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LIMITES DE ENDIVIDAMENTO DO MUNICÍPIO DE CASTRO VERDE PARA

11.2 – FUNÇÕES SOCIAIS

Município de Castro Verde - Relatório e Contas 2007 11.2.1 – Ensino

A Educação continuou, durante o ano de 2007, a ser uma área de intervenção prioritária para o Município de Castro Verde. Ao nível do edificado, e na sequência do avultado investimento realizado no ano anterior, iniciou-se a obra de ampliação e requalificação da Escola Básica do 1.º Ciclo de Castro Verde e efectivou-se o projecto técnico para a intervenção no Centro Escolar de Entradas.

No que ao mobiliário diz respeito, e para completar o processo de apetrechamento das escolas já iniciado em 2006, procedeu-se à aquisição de mobiliário para várias escolas do 1.º CEB.

À semelhança do que já havia acontecido no ano anterior, na sequência da publicação do Despacho 22 251/2005 que previa a generalização do serviço de refeições, continuou este Município a assegurar as mesmas, quer aos alunos do 1.º CEB, quer aos do pré- escolar. Ao nível das Actividades de Enriquecimento Curricular, promoveram-se, igualmente, todos os esforços para as dinamizar, no seu devido tempo, junto de todos os alunos do 1.º CEB. As Actividades de apoio à família do pré-escolar também foram enriquecidas através da contratação de pessoal qualificado para a sua implementação. Refira-se que as AEC’s se consubstanciam na prática no Ensino do Inglês, Estudo Acompanhado, Ensino da Música, Educação Física e Desporto e Expressões, conforme definido no Despacho 12 591/2006 de 16 de Junho.

Como forma de dar resposta a esta multiplicidade de funções e a um número crescente de alunos nos últimos três anos lectivos (JI 2005/2006 – 139 alunos; 2006/2007- 150 alunos; 2007/2008 – 139 alunos; EB1 2005/2006 – 283 alunos; 2006/2007- 304; 2007/2008 – 320 alunos) procedeu este Município à contratação de 10 Auxiliares de Acção Educativa.

Durante o ano de 2007, iniciou-se, junto de diferentes segmentos de alunos, um conjunto de intervenções de natureza técnica, cujo principal objectivo visou a promoção do desenvolvimento global dos mesmos. A título de exemplo refira-se: “O Programa de Orientação Vocacional”, “O Programa de Auto-regulação da Aprendizagem”, “Acções de Formação dirigidas a Encarregados de Educação” e elaboração de um Relatório Síntese acerca dos alunos com Necessidades Educativas Especiais no âmbito do Decreto-Lei n.º 319/91 de 23 de Agosto.

No que à acção social escolar concerne foram analisados os processos de candidatura aos diferentes apoios previstos e referentes aos diferentes níveis de ensino, procedendo- se à atribuição de escalões previstos na regulamentação Municipal específica e à consequente atribuição de apoios económicos aos alunos carenciados do Concelho, nomeadamente através de subsídio para aquisição de material escolar, refeições, transporte, alojamento e até extravasando as competências municipais em matéria de acção social escolar, conferindo bolsas ao alunos do Concelho que frequentam o ensino superior. Registe-se como exemplificativo o facto do Município ter dispendido, no ano de 2007, 72.645,90€ subdivididos da seguinte forma: 13 299,30€ com auxílios

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económicos; 15.712,20€ para subsídios de alojamento; 15.424,40 € a título de subsídios de transporte para alunos do ensino secundário e 28.210,00€ para atribuição de bolsas de estudo aos alunos do ensino superior. Comparativamente aos dois anos anteriores regista-se um acréscimo significativo dos montantes suportados pelo Município com a área do ensino. Assim, regista-se um gasto de 52.388,80€ em 2005 e 57.478,30€, em 2006.

No que à rede de transportes diz respeito foi a mesma reapreciada à luz das necessidades dos alunos e respectivas famílias, procedendo-se à aquisição de serviços de transporte escolar, numa lógica de complementaridade com os realizados pela própria autarquia. Na sequência de procedimento adequado manteve-se e melhorou-se o circuito escolar urbano da sede do Concelho, cujo acesso é gratuito para todos os utilizadores.

