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O investimento em nossas Ações envolve alto grau de risco. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, investidores em potencial devem avaliar cuidadosamente os riscos descritos abaixo juntamente com todas as demais informações incluídas neste Prospecto. Caso qualquer um dos riscos a seguir venha a ocorrer, nossos negócios, situação financeira e resultados operacionais podem ser afetados adversamente. Como conseqüência, o preço de negociação das nossas Ações poderá cair e os investidores poderão perder todo ou parte de seu investimento em nossas Ações. Outros riscos dos quais atualmente não temos conhecimento também poderão afetar adversamente nosso negócio, situação financeira, resultados operacionais, perspectivas e preço de negociação de nossas Ações.

Riscos Relativos às Nossas Atividades e ao Mercado de Biodiesel

Possuímos histórico operacional limitado, o que torna difícil a avaliação de nossos resultados operacionais e perspectivas futuras.

Fomos constituídos no final de 2003, tendo dedicado nossos dois primeiros anos de atividades à captação de recursos, ao estabelecimento de cadeias de suprimento de matérias primas junto a agricultores familiares e demais produtores agrícolas, negociando incentivos fiscais com vários Estados em que nossas unidades produtoras estão ou estarão localizadas e organizando bases logísticas necessárias à produção e construção de nossa primeira planta de transesterificação, a Unidade de Floriano. Iniciamos a venda de nossa produção de biodiesel no segundo semestre de 2005 e auferimos nossas receitas iniciais no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, tendo começado a venda de biodiesel em larga escala em maio de 2006. Sendo assim, temos um histórico de resultados operacionais extremamente limitado, a partir dos quais os investidores poderão avaliar nosso negócio atual e perspectivas futuras. Ademais, muitos fatores poderiam influenciar nossa capacidade de manter e aumentar nossa participação de mercado, inclusive nossa situação ao fim de 2007, baseados em nossa capacidade de cumprir com nossas obrigações de entrega de biodiesel decorrentes dos leilões, bem como na disponibilidade, qualidade e custo de produtos agrícolas, eletricidade, água, produtos químicos e mão-de-obra. Nossas perspectivas negociais deverão ser consideradas à luz dos riscos e incertezas usualmente enfrentados por uma empresa inserida em um mercado em rápida evolução, como o mercado de biodiesel, em que a demanda é amplamente desconhecida, podendo mudar significativamente no curto prazo.

Poderemos não conseguir cumprir com nossas obrigações de fornecimento decorrentes dos leilões de biodiesel.

De novembro de 2005 a julho de 2006, a ANP realizou quatro leilões públicos para fornecimento de biodiesel a ser adquirido pela Petrobras e pela REFAP. Com o resultado obtido nesses leilões, devemos fornecer um volume total

de 488.000 m3 de biodiesel até dezembro de 2007. Atualmente, possuímos duas unidades de transesterificação em

funcionamento, a Unidade de Floriano e a Unidade de Crateús, com capacidade de produção de 44.550 m3 e

118.000 m3 de biodiesel por ano, respectivamente, volumes nitidamente insuficientes para dar cumprimento a essa

obrigação. Planejamos construir quatro unidades de transesterificação adicionais, sendo que uma delas já está praticamente concluída e três estão atualmente na fase inicial de construção, cuja produção deverá atender às nossas obrigações de fornecimento nos leilões. Se não formos capazes de colocar essas usinas em funcionamento em tempo hábil, devido a atrasos na construção, paralisações de produção, custos superiores aos previstos e/ou a necessidade de financiamentos adicionais, atrasos na obtenção de aprovações governamentais, escassez de matérias primas, greves, desastres naturais, questões de controle de qualidade, dificuldades no recrutamento e treinamento de pessoal para gerir e operar nossas novas unidades, dentre outros fatores, podemos não conseguir produzir os volumes necessários de biodiesel. Nessa hipótese, incorreríamos em violação dos contratos de fornecimento com a Petrobras e a REFAP decorrentes dos leilões, o que poderia conferir aos compradores o direito de rescindir esses contratos. A perda desse mercado cativo em 2006 e 2007 não somente afetaria adversamente

nosso resultado operacional, como também reduziria nossa credibilidade como referência no mercado brasileiro de biodiesel, podendo acarretar perda da atual participação de mercado em favor de nossos concorrentes.

