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5 Gestão de risco sócio ambiental

6.1 Fatores de risco financeiro

As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros, a saber: (a) risco de mercado (moedas e taxas de juros); (b) risco de crédito e (c) risco de liquidez.

Apesar da consolidação de resultados em reais, os produtos e serviços oferecidos pela Companhia são denominados em diversas moedas devido ao seu posicionamento global que, portanto, podem ocasionar potenciais riscos de descasamento de moedas entre receitas e custos. Adicionalmente, a Companhia possui dívidas atreladas a indexadores e moedas distintos, que podem impactar seu fluxo de caixa.

Para atenuar os efeitos diversos de cada fator de risco de mercado, a Companhia e suas controladas seguem a política financeira da Votorantim Cimentos, aprovada pelo Conselho de Administração, com o objetivo de estabelecer governança e macro diretrizes no processo de gestão de riscos financeiros, assim como os indicadores de mensuração e acompanhamento. O processo de gestão destes riscos objetiva a proteção do fluxo de caixa contra eventos adversos de mercado financeiro, tais como oscilações de preços, de moedas e de taxas de juros, e contra eventos adversos de crédito de contrapartes financeiras. Adicionalmente, objetiva a gestão de alavancagem e outras exposições financeiras ou operacionais em linha com critérios de agências de rating para empresas consideradas

investment grade. A política financeira da Votorantim Cimentos pretende preservar a liquidez da

Companhia e suas controladas, diversificação de fontes de financiamento, acesso sem restrições ao mercado de capitais a custos competitivos e geração de valor aos acionistas.

Os instrumentos financeiros que podem ser contratados para proteção financeira e gestão de riscos são: swaps convencionais, compra de opções de compra (calls), compra de opções de venda (puts),

collars, contratos futuros (de moedas, taxas de juros ou commodities) e contratos a termo conhecidos

como NDF – Non-Deliverable Forward (de moedas, taxas de juros ou commodities). As estratégias que contemplam compras e vendas de opções simultaneamente somente serão autorizadas quando não resultam em posição líquida vendida em volatilidade do ativo underlying. A Companhia não contrata instrumentos financeiros para fins especulativos e quaisquer outros instrumentos requerem aprovação do Conselho de Administração.

(a) Risco de mercado

(i) Risco cambial

Entende-se por risco cambial a exposição da Companhia e de suas controladas às oscilações de moedas relevantes que compõem suas relações comerciais, operacionais e financeiras, e que consequentemente impactam seus fluxos de caixa ou resultados.

A Companhia possui certos investimentos em operações no exterior, cujos ativos líquidos estão expostos ao risco cambial. A exposição cambial decorrente da participação da Companhia em operações no exterior é protegida, principalmente, por meio de empréstimos e financiamentos na mesma moeda desses investimentos, sendo classificados como hedge accounting de investimento líquido, conforme descrito na Nota 6.1.3 (b).

Apresentamos a seguir os saldos contábeis de ativos e passivos indexados à moeda estrangeira na data de encerramento dos balanços patrimoniais:

Nota 2017 2016 2017 2016

Ativos em moeda estrangeira

Caixa e equivalentes de caixa 9 (b) 4.441 2.406.199 1.321.772

Aplicações financeiras 10 (b) 248.107 424.404

Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 85.187 1.166 85.187 Contas a receber de clientes 4.583 4.895 464.161 431.328 Partes relacionadas 17.307 17.392 30.666 32.655

21.890

111.915 3.150.299 2.295.346 Passivos em moeda estrangeira

Empréstimos e financiamentos (i) 6.440.113 8.676.256 9.859.224 11.382.473 Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 63.841 517.377 64.607 517.377

Risco sacado a pagar 20 334.289 239.407

Fornecedores 3.046 549 613.034 885.448 Partes relacionadas 881.896 509.709 45.361 43.962 7.388.896 9.703.891 10.916.515 13.068.667 Exposição líquida (7.367.006) (9.591.976) (7.766.216) (10.773.321) Consolidado Controladora

(i) Custos de captação não estão considerados neste montante.

(ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros

O risco de taxa de juros é oriundo das oscilações de cada um dos principais indexadores de taxas de juros provenientes de transações de empréstimos e financiamentos, e de aplicações financeiras, as quais podem impactar os pagamentos e recebimentos da Companhia e de suas controladas. Os empréstimos e financiamentos emitidos a taxas fixas expõem a Companhia e suas controladas ao risco de valor justo associado à taxa de juros.

