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Farmacêuticos do CHTMAD O Decreto-Lei n.º 44.204, de 22 de Fevereiro de 1962, apresenta o Regulamento

Geral da Farmácia Hospitalar que define FH como:

“Conjunto de atividades farmacêuticas exercidas em organismos hospitalares ou serviços a ele ligados para colaborar nas funções de assistência que pertencem a esses organismos e serviços e promover a ação de investigação científica e de ensino que lhes couber”.

A FH engloba as atividades farmacêuticas que têm lugar nos serviços hospitalares ou componentes a estes relacionados, assistindo e promovendo a investigação científica e de ensino correspondente. Tais funções, são desempenhadas pelos SFH que garantem a terapêutica farmacológica aos doentes, a qualidade, eficácia e a segurança dos medicamentos4.

Após um recente período de remodelação, os SF do CHTMAD,EPE localizam- se no primeiro piso do edifício central (ANEXO II), estando alocados aos Serviços de Apoio Logístico, enquanto a Unidade Central de Preparação de Citotóxicos (UCPC) se situa no edifício do Centro Oncológico por uma questão de proximidade e conveniência.

O horário de funcionamento é das 9h às 18h de Segunda a Sexta-feira. Para garantir situações de urgência e um acesso rápido à medicação, aos feriados e fins- de-semana os SF destacam um Farmacêutico de prevenção.

3.1 Organização dos Recursos Humanos

Os recursos humanos são a base essencial de uma gestão com qualidad .

Os SF compreendem, num somatório com todas as Unidades, um total de 39 colaboradores: 13 Farmacêuticos, 11 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT), 6 Assistentes Técnicos (AT) e 9 Assistentes Operacionais (AO). A direção dos SF é exercida em regime de exclusividade pela Dr.ª Almerinda Alves (que é hierarquicamente orientada pelo Conselho de Administração do Hospital), sustendo à sua responsabilidade o correto e o melhor desempenho das funções de todo o serviço.

garantindo o funcionamento ininterrupto dos SF.

Os tempos atuais obrigam o máximo de exigência com o mínimo de recursos possíveis. Os recursos humanos são a base de todos os procedimentos5. A esta equipa exige-se um trabalho difícil e só exequível com um líder imparcial e capaz. A

quantidade de serviços prestados e o selo de qualidade atipicamente notável apresentados por uma equipa tão “pequena” impõem pessoas disciplinadas, organizadas, estruturadas e competentes e obriga a um clima de interajuda e dinamismo permanente. Os SF do CHTMAD possuem um organigrama que permite hierarquizar e distribuir as tarefas de cada um, de acordo com as suas habilitações. A carência de um grupo profissional, seja Farmacêutico ou AO, torna o circuito do medicamento hospitalar incompleto. Todo o funcionário dos SF centra-se no doente, em torno do qual desenvolve a atividade assistencial, cuidados personalizados, homogéneos e abrangentes.

Notas importantes:

1

O organograma dos recursos humanos dos SF atribui a cada profissional funções específicas, podendo estas sofrer alterações, se necessário, atendendo a decisões dos serviços, à frequência e à rotação do pessoal.

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O plano de atividades é ativo e dinâmico, ou seja, é prática a implementação de regimes de turnos nas várias secções (i.e. o Farmacêutico responsável pelos medicamentos do Serviço de Cardiologia numa semana, passa, na semana seguinte, a ser responsável pelo Serviço de Hemodiálise).

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Aos Farmacêuticos do CHTMAD cabe entre outras: a validação das prescrições, a reposição de Pyxis®, a dispensa e preparação de medicamentos e outros Produtos Farmacêuticos (PF). De realçar que, neste Centro, a preparação da Unidose é feita, essencialmente, pelos TDT.

3.2 Organização dos Serviços Económicos e Administrativos

A ótica económica é sempre primordial na boa gestão de um serviço. A gestão dos recursos económicos é feita de maneira a que se reduza, ao mínimo, o custo das existências. Quando se selecionam e implementam estratégias de contenção de custos com medicamentos é essencial não nos esquecermos da segurança do doente e da qualidade dos cuidados de saúde prestados. O setor da logística dos SF do

medicamentos, dispositivos médicos (DM) ou qualquer outro produto de saúde. No CHTMAD a atividade deste secor passa fundamentalmente pela aquisição e receção de PF, em contínua ligação e cooperação com o Serviço de Aprovisionamento (SA). Ainda que dotados de autonomia técnica, os SF estão sujeitos a orientações provenientes do Conselho de Administração (CA), pelo que é pertinente uma gestão financeira e de stocks devidamente organizada.

