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3.3 A Ferrovia Cent ro Atlântica (FCA): concessionária da Malha Cent ro-Leste

Caixeta-F ilho e Game iro (2001, p.80) lembram que “ a busca da efic iênc ia do transporte ferroviá rio está associado ao processo de concessões à inic iat iva privada e necessita lidar com problemas de diferentes origens re lat ivos às ferro vias bras ile iras”. Ta is problemas vão até a concentração ferroviá ria no Centro-Sul do país, até o excesso de funcionários das ant igas empresas estatais e os d iversos tamanhos das bitolas, o que dificultam a interconexão entre as empresas, agora , concessionárias do transporte ferroviá rio. Novaes (2007, p.247) considera que,

[...] Após as privati zações das ferrovias no Brasil se tem observado uma melhoria constante nos serviços de transporte ferroviário. Muito embora a rede ferroviária seja rel ativament e pequena quando se considera todo o território nacional, seu potencial junto aos grandes centros produtores e consumidores é grande, dependendo de melhorias de tra çado e da vi a

permanente. Bem como do material rodante (vagões, locomotivas) e do aprimoramento das operações.

Nesse sentido, ocorreu em 14 de junho de 1996, o le ilão da Ma lha Centro- Leste, na Bo lsa de Valores do Rio de Janeiro. O iníc io da operação da Malha ocorreu a part ir de 1º de setembro do mesmo ano.

[...] A FCA é um completo s istem a lo gíst ico de transporte. Es tá interl igada com as principa is ferrovias brasile iras e possui parcerias com outros modais, o que possibilit a a conexão com os maiores centros consumidores do Brasi l e do Mercosul. Em se tembro de 2003, autori zada pela Agênci a Nac ional de Transportes Terrestres (ANTT), a Companhia Val e do Rio Doce assumiu o controle acionário da Ferrovia Centro-Atlânt ica, fortalec endo o processo de gestão e recuperação da empresa. (MINISTÉRIO DOS TRANSPORT ES.

Disponíve l em :

<http://www.t ransportes.gov.br/b it/ ferro/fca/ inf-fca .htm>.

Acesso em: 2008).

No Mapa 5, pode-se observar a extensão da malha da ferrovia Centro- Atlânt ica no ano de 2007, no qual evidenc ia -se o adensamento ferroviário no Centro-Sul do Bras il. A malha da Ferrovia Centro-At lânt ica estende-se pe lo estado de Minas Gera is, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bah ia e Se rgipe . É importante considera r que a empresa tem acesso aos princ ipa is portos brasile iros, no Centro-sul e Nordeste.

A malha explorada pe la Fe rrovia Centro-At lânt ica possui extensão de 7.080 km, em bito la de um metro. As princ ipais cargas t ransportadas são os derivados de petróleo, o c a lcário, o c imento, o fare lo de soja, o á lcool e o ferro gusa.

Castro (2002, p.280) esc la rece que:

No iníc io de março de 2002, a F ERROPAS A Part ic ipações, que controlava as concessões da FERRONORT E, Ferrovias Bandeirantes S/ A (F ERRO BAN) e NOVO EST E, informava sobre a criação da Brasi l Ferrovias S.A., empresa que faria a gest ão unificada dessas malhas27. Nessa negoc iação, a

Companhia Vale do Rio Doce (C VR D) cedeu sua partic ipação na FERRO BAN, passando, em troca, a deter o controle do trecho de Paulínia a Uberaba (ant iga Mogiana) que era explorado pelas Ferrovias Bandeirantes S/ A (F ERRO BAN).

É importante registra r que a Ferrovia Centro-A t lântica (FCA ) chega aos

grandes portos brasile iros por me io do dire ito de passagem28, ou seja, ut iliz a

trechos de ferrovias que são explorados por outras empresas do setor ferro viário, como nos mostra o Mapa 6, as rotas da Ferrovia em 2008, com destaque para a rota de Goiás a Mato Grosso e Espírito Santo, com extensão de 1.200 km e a conexão com EFVM. A rota São Paulo a Goiás tem a extensão de 1.300 km e chega a Brasí lia. Outra rota a se r observada, sa i de São Paulo em direção à Bah ia , totaliz ando 2.200 km de extensão, atingindo o Porto Seco de Juazeiro e Ara caju. A rota do Sudeste de Minas Ge ra is ao R io de Janeiro t em 182 km A inda, t emos a rota Su l de M inas ao Rio de Jane iro, e daí até o Espírito Santo. A intermodalidade pode ser observada, por meio da chegada da ferrovia aos portos do Rio de Janeiro, V itória e An gra dos Reis, além do term ina l h idroviá rio de Coqueiros em Arac aju.