(b) Risco de crédito

Os instrumentos financeiros derivativos e as aplicações financeiras (alocação de caixa) criam exposição a risco de crédito de contrapartes e emissores financeiros. A Companhia tem como política trabalhar com emissores que possuam, no mínimo, avaliação em uma das seguintes agências de rating: Fitch Ratings, Moody’s ou Standard & Poor’s, sendo rating nacional igual ou melhor que AA- (ou Aa3), ou

rating em escala global igual ou melhor que BBB- (ou Baa3) (Nota 8). Para países cujos emissores não

atendem as classificações de risco de crédito mínimas anteriormente descritas, são aplicados, como alternativa, critérios aprovados pelo Conselho de Administração.

O limite de exposição da Companhia e suas subsidiárias a cada contraparte financeira é determinado pela política financeira da Votorantim Cimentos e está vinculado ao rating e balanço patrimonial da instituição.

A qualidade de crédito dos ativos financeiros está descrita na Nota 8. Os ratings divulgados nesta nota, sempre são os mais conservadores das agências mencionadas.

A metodologia utilizada para avaliar os riscos de contraparte nas operações de instrumentos derivativos é o risco de pré-liquidação (pre-settlement risk). Tal metodologia consiste na determinação, por meio

de simulações de “Monte Carlo”, do valor em risco associado ao não cumprimento dos compromissos financeiros definidos em contrato para cada contraparte.

(c) Risco de liquidez

O risco de liquidez é gerenciado de acordo com a política financeira da Votorantim Cimentos, visando garantir recursos suficientes para honrar os compromissos da Companhia no curto prazo. Um dos principais instrumentos de medição e monitoramento da liquidez é a projeção de fluxo de caixa, observando-se um prazo de 12 meses de projeção a partir da data de referência.

A tabela a seguir analisa os principais passivos financeiros da Companhia, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os passivos financeiros derivativos são incluídos na análise quando seus vencimentos contratuais são essenciais para um entendimento dos fluxos de caixa temporários.

Os valores incluídos na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados, esses valores podem não ser conciliados com os valores divulgados no balanço patrimonial.

Nota Até 1 ano

Entre 1 e 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 5 e 10 anos A partir de 10 anos Total Em 31 de dezembro de 2017

Empréstimos e financiamentos (i) (ii) 1.751.208 618.798 3.903.664 3.918.422 7.530.834 17.722.926 Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 63.841 63.841

Risco sacado a pagar 20 267.673 267.673

Fornecedores 479.975 479.975 Dividendos a pagar 14 (b) 165.715 165.715 Partes relacionadas 54.868 534.160 558.052 1.147.080 2.783.280 1.152.958 4.461.716 3.918.422 7.530.834 19.847.210 Em 31 de dezembro de 2016

Empréstimos e financiamentos (i) (iii) 2.199.208 1.145.057 5.822.706 5.886.278 7.691.356 22.744.605 Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 200.601 137.229 179.547 517.377

Risco sacado a pagar 20 318.227 318.227

Fornecedores 224.405 224.405 Dividendos a pagar 14 (b) 245.028 245.028 Partes relacionadas 48.160 55.017 593.416 696.593 3.235.629 1.337.303 6.595.669 5.886.278 7.691.356 24.746.235 Controladora

Nota Até 1 ano

Entre 1 e 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 5 e 10 anos A partir de 10 anos Total Em 31 de dezembro de 2017

Empréstimos e financiamentos (i) (ii) 2.226.720 1.135.433 5.482.665 6.315.662 7.530.834 22.691.314 Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 64.607 64.607

Risco sacado a pagar 20 643.531 643.531

Fornecedores 1.178.363 1.178.363

Dividendos a pagar 14 (c) 167.273 167.273

Partes relacionadas 175.033 175.033

Uso do bem público - UBP 31.246 32.073 108.583 230.472 689.571 1.091.945 Plano de pensão 41.494 45.159 124.316 1.453.248 1.664.217

4.353.234

1.387.698 5.715.564 7.999.382 8.220.405 27.676.283

Em 31 de dezembro de 2016

Empréstimos e financiamentos (i) (iii) 2.564.329 1.544.316 7.517.791 6.928.595 9.367.302 27.922.333 Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 200.601 137.229 179.547 517.377

Risco sacado a pagar 20 601.236 601.236

Fornecedores 1.112.627 1.112.627

Dividendos a pagar 14 (c) 246.900 246.900

Partes relacionadas 52.965 52.965

Uso do bem público - UBP 30.908 32.765 110.926 235.444 778.652 1.188.695 Plano de pensão 44.291 47.162 138.485 1.503.420 1.733.358

4.800.892

1.814.437 7.946.749 8.667.459 10.145.954 33.375.491 Consolidado

(i) Não considera ajuste a valor justo das operações contratadas na Resolução 4131.