Até dezembro de 2007, dependemos de nossas vendas para Petrobras e REFAP em decorrência dos leilões públicos para aquisição de biodiesel.

Basicamente, toda a nossa receita contabilizada no período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2006 e a grande maioria das nossas receitas esperadas para até o encerramento do exercício de 2007 virão de nossas vendas para a Petrobras e REFAP. Essas vendas foram e serão feitas nos termos de contratos de compra e venda oriundos da nossa vitoriosa participação nos quatro leilões de biodiesel conduzidos pela ANP. Caso esses dois grandes clientes não cumpram suas obrigações contratuais, caso esses contratos sejam rescindidos por qualquer motivo, ou caso não consigamos firmar novos contratos de fornecimento nos termos destes leilões, podemos não encontrar clientes substitutos para essa demanda. Caso isto ocorra, estaríamos impossibilitados de vender parte substancial de nossa produção e, conseqüentemente, poderíamos não ter como cumprir com nossas obrigações financeiras para construção das nossas plantas, e nossas atividades e resultados operacionais poderão ser afetados adversamente.

Quando os leilões públicos terminarem, nossos resultados operacionais e situação financeira dependerão amplamente dos preços de mercado do biodiesel.

O CNPE, embora tenha autorizado a mistura de 2,0% de biodiesel no diesel mineral em 2006 e 2007 por meio de leilões públicos organizados pela ANP, limitou a participação nesses leilões a empresas e projetos detentores do Selo Combustível Social e restringiu os compradores à Petrobras e à REFAP. O mercado de biodiesel no Brasil depende atualmente desses leilões públicos, que oferecem contratos de venda garantida à Petrobras e à REFAP. Além desses leilões públicos, não há nenhum mercado estabelecido no Brasil para o biodiesel, embora o óleo diesel seja a fonte de combustível mais importante para veículos pesados e produção de energia no País. Até dezembro de 2007, dispomos de mercado assegurado, em conformidade com contratos de venda celebrados com a Petrobras

e a REFAP, a preços estabelecidos por meio dos leilões, referentes a 488.000 m3 de biodiesel. A ANP não definiu se

pretende realizar leilões públicos adicionais para entrega de biodiesel após 2007, não havendo nenhuma garantia de que quaisquer leilões adicionais serão realizados. Portanto, quando da expiração dos contratos decorrentes dos leilões, nossos resultados operacionais e situação financeira dependerão amplamente e serão significativamente afetados pelos preços de mercado para o biodiesel, bem como por nossa capacidade de negociar vendas diretamente com compradores, tais como distribuidores de diesel, refinarias e grandes consumidores.

Qualquer alteração nas leis, regulamentos e políticas do Governo Federal para incentivo ao biodiesel poderá prejudicar de modo relevante nossas atividades.

A Lei do Biodiesel, promulgada pelo Congresso Nacional em janeiro de 2005, fixou um percentual mínimo de biodiesel que deverá ser misturado com óleo diesel mineral a partir de 2008. Esse percentual foi fixado em 2,0% de 2008 a 2012, devendo atingir 5,0% até 2013. O MME estima que esses níveis obrigatórios de mistura criarão um

mercado de biodiesel doméstico de 840.000 m3 por ano atualmente, aumentando para 1,0 milhão de m3 por ano em

2008 e para 2,4 milhões de m3 por ano em 2013. Qualquer redução no percentual de mistura ou alteração na política

do Governo Federal em relação ao uso do biodiesel poderá afetar adversamente nossas atividades. Se isso ocorrer, talvez não sejamos capazes de concorrer no mercado e nossas atividades e resultados operacionais podem ser adversamente afetados.

Interrupções na operação das nossas unidades produtoras poderão afetar nossos resultados operacionais.

