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PONTOS POR CAMPO DE SUSTENTABILIDADE POR MATRIZ PARADIGMÁTICA DE TÉCNICOS DE NÍVEL SUPERIOR

3.3.3.1. Método de identificação do campo de sustentabilidade prioritário

3.3.3.1.1. Funções de sustentabilidade (FS)

As 45 funções de sustentabilidade foram apresentadas para avaliação ao agricultor e à sua família na forma de questionamento, feito a partir de 45 fichas

individuais. Caso se notasse qualquer dúvida a respeito do conteúdo do

questionamento, explicações eram fornecidas. Foi seguida a seguinte seqüência:

1) Avaliaram-se os valores de urgência (U), referentes à situação presente, sem qualquer ordenação das fichas.

2) Avaliaram-se os valores de gravidade (G), referentes à situação média até os últimos cinco anos, com as fichas ordenadas na seqüência de 1 a 45.

3) Avaliaram-se os valores de tendência (T), referentes às perspecti-vas para os próximos cinco anos, com as fichas também ordenadas na seqüência de 1 a 45.

As fichas usadas nessa entrevista inicial tinham os seguintes códigos e conteúdos:

CÓD. 1 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de independência, em relação a fornecedores externos (de crédito, insumos, energia, equipamentos e serviços).

CÓD. 2 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de confiança nos fornecedores e nos produtos externos (quanto à qualidade, eficiência, prazos, garantias etc.).

CÓD. 3 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de autoconfiança na própria capacidade de assumir compromissos e de poder pagar dívidas.

CÓD. 4 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de condição física para o trabalho, média de todos que atuam na UP.

CÓD. 5 - Ajuste entre os níveis exigidos e os níveis disponíveis de salubridade e conforto no ambiente de trabalho da UP.

CÓD. 6 - Ajuste entre o nível ideal e o nível real de tolerância e satisfação das pessoas, pelos requerimentos de esforços e de resistência nas atividades da UP e região.

CÓD. 7 - Ajuste entre os níveis necessários e os níveis disponíveis, médios, de escolaridade dos trabalhadores (estudo formal).

CÓD 8 - Ajuste entre os níveis necessários e os níveis disponíveis, médios, de preparo técnico profissional dos trabalhadores: capacitação e atualização técnicas.

CÓD. 9 - Ajuste entre os níveis necessários e os níveis disponíveis, médios, de experiência prática de campo dos trabalhadores: tarimba ou vivência.

CÓD. 10 - Ajuste entre o nível exigido e o nível real de preparo na prevenção de acidentes de trabalho das pessoas da UP: treinamentos, comissão interna de prevenção de acidentes etc.

CÓD. 11 - Ajuste entre os níveis toleráveis e os níveis reais de incidência de acidentes de trabalho na UP e região por imprudência ou imperícia, levando a licenças e faltas.

CÓD. 12 - Ajuste entre a necessidade e a disponibilidade de sistema de amparo à saúde das pessoas da UP: plano de saúde, atendimento básico e seguro.

CÓD. 13 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de ocupação de mão-de-obra na UP e região: ocorrência de desvio de função por sobra ou falta, acarretando ociosidade ou sobrecarga).

CÓD. 14 - Ajuste entre o tempo exigido e o tempo médio real de descanso de pessoal da UP: descanso semanal, férias, lazer etc.

CÓD. 15 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real da área média cultivável disponível por familiar na UP ante as necessidade de períodos de pousio ou de rotação.

CÓD. 16 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de diversificação de culturas na UP: conduzidas com fins comerciais ou não.

CÓD. 17 - Proporção da área total da UP mantida sem monocultivos: ou seja, sob consórcios, sistemas agrossilvopastoris, culturas intercalares, reservas etc.).

CÓD. 18 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de diversidade de espécies nobres da vegetação nativa, nas áreas protegidas e de pousio da UP.

CÓD. 19 - Ajuste entre os níveis toleráveis e os níveis reais de contaminação ambiental com agroquímicos na UP e região: agrotóxicos, fertilizantes etc.).

CÓD. 20 - Ajuste entre os níveis toleráveis e os níveis reais de contaminações das pessoas com agroquímicos na UP e região.

CÓD. 21 - Ajuste entre os níveis ideais e os níveis reais de exigências de medidas de proteção na UP, diante dos seus riscos ambientais: em virtude de a localização da área exigir medidas de proteção ambiental, em função da legislação ou da deliberação própria.

CÓD. 22 - Integridade dos mecanismos naturais de reequilíbrio ambiental na UP: mecanismos como reciclagem de nutrientes, composição e vigor do banco de propágulos, composição e dinâmica da entomofauna e da microbiota do solo, dinâmica da matéria orgânica, capacidade de retenção de umidade do solo, composição e vigor da fauna etc.

