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Figura 66– Imagem termográfica após a exposição ao vapor de água – BLI faces A e

D.

ΔTmínimas AQ: Variação entre as temperaturas mínimas medidas antes e depois da exposição a água quente.

ΔTmáximas AQ: Variação entre as temperaturas máximas medidas antes e depois da exposição a água quente.

ΔTmínimas VA: Variação entre as temperaturas mínimas medidas antes e depois da exposição ao vapor de água.

ΔTmáximas VA: Variação entre as temperaturas máximas medidas antes e depois da exposição ao vapor de água.

Figura 67– Variações térmicas dos sistemas expostos à água quente, vapor de água

ΔTmínimas AQ: Variação entre as temperaturas mínimas medidas antes e depois da exposição a água quente.

ΔTmáximas AQ: Variação entre as temperaturas máximas medidas antes e depois da exposição a água quente.

ΔTmínimas VA: Variação entre as temperaturas mínimas medidas antes e depois da exposição ao vapor de água.

ΔTmáximas VA: Variação entre as temperaturas máximas medidas antes e depois da exposição ao vapor de água.

Figura 68– Análise estatística das variações térmicas dos sistemas expostos a água

quente e ao vapor de água – Blocos faces ranhuradas e lisas.

As avaliações dos sistemas exposto a água quente, bem como ao vapor de água, foi possível o desenvolvimento de padrões de manifestações visuais típicas, então, quando exposto à água quente os sistemas apresentaram predominantemente variações de temperatura na argamassa de assentamento horizontal e vertical da primeira fiada de blocos, propagando-se de modo gradativamente menor até as camadas mais superiores, demonstrando assim uma maior presença de água junto da interface entre argamassa de assentamento e laje de concreto armado, a qual foi, provavelmente, oriunda de pontos de infiltração provenientes de falhas executivas e/ou na argamassa de rejuntamento das placas cerâmicas das faces internas.

De modo diferenciado, quando os mesmos sistemas foram expostos ao vapor de água, o padrão identificado foi o de maior variação da temperatura na camada da argamassa de assentamento dos blocos estruturais da segunda fiada, demonstrando assim, que além da presença de água também nas camadas mais superiores com relação a interface com a laje de concreto armado, o vapor de água foi capaz de interferir em zonas diferentes das afetadas pela água nas faces verticais, permitindo

assim afirmar que, em ambientes combinados, ou seja, com presença de água quente e vapor de água, como o box de banheiros, o sistema de revestimento vertical podem ter estímulos para a variação da temperatura e umidade de modo variado, o que a longo prazo, podem gerar manifestações patológicas na própria estrutura, e afetar de modo direto os sistemas de revestimento presente na face oposta.

Esta diferença da altura de aparecimento das zonas das manifestações e as variações de temperatura quando exposto a água quente e ao vapor de água podem ser oriundas da diferença de altura entre as fontes geradoras de calor, tendo-se em vista que a água estava em contato com a base do sistema de vedação e revestimento vertical, e o vapor, à aproximadamente 15 cm distante do piso, podendo assim gerar manifestações patológicas nas zonas de maior incidência do estimulo, ou onde houver falhas no sistema de revestimento vertical interno.

Ao serem analisadas as Figuras 67 e 68, verificou-se uma proximidade entre os ganhos térmicos absolutos de acordo com o tipo de bloco cerâmico utilizado, pois os blocos de faces ranhuradas tiveram variação absoluta quando expostos à água quente variando entre 5 e 9,9 ˚C, enquanto que sistemas com blocos cerâmicos com faces lisas apresentaram variação de 1,0 e 1,8 ˚C, não sendo considerado o sistema BLD, o qual apresentou variação anormal em relação ao desempenho. As variações quanto ao ganho térmico com o vapor para blocos de faces ranhuradas manteve-se na faixa entre 20,7 e 26,9 ˚C, e para os blocos com faces lisas variou entre 17,8 e 18,6 ˚C, conclui-se que para as características construtivas deste estudo, os blocos com faces lisas apresentaram menor ganho térmico quando exposto a água quente e ao vapor de água. Entretanto não foi possível identificar uma correlação entre as variações de temperatura ocorridas em cada sistema com a quantidade de água perdida durante a primeira avaliação.

Ao comparamos os resultados obtidos nas Figuras 67 e 68 de modo estatístico é possível verificar semelhanças entre os sistemas, pois os BRE e BRC, BLE e BLC e BLI, bem como BLC e BRD e BRI mostraram semelhanças entre seus aumentos das temperaturas mínimas quando expostos a água quente. Para os ganhos térmicos nas temperaturas máximas quando expostos a água quente foram identificadas semelhanças entre os sistemas BLE e BLC, bem como nos sistemas BRC e BRD, permitindo assim identificar semelhanças de desempenho entre sistemas com os mesmos tipos de blocos quando exposto a água quente.

Quando os sistemas foram expostos ao vapor de água as respostas mantiveram um padrão semelhante, pois os sistemas com BRE e BRC, BLE e BLC e BRD, bem como BRI e BLI apresentaram semelhanças nos ganhos térmicos mínimos. Nos ganhos térmicos para as máximas temperaturas, os resultados mostraram claramente que os sistemas com bloco liso mostraram semelhanças entre si, e os sistemas com blocos ranhurados mostraram semelhanças entre seus resultados, pois BLC e BLE e BLI tiveram resultados semelhantes, bem como BRE e BRC e BRI apresentaram entre si.

Ao serem comparadas as imagens termográficas apresentadas nas avaliações com exposição dos sistemas a água quente e ao vapor de água, observou-se que nos locais onde foram retiradas amostras para a determinação da umidade do bloco cerâmico, não foram observadas variações significativas das temperaturas, o que nas áreas adjacentes ao ponto de retirada da amostra. Esse fenômeno pode ter ocorrido pelo fato de que, com o ensaio do tipo destrutivo, a área perdeu umidade para o ambiente externo, criando ali uma área de menor concentração de umidade, reduzindo assim a amplitude térmica da região. Esse fato também influencio a percolação vertical da umidade, pois a área de onde foi retirada a amostra e sua periferia mais próxima, não houve aquecimento ou variações de temperatura na fiadas superiores, conforme mostram as Figuras 69 e 70.