11.2.2 - Acção Social e Saúde

No decurso do ano de 2007, e à semelhança de anos anteriores, o Município de Castro Verde teve da acção social uma abordagem sistémica e dinâmica. Durante este mesmo ano procedeu-se a uma divulgação exaustiva do Cartão Social, bem como das normas regulamentares que lhe dão suporte e acesso, o que na prática se consubstanciou num alargamento considerável do número de pedidos de Cartão Social e nos respectivos apoios que o mesmo possibilita, nomeadamente no que diz respeito à comparticipação nos medicamentos e nas intervenções habitacionais da população carenciada do Concelho. Assim, deram entrada na CMCV, em 2007, 111 candidaturas ao Cartão Social, tendo merecido deferimento 50 (mais 26 que em 2005 e 29 que 2006). Foram comparticipadas por este Município, ao nível dos medicamentos oito agregados familiares e três habitações foram alvo de reparações/adaptação, conforme delineado em Regulamento Municipal próprio.

A execução do Projecto “UNIR PARA ANIMAR – 65 SEM LIMITES” possibilitou mais uma vez ir de encontro às necessidades de animação, pedagogicamente ricas, diagnosticadas para a 3.ª idade, assim como o fomento à participação na Semana BEJASÉNIOR. Com actividades distribuídas por uma semana, o Projecto “Unir para animar – 65 sem limites” contou no ano em análise com uma participação média de 350 idosos por actividade, tendo um custo total de aproximadamente 25.000,00€, suportados na íntegra pelo orçamento municipal.

Durante o ano de 2007 procedeu-se, igualmente, ao início do processo de revisão dos principais instrumentos de planeamento concelhios, na área social: O Diagnóstico, Plano de Desenvolvimento Social e Plano de Acção, adaptando-os às orientações emanadas da Plataforma Supraconcelhia do Baixo Alentejo e aos Eixos Prioritários de Intervenção delineados no quadro do PNAI 2006/2008.

Dinamizou-se, em conjunto com a parceria formalizada, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Castro Verde desenvolvendo-se os necessários procedimentos de promoção e de protecção junto dos menores em risco.

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A integração dos jovens provenientes de famílias vulneráveis/carenciadas em colónia de férias de verão foi outra iniciativa suportada pelo município, com o propósito de fomentar a intervenção junto de públicos excluídos, contribuindo para a sua inserção pessoal e social e assim potenciando a sua cidadania. Participaram nesta iniciativa 11 jovens do Concelho.

A Rede Social concelhia sedimentou-se como um pilar fundamental de sustentabilidade das actividades desenvolvidas pelo GEAS, quer no que se refere à dinamização de parcerias interinstitucionais, bem como na implementação de projectos e actividades conjuntas.

11.2.3 – Ordenamento do Território, Gestão Urbanística e Habitação 11.2.3.1 – Gestão Urbanística - Serviços Técnico/Administrativos

Relativamente aos Serviços Técnicos, e no que toca à área administrativa, apresentam- se alguns dados que ilustram a actividade desenvolvida pelo Município neste Sector. Os quadros apresentados referem-se a processos de licenciamento e de autorização, alvarás de autorização, de licença, de licenças e autorização de utilização, vistorias diversas, pedidos de informação prévia, certidões diversas e loteamentos e destaques. Quanto às obras particulares, entre processos de autorização e sujeitos a licenciamento, os primeiros da competência do Presidente da Câmara ou Vereador com competência delegada (que é o caso), e os segundos da Câmara Municipal, por comparação com o ano 2006, verificamos um ligeiro aumento em 2007, facto que não significa que no próprio ano sejam emitidos os consequentes alvarás e iniciadas as obras, na medida em que os particulares dispõem de um ano para requere-los, momento a partir do qual se podem iniciar as obras, cf. dispõe o artº 76º do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação.

No respeitante a alvarás de utilização, também a variação é pequena por comparação com o ano transacto, entre licenças de utilização e autorizações de utilização, menos 12 para os primeiros e menos 3 para os segundos em 2007.

