11.1 – FUNÇÕES GERAIS

Município de Castro Verde - Relatório e Contas 2007 11.1.1 – Serviços Gerais de Administração

Nesta área, que abrange os serviços gerais da autarquia nos domínios administrativo e financeiro, parece-nos importante dar particular destaque à prossecução das acções de modernização dos serviços, ao desenvolvimento de políticas de formação continuada do seu pessoal e proporcionar aos munícipes meios e mecanismos de informação e apoio ao seu relacionamento com os Serviços municipais.

11.1.1.1 – Recursos Humanos

Tendo em consideração que os recursos humanos constituem o bem mais valioso em qualquer organização, pois é deles que depende a capacidade de inovação e de adaptação às novas tecnologias e o sucesso no cumprimento, de forma eficaz e eficiente, dos seus objectivos, apresentamos, de seguida, um conjunto de informações que caracterizam a situação do Município, nos últimos três anos, a este nível.

Todos os dados consignados reportam-se à data de 31 de Dezembro de cada ano.

Total de Trabalhadores segundo a relação jurídica de emprego

Quadro e Contratados Outras Situações

Anos

Nomeação Contratos Outras Situações Sub-Total Estágios Sub

sídio Desemprego PAO Sub-Total TOTAL 2005 171 22 5+3 201 18 75 4 97 298 2006 165 39 3 207 12 74 7 93 300 2007 160 54 3 217 6 44 13 63 280

O quadro anterior mostra-nos que embora o número de efectivos do quadro e contratados tenha aumentado no ano de 2007, porque subiu o número de contratados, registou-se uma diminuição de 6,67% no total nos vários regimes em relação a 2006. Tal situação ficou a dever-se não só à redução para metade do número de estágios profissionais, devido à alteração das “regras” para este tipo de vinculo, isto é, à introdução do PEPAL – Programa de Estágios Profissionais para a Administração Local, como também, devido à redução em 40% do número de subsidiados.

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Efectivos Segundo o Grupo Profissional

Anos Dirigen te Técn ico Supe ri or Informática Técn ico Técn ico Profissional Administr. Op erár io Auxiliar e Outros Gr upos TOTAL 2005 1 14 1 4 11 23 73 74 201 2006 2 16 1 4 12 24 69 79 207 2007 2 19 1 5 15 21 65 89 217

Pela análise do quadro podemos verificar que os grupos profissionais que apresentam maior número de trabalhadores efectivos são: o Operário e o Auxiliar, representando mais de 70% do total de efectivos.

Em relação à distribuição dos trabalhadores por sexo, assiste-se a uma progressiva presença do sexo feminino no universo dos efectivos da Autarquia, se bem que ainda com um peso inferior a 1/3 do total.

Efectivos Segundo Sexo

O gráfico ao lado ilustra o peso relativo de três grupos etários, onde se pode verificar que o número de efectivos com idade superior a 60 anos tem vindo a diminuir, sendo a aposentação a causa mais directa para esta variação. A faixa etária entre os 40 e 59 anos foi a que apresentou uma maior subida (6 efectivos), sendo que, 51% dos trabalhadores encontram-se neste grupo etário.

No que concerne à estrutura habilitacional do pessoal da autarquia, podemos verificar que a maior percentagem de efectivos possui a 4ª classe. Esta situação poderá ter uma relação directa com a idade, uma vez que grande percentagem dos efectivos tem mais de 40 anos e a escolaridade mínima obrigatória para esta faixa etária é o 4.º ano de escolaridade. Registe-se que somente 1,38 % dos efectivos detém uma escolaridade inferior a quatro anos.

Feminino Masculino Nº % Nº % TOTAL 2005 44 21,89 157 78,11 201 2006 56 27,05 151 72,95 207 2007 67 30,88 150 69,12 217 61 71 73 101106 112 39 30 32 201207 217 0 50 100 150 200 250 18 - 39 40 - 59 > 60 TOTAL

Efectivos Segundo o Escalão Etário

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De uma maneira geral constata-se que a estrutura habilitacional da Autarquia tem evoluído de forma positiva, verificando-se um aumento no número de efectivos com escolaridade superior ao 9º ano, nos anos em análise.

Estrutura Habilitacional

2005 2006 2007 NIVEL DE

ESCOLARIDADE _{TOTAL % TOTAL % TOTAL %}

<4 ANOS 5 2,49% 6 2,90% 3 1,38% 4ª CLASSE 99 49,25% 89 43,00% 90 41,47% 6 ANOS 22 10,95% 22 10,63% 22 10,14% 9 ANOS 21 10,45% 25 12,08% 30 13,82% 11 ANOS 10 4,98% 12 5,80% 13 5,99% 12 ANOS 21 10,45% 25 12,08% 26 11,98% BACHARELATO 5 2,49% 5 2,42% 6 2,76% LICENCIATURA 18 8,96% 23 11,11% 27 12,44% TOTAL 201 207 217 Absentismo 2005 2006 2007 MOTIVO DE AUSÊNCIA

