “Usa algum ambiente virtual de ensino e aprendizagem?”, e (c) “Desenvolveu a experiência individualmente ou em equipe?”

A primeira experiência a ser contada é do primeiro entrevistado, professor A, do Centro de Ensino de Língua da “Universidade pública”.198

O professor A iniciou na educação a distância ainda na 1ª e 2ª gerações, quando participava do Projeto da Universidade de Hagen,199 e só mais tarde é que veio usar o TelEduc quando do surgimento da primeira versão deste. A sua experiência é no oferecimento de cursos de alemão semipresenciais e de uso do TelEduc como apoio ao presencial. Ele acredita que essa é uma forma de potencializar a educação no Brasil. Diz usar a tecnologia de uma

198 Na palestra “O ambiente TelEduc no ensino de línguas” ocorrida no Centro de Computação da UNICAMP no

dia 27 de maio de 2003, o prof. A informa: “há um grande investimento da Direção do CEL na utilização do TelEduc pelos professores de língua da universidade. Quem visitar a página do ambiente no servidor de Educação a Distância do Centro de Computação <http://www.ead.unicamp.br/~teleduc/> verificará a existência de nada menos do que 51 instâncias de cursos abertas em nome do CEL. Delas, a maior parte (49) corresponde a disciplinas de língua do catálogo da Graduação (sigla LA): Alemão (8), Espanhol (4), Francês (5), Hebraico (2), Inglês (8), Italiano (3), Japonês (8), Português (6), e Russo (5). Além disso, o ambiente é utilizado para um curso CEL/APFPU e outro CEL/Extecamp.”

199 O Projeto fez parte de um acordo binacional entre a “universidade pública” e a Universidade a Distância de

forma pragmática, uma vez que têm muitas pessoas fazendo a teorização sobre o assunto, e a sua principal preocupação é “pegar as coisas que estão aí e ver de que maneira” ele pode usá-las em seu “projeto pedagógico e melhorar a qualidade de ensino. E melhorar também o atendimento.”

Isto é, atender mais gente e não somente aqueles 20 alunos que ele pode ter numa sala de aula.

O professor A tem o sonho de repartir o conhecimento, de saciar a fome de saber, que é realidade em nosso país. Se outros pesquisadores e docentes tivessem essa mesma vontade, possivelmente, seríamos portadores de outra realidade educacional, principalmente no ensino superior.

Democratização da educação e, mais especificamente da educação superior, ainda é uma tarefa a ser cumprida, mas, como o próprio professor assinala essa democratização não pode significar diminuição da qualidade e nem tampouco dizer que a educação a distância vai acabar com a presencial. Para ele, as duas devem se complementar.

Para o professor A, “cada tecnologia, cada modalidade tem os seus pontos fortes e fracos”, e é por essa razão que ele acredita na idéia de cursos semipresenciais para a sua área de atuação. Diz: “eu não acredito no ensino de línguas totalmente a distância, ou ainda, eu sou muito cético. Pelo menos pela produção oral, não.” Mais à frente, na sua entrevista, reforça essa idéia novamente de outra forma, ao dizer: “eu estou convicto que a hipótese inicial do curso semipresencial se mostrou uma hipótese válida, ou seja, você pode combinar as duas coisas, ensino presencial e ensino a distância com ganho de qualidade”. E finaliza essa questão deixando claro que continua convicto que para o estudo de línguas, especificamente, “a modalidade totalmente a distância tem uma série de limitações, embora ela nos coloque em outro patamar, pelas portas que se abrem, mas ele não substitui o contato presencial.” Para o entrevistado “ela expande e, combinada, abre uma série de modalidades que dependendo do foco do curso que você tem você pode investir mais ou menos.