(ii) Considera no prazo de “Até 1 ano” os montantes de R$ 700.000, R$ 160.675 e R$ 234.883, referentes às liquidações antecipadas de debêntures, empréstimos relativos à Resolução 4131 e empréstimos junto ao BNDES, respectivamente, ocorridas em janeiro de 2018, conforme Nota 35 (b), (d) e (e).

(iii) Considera no prazo de “Até 1 ano” os montantes de R$ 150.000 e R$ 121.983, referentes às liquidações antecipadas de debêntures e de empréstimo junto a agência de fomento, respectivamente, ocorridas em janeiro de 2017, conforme Nota 34 (b) e (c) das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2016.

6.1.1 Instrumentos financeiros derivativos

(a) Práticas contábeis

Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativo é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo com as variações lançadas em contrapartida do resultado, na rubrica “Resultado dos instrumentos financeiros derivativos”.

Todas as operações de instrumentos financeiros derivativos foram realizadas em mercados de balcão.

Programa de proteção de taxa de juros em USD – instrumentos financeiros derivativos contratados

com o objetivo de adequar a exposição à LIBOR (gerada por dívidas em USD indexadas em taxas flutuantes em LIBOR) aos parâmetros estabelecidos em política. A proteção é realizada por meio de

swaps.

Programa de proteção da exposição cambial – instrumentos de proteção financeira contratados com

o objetivo de proteção do fluxo de caixa em reais oriundo da exposição cambial. A proteção é realizada por meio de compra/venda a termo de dólar norte-americano, euro e outras moedas.

Programa de proteção de dívida tomada em moeda estrangeira – instrumentos de proteção

financeira contratados com o objetivo de proteção do fluxo de caixa na investida do exterior em moeda local. A proteção é realizada por meio de cross currency swaps.

(b) Efeito dos derivativos no balanço patrimonial Controladora e consolidado 2017 2016 Programas Unidade 2017 2016 Taxa/Preço FWD Média Prazo médio (dias) Ativo circulante Passivo circulante Total (líquido entre ativo e passivo) Total (líquido entre ativo e passivo)

Proteção da exposição cambial

Termo de dólar norte-americano (BRL/USD) USD 451.000 3,27 BRL/USD 5 (21.178) (21.178)

Proteção de dívida

Swaps taxa flutuante em LIBOR vs. taxa flutuante em CDI USD 550.000 (384.458)

Swaps taxa fixa em USD vs. taxa flutuante em CDI USD 50.000 50.000 101,9% CDI 24 (42.663) (42.663) (47.732)

Total controladora (63.841) (63.841) (432.190) Proteção da exposição cambial

Termo de lira turca (TRY/USD) USD 26.024 3,79 TRY/USD 22 1.166 (766) 400

Total consolidado 1.166 (64.607) (63.441) (432.190)

Valor principal Valor justo

Todas as operações de derivativos demonstradas acima têm o valor justo por vencimento para 2018. (c) Efeito dos instrumentos financeiros derivativos no resultado financeiro e no fluxo de caixa

Controladora e consolidado 2017 2016 Programas Unidade Valor principal Ajuste ao valor justo Perda realizada na liquidação Total Valor principal Ajuste ao valor justo Perda realizada na liquidação Total

Proteção da exposição cambial

Termo de dólar norte-americano (BRL/USD) USD 451.000 (21.178) (9.089) (30.267) (11.879) (11.879)

Termo de euro (BRL/EUR) EUR (931) (931) (78.377) (78.377)

Proteção de dívida

Swaps taxa flutuante em LIBOR vs. taxa flutuante em CDI (i) USD 384.458 (512.897) (128.439) 550.000 (515.559) (104.815) (620.374)