TOTAL % TOTAL % TOTAL %

Casamento 3 0,08 0 0,00 30 0,92 Maternidade e Paternidade 144 4,02 298 8,69 289 8,88 Nascimento 5 0,14 0 0,00 5 0,15 Falecimento de familiar 75 2,10 56 1,63 62 1,91 Doença 2857 79,83 2656 77,46 1472 45,24 Doença Prolongada 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Assistência a familiares 47 1,31 58 1,69 76 2,34 Trabalhador estudante 71 1,98 43,5 1,27 103,5 3,18

Por conta do período de férias 50 1,40 88 2,57 74 2,28

Com perda de vencimento 0 0,00 0 0,00 4 0,12

Cumprimento de pena disciplinar 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Injustificadas 17 0,47 11 0,32 14 0,43 Outras1 _{310 8,66 218,5 6,37 1053 32,37} Doença Profissional 0 0,00 0 0,00 71 2,18 TOTAL 3579 100,00 3429 100,00 3253,5 100,00

No que se reporta ao absentismo podemos verificar que houve uma diminuição das faltas ao trabalho no ano de 2007 comparativamente aos restantes anos em análise. A doença

1 _{Estas faltas referem-se a: Cons. Médicas/Tratamento Ambulatório < 10 anos; Consultas Pré-natais, Amamentação; Compensação}

de Horas; Adopção; Cons. Médicas/Tratamento Ambulatório Familiares; Eleito Local; Tratamento Ambulatório; Tratamento Amb. Consultas e Exames; Consultas Médicas; Exames Comp. Diagnóstico; Participação Mesa Eleitoral; Candidatura Eleitoral; Participação Campanha Eleitoral, Doação de Sangue; Socorrismo; Cumprimento de Obrigações Legais; Prova de Concursos; Licenças S/ Vencimento e Folgas de Trabalho Dias Descanso Semanal.

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continua a ser o motivo que mais contribui para o absentismo sendo de registar que as faltas injustificadas são em número perfeitamente inexpressivo.

Da comparação dos motivos de ausência nos anos em estudo, verifica-se uma subida nas faltas por casamento, nas faltas por assistência a familiares, nas faltas por estatuto trabalhador-estudante, por doença profissional e os outros motivos de ausência que quadruplicaram em 2007, comparativamente com o ano transacto. Os restantes motivos de ausência registaram poucas alterações.

A taxa de absentismo, apesar de ligeiramente acima do aceitável (5,00%), tem vindo a decrescer conforme a seguir se constata, aproximando-se, assim, do valor residual esperado.

Ano 2005 2006 2007

Taxa de absentismo 7,12 % 6,68 % 5,97%

Acidentes Ocorridos em Serviço e Número de Dias Perdidos com Baixa

2005 2006 2007

Acidentes ocorridos c/ baixa 2 2 2

Nº de dias perdidos c/ baixa 74 33 76

Incapacidade Temporária Absoluta 2 0 0

Incapacidade Temporária Parcial 0 2 2

Incapacidade Permanente Parcial 0 0 0

Como se pode verificar, nos quadros anteriores, o número de acidentes ocorridos com baixa em 2007 foi igual ao dos anos transactos, registando-se apenas 2 acidentes. Todavia, o número de dias perdidos com baixa passou de 33, em 2006, para 76 dias, em 2007.

Número de Acções de Formação Realizadas

42 51 80 0 20 40 60 80 2005 2006 2007

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Verifica-se um progressivo aumento do número de acções de formação realizadas, nos anos em análise, sendo que em 2007 atingiu as 80. Estas acções de formação resultaram num aumento muito significativo no número de horas dispendido em formação, passando de 2678, em 2006, para 4119 horas, em 2007.

666 2678 4119 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 2005 2006 2007

Número de Horas Dispendidas em Acções de Formação

As acções de formação que mais contribuíram para este panorama foram as relativas à temática “Higiene e Segurança no Trabalho” dirigidas aos grupos profissionais dos Operários e Auxiliares e que resultaram de uma parceria estabelecida com o Centro de Formação Profissional de Aljustrel, no âmbito do desenvolvimento do Programa “Novas Oportunidades”.

Da análise destes dados conclui-se que a taxa de participação em acções de formação teve a seguinte evolução, 2005 – 21,39 %, 2006 – 74,88 % e 2007 – 120,28%. Por sua vez, a percentagem de horas dispendidas em acções de formação foi de: 2005 – 1,33 %, 2006 – 5,22 % e 2007 – 7,56%.

11.1.1.2 - Indicadores de alguns serviços prestados

A título informativo apresentam-se ainda os quadros onde constam alguns dos indicadores dos serviços prestados e que nos pareceram mais relevantes, tais como o exercício da caça, o licenciamento de máquinas de diversão, licenciamento de provas desportivas e espectáculos, os movimentos do cemitério, o licenciamento de queimadas e o registo de velocípedes.

