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aquisição e armazenamento de Medicamentos

4.3 Sistemas e Critérios de Aquisição de Medicamentos

A aquisição dos medicamentos, PF e DM é da responsabilidade do Farmacêutico Hospitalar em articulação com os Serviços de Logística e Aprovisionamento. Os critérios de aquisição de PF seguem uma política interna de análise extensa com base em vários parâmetros:

em que a encomenda deverá ser efectuada, entrando em linha de conta com o histórico de consumos/ dados relativos ao consumo dos últimos meses;

 Análise pormenorizada dos produtos abaixo do PE;  Análise de pontos de alerta;

 Análise das faltas detetadas pelos colaboradores;

 Análise da informação solicitada aos laboratórios (i.e. se o medicamento pode ser fornecido no formato unidose):

 Análise de propostas;

Posteriormente, procede-se à elaboração de uma lista comum em cada Unidade Hospitalar, sendo toda a informação processada em Vila Real. Cabe à Diretora dos SF e responsáveis dos SF das Unidades a sua leitura e interpretação e consequente decisão quanto à escolha do processo de aquisição (Tabela 1) mais conveniente.

TABELA 1 – Possíveis sistemas de aquisição de medicamentos: sistemas com o propósito

de adquirir os medicamentos adequados às necessidades farmacoterapêuticas dos doentes.

Processos de aquisição praticados no CHTMAD

Concurso público centralizado (Catálogo ACSS)

Negociação directa com laboratórios

Ajuste directo

Aquisições a fornecedores locais

Nestes casos, a aquisição é feita através de uma nota de encomenda (NE) enviada via modem para o fornecedor. No CHTMAD estão destacadas duas assistentes administrativas para estas funções, dando continuidade ao processo com base em concursos realizados anualmente, resultantes de acordos financeiros disponíveis no Catálogo Público Centralizado.O AT entra na lista comum e elabora-a automaticamente. Na condição de se tratar de estupefacientes, psicotrópicos e benzodiazepinas, é exigido o preenchimento e autentificação da requisição pelo fornecedor e Diretora dos SF. O original deste documento permanece com os SF e o duplicado com o fornecedor. Para os medicamentos com Autorização de Utilização Especial (AUE), é enviado o original da autorização ao fornecedor aquando da 1ª aquisição. Para evitar a burocracia pode optar-se por uma transferência interna de armazém. No caso de transferência interna, esta é registada, aviada, conferida e enviada através do motorista do Centro Hospitalar.

Consiste um concurso público, a encargo do Ministério da Saúde, para os produtos mais consumidos pelos Hospitais a nível nacional. As propostas dos fornecedores interessados são apresentadas e submetidas a análise, sendo escolhidas aquelas que apresentam as melhores relações custo/benefício8. As propostas aceites são colocadas no Catálogo Público de Aprovisionamento. Este catálogo apresenta para cada produto todos os fornecedores aprovados, e as condições que cada um oferece e com base nesta informação, a Diretora dos SF decide a que fornecedor efectuará a compra. Nem sempre os fornecedores com propostas mais baixas são os mais indicados. A aquisição de produtos derivados do plasma humano é obrigatoriamente realizada via catálogo ACSS.

Notas importantes:

1

A escolha, se possível, deve recair sobre o produto mais barato. Caso isso não aconteça o Diretor dos SF tem de justificar a sua opção. No entanto, a escolha do produto a adquirir vai muito além do seu preço unitário/qualidade do produto. A existência de ranhura que permite dividir os comprimidos é um exemplo. Outro, é a seleção da apresentação do PF em função do seu uso; isto é, no caso deste se destinar à distribuição em regime de ambulatório, os blisters não necessitam de estar individualmente identificados, mas se o destino é a Distribuição Individual Diária em Dose Unitária, é necessário o reembalamento o que acarreta custos adicionais.

