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FUNDATEC Ana Sist (TJ RS)/TJ RS/Classe P/2010 Assunto: Pontuação

No documento Analista de Tribunal TJ-AL (páginas 89-98)

Regência Nominal e Verbal (casos gerais) Questão 39: VUNESP MJ (TJ SP)/TJ SP/

Questão 68: FUNDATEC Ana Sist (TJ RS)/TJ RS/Classe P/2010 Assunto: Pontuação

Instrução: Para responder à questão, leia o texto abaixo.

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90 O Gigante Gaúcho

Até bem pouco tempo atrás, quem visitasse o Museu Júlio de Castilhos, no centro de Porto Alegre, daria de cara com um par de botas tamanho 56 ao lado de objetos que pertenceram a renomados personagens da história gaúcha, como Júlio de Castilhos (1860-1903), Bento Gonçalves (1788-1847) e Getúlio Vargas (1882- 1954). E não é porque algum desses políticos locais tivesse pés descomunais. As botas eram de um sujeito humilde chamado Francisco Ângelo Guerreiro (1892- 1925?), que ficou famoso nas arenas de circo e nos livros de medicina no início do século XX por causa de seus 2,17 metros de altura, que lhe valeram o apelido de “Gigante”.

A exposição de objetos de Guerreiro no museu mais antigo do Rio Grande do Sul tem sido motivo de controvérsia há anos. Em uma “sala de curiosidades” – similar às “câmaras de maravilhas”, de onde surgiram os primeiros museus de História Natural – ficavam o par de botas, ao lado de outras de “tamanho normal”, e poucas fotos de sua vida. A sala fazia a alegria dos visitantes, principalmente das crianças, mas provocava desconforto entre os técnicos do museu, que a consideravam uma “distorção” dentro do acervo. Em 1993, esse espaço foi desativado e seu material levado para a reserva técnica, mas a reação do público foi tão negativa que as botas tiveram de voltar no ano seguinte como parte de uma exposição temporária sobre a vida do Gigante. Elas acabaram retornando às galerias do museu até que, no início de 2007, foram retiradas novamente para serem recuperadas.

A enorme atenção que Guerreiro despertou durante sua vida tem muito a ver com o tratamento que era dado no início do século XX a quem tinha alguma deficiência. Embora hoje possa parecer algo marginal e indecente, essas pessoas eram expostas ao público, numa atividade lucrativa, popular e organizada. Guerreiro foi atração de várias exibições, em teatros e circos pelo país. Segundo depoimento de um irmão, quando o Gigante morreu, ele fazia parte do elenco do Circo Sarrazani, onde se apresentava em uma jaula ao preço de um mil réis. As fotos que estão no museu o mostram na época em que se exibia no Teatro Politeama. Ali ele aparece de braços abertos, tendo abaixo de si homens altos, médios, baixos e anões. Moreno, de tipo indígena, Guerreiro tinha braços, pés, mãos e rosto que cresciam desproporcionalmente em relação ao resto do corpo. Ele sofria de uma síndrome chamada acromegalia, que o fazia produzir o hormônio do crescimento em excesso .

Depois de sua morte no Rio de Janeiro, as botas do Gigante viraram atração do Museu Júlio de Castilhos – provavelmente, a mais popular de toda a casa. Sempre havia quem perguntasse “se as botas ainda estavam lá”, referindo-se à sala de curiosidades, lugar de maior concentração de pessoas nas visitas guiadas ao museu.

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Além das peças de Guerreiro, também ficavam reunidos naquele espaço, de forma desordenada, objetos exóticos, como membros de indígenas mumificados, adornos andinos e animais defeituosos natimortos conservados em formol.

As visitas de estudantes, iniciadas na década de 1940, e o “trem da cultura”, projeto que nos anos 1970 levava parte do acervo ao interior do Estado, ajudaram a tornar ainda mais populares os objetos de Guerreiro, principalmente as botas, mostradas a sucessivas gerações.