O Quadro 5 retrata a atuação da Ferrovia Centro-At lântic a, com destaque para a intermodalidade e a interconexão com outras ferrovias atra vés do direito de passagem e a che gada dos produtos transportados até os portos brasile iros.

27 Brasil Ferro vias S. A. , fo i u ma empresa cri ad a em 2 0 0 2 , co m a fu são das co ncessio nária s

de ferro vi as, Ferro vi a No rte Bra sil S. A., Ferro vi a No vo este S. A. e Ferro vias B an deira ntes S. A. Em maio de 2 0 0 6 , a Brasil Ferro vias fo i fu ndida à Am érica Lati na Lo gística ( ALL). A co m pra fo i feita po r meio do pro ce sso de tro ca , de açõ es e ntre o s co ntro lado res das empre sas e o s da ALL (Di spo nív el e m: <www. antt. go v.br/f erro vias>. Ace sso em: 2 0 0 8 ).

28 De aco rdo co m a AN TT, o direito de pas sag em é defini do co mo a o p eraç ão em qu e u ma

co ncessio n ária permite a o u tra, me diant e re mu nera ção o u co mpe nsa ção fin anc eira, trafe gar na su a mal ha , par a co mpl eme ntar u ma presta ção de servi ço pú blico de tra nspo rte ferro viário . ( AN TT. Dis po nív el em: <www.a ntt.go v .br>. Ace sso em: 2 0 0 8 ).

Anápolis Goiânia

DF

Porto Seco do Cerrado

Porto de Pirapora Montes Claros

Salvador Aracaju Porto de Juazeiro Angra dos Reis Santos Vitória TO GO BA PI PE AL SE MG ES RJ PR SP Rio de Janeiro Belo Horizonte MA 0 156 312km Juazeiro Pirapora Campinas São Paulo LEGENDA

Rota GO - MG - ES (com 1200 km de extensão e conexão com a EFVM)

Malha Ferroviária da Ferrovia Centro-Atlântica

Principais Estações Ferroviárias

Principais Portos

Principais Portos Secos Uberlândia

Mapa 6.1 - Ferrovia Centro-Atlântica (FCA): Rota Goiás - Minas Gerais - Espírito Santo, 2008

Anápolis Goiânia

DF

Porto Seco do Cerrado

Porto de Pirapora Montes Claros

Salvador Aracaju Porto de Juazeiro Angra dos Reis Santos Vitória TO GO BA PI PE AL SE MG ES RJ PR SP Rio de Janeiro Belo Horizonte MA 0 156 312km Juazeiro Pirapora Campinas São Paulo Uberlândia

Mapa 6.2 - Ferrovia Centro-Atlântica (FCA): Rota São Paulo - Goiás, 2008

E FV M Anápolis Goiânia DF

Porto Seco do Cerrado

Porto de Pirapora Montes Claros

Salvador Aracaju Porto de Juazeiro Angra dos Reis Santos Vitória TO GO BA PI PE AL SE MG ES RJ PR SP Rio de Janeiro Belo Horizonte MA 0 156 312km Juazeiro Pirapora Campinas São Paulo Uberlândia

Mapa 6.4 - Ferrovia Centro-Atlântica (FCA):

Rotas Sudeste de MG - RJ, Rota Sul de MG - RJ e RJ - ES, 2008

Anápolis Goiânia

DF

Porto Seco do Cerrado

Porto de Pirapora Montes Claros

Salvador Aracaju Porto de Juazeiro Angra dos Reis Santos Vitória TO GO BA PI PE AL SE MG ES RJ PR SP Rio de Janeiro Belo Horizonte MA 0 156 312km Juazeiro Pirapora Campinas São Paulo Uberlândia

Mapa 6.3 - Ferrovia Centro-Atlântica (FCA): Rota São Paulo - Bahia, 2008

LEGENDA

Rota SP - GO (com 1300 km de extensão chegando a Brasília)

Malha Ferroviária da Ferrovia Centro-Atlântica

Principais Estações Ferroviárias

Principais Portos

Principais Portos Secos

LEGENDA

Rota Sudeste de MG - RJ (com 182 km de extensão)

Rota Sul de MG - RJ (com 000 km de extensão)

Rota RJ - ES ( com 000km de extensão)

Malha Ferroviária da Ferrovia Centro-Atlântica

Principais Estações Ferroviárias

Principais Portos

Principais Portos Secos LEGENDA

Rota SP - BA (com 2200 km de extensão, atingindo Porto Seco de Juazeiro e Aracaju)

Malha Ferroviária da Ferrovia Centro-Atlântica

Principais Estações Ferroviárias

Principais Portos

Principais Portos Secos

Mapa 6 - Ferrrovia Centro-Atlântica (FCA): Rotas Principais, 2008

Organização: Pegorari Silva, Ercília de Fátima/ Digitalização: Silva Jr., Clóvis Cruvinel

Quadro 5

Áre a de atuação da FCA: inte rc one xão c om fe rrovias e portos, 2007

Áre a de atuação Minas Gera is

Goiás

Dis trito Federal Bahia

Sergipe

Espíri to Santo Rio de Janeiro São Paulo

Exte nsão das linhas Bitola 1,00 m

1,00/1, 60 m Total 7.885 km 208 km 8.093 km P ontos de

inte rc one xão c om fe rrovias

Es trada de Ferro Vitória Minas S.A.