Precisaremos manter os níveis de produção previstos em nossas unidades produtoras a fim de dar cumprimento às nossas obrigações de entrega de biodiesel nos termos de nossos contratos com a Petrobras e a REFAP. Embora tenhamos cobertura de seguro contra perdas decorrentes de incêndio, explosões, inundações, avaria de maquinário, curto circuitos e paralisações de energia em nossas instalações, bem como lucros cessantes (em 30 de setembro de

2006, limitada a R$13,0 milhões para a Unidade de Floriano), e realizemos programas de manutenção regular de nossas unidades produtoras, qualquer interrupção não programada ou suspensão prolongada de parcela substancial da produção em qualquer das nossas instalações, ou qualquer avaria ou destruição de nossas unidades produtoras em decorrência de eventos imprevistos ou catastróficos (tais como incêndios ou inundações), interrupções ou escassez de energia ou outros eventos similares, poderá afetar adversamente nossos volumes de produção e, conseqüentemente, nossos resultados operacionais. Com relação às unidades de produção em construção, esperamos contratar cobertura de seguros semelhantes às existentes. Não podemos assegurar que iremos obter referidas coberturas no futuro, quando do início de operação das nossas novas unidades de produção. Além disso, tendo em vista que o mercado de biodiesel ainda se encontra em formação no Brasil, não podemos avaliar se nossa cobertura de seguro está de acordo com as melhores práticas de mercado, uma vez que não há um padrão estabelecido. No futuro, poderemos não ser capazes de obter cobertura de seguros satisfatória em termos aceitáveis ou em absoluto. Nossa situação financeira e resultados operacionais poderão ser prejudicados se incorrermos em responsabilidades não cobertas integralmente por nossas apólices de seguro.

Concorremos com outros usuários das oleaginosas e óleos vegetais de que necessitamos para produzir biodiesel e qualquer redução no volume de fornecimento pelo mercado ou qualquer inadimplemento de nossos fornecedores poderão afetar adversamente nossas atividades.

Atualmente, adquirimos óleo de soja de tradings e mamona de agricultores familiares, quer organizados em nosso Núcleo Santa Clara quer integrantes de nossa Rede de Integração da Agricultura Familiar. Quando concluirmos a construção da unidade de esmagamento em Iraquara, esperamos utilizar uma série de oleaginosas como matéria prima, inclusive a mamona, girassol, caroço de algodão e pinhão manso, as quais serão esmagadas para obtermos óleo vegetal necessário à produção de biodiesel. Obtemos insumos agrícolas por meio de contratos com grandes empresas agrícolas, agricultores familiares e parceiros rurais, dentre outras fontes. Qualquer escassez relevante no fornecimento desses insumos ou aumento nos preços em decorrência da rescisão de contratos de fornecimento, inadimplência por parte de nossos fornecedores ou aumento dos preços de mercado, dentre outros fatores, poderá limitar nossa capacidade de esmagamento, podendo nos forçar a adquirir óleo vegetal no mercado spot a um custo significativamente mais alto. Isso poderá afetar adversamente nossos resultados operacionais e situação financeira. A produção da indústria de óleos vegetais no Brasil é relativamente pequena em comparação ao fornecimento de óleo diesel mineral. Atualmente, a maior parte dos óleos vegetais produzidos no Brasil é destinada ao consumo humano. Na medida em que necessitarmos de óleos vegetais para atendermos às necessidades crescentes de produção de biodiesel, precisaremos utilizar uma parcela significativa da produção de óleos vegetais brasileira. Para tanto, poderemos ter de concorrer para obtermos óleos vegetais e algumas oleaginosas com empresas alimentícias consideravelmente maiores do que a nossa Companhia, e que contam com recursos financeiros mais vultosos e histórico de relações comerciais mais extenso com produtores. Ademais, à medida que novos produtores ingressem no setor de biodiesel, os preços do fornecimento de oleaginosas e óleos vegetais poderão aumentar de modo significativo.

Condições climáticas adversas poderão afetar a disponibilidade das oleaginosas de que necessitamos, obrigando-nos, portanto, a acessar o mercado spot para adquirirmos as matérias primas.

Dependemos de fornecedores de oleaginosas nas regiões próximas às nossas unidades produtoras para o fornecimento de grande parcela das matérias primas que adquirimos para produzir biodiesel. Instabilidades climáticas nessas regiões poderão frustrar ou reduzir safras, aumentando assim os custos das nossas matérias primas. A ocorrência de condições climáticas rigorosas e adversas, incluindo estiagem, inundações, chuvas de granizo ou temperaturas extremas é imprevisível, podendo afetar adversamente a produção das oleaginosas de que necessitamos. Conseqüentemente, não podemos garantir aos potenciais investidores que condições climáticas rigorosas e adversas, no futuro, não afetarão adversamente o fornecimento e preços das oleaginosas que utilizamos em nosso processo produtivo e, por conseguinte, do biodiesel que vendemos, o que poderia afetar adversamente nossas atividades e resultados operacionais. Ademais, o aumento de preço das nossas matérias primas poderia nos

tornar menos competitivos, uma vez que tais preços são variáveis e os preços que cobramos pelo biodiesel são fixos, e, ainda, os produtores de outras regiões podem ser menos prejudicados pelas condições climáticas.