Swaps taxa fixa em USD vs. taxa flutuante em CDI USD 50.000 5.069 (14.863) (9.794) 50.000 (34.108) (16.754) (50.862)

Total controladora 368.349 (537.780) (169.431) (549.667) (211.825) (761.492) Proteção da exposição cambial

Termo de euro (USD/EUR) EUR (8.523) (8.523)

Termo de lira turca (TRY/USD) USD 26.024 400 400

Total consolidado 368.749 (537.780) (169.031) (549.667) (220.348) (770.015) (i) O montante de R$ 512.897 refere-se as liquidações de swap referente aos contratos de empréstimos relativos a resolução 4131 liquidados no exercício

6.1.2 Valor justo dos instrumentos financeiros e derivativos

(a) Estimativas e julgamentos contábeis críticos

O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. A Companhia usa seu julgamento para escolher entre diversos métodos e definir premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do balanço.

(b) Composição

Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos são descritos a seguir, bem como as premissas para sua valorização.

A Companhia divulga as mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia:

Nível 1 - Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos; Nível 2 - Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado

para o ativo ou passivo, seja diretamente (como preços) ou indiretamente (derivados dos preços). Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os ativos e passivos ao valor justo incluem: (i) Preços de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para

instrumentos similares;

(ii) O valor justo de swaps de taxa de juros calculado pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados com base nas curvas de rendimento adotadas pelo mercado;

(iii) O valor justo dos contratos de câmbio futuros determinado com base nas taxas de câmbio futuras na data do balanço, com o valor resultante descontado ao valor presente;

Nota 2017 Preços cotados em

mercado ativo

Técnica de valoração suportada por preços observáveis

Nível 1 Nível 2 Valor justo Ativos

Caixa e equivalentes de caixa 9 (b) 202.971 202.971 Aplicações financeiras 10 (b) 928.473 741.751 1.670.224

1.131.444

741.751 1.873.195

Pas sivos

Empréstim os e financiam entos 19 (b) 6.615.547 3.825.505 10.441.052 Ins trumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 63.841 63.841

6.615.547 3.889.346 10.504.893 Nota 2016 Preços cotados em mercado ativo Técnica de valoração suportada por preços observáveis

Nível 1 Nível 2 Valor justo Ativos

Caixa e equivalentes de caixa 9 (b) 153.774 674.846 828.620 Aplicações financeiras 10 (b) 747.411 498.870 1.246.281 Ins trumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 85.187 85.187

901.185

1.258.903 2.160.088

Pas sivos

Empréstim os e financiam entos 19 (b) 6.107.822 5.925.620 12.033.442 Ins trumentos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 517.377 517.377

6.107.822

6.442.997 12.550.819 Controladora Valor justo medido com base em

Valor justo medido com base em

Controladora

Nota 2017

Preços cotados em mercado ativo

Técnica de valoração suportada por preços observáveis Nível 1 Nível 2

Ativos

Caixa e equivalentes de caixa 9 (b) 2.487.935 233.734 2.721.669

Aplicações financeiras 10 (b) 930.826 1.021.286 1.952.112

Instrum entos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 1.166 1.166

3.418.761

1.256.186 4.674.947 Passivos

Em préstimos e financiamentos 19 (a) 8.710.776 5.547.229 14.258.005

Instrum entos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 64.607 64.607

8.710.776 5.611.836 14.322.612 Nota 2016 Preços cotados em mercado ativo Técnica de valoração suportada por preços observáveis Nível 1 Nível 2

Ativos

Caixa e equivalentes de caixa 9 (b) 1.338.764 973.735 2.312.499

Aplicações financeiras 10 (b) 759.698 1.038.740 1.798.438

Instrum entos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 85.187 85.187

2.098.462

2.097.662 4.196.124 Passivos

Em préstimos e financiamentos 19 (a) 7.385.935 7.701.399 15.087.334

Instrum entos financeiros derivativos 6.1.1 (b) 517.377 517.377

7.385.935

8.218.776 15.604.711

Valor justo medido com base em

Valor justo medido com base em

Consolidado

Valor justo

Valor justo Consolidado

6.1.3 Hedge de investimentos líquidos em operações no exterior

(a) Práticas contábeis

Hedge de investimento líquido em operações no exterior é contabilizado por similaridade ao hedge de

fluxo de caixa.