O professor B começou a interessar-se pelo uso da tecnologia na educação antes do

boom que vivemos hoje. Os seus primeiros projetos foram desenvolvendo softwares

educacionais para o ensino de Biologia. A partir dessa experiência, ele resolveu montar um curso totalmente a distância intitulado “Bioquímica da Nutrição” que aconteceu no primeiro semestre de 2000 para alunos de graduação da UNICAMP e da USP. Na primeira versão, foi necessário montar uma homepage para hospedar o curso, o que, segundo o professor, deu um

trabalho enorme. A esse respeito, na palestra “Aprendizagem Colaborativa a Distância”,200 o prof. B disse:

A disciplina foi estruturada em um servidos www que armazena as páginas com os conteúdos, controla o acesso dos participantes e gera os arquivos de log, analisados pelo programa Analog. O programa Formmmail e o PetidomoMailing List Manager foram utilizados para gerenciar os formulários usados pelos alunos para encaminhar suas dúvidas e a comunicação entre os participantes. O Mhonarc foi usado para converter os e-mails para HTML e o E-chat usado para as salas de Chat. O conteúdo HTML foi gerado no Netscape Composer. A estrutura da disciplina está disponível em http://ead.ibi.unicamp.br/.

Importante ressaltar que esse curso totalmente a distância surge no bojo de ações inovadoras que o Instituto de Biologia, da “universidade pública” pesquisada, vem implementando no sentido de contribuir para que as aulas presenciais sejam mais produtivas e interessantes e, para isso, os professores, e principalmente o meu entrevistado, têm buscado diferentes metodologias de ensino, entre elas teatros, uso de software, estudo em grupo, etc.

Na primeira versão do curso,201 participaram 40 alunos e, para auxiliá-los, havia 13 monitores. A respeito da quantidade de monitores, o professor B disse que isso foi possível, porque nas aulas presenciais eles já trabalham com esse sistema de orientação e também porque para essa nova experiência houve muitos voluntários.

Em 2001, o curso202 do ano anterior sofreu pequenas alterações e foi oferecido novamente, porém, nesse momento, foi disponibilizado com o uso do ambiente TelEduc. Aqui foram aproximadamente 50 alunos e 8 monitores. Em 2003, o mesmo curso203 foi oferecido para 80 alunos e 10 monitores. Os cursos foram totalmente a distância, sendo que somente as provas foram presenciais. Segundo o professor B, essa quantidade de monitores foi/é importante, porque eles não queriam um curso de auto-instrução, mas sim a possibilidade de promover à distância as discussões que eles vêm fazendo na própria sala de aula. Para ele, é

200 Palestra proferida no Centro de Computação da UNICAMP no dia 06 de março de 2001 pelo professor B.

Nessa palestra o professor defende que “a aprendizagem colaborativa admite que o conhecimento é criado através da interação, não simplificada à transmissão de informação do professor para o aluno. Preconiza que o papel do professor é o de criar um contexto no qual os alunos possam produzir seu próprio material através de um ativo processo de descoberta.”

201 A primeira versão do curso pode ser encontrada em <http://ensino.ibi.unicamp.br/nutri-demo/>.

202 Pelo fato de ter sido oferecido pelo TelEduc o acesso à página é restrito àqueles que tem senha, mas uma

demonstração pode ser encontrada em <http://ensino.ibi.unicamp.br/bioqnutri/programa2001.html>.

um curso que não funciona sem um número grande de pessoas ajudando porque tem que ficar mandando e-mails, respondendo, discutindo porque senão eles perdem a motivação caso as respostas demorem a chegar. Na opinião do referido professor, a experiência deu tão certo que os alunos ficaram mal acostumados, porque eles mandavam as dúvidas e quase que imediatamente eles já tinham a resposta.

Importante observar que essa é uma boa dica para aqueles que querem saber como motivar e manter o aluno interessado nas discussões. No entanto, para isso há necessidade de condições para tal. Não estou aqui defendendo que seria a proporção de monitores que o professor usou, mas uma que possibilite uma educação de qualidade. O aluno precisa se sentir ouvido e ter espaço para falar, dessa forma independente de ser a distância ou presencial o aluno vai se interessar. É isso que precisamos aprender a fazer para alavancar o potencial da EAD para melhorar a qualidade das interações nos processos de ensino e de aprendizagem que usa as novas tecnologias.204