Vi tória - ES

Capitão Eduardo - MG

Engº Lafaie te Bandeira - MG MRS Logís tic a S.A. Barreiro - MG

Migue l Burnier - MG Três Rios - RJ

Engº Lafaie te Bandeira - MG Companhia Ferroviária do

Nordeste

Própria - SE

FER RO BAN - Ferrovias Bandeirantes S.A.

Boa Vis ta Nova - SP

P ontos de

inte rc one xão c om portos

Rio de Janeiro - RJ Angra dos Reis - RJ Vi tória - ES

Araca ju - SE Salvador - BA Aratu - BA Fonte: ANTT. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 2007. Organização: Erc íli a F. P. Silva, 2008.

É re levante destac ar que :

A FCA é também o pri ncipal ei xo de cone xão ent re as regiões Nordes te, Sudes te e Centro -Oes te. Sua frota atual é co mpos ta por mais de 10. 000 va gões e cerca de 480 loco motivas , todas mo nit oradas via s atélite (GPS ). Des de que as s umiu a operação da mal ha Ce ntro - Les te, a Fer rovia Ce ntro -Atlâ ntica ( FCA) coloca em p rática u m s ólido pla no de i nves ti me ntos e m s egura nça operacional , recuperação e manute nção da via permane nte , mel hor ias tecnoló gicas e aquis ição de vagões e locomotivas . (FE RRO VIA C ENT RO-AT LÂNT ICA S. A. (FCA). Dis ponível e m: <http:// www. tra ns porte. gov. br /bit/fe rro/ fca/i nf- fca. ht m>. Aces s o em: 2007, p. 1).

Os invest imentos em aquisição e recuperaç ão de materia l rodante, que pode ser verificado no Quadro 6, em remodelagem de infra e superestrutura de vias, e em comunicação e s ina lizaç ão, permit iram aumentar a oferta de t ransporte e a segurança operac ional.

Quadro 6

Fe rrovia Ce ntro-Atlântic a (FCA): e volução das loc omotivas e vagõe s, 2002-2006

Ano Loc omotiva Vagão

2002 407 10.398

2003 459 10.486

2004 437 12.069

2005 621 12.609

2006 537 13.046

Fonte: ANTT. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 2007. Organização: Erc íli a F. P. Silva, 2008.

De maneira ge ra l as empresas fe rroviárias investiram um maior vu lto de capita l em materia l rodante. Sobre essa questão é preciso considerar que o aumento do investimento nesse tipo de materia l, por parte das empresas concessionárias , aqueceu o mercado nacional, incrementando a indústria de bens de produção.

Outro indicador sobre a Ferrovia Centro-At lânt ica (FCA ) está na evolução de Tone ladas por Qu ilômetros Úte is (TK Us) índ ice que mede a produção da ferro via. Em 2000, era de 7,7 b ilhões TK Us , em 2005, foram 10,5 bilhões de TK Us. O G ráfico 2 mostra o desempenho da Ferrovia Centro-At lânt ica no período de janeiro de 2006 a julho de 2007, no qual pode-se observar uma evolução na produção de transporte rea lizado pela empresa.

Alguns ajustes operacionais foram necessários para a adequação da malha explorada pela Fe rrovia Centro-At lânt ica (FCA ) para viabilizar o fluxo do transporte de cargas entre o Triângu lo M ine iro e o Estado de São Pau lo princ ipa lmente. Podemos verificar os ajustes que favorece ram atualmente a Ferrovia Centro-At lântic a (FCA), com destaque para o Triân gulo M ine iro, no

trecho que corresponde de Araguari a Boa V ista Nova, em Campinas (AN TT, 2008). 0 200 400 600 800 1000 1200 2006 668 746 950 964 1007 951 918 1056 966 904 892 778 2007 701 775 1001 1027 1105 1041 1079

jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

T K U (m ilh õe s)

Gráfic o 2 - P rodução de transporte da F CA (TKU e m milhõe s), e ntre jan.2006 e ju l.2007

Fonte: JORNAL DA FC A, ago. 2007. Organi zaç ão: Ercíl ia F. P. Silva, 2008.

