• Nenhum resultado encontrado

FORMA DE PRESTAÇÃO PROPOSTA

CAPÍTULO V Do Meio Ambiente

METAS E AÇÕES

11.7 PRESTADORES E SEUS DISTINTOS CONTRATOS

11.7.1 FORMA DE PRESTAÇÃO PROPOSTA

Com relação ao modelo institucional mais indicado para os setores de abastecimento de água e esgoto, a seguir é apresentado o modelo proposto.

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE APERIBÉ

10.7.1.1. Abastecimento de Água

Para os serviços de abastecimento de água recomenda-se a manutenção da forma de prestação atual, ou seja, a concessão dos serviços à Companhia de Águas e Esgotos (CEDAE). Ressalta-se que o contrato entre a Prefeitura Municipal e a Companhia está firmado desde 2010 com período de vigência de 30 anos. Com relação às vantagens e desvantagens desta forma de prestação dos serviços de água prestados sob as condições atuais, em suma, tem-se:

Desvantagens:

 Desequilíbrio institucional entre a companhia estadual e o município na definição do Contrato entre as partes, com cláusulas impositivas das companhias estaduais sobre os municípios. O contrato atual tem uma série de adequações a serem feitas com base no Plano Municipal Saneamento Básico – revisão do contrato entre as partes;

 Imposição pela companhia estadual dos sistemas de interesse de operação, com exclusão dos serviços de esgotamento sanitário, que necessitam maior investimento para implantação e geração de menor faturamento e arrecadação, criando insustentabilidade de implantação destes sistemas de esgotamento sanitário pelo município, tendo em vista a ausência da receita com abastecimento de água (mais facilmente lucrativa);

 Falta de continuidade de Planejamento, Planos, Programas e Ações de longo prazo, por interferência política da administração estadual;

 Divergência política entre Governo Estadual e Governo Municipal dificultando cumprimento de Plano de Metas físicas, operacionais e relação institucional;

 Ocupação de cargos administrativos e, às vezes, cargos técnicos por pessoas sem experiência na área ou com indicação política;

 Rotatividade da administração (diretoria) e de profissionais de gerência e coordenação resultantes de interesses de governo (estadual);

 Ineficiência de desempenho dos sistemas de abastecimento de água quando a parâmetros operacionais, tais como: atendimento de clientes com serviços de abastecimento de água, continuidade da prestação do serviço, problemas operacionais como falta de pressão e desabastecimento de água, excesso de perdas e pouca hidrometração, baixa qualidade de atendimento de solicitação de serviços complementares, falta de combate a fraudes; baixa substituição de hidrômetros;

ausência ou baixa qualidade da macromedição e baixa qualidade de micromedição;

vazamentos não atendidos; falta de substituição de redes precárias ou com muito uso (velhas);

 Falta de política de arrecadação dos valores faturados, por ação política contra cortes, desligamentos e lacração de ligações, gerando inadimplência;

 Falta de programas de comunicação social, educação ambiental, atendimento remoto a solicitações (call center);

 Falta de programas de proteção de mananciais, falta de zelo e segurança operacionais pelas unidades operacionais;

 Dependência de atualização tarifária da administração pública estadual, muitas vezes motivada a atitudes de subsídio ou política de não transferência de custos crescentes;

 Existência de tarifação única ou por região, mascarando o desempenho e sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água dos municípios atendidos.

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE APERIBÉ

Vantagens:

 Possibilidade de obtenção de recursos não onerosos (a fundo perdido), tais como os oriundos do Orçamento Geral da União (OGU), por intermédio da administração direta municipal ou estadual;

 Criação de fundos de repasse de recursos para elaboração de estudos e projetos ou obras, entre o poder público estadual e Federal, por intermédio da administração direta municipal;

 Facilidade na declaração de utilidade pública e consequente indenização quando da necessidade de obtenção de áreas (terrenos) para implantação de unidades operacionais do sistema de abastecimento de água, por intermédio da administração direta municipal;

 Melhor estrutura de cargos, salários e maior profissionalização do corpo técnico que em relação a administração direta municipal ou autarquia municipal;

 Troca de informações entre equipes técnicas e gerências regionais, para melhoria das situações de conhecimento técnico e para obtenção de boas práticas de operação e manutenção;

 Definição de Plano de Metas, gestão consorciada ou gestão compartilhada com os municípios, permitindo atingir melhor atendimento local e definição de contratos de programas, de metas ou gestão conjunta;

 Facilidade de relacionamento com Agência de Regulação de prestação de serviços, pela sinergia com outros municípios.

 Maior capacidade econômica e financeira de endividamento, de disponibilização de recursos para operação, manutenção e investimentos, bem como melhor capacidade de busca por maior número de fontes de recursos para investimento, em comparação com administração municipal.