O professor C começou usando a web para apoiar o ensino presencial em disciplinas na Faculdade de Ciências Médicas na “Universidade pública” em nível de graduação, pós- graduação e extensão a partir de 1993. Em 1997, desenvolveu sua primeira Intranet de apoio aos cursos e em 1998 desenvolveu o seu primeiro curso de pós-graduação semipresencial intitulado “Informática na Educação Médica”. A partir de 2000, começou a ministrar muitos cursos semipresenciais e totalmente a distância, além de desenvolver várias tecnologias em colaboração com o Instituto Edumed. Alguns dos cursos oferecidos pelo prof. C, uns na modalidade a distância e outros semipresenciais, foram: Atualização Científica em Informática em Saúde; Treinamento Avançado em pesquisa de Informações na Internet; Curso de Capacitação Docente em Informática em Saúde; Introdução à História da Neurociência; Curso de Aperfeiçoamento em Prontuário Eletrônico do Paciente; Banco de Dados e Análise Estatística usando o EPI-INFO; Seminário Videoconferência no Hospital; Capacitação em Educação a Distância em Saúde; Treinamento em Tecnologias de Educação a Distância; Produzindo Áudio e Vídeo para a Internet; Informática na Educação Médica; dentre muitos outros.205

204 Na minha atuação como educadora na web, além dessa questão já ter sido objeto de reflexão da minha prática

como aluna, também aprendi essas dicas com o professor B.

A professora D, depois de ficar um bom tempo de sua vida afastada de determinadas tecnologias que podem potencializar a educação, na atualidade ela diz que não sobrevive mais sem o computador e a Internet, principalmente na sua vida pessoal. Até o final de 2003, ela já tinha oferecido cinco cursos usando o TelEduc como forma de apoiar os seus cursos presencias da graduação ou na pós-graduação. O seu primeiro curso foi “Qualidade de Vida na Velhice”, realizado no ano de 2002, e destinava-se aos alunos do Mestrado em Gerontologia e Doutorado em Educação-Gerontologia. O segundo, também em 2002, intitulava-se “Psicologia Educacional II”, e foi ministrado para os alunos do curso de graduação de Pedagogia do período noturno; o terceiro foi mais uma experiência realizada em 2002, tendo o título “Psicologia do Envelhecimento”, o qual teve como público alvo alunos de Mestrado e Doutorado em Gerontologia e áreas afins; em 2003 inicialmente foi oferecido o quarto curso usando o ambiente TelEduc como apoio ao presencial destinado ao mesmo público do curso anterior e chamou “Teorias do Envelhecimento”; “Introdução à Psicologia” foi a última experiência da professora D até a data da entrevista, e foi destinado a alunos do primeiro semestre de Pedagogia do período noturno. Este, na opinião da professora D, não deu muito certo devido, principalmente, ao acúmulo de atividades que o curso representou para os alunos, além, é claro, de outros fatores. Entretanto, independentemente da última experiência não ter resultado no esperado pela professora, apoiando-se nos bons resultados anteriores, ela pretende continuar com essa prática porque acredita que isso agrega valores aos seus cursos.

Nos cursos de pós-graduação, a profª. D teve uma média de 12 a 15 alunos aproximadamente, e nestes, ela não contou com monitores. Já nos de graduação, com aproximadamente 40 alunos, ela aproveitou a ajuda dos seus orientandos de Mestrado e Doutorado. Para ela, o apoio dos monitores é de suma importância, tanto para eles próprios como para os alunos que têm um auxílio potencializado.

O professor E, depois de ter vivenciado algumas experiências como aluno da EAD, passou a coordenar o setor de Educação a Distância na “universidade comunitária”. Ao assumir esta função, depois de algumas providências administrativas e de contato com as condições tecnológicas, ele imediatamente colocou em prática a formação de professores para atuarem na EAD nesta universidade. Isso porque ele acredita que não adianta vontade da instituição e do coordenador de EAD e tecnologia avançada apenas, mas que isso tudo só tem significado se tiver uma equipe que sabe fazer. Esse saber fazer não surge do nada. Ele se faz

fazendo; na prática. Porque essa é uma modalidade – a 4ª geração – nova e ainda não há mão-

de-obra qualificada e massa crítica suficientes para realizá-la adequadamente. Apoiado nesse pensamento é que o prof. E começou a implementar a EAD na “universidade comunitária”.

Elaborou um “Curso de Formação de Professores para EAD” de 40 horas-aula, sendo que desse total, 30% seriam presenciais e as 70% restantes seriam a distância, via Internet. As 40 horas foram distribuídas em 10 módulos de 4 horas-aula cada, durante 20 semanas. O curso teve início no dia 14 de agosto de 2002 e encerrou em 18 de dezembro deste mesmo ano.