O número de vistorias, foi superior em 2007, efectuadas a estabelecimentos comerciais e outras, algumas das quais na sequência de reclamações apresentadas por munícipes. Os pedidos de informação prévia foram bastante menos que em 2006, só dois.

Quanto às certidões também sofreram uma ligeira diminuição em 2007, menos 13 que em 2006.

Há menos um loteamento em relação a 2006, quanto aos destaques em 2006, houve mais um que em 2007.

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Obras Particulares – Processos Apreciados e Aprovados

Designação 2005 2006 2007

Processos Licenciamento 62 60 46

Processos Autorização 19 50 80

Total 81 110 126

Obras particulares – Processos Licenciados

Designação 2005 2006 2007

Alvarás de Licença de Obras 63 44 57

Alvarás de Autorização de Obras 17 32 60

Total 80 76 117

Obras particulares – Licenças e Autorizações de Utilização

Designação 2005 2006 2007

Alvarás Licenças de Utilização 62 66 54

Alvarás de Autorização de Utilização 16 13 10

Total 78 79 64

Vistorias

Designação 2005 2006 2007

Vistorias diversas 11 11 21

Vistorias Est. Comerciais 5 7 5

Vistorias Est. Restauração e Bebidas 4 6 4

Total 20 24 30

Urbanismo – Pedidos de Informação Prévia e Certidões Diversas

Designação 2005 2006 2007

Informação Prévia 6 12 2

Certidões diversas 134 147 133

Total 140 159 135

Urbanismo – Loteamentos Particulares e Destaques

Designação 2005 2006 2007

Loteamentos Particulares 2 1 2

Destaques 18 11 10

Município de Castro Verde - Relatório e Contas 2007 11.2.3.2 – Planeamento e Obras Municipais

O ano de 2007 ficou marcado por uma clara contenção de investimentos neste domínio, revelando uma taxa de execução abaixo da média verificada nas GOP(s) e muito particularmente no PPI. Esta situação decorreu da necessidade de proceder à conclusão de alguns investimentos transitados de anos anteriores e à afectação dos recursos humanos disponíveis essencialmente a intervenções de reabilitação e conservação. Não obstante realizaram-se trabalhos relevantes na requalificação de diversos arruamentos, públicos em diferentes aglomerados rurais, com particular incidência na sede do Concelho.

Iniciou-se finalmente, o processo de reordenamento das Ruas de Aljustrel e de Mértola em Castro Verde e acentuaou-se a intervenção nos espaços verdes públicos merecendo destaque a intervenção de conservação no Jardim do Padrão.

A iluminação pública foi particularmente cuidada em articulação com a EDP, tendo sido desenvolvida uma extensa remodelação numa das zonas mais antigas de Castro Verde, onde foi instalado um novo PT, que permitiu uma significativa melhoria do serviço público.

Os objectivos fixados no domínio da habitação apesar de não terem sido integralmente alcançados por razões que escapam ao controle do Município, saldou-se todavia pelo desenvolvimento de algumas iniciativas cujos resultados serão mais palpáveis em 2008. Aprovou-se o projecto e lançou-se o concurso para a execução da empreitada de um conjunto de edificado integrando habitação, comércio e serviços na Rua Timor Lorosae em Castro Verde e regularizou-se o processo dos terrenos a afectar ao projecto de construção de 16 fogos para arrendamento social.

Quanto às acções de planeamento, importa salientar a conclusão da cartografia digital para toda a área do território municipal tendo por base ortofotomapas na escala 1/10.000, cujo processo foi concluído pela AMBAAL com co-financiamento comunitário.

Acompanhámos muito activamente os trabalhos e estudos do Plano Regional de Ordenamento do Território, bem como as diferentes fases de desenvolvimento do processo do Plano de Pormenor da Cavandela.

11.2.4 – Águas, Saneamento e Resíduos 11.2.4.1 – Água

Actualmente a Câmara Municipal possui 17 sistemas de abastecimento de água, sendo 2 alimentados por água superficial a partir da Albufeira do Monte da Rocha e de Santa Clara, (60% da população do Concelho) e 15 abastecidos por água subterrânea (40% da população do Concelho).