10.7.1.2. Esgotamento Sanitário

Para os serviços de esgotamento sanitário recomenda-se o estabelecimento de uma concessão do serviço por meio do estabelecimento de uma Parceria Público Privada. A adoção desta modalidade está sendo desenvolvida entre o governo de estado e empresas privadas, na possibilidade de implantação de PPPs regionais, com definição de lotes estratégicos de implantação de solução de saneamento básico (esgotamento sanitário). Com relação às vantagens e desvantagens desta forma de prestação dos serviços, em suma, tem-se:

Vantagens:

No caso da adoção deste modelo institucional, existe a possibilidade de:

 Obtenção de recursos não onerosos (a fundo perdido), tais como os oriundos do Orçamento Geral da União (OGU), por intermédio da administração estadual (PPPs);

 Criação de fundos de repasse de recursos para elaboração de estudos e projetos ou obras, entre o poder público estadual e a PPP, por intermédio da administração direta estadual;

 Facilidade na declaração de utilidade pública e consequente indenização quando da necessidade de obtenção de áreas (terrenos) para implantação de unidades operacionais do sistema de esgotamento sanitário, por intermédio da administração direta estadual;

 Melhor estrutura de cargos, salários e maior profissionalização do corpo técnico que em relação à administração pública;

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE APERIBÉ

 Troca de informações entre equipes técnicas locais e outras administrações da empresa operadora ou concessionária, para melhoria das situações de conhecimento técnico e para obtenção de boas práticas de operação e manutenção;

 Definição de Planejamento Estratégico, Plano de Metas ou Plano de Desempenho Operacional dos sistemas, permitindo maior possibilidade de atingir as metas pré-estabelecidas para os municípios de atuação;

 Continuidade de Planejamento, Planos, Programas e Ações de longo prazo, por menor interferência política da administração municipal;

 Facilidade de relacionamento com Agência de Regulação de prestação de serviços, pela simplificação de relacionamento e trato direto entre iniciativa privada e órgão regulador;

 Maior capacidade econômica e financeira de endividamento, de disponibilização de recursos para operação, manutenção e investimentos, bem como melhor capacidade de busca por maior número de fontes de recursos para investimento, em comparação com administração pública.

 Ocupação de cargos administrativos e cargos técnicos por pessoas com experiência na área e com possibilidade de definição de desempenho pessoal;

 Menor rotatividade da administração (diretoria) e de profissionais de gerência e coordenação;

 Quadros enxutos de servidores, sem desvios de função e maior produtividade por funcionário;

 Qualidade técnica da mão de obra envolvida, com ênfase em treinamento adequado, e maior exigência quanto a desempenho dos profissionais;

 Maior controle da arrecadação dos valores faturados, com uso de cortes, desligamentos e lacração de ligações, gerando menor inadimplência;

 Maior eficiência de desempenho do sistema de esgotamento sanitário quando a parâmetros operacionais, tais como: atendimento de clientes com serviço; problemas operacionais como vazamentos e entupimentos de rede; baixa qualidade de atendimento de solicitação de serviços complementares; falta de combate a ligações pluviais na rede coletora, Vazamentos ou entupimentos não atendidos; falta de substituição de redes precárias ou com muito uso (velhas); falta de desempenho na qualidade do tratamento dos esgotos coletados; descontinuidade de operação de elevatórias de Recalque de esgotos;

 Presença de programas de comunicação social, trabalho de educação ambiental e atendimento remoto a solicitações (call center);

 Controle da qualidade do Efluente tratado e de água de corpos receptores de efluentes tratados;

 Dispensa de processo de licitação de estudos, projetos e obras com base na legislação pública vigente (Lei 8.666/93), o que gera prazos mais curtos, maior agilidade, maior liberdade de contratação e inclusive preços mais reais de mercado e processos menos complexos que aquisição pelo serviço público;

 Facilidade de contratação e atualização de equipe técnica e administrativa pela desnecessidade de realização de concursos públicos;

 Autonomia na gestão orçamentária e no trato orçamentário e destinação de recursos obtidos (Aplicação de receita tarifária e de serviços complementares) dentro do próprio órgão arrecadador;

 Atualização tarifária mais constante, sem motivação política de aplicação de subsídio ou política de não transferência de custos crescentes;

 Tarifa local, não mascarando o desempenho e sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário;

 Inexistência de subsídios cruzados, não gerando injustiça tarifária e desvio de recursos para outras áreas diversas do município arrecadador.

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE APERIBÉ

Desvantagens:

No caso da adoção deste modelo institucional, existe a possibilidade de:

 Pagamento de todos os impostos incindíveis na prestação de serviço, para as diversas instâncias do poder público, tais como PIS, COFINS, Imposto de Renda e CSLL;

 Dificuldade ou maior custo na obtenção de recursos onerosos, tais como os oriundos de financiamento de órgãos de fomento para desenvolvimento;

 Desequilíbrio institucional entre a empresa privada e a administração pública estadual com a administração municipal na definição no contrato entre as partes, com cláusulas impositivas definidas no processo de licitação da prestação de serviços da PPP perante o município;

 Realização de planejamento estratégico regional, permitindo soluções de esgotamento sanitário intermunicipal;

 Maior dependência do fluxo de caixa operacional, pelo não aporte de recursos por parte da Matriz da operadora e concessionária.

11.7.2 ANÁLISE CRÍTICA DO CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO E CONTRATO DE PROGRAMA