Os preços que somos capazes de obter para matérias primas dependem amplamente dos preços prevalecentes no mercado. As condições de mercado, tanto em nível nacional quanto internacional, estão fora de nosso controle.

Com relação ao período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2006, o custo de matérias primas representou aproximadamente 92,9% do nosso custo de produtos vendidos, e esperamos que isto não se altere de modo significativo em 2007. Da mesma forma que outros produtos agrícolas, as oleaginosas e óleos derivados que utilizamos para produzir biodiesel estão sujeitos a flutuações de preço em decorrência do clima, doenças, desastres naturais, políticas comerciais nacionais e estrangeiras, mudanças na oferta e procura e demais fatores fora de nosso controle. Algumas das oleaginosas são negociadas em bolsas de commodities, estando, portando, sujeitas a especulação, o que poderia afetar seu preço e nossos custos de produção. Ademais, o mercado de muitos desses produtos tem âmbito internacional, sendo que acontecimentos e preços na América do Norte, Europa ou Ásia também poderiam impactar as matérias primas que adquirimos no Brasil. Qualquer aumento prolongado nos preços de insumos agrícolas poderá afetar adversamente nossas atividades e nossos resultados operacionais.

O aumento da produção de biodiesel no Brasil também poderá acarretar aumento no preço dos insumos agrícolas. Tendo em vista que há pouca ou nenhuma correlação entre o preço desses insumos e o preço do biodiesel, não podemos repassar aumentos de preços de insumos agrícolas aos consumidores de biodiesel. Em decorrência, aumentos de preços de insumos agrícolas poderão levar a margens de lucro menores, podendo acarretar diminuição de nossos lucros. Isso é particularmente verdadeiro em relação ao período encerrado em 31 de dezembro de 2007, durante o qual o preço de venda do nosso biodiesel à Petrobras e à REFAP foi fixado por meio de processo licitatório.

Atualmente, há um equilíbrio mundial na oferta e procura de óleo e farelo vegetal provenientes do esmagamento de oleaginosas. No entanto, o uso crescente de óleo vegetal para o consumo de combustível poderá romper esse equilíbrio. A extração de óleo vegetal para atender à crescente demanda para produção de biodiesel e o aumento da produção correlata de farelo gerado pelo processo de esmagamento poderão resultar em excesso de oferta de farelo, provocando desequilíbrio no mercado. Isso poderia fazer com que os produtores elevassem os preços do óleo vegetal a fim de compensar a margem de lucro menor das oleaginosas que produzem tanto o óleo quanto o farelo.

Após o encerramento do mercado assegurado estabelecido pelos leilões de biodiesel, nosso desempenho financeiro dependerá dos preços do óleo diesel mineral e do petróleo.

O biodiesel é, via de regra, utilizado na forma de mistura com o óleo diesel mineral. As indústrias de petróleo e óleo diesel, tanto mundialmente quanto no Brasil, têm sido historicamente cíclicas e sensíveis a mudanças nacionais e internacionais na oferta e procura, bem como à incerteza política, além de outros fatores que afetam os preços de mercado. Historicamente, o mercado internacional de petróleo passou por períodos de oferta limitada, provocando o aumento dos preços do petróleo e das margens de lucro da indústria, seguido de expansão do setor, levando a excesso de oferta e declínio dos preços do petróleo e das margens de lucro do setor.