Exercício da caça 2005 2006 2007

Renovação/concessão/substituição de cartas caçador 101 85 6

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Máquinas de diversão 2005 2006 2007

Licenças exploração 28 20 6

Registo máquinas 14 4 1

Divertimentos, provas desportivas e espectáculos 2005 2006 2007

Divertimentos 7 8 9

Provas desportivas 1 3 3

Cemitério 2005 2006 2007

Inumações 60 39 54

Vendas de terrenos 24 25 17

Venda de ossários (gavetões ossários e jazigos municipais – gavetões) 4 4 -

Jazigos 1 - -

Queimadas 2005 2006 2007

Autorizações queimadas 3 21 37

Velocípedes 2005 2006 2007

Registo de velocípedes e renovação de licenças 106 108 40

Acrescentamos ainda os quadros relativos às guias de receita emitidas, às ordens de pagamento e aos processos de execução fiscal e por fim os referentes às requisições internas e externas, aos procedimentos relativos a concursos bem como à contratação administrativa.

Serviços

Emissores Guias de Receita Emitidas 2005 2006 2007 07 Secção de Aprovisionamento e Património - - 1

06 Gabinete de Educação e Apoio Social - - 76

05 Secção de Recursos Humanos 166 166 268

04 Águas e Saneamento 1196 789 810

03 Secção Financeira 599 1214 1031

02 Lic. Loteamento / Serviços Notariado 1020 1015 975 01 Taxas e Licenças / Execuções Fiscais 3446 2881 2942

Município de Castro Verde - Relatório e Contas 2007 Ordens de Pagamento 2005 2006 2007 Orçamentais 4046 4136 4453 Tesouraria 494 438 829 Total 4540 5574 5282 Execuções Fiscais 2005 2006 2007 Processos Instaurados 522 571 432 Processos Concluídos 425 571 393 Requisições 2005 2006 2007

Requisições Internas e Externas 2913 3041 3341

Procedimentos 2005 2006 2007

Consulta Prévia * 97 65

Ajuste Directo C/ Consulta * 63 85

Concurso limitado sem apresentação de candidaturas - - 7

Concurso Público * 1 2

Número Total de Procedimentos * 161 159

* Dados não apurados

Contratação administrativa 2005 2006 2007 Empreitadas 33 37 9 Fornecimento de Bens 2 51 110 Fornecimento de Serviços 13 37 49 Total 48 125 159 11.1.2 - Protecção civil

A Protecção Civil e a Segurança das populações constituíram-se como áreas de intervenção que entraram na rotina dos serviços municipais, assumindo-se hoje como um sector de actividade com dinâmicas próprias.

O ano de 2007 foi um ano com baixo número de ocorrências, inclusivamente no que respeita também a incêndios em culturas arvenses.

Da parte do Município foram feitas algumas diligências no âmbito da prevenção, quer práticas, desmatação e limpeza de bermas, quer de sensibilização, nalgumas acções levadas a cabo em diversas localidades da freguesia de Castro Verde. Tem igualmente servido para o efeito o Boletim Municipal.

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Ainda no âmbito da prevenção, o Município participou no Programa do Voluntariado Jovem para as Florestas, em parceria com o IPJ, com o projecto “Juntos por um Castro + Verde” no qual participaram dezasseis jovens em acções de limpeza e vigilância. Colaborámos com o agrupamento de escolas em visitas de Segurança aos edifícios escolares e na realização de simulacros, cujo propósito foi o de se proceder a uma correcta inventariação das situações vivenciadas na perspectiva da sua constante melhoria.

Foram substituídos todos os extintores quer dos edifícios escolares do 1º CEB e JI (s) quer dos restantes espaços Municipais.

Foi assinado o acordo de colaboração para a criação do Gabinete Florestal Intermunicipal e foi adjudicado o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, cuja proposta final foi submetida a parecer das entidades envolvidas.

Á imagem dos anos anteriores cooperámos com a Associação local de Bombeiros e com os Serviços Regionais de Protecção Civil.

Conforme estabelecido nos protocolos de colaboração, foram concedidos subsídios, no valor de 80.600,00€, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castro Verde e de 7.440,00€ à delegação de Castro Verde da Cruz Vermelha Portuguesa. Na sequência das cheias de 5 de Novembro do ano 2006, inventariaram-se os estragos cujo montante foi estimado em quase meio milhão de euros e apresentou-se junto do Governador Civil, em reunião promovida pelo mesmo, o relatório e estimativa de custos correspondentes, tendo-se reclamado apoio financeiro do governo bem como a disponibilização de uma linha de crédito bonificado.

Lamentavelmente não tivemos qualquer resposta favorável ao contrário do que foi já em 2008 noticiado em relação a outros municípios com problemas semelhantes.

Não obstante e contando exclusivamente com o orçamento municipal, executámos um programa de recuperação de estragos em infra-estruturas públicas que permitiu num prazo relativamente curto repô-las em serviço com condições de funcionamento e segurança adequadas.

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