Qualquer ganho ou perda do instrumento de hedge, relacionado com a parcela efetiva do hedge, é reconhecido no patrimônio líquido, na conta “Ajustes de avaliação patrimonial”. O ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é imediatamente reconhecido no resultado. Ganhos e perdas acumulados no patrimônio líquido são incluídos na demonstração do resultado do período quando o investimento no exterior for realizado ou vendido.

(b) Análise

A Companhia avalia trimestralmente a efetividade das operações de hedge de investimento, tanto prospectivamente como retrospectivamente.

A Companhia designou sua dívida denominada em euros, no montante total equivalente a EUR 570 milhões (R$ 2.263.755) (31 de dezembro de 2016 - EUR 749 milhões - R$ 2.576.538), como instrumento de hedge em relação ao seu investimento na controlada VCEAA, que tem o euro como moeda funcional.

A perda em variação cambial na conversão das dívidas, líquida de imposto de renda e contribuição social, reconhecida na rubrica “Ajustes de avaliação patrimonial” em 31 de dezembro de 2017, foi de R$ 192.702 (31 de dezembro de 2016 – ganho líquido de R$ 404.198) (Nota 25 (d)). Também como efeito durante 2017, foi registrado na rubrica de “Variação cambial”, no resultado financeiro da Companhia, um ganho no montante de R$ 3.311 (31 de dezembro de 2016 – ganho de R$ 85.707), líquido de imposto de renda e contribuição social, em função da variação cambial do instrumento de

hedge (dívida em euro) gerado pela recompra de bonds em euros, através de sua subsidiária VCEAA.

A Companhia designou sua dívida em dólar norte-americano, com exceção dos empréstimos via resolução 4131, no montante de USD 1.275 milhões (R$ 4.219.047) (31 de dezembro de 2016 - USD 1.393 milhões - R$ 4.540.329), como instrumento de hedge do investimento na sua controlada VCNA.

O objeto de hedge considera apenas os investimentos originados em USD da VCNA, já que esta é uma empresa domiciliada no Canadá e tem controladas com operações na moeda funcional dólar norte-americano e controladas com operações na moeda funcional dólar canadense.

O ganho em variação cambial na conversão das dívidas, líquido de imposto de renda e contribuição social, reconhecido na rubrica “Ajustes de avaliação patrimonial” em 31 de dezembro de 2017, foi de R$ 11.017 (31 de dezembro de 2016 – R$ 599.613) (Nota 25 (d)). Também como efeito durante 2017, foi registrado na rubrica de “Variação cambial”, no resultado financeiro da Companhia, uma perda no montante de R$ 12.235, líquido de imposto de renda e contribuição social, em função da variação cambial do instrumento de hedge (dívidas em dólar) no último trimestre superar a variação cambial do objeto de hedge, por conta da redução de capital realizada em outubro de 2017 (Nota 1.1 (a)).

Em 2017, a controlada VCNA designou parte de sua dívida denominada em dólares norte-americanos, no montante de USD 500 milhões, como instrumento de hedge do investimento na sua controlada norte americana VCNA US Inc. O ganho em variação cambial na conversão das dívidas, líquido de imposto de renda considerando a alíquota de 25% do Canadá, reconhecido na rubrica “Ajustes de avaliação patrimonial” em 31 de dezembro de 2017, foi no montante de USD 30,2 milhões (R$ 96.355).

6.1.4 Demonstrativo da análise de sensibilidade

Os principais fatores de risco que impactam a precificação dos instrumentos financeiros, de caixa e equivalentes de caixa, das aplicações financeiras, dos empréstimos, dos financiamentos, das partes relacionadas e dos instrumentos financeiros derivativos são a exposição à flutuação do dólar, euro, boliviano, lira turca e peso argentino, das taxas de juros CDI e cupom de dólar. Os cenários para estes fatores são elaborados utilizando fontes de mercado e fontes especializadas, seguindo a governança da Companhia.

Os cenários em 31 de dezembro de 2017 estão descritos abaixo:

Cenário I - considera choque nas curvas e cotações de mercado de 31 de dezembro de 2017, conforme

cenário base definido pela Administração para 31 de março de 2018.

Cenário II - considera choque de + ou - 25% nas curvas de mercado de 31 de dezembro de 2017. Cenário III - considera choque de + ou - 50% nas curvas de mercado de 31 de dezembro de 2017.

