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FIGURA 7 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) DO CURSO, SALA DE INTERAÇÃO DA TURMA UNIAFRO

O Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras

FIGURA 7 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) DO CURSO, SALA DE INTERAÇÃO DA TURMA UNIAFRO

FONTE: AVA do Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras, 2010, http://www.moodle.ufba.br/course/view.php?id=10733

Os conteúdos trabalhados nas turmas de 2009 e 2010 do Curso de

Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras foram divididos em

4(quatro) Módulos: Módulo I – História da África, Módulo II – História do Negro no Brasil, Módulo III – Literatura Afro-brasileira, Módulo IV – Educação e Relações Étnico-raciais. Cada um dos módulos foi dividido em unidades com duração de 1(uma) semana cada. Durante este período, as/os cursistas discutiam em fóruns questões relacionadas ao tema da unidade, com a mediação de um/a Tutor/a.

Em 2009, as salas virtuais foram identificadas pelas/os tutoras/es com nomes de personalidades negras. Em 2010, as/os próprias/os cursistas escolheram os nomes das personalidades que identificariam suas turmas através de votação mediada pelas tutoras.

Quadro 5 – IDENTIFICAÇÃO DAS SALAS

Turma 2009 Turma 2010

Espaço de Ambientação Zumbi dos Palmares Espaço de Ambientação Griot Sala Abdias Nascimento Sala Beatriz Nascimento

1 – Lélia Gonzalez 1 – Zumbi dos Palmares

2 – Maria Felipa 2 – Maria Felipa

3 – Menininha do Gantois 3 – Lélia Gonzalez

4 – Dandara 4 – Dandara

5 – Milton Santos 5 – Mário Gusmão

6 – Negra Jhô 6 – Mãe Menininha

7 – Luiza Bairros 7 – Chica da Silva

8 – Rainha Nzinga 8 – Luiza Mahin

9 – Mário Gusmão 9 – Milton Santos

10 – Manoel Querino 10 – Mãe Hilda Jitolu

Apesar do desenvolvimento da educação online apontar para um maior destaque e utilização das mídias digitais, a necessidade do material impresso ainda persiste. No trabalho com profissionais da educação, uma das razões dessa persistência é a dificuldade de leitura dos textos na própria tela do computador (COUTO, OLIVEIRA & ANJOS, 2011), o que impede à/ao participante de estabelecer uma relação mais flexível com um texto impresso, pois pode ser transportado e acessado com segurança em qualquer lugar - o que não ocorre com o computador (a situação de insegurança nas grandes cidades torna arriscada a leitura textos em notebook ou tablet em ônibus ou outro transporte público).

Por outro lado, uma das dificuldades comuns no preparo de textos para cursos online é criar estratégias para manter a motivação do/a estudante, principalmente porque, cada vez mais, as pessoas se acostumam ao consumo

rápido de informações via TV e Internet. Outra dificuldade na produção de textos para cursos online é dar leveza aos conteúdos, escrever numa linguagem acessível. Em razão disso, foram utilizados textos básicos num formato misto de livro-texto e guia de estudo visando facilitar a comunicação entre professor/a e estudante. Além de abordar os conteúdos propostos em cada unidade de aprendizagem, traz dicas de materiais para aprofundamento da reflexão e questões para reflexão e pesquisa.

Em 2009, além do material didático inserido no ambiente, foram distribuídos impressos referentes a cada Módulo do curso. Nos livros, textos, atividades e indicação de material didático a serem utilizadas pelos/as professoras/es em sala de aula. Em 2010, o material didático foi disponibilizado integralmente no Ambiente para que os conteúdos pudessem ser acessados e utilizados por todos os alunos segundo sua conveniência, inclusive decidindo se queriam imprimi-los ou não.

2.4 Projetos pedagógicos

Os projetos pedagógicos apresentados foram elaborados coletivamente pelas/os cursistas, o que permitiu reunir professoras/es de uma mesma escola e facilitou sua execução posterior. Apesar de não ter feito um acompanhamento do desenvolvimento de todos os projetos, soube, pelas/os próprias/os cursistas, que muitos foram colocados em prática.

Gráfico 6 – PROJETOS PEDAGÓGICOS SEGUNDO O TIPO

FONTE: CEAO-UFBA. Relatórios do Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras, turmas 2009 e 2010.

Uma das críticas direcionadas à forma como são realizados os projetos pedagógicos relacionados aos temas ligados à História e Cultura Afro-brasileiras é a

58% 42% 2009 71% 29% 2010 Individual Coletivo

abordagem em datas comemorativas específicas no decorrer do ano letivo (13 de maio, 22 de agosto – Dia do Folclore e 20 de novembro – Dia da Consciência Negra). Nos projetos examinados, percebe-se que há uma mudança, pois grande número de cursistas ampliou o período de abrangência dos projetos para todo o ano letivo.

Tabela 5 - PROJETOS PEDAGÓGICOS 2009, SEGUNDO A DURAÇÃO

Período Frequência % 10 dias 10 aulas Não informou 2 a 5 meses 1 semestre 7 a 9 meses 1 ano letivo 1 1 2 32 12 2 29 1,3 1,3 2,5 40,5 15,2 2,5 36,7 Total 79 100

FONTE: CEAO-UFBA. Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras – turma 2009.

Na tabela 2, podemos observar que, apesar de não abordarem apenas temas relacionados a datas comemorativas tradicionalmente celebradas nas escolas (13 de Maio, 22 de Agosto e 20 de Novembro), mais da metade dos projetos ainda se concentra em períodos específicos do ano letivo, quando o apelo das datas comemorativas torna mais fácil a mobilização do restante do corpo docente. Segundo relatos de docentes que participaram do curso, a resistência da direção da escola e de outros/as colegas são entraves à incorporação dos conteúdos no nível esperado pela lei.

Gráfico 7 – PROJETOS PEDAGÓGICOS, SEGUNDO O TEMA

FONTE: CEAO-UFBA. Relatórios do Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras, turmas 2009 e 2010. África 28% Brasil 72% 2009 África 20% Brasil 80% 2010

Outro aspecto que se destacou no exame dos projetos pedagógicos foi a concentração temática no campo da História do Brasil. Projetos pedagógicos que elegeram a África foram bem menos frequentes do que aqueles que trataram da população brasileira afrodescendente.

Aspectos da formação para o ensino de História e Cultura