3.3 Gestão Hospitalar de Armazém e Farmácia (Sistema Informático)

A preocupação com a segurança da terapêutica tem motivado a implementação de mecanismos e ferramentas tecnológicas que permitam significativos aumentos quer na qualidade, quer na segurança dos processos relacionados com a dispensa e distribuição de medicamentos. A automatização dos SF do CHTMAD é assegurada pelo Sistema de Gestão Hospitalar de Armazém e Farmácia (GHAF), uma aplicação informática que permite minimizar o processo burocrático associado às prescrições médicas e, ao mesmo tempo, a gestão de todos os produtos existentes. Alguns exemplos das suas funcionalidades incluem a validação da prescrição de doentes em regime de internamento e de ambulatório; quantidade de existências em tempo real; débito dos medicamentos dispensados; emissão de alertas; informação sobre o preço do medicamento e o custo que este representa para o utente. De salientar que, o acesso ao programa informático é restrito, sendo, para tal, necessário a introdução de um código de utilizador e respetiva

password.

Notas importantes:

1 Apesar do acesso restrito ao GHAF foi-me, desde cedo, permitido o “livre trânsito” ao Sistema. Sempre que necessário, tive acesso ao login dos vários Farmacêuticos. Relativamente à qualidade do programa, as opiniões são um pouco negativas. Os profissionais Farmacêuticos apontam como principal debilidade a incongruência entra a linguagem utilizada pelo programa e a linguagem que se utiliza a nível farmacêutico. As alternativas a este sistema não são muitas, no entanto, aponto como possível alternativa a aquisição de sistemas como o GEMA ou SIAG.

A qualidade é um conceito chave para qualquer serviço. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define-a, para um serviço de saúde, como: “um alto nível de excelência profissional, um uso eficiente dos recursos, um mínimo de risco para o paciente e um impacto final positivo sobre a saúde.” É impossível falar de uma boa gestão nos serviços de saúde se não for incorporado um sistema de melhoria contínua da qualidade, pois há evidências suficientes que indicam que tais programas são uma ferramenta indispensável para aumentar a eficiência económica e clínica. Na Europa existem vários modelos de Sistemas de Gestão de Qualidade (SGQ) que permitem uniformizar e homogeneizar as actividades desenvolvidas nos Hospitais.

Os SFH do CHTMAD operam sob um SGQ em conformidade com a Modelo Internacional Standard Organization (ISO) 9001:2008 mas deixaram de estar acreditados segundo o modelo da Joint Commission International (JCI) por inteligências económicas no ano 2009. No entanto, continuam a seguir as mesmas normas de procedimento e requisitos estabelecidos. Tudo o que respeita aos SF do CHTMAD segue maioritariamente as exigências do Manual de Boas Práticas da Farmácia Hospitalar e do Manual da Farmácia Hospitalar. Desta forma, estes serviços apresentam uma conjetura documental organizada e estruturada onde são claramente definidos e documentados todos procedimentos, responsabilidades e indicadores de qualidade a adoptar. O Farmacêutico tem naturalmente um papel chave na manutenção e cumprimento do SGQ.

3.5 Comissão de Farmácia e Terapêutica

A referida comissão é abrangida pelo Despacho nº 1083/2004, de 1 de Dezembro. A pluralidade de medicação existente para as diferentes patologias e a complexidade farmacológica associadas à modernização das políticas de saúde remetem-nos para a necessidade de obedecer a estratégias e normas que uniformizem as terapêuticas à realidade da Unidade Hospitalar6. A Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) impõe-se, desta forma, como um órgão de consulta, importante para a implementação de formulários, políticas e protocolos na utilização de medicamentos e outros PF, com o objetivo de assegurar que são tomadas todas as medidas, que garantam a qualidade, controlo de custos e a monitorização do plano terapêutico, no que diz respeito à substituição entre equivalentes terapêuticos.

os médicos e a Diretora dos SF, nomeia os Farmacêuticos.

Notas importantes:

1

No CHTMAD, as comissões afetas aos SF incluem a Comissão de Farmácia e Terapêutica, a Comissão de Ética e a Comissão de Controlo da Infeção Hospitalar.

3.6 Formulário Hospitalar Nacional de Medicamento (FHNM)

O Formulário Hospitalar Nacional do Medicamento (FHNM) consiste numa publicação oficial de divulgação no âmbito dos serviços de saúde. A sua principal finalidade centra-se no auxílio da prescrição médica. O FHNM resume-se a uma lista de medicamentos aprovada pela CFT, que funciona como utensílio de apoio e orientação à prescrição nos Hospitais do SNS. Para isso, reúne um conjunto de medicamentos selecionados de acordo com critérios de qualidade, eficácia, segurança e custo, representando uma apoio para os profissionais de saúde ao facilitar a tomada de decisões e a prática diária dos cuidados de saúde hospitalares. Na realidade, apenas devem ser escolhidos medicamentos presentes no FHNM contudo, e dadas as singularidades típicas de cada Hospital, o Formulário deverá sofrer os ajustes necessários. Assim, quando o medicamento não pertence ao FHNM, obriga a um pedido extra-formulário por parte do prescritor (ANEXO III), para que seja autorizado pela Direção Clínica.

O FHNM apresenta-se acessível em edição papel e ou em suporte informático (disponível em www.infarmed.pt/formulario). A nível estrutural, o FHNM encontra-se organizado segundo grupos e sub-grupos farmacoterapêuticos, dentro dos quais os medicamentos são organizados de acordo com a respetiva Denominação Comum Internacional (DCI).

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