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Os sistemas de abastecimento de água, os tratamentos e produtos químicos utilizados, são os constantes do quadro 1:

Sistemas de abastecimento de água do Concelho

Sistemas Tratamentos Produtos químicos utilizados

ETA do Monte da Rocha

Remineralização Pré-cloragem Arejamento Coagulação/Floculação Decantação Filtração Desinfecção CO2 Hipoclorito de sódio Polielectrólito Policloreto de alumínio Carvão activado Cal ETA de Entradas Arejamento Coagulação / Floculação Decantação Filtração Desinfecção Dióxido de Cloro Policloreto de alumínio Polielectrólito Carvão activado Hipoclorito de sódio ETA da Sete Pré-Oxidação Arejamento Decantação Filtração Desinfecção Hipoclorito de sódio

ETA de Santa Clara

Pré-Oxidação Filtração

Desinfecção Hipoclorito de sódio

Casével Desinfecção Hipoclorito de sódio

Geraldos Desinfecção Hipoclorito de sódio

São Marcos da Ataboeira Desinfecção Hipoclorito de sódio

Guerreiro

Pré-Oxidação Desferrização

Desinfecção Hipoclorito de sódio

Figueirinha

Pré-Oxidação Filtração Ultra-filtração Desinfecção por ultravioletas

Osmose inversa Desinfecção

Hipoclorito de sódio Anti-incrustante Metabissulfato de sódio

Rolão Desinfecção Hipoclorito de sódio

Salto

Pré-Oxidação Desferrização

Desinfecção Hipoclorito de sódio Furo 1 Desnitrificação

Desinfecção Hipoclorito de sódio

Namorados

Furo 2 - Desferrização/ Desmanganização

Desinfecção Hipoclorito de sódio

Piçarras Pré-Oxidação

Filtração Ultra-filtração Desinfecção por ultravioletas

Osmose inversa Desinfecção

Hipoclorito de sódio

Viseus Desinfecção Hipoclorito de sódio

Beringelinho Desinfecção Hipoclorito de sódio

Galeguinha Desinfecção Hipoclorito de sódio

Monte Serro Desferrização

Desinfecção Hipoclorito de sódio (Quadro 1)

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Anualmente e segundo o Decreto-lei 243/01 de 5 de Setembro, é elaborado um Plano de Controlo de Qualidade da Água, sendo este submetido à aprovação do IRAR (Instituto Regulador de Águas e Resíduos). Neste plano são definidos os números mínimos de análises em cada sistema, assim como os pontos de amostragem.

Em 2007, foram efectuadas as análises constantes no quadro 2:

Sistemas de abastecimento de água e frequência mínima de amostragem

Frequência mínima de análises por ano

Sistemas Volume diário m3 População

Abastecida

Rotina 1 Rotina 2 Inspecção

Zona 1 – 90 329 2 2 1 Monte da Rocha Zona 2 - 1500 2583 12 10 2 Entradas 125 817 12 4 1 Sete 115 737 12 4 1 Santa Clara 35 230 2 2 1 Geraldos 18 164 2 2 1 Casével 42 365 2 2 1 S. Marcos da Ataboeira 32 238 2 2 1 Guerreiro 9 31 2 2 1 Figueirinha 4 32 2 2 1 Rolão 11 53 2 2 1 Salto 9 41 2 2 1 Namorados 20 104 2 2 1 Piçarras 10 84 2 2 1 Viseus 9 81 2 2 1 Beringelinho 12 81 2 2 1 Galeguinha 2 15 2 2 1 Monte Serro 4 20 2 2 1

Total de análises efectuadas 66 48 19

(Quadro 2)

Controlo de rotina R1 e R2: Estas análises têm como objectivo fornecer regularmente

informações sobre a qualidade organoléptica (cheiro, cor, sabor, turvação) e microbiológica da água destinada ao consumo humano, bem como da eficácia dos tratamentos existentes (principalmente a desinfecção), tendo em vista determinar a sua conformidade com os valores paramétricos estabelecidos.