A importância estrat égic a da Ferrovia Centro-At lântica (FCA ) res ide também no fato da mesma estar conectada a outras, como Estrada de Ferro V itória a Minas (EFVM ), MRS Lo gística, Companhia Ferroviá ria do Nordeste (CFN ) e Bras il F erro vias, e estar inte grada aos portos de Aracaju (SE), Te rmina l de Aratu, Juaze iro e Sa lvador (BA), R io São Franc isco e P irapora (MG), Santos (SP), Tuba rão e V itória (ES), Angra dos Reis e R io de Jane iro (RJ).

Monitorados por via satélite , os trens da empresa garantem o transporte efic iente e seguro de á lcool, derivados de petróleo, ca lcário, produtos siderúrgicos, soja, fare lo de soja, c imento, bauxita , ferro-gusa, fosfato, c a l e produtos petroquímicos. Especia listas acompanham toda a movimentação pelo moderno Centro de Controle Operaciona l (CCO), localizado em Be lo Horizonte, atuando preventiva e emergenc ia lmente para evita r impre vistos.

Buscando oferecer cada vez ma is se rviços complementares aos seus clientes, a Ferrovia Centro-At lântic a (FCA) ofe rece o Trem Expresso, um serviço rodo-

ferro viário porta a porta para o transporte de cargas em contêineres27. O

serviço opera t rens diá rios em três rotas dist intas e com horários pré- defin idos, com segurança e grande confiab ilidade. Duas rotas atendem à Grande São Paulo : S ão Paulo/Sa lvador e S ão Paulo/Centro-Oeste , ambas conectadas a serviços de nave gação, atra vés do Porto de Santos. A terc e ira rota liga V itória , no Espírito Santo, a Uberlândia, no Triângu lo M ine iro, passando por Be lo Horizonte, em M inas Gera is . Nesse sentido, destaca-se a atuação da Agênc ia Nac iona l de Transportes Terrestres (AN TT),

[...] É importante ressalt ar que a atuação da Agência Nac ional de Transportes Terrestres (ANTT), tem como objetivos principais o aumento da produção do transporte de cargas, a integraç ão entre as malhas ferroviárias, a eliminação de restrições operacionais e aumento da segurança e integração com as demais modalidades de transportes, visando à ampliação do mercado de trabalho e da indústria ferroviária (ANTT, 2008, p??).

É necessário re ferir-se ao Departamento Nac ional de Infra -Estrutura de Transportes (DNIT) como responsável por toda a estrutura da matriz do transporte no Bras il, contribu indo na elaboração do planejamento voltado para a expansão ou a adequação de capacidade de infra -estrutura, com o objetivo de atender as necess idades atua is e futuras de transporte em todo território brasile iro. Além de coordenar administrar e controlar o desenvolvimento das atividades de execução de projetos e obras de infra-est rutura fe rroviária . A fisc a lização das obras e os padrões técnicos ferroviários são outras atribuições que competem ao Departamento, bem como, a formação e especia liz ação da engenharia ferro viária e inc lusive pesquisas que permitam o desenvolvimento do modal ferroviário. Dessa maneira , evidencia-se o papel

27 “O ser viço b atiza do de ‘ Tre m Ex presso ’ f az parte de u m ne gó cio lo gístico no vo para a

Vale, co nsi der ado prio ritário : a intermo dali dad e”. ( Intelo g- Int eligê ncia em Gest ão

Lo gística . Dispo ní vel em:

<http://www.intelo g .n et/site/def au lt.asp? tro nco ID=9 0 7 4 92 &Secao ID=5 0 8 07 4 &Su bsecao ID =4 83 90 8 &Templat e=../artigo s no ticias/u ser_ exibir. asp & ID=8 1 8 84 8 >. Acesso em: 2 0 0 8 ).

do Departamento Nacional de Infra -estrutura de Transportes (DNIT), na modalidade fe rroviária , destacando as suas atribuições :

[...] Sendo responsável pela malha ferroviária do país o DNIT deverá colaborar no planejamento estraté gico objetivando a atender as necess idades atuais e futuras de transporte em todo o território nacional. Especialment e na ampliação da rede ferroviária visando a redução de custos de transporte para beneficiar o mercado interno e criando condições mais favoráveis à competição no mercado externo. Deverá também, no planejamento, assegurar o me lhor estado de conservação, modernização e adequação da capac idade da malha existent e (COORDENAÇÃO GERAL FERRO VIÁRIA, D isponível em : <http://www 1.dnit.gov.br/fe rrovias/coordenacao.asp>.

Acesso em: 2008).

Dessa maneira, a intens ifica ção do papel dos transportes como articulador do processo produtivo, perm ite perceber a presença da Fe rrovia Centro-At lânt ica (FCA), no Triângu lo M ineiro, como agente possibilitador da circulação de mercadorias.

3.4 - A presença da Ferrovia Cent ro- Atlântica no Triângulo