O interesse pelo Gigante no museu faz pensar que, se o tempo em que o público se divertia vendo pessoas com deficiência sendo expostas já passou, o diferente ainda exerce um grande fascínio.

(Adaptado de NEDEL, Letícia Borges. Revista de História da Biblioteca Nacional. n. 57, junho de 2010)

Considere as assertivas abaixo sobre pontuação.

I - A omissão da vírgula que ocorre após a palavra altura (linha 05) seria possível,

mantendo a correção da frase, caso o segmento de seus 2,17 metros fosse substituído por dos 2,17 metros.

II - Na linha 7, a substituição dos travessões por parênteses seguidos de vírgula

seria uma opção correta de pontuação para a frase em questão.

III - Na linha 19, uma vírgula poderia ser acrescentada depois da palavra crescimento, sem acarretar erro ou mudança de sentido.

Quais são corretas? a) Apenas I

b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III

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92 Questão 69: FUNDATEC - Med Jud (TJ RS)/TJ RS/Classe R/Psiquiatria/2009 Assunto: Pontuação

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Avareza na ficção

Moacyr Scliar

Embora muitos já tenham esquecido, o Brasil viveu períodos de grandes surtos inflacionários, nos quais o dinheiro perdia rapidamente o seu valor. Era muito comum ver moedas nas sarjetas das ruas; ali ficavam porque valiam tão pouco que ninguém se dava ao trabalho de abaixar-se para apanhá-las. Isso nos remete a um fato básico da economia e da vida social: a rigor,(a) o dinheiro é uma ficção. Mas

exatamente por causa desse ângulo, digamos, ficcional, ele assume também caráter altamente simbólico. E não muito agradável, segundo Freud. Observando que ao longo da história o dinheiro foi frequentemente (e ainda é) associado à sujeira, o pai da psicanálise postulou que a proposital retenção de fezes, característica da chamada fase anal do desenvolvimento infantil, teria continuidade, no adulto, com a preocupação com o dinheiro. O avarento é um exemplo caricatural disso.

Aos escritores essas coisas não poderiam passar despercebidas, mesmo porque muitos deles tinham, e têm, problemas com dinheiro; Honoré de Balzac (1799 - 1850) e Fiódor Dostoievski (1821 - 1881) viviam atolados em dívidas,(b) sobretudo

o escritor russo, que era um jogador compulsivo. Não é de admirar que avarentos tenham dado grandes personagens da ficção. O primeiro exemplo é,(c)

naturalmente, o Shylock, de William Shakespeare (1564 -1616) na comédia O mercador de Veneza, do fim do século XVI. Shylock era um agiota. Na Idade Média, o empréstimo a juros era proibido aos cristãos e reservado ao desprezado e marginal grupo dos judeus. Um arranjo perfeito: quando o senhor feudal não queria ou não podia pagar dívidas contraídas com os agiotas, desencadeava um massacre de judeus, um grupo desprezado e marginalizado, e resolvia o problema. Shylock sente-se desprezado e quando empresta dinheiro a Antonio, um mercador cristão, pede em garantia uma libra da carne do devedor: ele quer que este se revele inadimplente e pague a dívida com a matéria de seu próprio corpo: um esforço desesperado e grotesco para ser respeitado.

Outro usurário que aparece na peça O avarento (1668),(d) de Jean-Baptiste Molière

(1622 - 1673), é Harpagon. Quanto mais rico fica,(e) mais mesquinho se torna, e

mais faz sofrer os filhos, o jovem Cléante, apaixonado por Mariane, moça pobre – Harpagon obviamente se opõe ao namoro – e a filha Élise, que ele quer casar com o velho Anselme. Além das brigas com os filhos, Harpagon tem outros motivos para

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se inquietar: enterrou em seu jardim uma caixa com dez mil escudos de ouro e é constantemente perseguido pela ideia de que sua fortuna será roubada. No fim, a avareza é castigada, e Cléante e Élise podem se unir às pessoas que amam.