Após o encerramento do mercado assegurado estabelecido pelos leilões de biodiesel, os preços do biodiesel poderão ser influenciados pelos preços de mercado do óleo diesel mineral, que são determinados com base nos preços de mercado do petróleo. Como resultado, mesmo com a previsão legal de um volume mínimo de biodiesel a ser misturado ao óleo diesel, qualquer queda do preço do óleo diesel mineral ou do petróleo poderá afetar o preço do biodiesel que nossos clientes estariam dispostos a nos pagar e, conseqüentemente, afetar adversamente nossa lucratividade e resultados operacionais. Qualquer declínio do preço do óleo diesel também poderá afetar nossa capacidade de vender biodiesel a clientes que poderiam utilizar biodiesel como substituto do óleo diesel em percentuais mais elevados de mistura do que os percentuais mínimos exigidos por lei. Ademais, a estrutura

altamente concentrada da distribuição de óleo diesel no Brasil e a influência que os distribuidores podem exercer sobre os preços poderá afetar adversamente os preços de mercado do biodiesel.

Embora o preço do óleo diesel mineral tenha aumentado ao longo dos últimos anos e tenha continuado a aumentar em 2006, tais preços permanecem em níveis inferiores ou iguais ao preço do biodiesel. Se os preços do óleo diesel diminuírem de modo significativo, as políticas de incentivo do biodiesel atualmente em vigor e que nos beneficiam poderão ser alteradas ou suspensas ou a obrigatoriedade de mistura poderia ser revisada. Caso isto ocorra, poderá ser difícil vender o biodiesel, o que poderá afetar adversamente nossas atividades e nosso resultado operacional.

Poderemos não ser capazes de supervisionar devidamente nossa ampla infra-estrutura operacional.

Nossa estratégia negocial e os requisitos para obtenção e manutenção do Selo Combustível Social demandam a descentralização de nossas atividades. Nossas unidades produtoras estão ou estarão localizadas em seis diferentes Estados e pretendemos construir diversas unidades de esmagamento em outros Estados. Administramos uma ampla rede de relacionamentos com agricultores familiares aos quais recorremos como fornecedores de oleaginosas, compreendendo, em 30 de setembro de 2006, 17.737 famílias e duas cooperativas, 15 unidades regionais, atendendo 241 municípios e a participação de 130 técnicos. Esperamos um significativo crescimento dessa rede em 2006 e nos próximos anos. Nossa equipe administrativa e técnica pode não ser capaz de monitorar e supervisionar essa extensa rede de fornecedores ou de implementar um sistema de logística eficiente. A incapacidade em exercer estas funções de supervisão, que demandam considerável tempo e dedicação da administração, poderão nos expor a riscos de custos superiores aos previstos, em razão de problemas com safras e transporte, controle de qualidade ou inadimplementos imprevistos.

A caracterização de nosso relacionamento com parceiros rurais como vínculo de emprego poderá afetar adversamente nossa Companhia.

Possuímos relações contratuais com os parceiros rurais do Núcleo Santa Clara, composto por aproximadamente 600 famílias até a data deste Prospecto, que nos fornecem matérias primas. Essas relações são definidas pela legislação vigente como relação contratual de parceria rural, sendo que na opinião de nossa administração, com base em precedentes judiciais, não constituem vínculo de emprego, o que poderia acarretar custos, encargos e tributos adicionais, que não se aplicam a um ajuste contratual, bem como a imposição de penalidades pelas autoridades competentes. Na hipótese de eventual alteração deste panorama decorrente de nova legislação ou interpretação judicial, poderemos ter de arcar com custos significativos com o pagamento de valores pleiteados e tributos correlatos, o que poderá afetar adversamente nossa situação financeira.

Mudanças na tecnologia de produção poderão exigir investimentos consideráveis para atualizar nossas unidades produtoras ou poderão, de outra forma, prejudicar nossa capacidade de concorrer no mercado de biodiesel ou de obter lucratividade. Se deixarmos de acompanhar avanços tecnológicos, nossa competitividade poderá ser afetada.

Esperamos que ocorram avanços tecnológicos e mudanças no processo de produção de biodiesel. Esses avanços e mudanças poderão tornar nossa atual tecnologia de produção menos eficiente ou obsoleta. Uma vez que a tecnologia para produção de biodiesel encontra-se em estágio inicial, nossa incapacidade de acompanhar melhorias tecnológicas impediria nossos esforços de reduzir custos de produção unitários e, conseqüentemente, prejudicar nossa competitividade. Ademais, qualquer avanço tecnológico poderá exigir que nossa Companhia invista recursos consideráveis e suspenda operações por tempo significativo. Se não formos capazes de acompanhar as mudanças