CÓD. 23 - Ajuste entre os níveis ideais e reais, médios, de consciência ambientalista das pessoas da comunidade.

CÓD. 24 - Ajuste entre a necessidade e a disponibilidade de recursos materiais e financeiros para adoção de medidas corretivas e, ou, potencializadoras dos mecanismos naturais de reequilíbrio ambiental na UP.

CÓD. 25 - Integridade dos recursos naturais bióticos da UP e de seu entorno: flora, fauna e microbiota.

CÓD. 26 - Ajuste entre a necessidade e a disponibilidade da legislação e de projetos de proteção ambiental adequados, essenciais e atuantes na região.

CÓD. 27 - Ajuste entre os níveis ideais e os níveis reais do ritmo de exploração de RN, visando aumentar entradas de recursos financeiros na UP e região: confronto entre a necessidade de superexploração dos RN da UP e a de economizar RN, diante do direito à herança de filhos, netos e futuras gerações, ou seja, preocupação com a justiça entre gerações.

CÓD. 28 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real do estado de conservação dos solos da UP e região, quanto aos fatores condicionantes da capacidade produtiva do solo: fertilidade, CTC, profundidade, estrutura, aeração etc.

CÓD. 29 - Ajuste entre os níveis ideais e os níveis reais de capacidade de

retenção de água dos solos da UP e região: nascentes, matas ciliares etc.

CÓD. 30 - Ajuste entre a necessidade e a disponibilidade de projetos de apoio à capacidade produtiva das UP da região: projetos de apoio aos modelos agrícolas que busquem preservar a capacidade produtiva das UP e a auto- sustentabilidade dos agroecossistemas da região.

CÓD. 31 - Ajuste entre a capacidade de produção própria da UP e a demanda dos clientes: volumes por tipo.

CÓD. 32 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de distribuição de produção e de entradas de rendas durante o ano na UP: regularidade de oferta.

CÓD. 33 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de diversificação de tipos de produtos fornecidos pela UP: forma e padrões.

CÓD. 34 - Ajuste entre os níveis tolerados pelos consumidores e os níveis reais de resíduos contaminantes nos produtos da UP: agentes formado-res de radicais livres, tóxicos ou potencialmente patogênicos como: agrotóxi-cos, fertilizantes químicos, antibióticos, hormônios, microrganismos etc.

CÓD. 35 - Ajuste entre as exigências dos consumidores e as reais características externas dos produtos da UP: forma, cor, tamanho, limpeza, lesões, manchas e outros defeitos da aparência.

CÓD. 36 - Ajuste entre as exigências dos consumidores e as reais características internas dos produtos da UP: sabor, cheiro, valor nutritivo, conservabilidade e durabilidade.

CÓD. 37 - Ajuste entre o ritmo tolerável e o ritmo real de depreciação e de desvalorização da UP: por perda ou por desgaste de recursos produtivos, estruturais, benfeitorias etc.

CÓD. 38 - Ajuste entre a necessidade e a disponibilidade de recursos para investimentos, melhorias ou ampliação da UP: beneficiamentos que a valorizam.

CÓD. 39 - Ajuste entre a necessidade e a disponibilidade de recursos financeiros para tomar medidas reparadoras e fazer Indenizações, pela UP.

CÓD. 40 - Ajuste entre os níveis toleráveis e os níveis reais de perdas de produção na UP: no campo, na colheita, na pós-colheita, no transporte e no armazenamento.

CÓD. 41 - Ajuste entre os níveis toleráveis e os níveis reais de desperdícios de recursos e insumos na UP: de energia, adubos, água, mão-de- obra ou outros recursos.

CÓD. 42 - Ajuste entre o ritmo tolerável e o ritmo real de depreciação e de perda de vida útil ou de vida produtiva na UP: de máquinas, culturas e criações.

CÓD. 43 - Ajuste entre o nível de competição nos mercados-alvo e o nível de competitividade da produção da UP.

CÓD. 44 - Ajuste entre a situação ideal e a situação real de credibilidade e de crédito familiar na praça: diante de fornecedores e clientes.

CÓD. 45 - Ajuste entre os níveis de renda média e capacidade média de compra da clientela-alvo e os níveis de custos unitários dos produtos da UP.

Os dados foram anotados numa planilha e depois inseridos no computador. Após a inserção dos dados das nove UP, obtinham-se os quadros com os resultados finais de “p” (social, ambiental e econômico) de cada UP. Por meio desses quadros, foram identificados três agricultores, de acordo com suas prioridades.