Avarentos também não faltam nos romances de Charles Dickens (1812-1870), um dos mais conhecidos é o personagem Ebenezer Scrooge de Um conto de Natal (1843), um homem velho, egoísta, insensível, que odeia tudo – até o Natal – uma festa que evoca bondade e generosidade. Scrooge maltrata seu empregado Bob Cratchit, que tem um filho deficiente físico, o Pequeno Tim, mas na noite de Natal é visitado por misteriosas entidades, os Espíritos do Natal, e muda por completo, tornando-se generoso, ajudando Cratchit e sua família. Em Silas Marner, novela de George Eliot (1819-1880) que usava o pseudônimo de Mary Ann Evans, o personagem, um misantropo que prefere o ouro às pessoas, aprenderá, assim como Scrooge, a sua lição. Ele é roubado, mas, ao tomar sob seus cuidados o menino Eppie, mudará, tornando-se um homem melhor. Em Eugénie Grandet (1900), de Balzac, somos apresentados a Félix Grandet, um rico e sovina mercador de vinhos, que se opõe à paixão da filha pelo sobrinho pobre.

Como se pode ver em todas essas obras, a obsessão pelo dinheiro resulta de uma personalidade repulsiva ou patética. Freud tinha razão: o poder simbólico do vil metal não é pequeno e tem atravessado os séculos incólume.

Texto adaptado de: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos - Acesso em 04/06/2009

A vírgula em " Como se pode ver em todas essas obras, a obsessão pelo dinheiro resulta de uma personalidade repulsiva ou patética" ocorre pela mesma razão que a vírgula em:

a) a rigor, o dinheiro é uma ficção.

b) Honoré de Balzac (1799 -1850) e Fiódor Dostoievski (1821 - 1881) viviam atolados em dívidas, sobretudo o escritor russo

c) O primeiro exemplo é, naturalmente

d) Outro usuário que aparece na peça O avarento (1668), de Jean-Baptiste Molière (1622 - 1673)

e) Quanto mais rico fica, mais mesquinho se torna

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94 Assunto: Pontuação

Texto para a questão

Papel, amigo papel, não recolhas tudo o que escrever esta pena vadia. Querendo servir me, acabarás desservindo-me, porque se acontecer que eu me vá desta vida, sem tempo de te reduzir a cinzas, os que me lerem depois da missa de sétimo dia, ou antes, ou ainda antes do enterro, podem cuidar que te confio cuidados de amor.

Não, papel. Quando sentires que insisto nessa nota, esquiva-te da minha mesa, e foge. A janela aberta te mostrará um pouco de telhado, entre a rua e o céu, e ali ou acolá acharás descanso. Comigo, o mais que podes achar é esquecimento, que é muito, mas não é tudo; primeiro que ele chegue, virá a troça dos malévolos ou simplesmente vadios.

Escuta, papel. O que naquela dama Fidélia me atrai é principalmente certa feição de espírito, algo parecida com o sorriso fugitivo, que já lhe vi algumas vezes. Quero estudá-la se tiver ocasião. Tempo sobra-me, mas tu sabes que é ainda pouco para mim mesmo, para o meu criado José, e para ti, se tenho vagar e quê — e pouco mais.

Machado de Assis. Memorial de Aires. In: Obra

Completa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994.

No que se refere ao emprego da vírgula, assinale a opção correta.

a) Sem prejuízo da correção gramatical do texto ou de seu sentido original, a vírgula empregada em “Escuta, papel” (l.7) poderia ser suprimida.

b) O emprego da vírgula em “Quando sentires que insisto nessa nota, esquiva-te da minha mesa” (l.4) é obrigatório, uma vez que a vírgula isola uma oração adverbial deslocada.

c) A oração introduzida pela conjunção “mas”, em “Tempo sobra-me, mas tu sabes que é ainda pouco para mim mesmo” (l.8), classifica-se como oração subordinada adverbial, o que justifica o emprego da vírgula logo após “sobra-me”.

d) No trecho “tu sabes que é ainda pouco para mim mesmo, para o meu criado José, e para ti” (l.8 e 9), as vírgulas foram empregadas para separar elementos de uma enumeração que exercem, a função de complemento verbal no período.

e) No primeiro período do texto, o emprego das vírgulas que isolam o trecho “amigo papel” deve-se à repetição do termo “papel”.