Controlo de inspecção: Estas análises têm como objectivo obter as informações

necessárias para verificar o cumprimento dos valores paramétricos do referido diploma. Em termos de consumos e de consumidores registamos os seguintes valores:

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Consumidores e Consumos ( m3 ) de água por freguesia

2005 2006 2007 Freguesia Utentes Consumos Facturados Utentes Consumos Facturados Utentes Consumos Facturados Casével 217 17.121 217 15.990 218 14.851 Castro Verde 2.677 270.990 2.708 278.671 2.748 279.646 Entradas 445 30.328 445 28.952 445 30.832 S. Marcos da Atabueira 301 19.024 302 18.158 303 18.018 Sta Bárbara de Padrões 627 29.941 628 33.330 626 39.268 TOTAL 4.267 367.404 4.300 375.101 4.340 382.615

A nível de investimento nos sistemas de abastecimento de água em 2007, e de modo a melhorar a qualidade da água destaca-se a conclusão da obra de remodelação da Estação de Tratamento de Águas de Entradas, com introdução de um tratamento mais completo para fazer face a qualidade de água bruta.

Assim, fica instalado o seguinte tratamento:

- Pré-oxidação com dióxido de cloro; coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção final;

Saliente-se todavia o facto de a afinação desta ETA se ter revelado particularmente difícil, dadas as características das águas brutas subterrâneas que trata. Como consequência não foi possível, em 2007, retirar resultados positivos do investimento realizado.

Foram também instalados novos tratamentos de água nas localidades de Piçarras e Figueirinha através de tratamento por osmose inversa, de modo a retirar o excesso de sais na água melhorando assim a sua qualidade.

Deste modo, estas ETA`S ficam a funcionar com o seguinte tratamento:

- Pré-oxidação; filtração; desinfecção por ultravioleta; micro-filtração; osmose inversa; desinfecção;

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Houve a necessidade de introduzir novos tratamentos nos diversos sistemas de modo a cumprir os valores paramétricos estabelecidos, nomeadamente no reforço da desinfecção, uma vez que esta é considerada essencial para a obtenção de água potável. Foram deste modo reforçados os sistemas de desinfecção em vários sistemas de água do Concelho e colocadas 2 bombas doseadoras de hipoclorito em cada, de forma que uma funcione em alternativa à outra em caso de avaria.

O ano de 2007, marca ainda o início dos trabalhos de remodelação da nova Estação de Tratamento de Água de S. Marcos da Ataboeira bem como a abertura de concursos para as empreitadas de novos sistemas de Captação, Adução e Tratamento de Água a Sorraias, Viseus e Rolão e também de um novo sistema de captação, elevação e Tratamento de Água a Beringelinho e Santa Bárbara de Padrões.

Estes novos projectos visam melhorar os caudais disponíveis e adequar a qualidade da água bruta com as novas exigências normativas.

11.2.4.2 – Saneamento

Águas residuais são águas que depois de serem utilizadas pela comunidade, passam a possuir características indesejáveis. O tratamento destas águas é indispensável para minimizar o impacto das fontes poluidoras nas linhas de água e ambiente envolvente. Antes da água residual afluir a qualquer dos sistemas de tratamento (excepto nas fossa sépticas) passa por uma câmara de grades, a fim de permitir a retenção dos sólidos de maiores dimensões. O tratamento e destino final de águas residuais constituem, conjuntamente com a drenagem, um serviço público de importância vital em diversos domínios, nomeadamente no sanitário.

A Câmara possui 27 estações de tratamento de águas residuais, conforme a seguir se descrimina:

Município de Castro Verde - Relatório e Contas 2007

Quadro I- Estações de tratamento de águas residuais existentes no Concelho em 2007 e respectiva periodicidade de amostragem

Sistemas

Habitantes

Tratamento Periodicidade de

Amostragem

Castro Verde 3583 Lagoas com arejamento Trimestral

E. Ourique 73 2 Fossas sépticas + filtro anaeróbio Anual Aivados 120 2 Fossas sépticas + filtro anaeróbio Anual Almeirim 136 Fossa séptica + filtro anaeróbio Anual