4.3.2 Ajustes diretos

Pontualmente, perante a indisponibilidade do fornecedor habitual ou carência de um produto não incluído nos contractos públicos, pode efetuar-se uma aquisição através de um ajuste direto, como procedimento interno de aquisição. Este processo inicia-se com a revisão ou abertura de um novo concurso por parte do SA que determina a opção mais viável para os requisitos em causa, seguindo-se uma negociação direta com os fornecedores. Este processo justifica-se quando se pretende adquirir um produto cuja necessidade não estava prevista, e por isso não é abrangido por um concurso de aquisição. Os ajustes diretos também são uma alternativa perante situações urgentes como, rutura de stock de um medicamento8.

Em situações pontuais, o Farmacêutico responsável dos SF pode solicitar o contato com outros SFH (i.e. SFH do Hospital de São João) para a aquisição de medicação em falta. Esta conjuntura pode ficar-se a dever aos atrasos de entrega de encomendas por parte dos laboratórios, ao aumento do consumo de um determinado medicamento, a casos de rutura de stock por erros de gestão ou se se trata de um medicamento manipulado (i.e. recorre-se, sempre que necessário, à aquisição de manipulados à Farmácia Lordelo).

4.3.4 Negociação directa com fornecedores

Sempre que o custo de um produto seja justificável, podem fazer-se negociações diretas com os fornecedores de modo a conseguir-se um preço melhor. Os SF elaboram uma previsão de consumo e o SA contata os diversos fornecedores, pedindo um orçamento. Uma Comissão de Escolha analisa as várias propostas e faz a proposta de adjudicação. O CA é que adjudica as negociações efetuadas.

4.3.5 Aquisição de medicamentos de Autorização de Utilização Especial

Há ainda um processo de aquisição para medicamentos que não possuam Autorização de Introdução no Mercado (AIM). Existem medicamentos cuja comercialização não se efectua em território nacional, sendo necessário proceder à importação do PF (Figura 1). Contudo, essa compra exige uma autorização por parte da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED). Para que a compra seja autorizada é necessário a AUE) que representa um pedido de autorização de compra (ANEXO IV) em que vários dados devem ser preenchidos. Os medicamentos que se pretendem importar destinam-se a resolver problemas clínicos sem alternativa terapêutica comprovada.

abrigo do disposto no artigo 92.º do DL n.º 176/2006, de 30 de Agosto, quando exibidas as exigências e condições previstas no regulamento aprovado pela Deliberação n.º 105/CA/2007, em 01 de Março de

2007.

Não disponíveis no FHNM mas têm Autorização de Introdução no Mercado (AIM) na União

Europeia

Têm ensaios preliminares de benefício clínico mas sem AIM em

qualquer país

Não existe em Portugal medicamentos similares

aprovados

Devem ser insubstituíveis no diagnóstico ou tratamento, os que são direccionados apenas para investigação ou ensaios clínicos, os que não têm em Portugal outros medicamentos equivalentes e os

que não apresentam alternativa terapêutica

FIGURA 1 – Esquema que traduz o Regulamento sobre Autorizações de Utilização Especial de Medicamentos: existem medicamentos cuja utilização se reveste de caráter

excecional o que carece de autorização prévia a conceder pelo INFARMED.

Assim, ao abrigo do DL n.º 176/2006, de 30 de agosto pode ser dada autorização nas seguintes condições9:

 Justificação clínica, sendo os PF considerados imprescindíveis à prevenção, diagnóstico ou tratamento de dada patologia;

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Impresso próprio disponível no

site do INFARMED

Nota: ou se tem AIM obtido em país

estrangeiro

Impresso de justificação clínica

Pedido de AUE submetido ao INFARMED

Se aprovados pela CFT…

Autorização válida por 1 ano

Se aprovado…

Requisição escrita

Se psicotrópicos ou estupefacientes…

patogénicos, toxinas, agentes químicos ou radiação nuclear;  Em caso excecional, aquisição e dispensa a um doente específico.