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95 Questão 71: FAURGS - AJ (TJ RS)/TJ RS/Judiciária/Ciências Jurídicas e

Sociais/2012

Assunto: Pontuação

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Entre as transformações acarretadas e tornadas possíveis pelas tecnologias de informação e comunicação (TICs) está a organização e a disponibilização de grandes acervos de obras e de periódicos que, considerados, não fosse por outros motivos, só do ponto de vista acadêmico, representam uma revolução na forma de acesso às bibliotecas que constituem.

As bibliotecas virtuais têm, de certo modo, os predicados ______ o escritor argentino Jorge Luis Borges define a sua fantástica Biblioteca de Babel: são ilimitadas e periódicas.

Desse modo, atualizam, no que oferecem e na forma ______ o oferecem, uma espécie de otimismo cético próprio do racionalismo. Capazes de abrigar ilimitadamente o conhecimento produzido, difundido, divulgado, socializado e posto em circulação, abrem-se também para as conexões e interconexões de bibliotecas que se agregam, como o próprio conhecimento, para formar, periodicamente, grandes instituições virtuais que se expandem, se modificam, se encolhem, se alastram e que, sendo uma, logo em seguida, serão múltiplas para juntar-se depois, em uma, outra, outra mais, as mesmas que, ora iguais, ora diferentes, cumprem todas, quando não há trincos burocráticos e trancas comerciais, o desígnio do acesso aberto da sociedade ao conhecimento e do conhecimento às sociedades que o originaram.

A biblioteca está e vai com você onde você estiver, como uma Babel feita do paradoxo do conhecimento: quanto mais se sabe, mais há para saber, de modo que, o máximo sendo também o mínimo, nunca nos falte nem a pergunta ilimitada, nem a resposta periódica _______ os livros e revistas postos ao alcance de nosso cotidiano podem nos ajudar a formular, ou, ao menos, entrever.

Adaptado de: VOGT, Carlos. Bibliotecas virtuais. Revista ComCiência. Nº. 139 – 10 jun. 2012. Disponível em: <http://www.comciencia.br/comciencia /?section=8&edicao=79&tipo=968>

No contexto em que se encontram, os dois pontos da linha 4 podem ser substituídos, com ajustes de vírgula, pela expressão

Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de Compartilhamento. 96 b) já que. c) além do que. d) se bem que. e) no entanto.

Questão 72: FAURGS - AJ (TJ RS)/TJ RS/Judiciária/Ciências Jurídicas e

Sociais/2012

Assunto: Pontuação

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Há um método de escrita disciplinadamente seguido pelo biólogo Fernando Reinach em A longa marcha dos grilos canibais, crônica após crônica: primeiro, o autor mostra um breve plano geral do campo ___ que pertence o experimento científico do qual vai tratar, para, em seguida, fazer foco no próprio experimento, ___ maneira de tantos filmes em que de saída o diretor nos arrasta rapidamente da contemplação da paisagem vista do alto para um objeto no solo, no qual quer que fixemos nossa atenção. Na sequência, ele descreve o que foi observado durante o experimento e, para fechar, especula com provocadora imaginação sobre os significados práticos ou teóricos, econômicos, sociais, existenciais ou outros dos achados e descobertas do trabalho analisado. Em suma, lança-se na aventura de pensar e imaginar, assim como, por outras vias, os pesquisadores responsáveis pelos estudos de que trata – quase todos originários das ciências biológicas –, a seu ver, também se atiraram. É este, de fato, nas crônicas, o olhar de Reinach para a ciência – lugar de aventuras, ponto de partida de expedições que entram em território inexplorado: “Cada descoberta científica é uma pequena história de aventura. Nas publicações científicas, o relato dessas aventuras está encoberto por uma infinidade de termos técnicos, descrição de métodos e um cuidado paranoico com a precisão da linguagem. O resultado é que o sabor da aventura se perde em um texto quase incompreensível”, diz ele na introdução do livro.

