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FASE DE RECUPERAÇÃO

No documento ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL (páginas 198-200)

EMISSÃO DE GASES

7.10.3.3. FASE DE RECUPERAÇÃO

As medidas a adotar nesta fase minimizarão ou compensarão os impactes que ocorrerão com frequência na zona de intervenção. Para que tal seja consequente será aconselhável a adoção das seguintes medidas gerais:

- Tratamento e manutenção das áreas verdes e árvores da zona de intervenção;

- Tratar os taludes com vegetação ou permitir a regeneração vegetal natural, em especial, dos taludes limitantes da zona de intervenção;

- Proceder ao restabelecimento das condições naturais de infiltração, através da descompactação e arejamento dos solos;

- Proceder à recuperação vegetal dos locais de depósito de terras, uma vez que vão ser retiradas grandes quantidades de terras; proceder a regas periódicas, em especial em alturas de tempo seco;

- Utilização de espécies da flora local no enquadramento vegetal do projeto; estes trabalhos de plantação e consolidação com vegetação adequada ao local deverão ser conduzidos para que se assegure a reposição verde da área; a presença de árvores no recinto e de vegetação de bordadura pode funcionar como zona de amortecimento, esconderijo e refúgio genético;

- Assegurar a plantação dos espécimes Q. rotundifolia, Q. pyrenaica e Q. robur em diversos locais da zona de intervenção.

7. ANÁLISE DE IMPACTES AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

Relatório Técnico – Ampliação da Pedreira n.º 6314 “Lastra do Traugal” 188

7.11. SÓCIO ECONOMIA

Depois de se ter procedido à caracterização da sócio-economia local e regional, interessa estudar as características dos impactes expectáveis nos descritores socioeconómicos referidos. A identificação destes impactes permitirá elaborar medidas de precaução dos impactes negativos, acentuando desta forma o carácter preventivo do EIA.

Atendendo às diferentes fases do projeto (preparação, exploração e recuperação) procurar-se-á estudar os impactes associados às várias ações decorrentes em cada uma destas fases.

No que respeita às condições económicas existirá um impacte positivo, direto e muito significativo decorrente dos benefícios a ocorrer com a exploração, que implicará a criação de postos de trabalho diretos na freguesia de Bruçó e indiretos a um nível mais elevado.

A criação de emprego possibilita a fixação da população nas suas atuais povoações de residência e a melhoria da sua qualidade de vida.

Este impacte positivo é local e temporário, uma vez que terá efeito durante o horizonte do projeto, compreendendo as fases de preparação, exploração e desativação/ recuperação do projeto.

O fornecimento de matéria-prima para empresas de transformação e empresas de construção civil é um impacte positivo, direto, temporário, local e regional. Este impacte ambiental faz-se sentir durante a exploração do projeto.

Uma vez que o concelho de Mogadouro possui uma vocação direcionada para a atividade de transformação dos granitos, a continuidade desta exploração acrescenta mais-valias a este concelho. Além disso, a continuidade desta atividade permitirá a manutenção do equilíbrio entre a oferta e a procura, impedindo o aumento do custo deste produto, o que se irá refletir no custo dos fatores de produção das indústrias a jusante. Este impacte positivo é indireto, temporário, regional e verifica-se durante a fase de exploração do projeto.

Durante a preparação, exploração e desativação/ recuperação do projeto prevê-se o desenvolvimento de uma série de atividades associadas à exploração em causa, ou seja, a atividade da pedreira implicará a contratação de serviços e a compra de bens a empresas locais. Este impacte proporcionará transações económicas, pelo que se trata de impacte positivo, indireto, local e temporário.

7. ANÁLISE DE IMPACTES AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

Relatório Técnico – Ampliação da Pedreira n.º 6314 “Lastra do Traugal” 189 De referir a possibilidade de impactes negativos pouco significativos e indiretos, que se relacionam com o potencial aumento do tráfego de veículos pesados, com incidência ao nível da qualidade do ar, do ambiente sonoro, do congestionamento do tráfego e da degradação e conspurcação dos pavimentos. Contudo, estão previstas medidas minimizadoras a fim de reduzir ou até eliminar estes impactes negativos. Além disso, nos descritores, qualidade do ar, ambiente sonoro, estão previstas medidas tendo como objetivo minimizar estes impactes.

Os benefícios ao nível socioeconómico traduzem-se num aumento de postos de trabalho, aumento da despesa em diversos agentes económicos fornecedores de bens e serviços e das sucessivas transações económicas, devido ao aumento do rendimento e aumento da atividade económica devido ao aumento dos níveis de consumo.

Com o fim do projeto, prevê-se que cessem os impactes positivos em termos de sócio-economia detetados na fase anterior. Nesta fase será realizada a recuperação paisagística das áreas intervencionadas com a plantação de espécies autóctones.

7.11.1. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO

Para minimizar os impactes negativos provocados pela exploração da pedreira sobre as populações mais próximas preconiza-se a adoção das seguintes medidas:

 Proteção das cargas que sejam suscetíveis de projetar materiais que coloquem em risco a circulação dos outros automobilistas e peões;

 Adquirir equipamentos móveis ou máquinas, com níveis de potência sonora dentro dos valores admissíveis e garantidos pelo fabricante (homologados segundo normas de certificação acústica e de acordo com a Diretiva Máquinas);

 Programa de manutenção preventiva periódica das máquinas e equipamentos, evitando ruídos por folgas, por gripagem, por vibrações, por desgaste de peças e por escapes danificados, de modo a respeitar os limites estabelecidos por lei e a minimizar as emissões de energia sonora  Manutenção da cortina arbórea pelo perímetro da pedreira (camuflagem da área definida pelo

terreno);

 Trabalhar em ambiente húmido e rega das pistas de rodagem das máquinas, sempre que tal se justifique, e manutenção dos acessos interiores, evitando o aparecimento e a propagação de poeiras.

No documento ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL (páginas 198-200)