Casével 365 Lagoas de estabilização Semestral

Piçarras 84 Fossa séptica + filtro anaeróbio Anual

Entradas 817 Lagoas de estabilização Semestral

Geraldos 164 Fossa séptica de grande capacidade Anual S. Marcos da

Ataboeira 238 Fossa séptica + filtro anaeróbio Lagoas de estabilização Semestral Anual

Salto 41 Fossa séptica + filtro anaeróbio Anual

Rolão 53 Fossa séptica + filtro anaeróbio Anual

Guerreiro 31 2 Fossas sépticas + filtro anaeróbio Anual

Viseus 81 Fossa séptica + lagoa facultativa Anual

Santa Bárbara de

Padrões 195 Fossa séptica de grande capacidade Anual

Sete 291 Lagoa de estabilização Semestral

Lombador 172 ETAR compacta de lamas activadas em

arejamento prolongado Anual Beringelinho 81 ETAR compacta de lamas activadas em

arejamento prolongado Anual Namorados 104 Fossa séptica +trincheiras filtrantes Anual Figuerinha 32 Fossa séptica + filtro anaeróbio Anual A-do-Corvo 123 ETAR compacta de lamas activadas em

arejamento prolongado Anual A-do-Neves 67 ETAR compacta de lamas activadas em

arejamento prolongado Semestral Monte Serro 25 Decantação + lagoa de macrófitas Anual

Galeguinha 15 Decantação + lagoa de macrófitas Anual A periodicidade de amostragem é definida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo em função do tratamento efectuado e sensibilidade do meio de descarga.

Em 2007, foi adjudicada uma nova Estação elevatória para águas residuais, junto ao parque de campismo, uma obra considerada fundamental para a elevação das águas residuais para a ETAR. Foram ainda efectuadas diversas acções de limpeza e manutenção nas ETAR´S, obtendo assim maior eficiência dos sistemas de tratamento.

Município de Castro Verde - Relatório e Contas 2007 11.2.4.3 - Resíduos Sólidos

Confirmou-se no ano em apreço, aliás à semelhança do constatado em anos anteriores que Castro Verde está entre os Concelhos da área de influência da AMALGA onde a separação de resíduos para a reciclagem é mais elevada podendo verificar-se que a adesão da população à reciclagem é significativa, demonstrada pela evolução das toneladas de recicláveis recolhidas nos últimos 3 anos.

Tipo de Resíduos Recicláveis (Ton.) 2005 2006 2007 Vidro 101.6 120 115.6 Papel/Cartão 57.7 45.4 72.8 Plástico 12.5 33.5 40.0 Total 171,8 198,9 228,4

Quantidade (Ton.) de recicláveis recolhidos no Concelho de Castro Verde

0 20 40 60 80 100 120 Tone la da s 2005 2006 2007

Evolução da recolha selectiva no Concelho

Vidro Plástico Papel

Evolução da recolha selectiva no Concelho

Foram ainda adquiridos ecopontos domésticos de 30L com vista à recolha selectiva de resíduos (vidro, papel e cartão e plástico) nos vários edifícios Municipais e efectuada uma campanha de sensibilização.

Município de Castro Verde - Relatório e Contas 2007

Foram depositadas em aterro sanitário da AMALGA, cerca de 3105.5 toneladas de resíduos indiferenciados, valor este inferior ao verificado nos dois anos anteriores, este valor é todavia compensado pelo acréscimo verificado na recolha de recicláveis.

Resíduos indiferencidos 3000 3050 3100 3150 3200 3250 3300 2005 2006 2007 Res. Indiferenciados

Evolução da recolha de resíduos indiferenciados no Concelho de Castro Verde

11.2.5 – Meio Ambiente

O processo de alargamento da Rede Natura 2000 na área do Município marcou claramente o ano de 2007 neste domínio.

Efectivamente, ocorreram as propostas para alargamento da ZPE de Castro Verde enquanto medidas compensatórias dos “danos” causados pela construção da A2, que, embora tenham ocorrido a norte, em concelhos vizinhos, tiveram que ser “indemnizados” no território do Município de Castro Verde. Por outro lado, foi proposta a criação de uma ZPE – Piçarras, esta todavia com pequena incidência territorial na área do Município.

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