Para dar oportunidade a todos os 23 cursos da referida universidade, naquele momento, os diretores de Centro206 indicaram um representante de cada um. Como houve mais alguns interessados, foram feitas 26 inscrições que deveriam ter interesse em trabalhar com essa modalidade de educação na instituição, pois o curso em questão previa a apresentação de um projeto-piloto individual que deveria ser testado e colocado em prática pelos seus próprios criadores.

O programa do “Curso de Formação de Professores para EAD”, distribuído em módulos de 2 semanas cada, constou de: Conceitos e histórico da EAD; Teorias de ensino; Teorias de aprendizagem; Avaliação na EAD; Discussões teóricas e práticas sobre aprendizagem, ensino e avaliação; Ambientes gerenciadores de aprendizagem; A legislação sobre EAD e um panorama das iniciativas; Elaboração de projeto pedagógico; Elaboração de aulas práticas da disciplina; Discussão sobre a teoria e a prática de EAD e perspectivas.

Como se pode observar pelo programa, foi um curso exigente, tanto em termos de conteúdo como de atividades, pois os alunos, inclusive, teriam que elaborar e colocar em prática o seu projeto piloto. Talvez para um primeiro curso, o programa pudesse ter sido mais suave, inclusive para entusiasmar e realmente encontrar aqueles mais dispostos a implementar seus projetos na instituição. A realidade foi que dos 26 inscritos, 8 não apareceram sequer no primeiro encontro que foi presencial e, apenas 9 concluíram o curso e apresentaram os seus projetos. Importante ressaltar que os alunos-professores apresentaram projetos relativos à sua área de atuação, teses defendidas, ou assuntos de interesse pessoal.207 Outro problema sério

206 Hoje essa estrutura de Centros não existe mais na “universidade comunitária”.

207 Seguindo esses critérios, os projetos apresentados foram: Estresse: fatores determinantes e técnicas

preventivas; Fundamentalismo religioso e a política; Uso pedagógico do computador em sala de aula, a partir dos aplicativos; Língua Portuguesa: gramática e textos; Proposta pedagógica sobre o uso do computador integrado às

que desmotivou bastante foi o uso de um ambiente gerenciador de aprendizagem elaborado pela própria instituição e que não funcionava adequadamente e também não atendia às necessidades dos usuários. O que foi praticamente resolvido depois da adoção do TelEduc como o ambiente de aprendizagem para terminar o curso em questão e também para o seguinte, porque, o prof. E acredita que “se o educador quer sentir o que é a educação a distância via web, as dificuldades e as recompensas, ele deve abrir uma sala de aula virtual.” Porque para o entrevistado, “enquanto a pessoa não entrar numa sala de aula virtual e não experimentar todas aquelas possibilidades, ela não vai sentir o que é. A formação da pessoa só vai completar na ação. Precisa da teoria, mas precisa também da ação.208

Com a mesma filosofia e sanando alguns dos problemas anteriores, mais uma turma concluiu o curso na “universidade comunitária” e outros estavam programados.

O professor F iniciou o curso de formação de professores para a educação a distância oferecido pela “universidade comunitária”, mas não chegou a concluir. No entanto, ao conhecer o TelEduc e perceber que aquelas ferramentas disponibilizadas naquele ambiente poderiam melhorar o aproveitamento dos alunos ele, com o seu conhecimento da área de informática, criou a sua página para apoio ao presencial. Ele usou a página para duas turmas do curso de graduação em Direito da “universidade comunitária” e o uso desta para os alunos foi facultativo porque o seu objetivo com tal iniciativa foi possibilitar a discussão e o aprofundamento do conteúdo para os interessados. A experiência durou pouco tempo, porque quando chegou o período de provas, os alunos ficaram sobrecarregados e, então, o professor preferiu colocar essa experiência em prática em um outro momento.