Controladora

Cenário I Cenário I

Fatores de risco

Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras (i)

Empréstimos, financiamentos e partes relacionadas (i)

Principal de instrumentos

financeiros derivativos Unidade

Choque nas curvas de 31/12/2017 Resultados do cenário I -25% -50% +25% +50% Resultados do cenário I -25% -50% +25% +50% Câmbio

USD (ii) 4.648.852 501.000 USD -3,81% 66.978 438.931 877.862 (438.931) (877.862) 160.933 1.054.762 2.109.523 (1.054.762) (2.109.523) EUR 2.600.571 EUR -5,41% 18.223 84.204 168.408 (84.204) (168.408) 122.478 565.939 1.131.878 (565.939) (1.131.878) Taxas de juros

BRL - CDI 1.871.460 3.100.000 1.657.308 BRL 0 bps 21.298 42.599 (21.296) (42.590) Cupom de dólar 501.000 USD 3 bps 5 370 739 (370) (740)

Consolidado

Cenário I Cenário I

Fatores de risco

Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras (i)

Empréstimos, financiamentos e partes relacionadas (i)

Principal de instrumentos

financeiros derivativos Unidade

Choque nas curvas de 31/12/2017 Resultados do cenário I -25% -50% +25% +50% Resultados do cenário I -25% -50% +25% +50% Câmbio

USD (ii) 1.921.013 6.308.921 527.024 USD -3,81% 65.804 431.232 862.463 (431.232) (862.463) 152.139 997.126 1.994.251 (997.126) (1.994.251) EUR 195.373 2.934.334 EUR -5,41% 153 708 1.417 (708) (1.417) 148.035 684.032 1.368.063 (684.032) (1.368.063) BOB 17.047 396.046 BOB -2,42% 9.181 94.750 189.500 (94.750) (189.500) TRY 129.155 267.099 TRY 0,40% 516 (32.289) (64.577) 32.289 64.577 (1.066) 66.775 133.549 (66.775) (133.549) ARS 7.378 ARS 0,83% 62 (1.845) (3.689) 1.845 3.689 Taxas de juros BRL - CDI 2.014.442 3.100.000 1.688.535 BRL 0 bps 18.835 37.673 (18.833) (37.665) Cupom de dólar 501.000 USD 3 bps 5 370 739 (370) (740)

Cenários II & III Cenários II & III

Impactos no resultado Impactos no resultado abrangente

Cenários II & III Cenários II & III

Impactos no resultado Impactos no resultado abrangente

(i) Os saldos apresentados não conciliam com as notas explicativas de “Caixa e equivalentes de caixa”, “Aplicações financeiras”, “Partes relacionadas” e “Empréstimos e financiamentos”, pois a análise realizada contemplou somente as moedas mais significativas.

6.1.5 Gestão de capital

Para manter ou ajustar a estrutura de capital da Companhia, a Administração pode, ou propõe, nos casos em que os acionistas têm de aprovar, rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.

A Companhia monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo EBITDA ajustado. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos, subtraído dos montantes de caixa e equivalentes de caixa, instrumentos financeiros derivativos e aplicações financeiras. O EBITDA ajustado é calculado a partir do lucro líquido mais/menos resultado financeiro, mais imposto de renda e contribuição social, mais depreciação, amortização e exaustão, menos o resultado nas participações societárias, mais dividendos recebidos de investidas e menos itens não caixa excepcionais (itens não caixa considerados pela Administração como excepcionais, são excluídos da medição do EBITDA ajustado).

Os itens não recorrentes são compostos basicamente pelo resultado de ganhos e perdas com aquisições, alienações, impairment e pelos dividendos recebidos de investidas (Nota 34 (a)).

O índice de dívida líquida sobre EBITDA ajustado em dezembro de 2017 e 2016 são apresentados da seguinte forma: Nota 2017 2016 19 (b) 13.633.407 15.480.381 9 (b) (2.721.669) (2.312.499) 10 (b) (1.952.112) (1.798.438) 6.1.1 (b) 63.441 432.190 9.023.067 11.801.634 34 (a) 1.762.315 2.373.177 5,12 4,97 Consolidado Empréstimos e financiamentos

Caixa e equivalentes de caixa Instrumentos financeiros derivativos Aplicações financeiras

Dívida líquida - (A) EBITDA ajustado - (B)

Índice de alavancagem financeira - (A/B)

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