O mais curioso é que, para extrair a essência aventurosa do emaranhado da terminologia científica dos artigos (da Nature e da Science principalmente) que servem de base ___ crônicas e entregá-la límpida a seus leitores, o que Reinach faz em seus textos é, como ele mesmo afirma, uma mímese do formato dos trabalhos científicos. Plano geral, apresentação do objeto etc., mesmo que nos tragam memória de movimentos da câmera em começo de filmes sem conta, estão na estrutura mais comum de tais artigos. Só que ele segue esse roteiro valendo-se de um saber escrever bem, com talento e na linguagem cotidiana, digamos para sintetizar. Toma o modelo por guia, mas recorrendo ___ comparações, metáforas e outras figuras de linguagem bem escolhidas, que, a par de tornarem inteligíveis

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para não especialistas conceitos e procedimentos complexos, adicionam sabor ao texto e deixam visível o prazer do escritor por trás das palavras. Dito de outra forma, Reinach, seguindo as pegadas de outros cientistas divulgadores de ciência, recria os modelos de escritura que o inspiram para mostrar as produções da ciência ao público de forma quase lúdica.

Não há parentesco entre o que ele faz e, por exemplo, as notícias e reportagens no âmbito do jornalismo científico, ainda que seja um jornal, O Estado de S. Paulo, o suporte original de suas crônicas semanais, desde 2004. Poder-se-... dizer que seus textos estão mesmo de cabeça para baixo em relação aos jornalísticos e ..., inclusive, citar nomes dos autores e das instituições onde se desenvolveram as pesquisas que enfocam, coisa impensável em material noticioso. Mas, como Reinach lembrou no programa Roda viva da tevê Cultura em 12 de abril passado, foi exatamente um jornalista, Flavio Pinheiro, um dos mais experientes editores da imprensa nacional, o responsável por seu “aprendizado” de escrever para jornal dentro do modelo que vislumbrava. Na época ocupando o cargo de editor-chefe, era ele quem comentava os primeiros textos que o biólogo ia produzindo bem antes da estreia no Estadão, dando-lhe uma série de dicas preciosas, até que ambos consideraram que o novo cronista estava pronto.

O livro agora lançado é uma boa seleção de crônicas produzidas para o jornal de 2004 a 2009. Cada uma está focada num experimento singular, e o conjunto está subdividido em 11 áreas temáticas que recebem títulos tão abertos quanto “mente”, “sexo”, “comportamento”, “humano”, “tecnologia” ou “política”. Esses agrupamentos, aliás, servem mais para orientar o leitor quanto a seus próprios blocos de interesse, porque não há prejuízo nenhum em começar pela última crônica, saltar para a primeira e se deixar levar de forma um tanto anárquica, ao sabor dos belos e quase sempre intrigantes títulos. Seja qual for a ordem que o leitor escolha, no final terá deparado com a imensa diversidade de interesses que a mente inquieta desse híbrido de professor (tornou-se titular da USP aos 35 anos), pesquisador, empreendedor muito bem-sucedido e escritor de ciência ... .

Adaptado de: Moura, M. Está na cara, você não vê. A arte de arrancar aventuras maravilhosas de trabalhos científicos. In: Revista Pesquisa FAPESP. Edição Impressa 171, mai. 2010.

Considere as afirmações abaixo sobre pontuação no texto.

I - A substituição dos travessões das linhas 7 e 8 por parênteses permitiria a

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98 II - A vírgula depois de semanais cumpre a função de sinalizar o deslocamento do

adjunto adverbial desde 2004.

III - As vírgulas depois de Flávio Pinheiro e nacional cumprem a função de isolar

um aposto.

Quais estão corretas? a) Apenas I.

b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III.

Questão 73: FGV - AJ (TJ RO)/TJ RO/Administrador/2015

No documento Analista de Tribunal TJ-AL (páginas 89-98)