O professor G fez também o curso de formação para EAD oferecido pela “universidade comunitária” e montou o seu projeto piloto sobre “Educação Ambiental”. Nesse curso ele procurou ensinar, por meio da discussão e debate virtual, desde o histórico, experiências e conceitos da Educação Ambiental, além de mostrar que a Educação Ambiental é necessária em todas as áreas do conhecimento, bem como que a EAD é um instrumento para executá-la. Nessa primeira experiência, ele teve 13 alunos.

práticas educativas; Matemática básica; Geografia e história de Sorocaba: formação social, econômica e ambiental; História do rock; e Leitura, análise e compreensão de textos.

O professor H também fez o curso de formação oferecido na “universidade comunitária” e usou o TelEduc como apoio ao presencial.

Uma outra pergunta desse bloco foi: “Usa algum ambiente de aprendizagem? Por quê?” A esse respeito o prof. A informa que “no início do projeto piloto para o curso semipresencial de alemão foram cogitadas diversas outras possibilidades, passando do simples suporte de e-mail e lista de discussão a ambientes mais sofisticados, como o WebCT”, até que, em 2001, quando surgiu a primeira versão do TelEduc, ele começou a usá-lo. Os motivos que incidiram sobre a escolha deste foram anunciados na palestra “O Ambiente TelEduc no Ensino de Línguas”, quais sejam: (a) ser um produto interno da “universidade pública”, portanto sem custos adicionais, além da possibilidade de contribuir com seu aprimoramento ao usá-lo e avaliar sua aplicabilidade; (b) facilidade e flexibilidade de uso, o que dá autonomia ao professor; (d) não imposição de determinada metodologia de ensino; e, (e) o fato de algumas das ferramentas disponíveis no TelEduc terem uso direto na pesquisa e em propostas pedagógicas da área do ensino de línguas.

Com relação ao último motivo descrito acima, o prof. A esclarece que, com isso, ele não está dizendo que “todas as ferramentas disponíveis tenham utilização pacífica, em função de

dificuldades de natureza técnica, de infra-estrutura, ou cultural.” Diz que, no limite, tais dificuldades o deixam “cético quanto a possibilidade de um curso de línguas eminentemente a distância, sem qualquer suporte presencial – sobretudo no tocante ao desenvolvimento da habilidade de produção oral.”Daí ele propõe a“utilização do TelEduc como suporte a cursos semipresenciais ou mesmo presenciais, com funções específicas.”

Também o prof. B não começou com o TelEduc, até porque naquele momento ele ainda não estava disponibilizado para uso. Ele construiu o seu próprio ambiente para o primeiro curso, porém, a partir de 2001 ele passou a usar o TelEduc e confessa que o volume de trabalho com o curso reduziu significativamente. Também contribuiu para a escolha o fato de ser um ambiente da própria “universidade pública”, além de ser de extrema facilidade o seu uso tanto para o professor programar o seu curso, como para os alunos acessarem e fazerem as atividades propostas.

De forma similar também foi a experiência do professor C. Ele começou fazendo os seus

porque na sua opinião é o mais completo e melhor de todos os experimentados, inclusive pela facilidade de operacionalização.

A profª. D já começou com TelEduc direto. Os motivos que a levaram a essa escolha foi (a) o fato de ser um produto da própria universidade, (b) o apoio dado aos professores usuários da “universidade pública”, e (c) também pela facilidade e flexibilidade do mesmo.

O prof. E, da “universidade comunitária”, em suas experiências, já usou vários gerenciadores de aprendizagem, tais como: Brackboard, AulaNet, WebCT, VirtualClass,

TutorWeb, um gerenciador criado pela própria “universidade comunitária”, mas atualmente

usa, na instituição, no setor de EAD, o TelEduc porque (a) é gratuito, (b) fácil de usar e, (c) tem apresentado bons resultados.

O prof. F e o prof. G nunca usaram outro gerenciador além do TelEduc, mas ficaram satisfeitos com a usabilidade deste. Já o prof. H diz já ter usado softwares e simuladores de investimento online e que na sua experiência com o projeto piloto usou o TelEduc porque foi esse o ambiente usado pela instituição, mas que não gostou.

Ao serem inquiridos se trabalham sozinhos ou em equipe, os respondentes mostram que a autonomia do professor ainda é um fator importante na sua ação. O prof. A informa que há uma grande dificuldade do professor trabalhar em equipe209 e que essa dificuldade é menos vinculada a questão técnica e mais a uma questão de cultura. No entanto, ele vê que a