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CAPÍTULO 3 – HISTÓRIA DAS MULHERES NO BRASIL

3.6 Gênero e diversidade – Responsabilidades que se encontram na escola

Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. (UNESCO)

Diante dos grandes e variados desafios de nosso tempo, a escola pode ser entendida como uma instituição que pode desempenhar um papel fundamental na elaboração de oportunidades e possibilidades para resoluções, propostas e caminhos para tais desafios.

A escola é vista como um recorte da sociedade, na medida em que ela não existe por si só, mas somente na interação de agentes, interesses e projetos variados, e carrega, assim como na sociedade, as tensões e as disputas das diferentes forças e grupos. Nesse sentido é que a escola se apresenta como o lugar de muitos encontros. Do público com o privado, do individual com o coletivo, do igual e do diferente, da intolerância e do respeito e do “eu” e do “outro”. Acontece que em um contexto democrático e de respeito às diversidades, a escola tem importância fundamental no sentido de promover as condições para que aconteça o reconhecimento da legitimidade das diferenças que compõem a sociedade.

A crescente mobilização de diversos setores sociais em favor do reconhecimento da legitimidade de suas diferenças tem correspondido a uma percepção cada vez mais aguda do papel estratégico da educação para a diversidade. Ela é vista como fator essencial para garantir inclusão, promover igualdade de oportunidades e enfrentar toda sorte de preconceito, discriminação e violência, especialmente no que se refere a questões de gênero e sexualidade (BRASIL, 2007, p. 09).

Diversas políticas públicas, setores e agentes vão ao encontro da legislação vigente que visa e propõe democraticamente colocar a escola como um espaço de oportunidades que podem ser aproveitadas na formação formal e não formal de um indivíduo possuidor de consciência cidadã, mais preparada para o enfrentamento dos problemas sociais e das questões relacionadas ao convívio com a diversidade e com o “outro”. Essa dificuldade em conviver talvez seja um dos grandes desafios que enfrentamos atualmente, pois dessa questão muitos outros problemas se desdobram, mas todos estão ligados à dificuldade de reconhecer, aceitar e respeitar as diferenças. O desafio é a formação do cidadão que possa conviver bem com o que “ele” é, e ao mesmo tempo respeitar e conviver bem como o que o “outro” é.

Nesse sentido, no Brasil, a partir do processo de democratização, da Constituição de 1988, das Leis de Diretrizes Básicas da Educação (1996) e das orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, além de outras publicações, o Estado tem buscado promover condições legais, teóricas e práticas para que a educação possa contribuir para essa formação de indivíduos

menos individualistas e deterministas e mais responsáveis e solidários. Reconhecendo e valorizando as diferenças, mas ampliando o sentimento de pertencimento ao todo, à humanidade, explicitado nos seguintes recortes:

A estética da sensibilidade, que supera a padronização e estimula a criatividade e o espírito inventivo, está presente no aprender a conhecer e aprender a fazer, como dois momentos da mesma experiência humana, superando-se a falsa divisão entre teoria e prática. A política de igualdade, que consagra o Estado de Direito e a democracia, está corporificada no aprender a conviver, na construção de uma sociedade solidária através da ação cooperativa e não-individualista. A ética da identidade, exigida pelo desafio de uma educação voltada para a constituição de identidades responsáveis e solidárias, compromissadas com a inserção em seu tempo e em seu espaço, pressupõe o aprender a ser, objetivo máximo da ação que educa e não se limita apenas a transmitir conhecimentos prontos (BRASIL, 2006, p. 08).

Dessas representações culturais e éticas derivam diferentes formas de aproximação e de aceitação que os seres humanos se utilizam para conseguir se situar socialmente frente às relações sociais amplas e/ou particulares. É no âmbito desse processo que se desenvolvem os sentimentos de ser e de pertencer, traduzidos pela identidade social que cada indivíduo constrói para si. Convém lembrar, no entanto, que essa construção da identidade não está submetida apenas às escolhas individuais, mas também, e talvez sobretudo, às diferentes influências coletivas às quais cada indivíduo está submetido. De qualquer modo, essa soma de escolhas individuais e influências coletivas molda indivíduos únicos, apesar de serem, pertencerem e se identificarem com a cultura e a ética que prevalecem em dada comunidade e/ou sociedade. Enfim, são sujeitos sociais semelhantes no plano coletivo, mas diferentes no plano individual (BRASIL, 2006, p. 26).

Falamos anteriormente sobre a necessidade de dar historicidade às relações sociais e às representações e manifestações dos diversos grupos em contextos diferentes. Cabe a nós lembrarmos que devemos também dar historicidade ao presente e às suas questões atuais. Como sujeitos da história, estamos nós mesmos vivendo os momentos de nossas escolhas. O momento da construção da sociedade que vivemos também é e será história. Como agentes ativos desse processo não podemos esquecer das tensões que cercam os debates contemporâneos, por exemplo, o debate atual sobre essa questão de gênero. Isso está na pauta do dia. Quem pode ou deve falar sobre gênero? A escola? A família? O papel e o lugar das mulheres está dado? É satisfatório? Quais possibilidades temos? Qual o papel da escola nesse sentido? O currículo pode ser influenciado por essas disputas? É o próprio currículo escolar um espaço de disputas ideológicas?

Certamente essa pesquisa não apontará de forma satisfatória caminhos e respostas para todas essas questões, mas se estamos falando sobre o ensino de história, sobre a função dos museus e a história das mulheres, e tudo isso acontece dentro do ambiente escolar, precisamos mesmo que de forma arriscada estabelecer qual o papel da escola nesse contexto. Ou pelo menos

estabelecer, ainda que de forma básica, quais atribuições podemos relacionar à escola, do ponto de vista legal, social e pedagógico.

A escola brasileira vem sendo chamada a contribuir de maneira mais eficaz no enfrentamento daquilo que impede ou dificulta a participação social e política e que, ao mesmo tempo, contribui para a reprodução de lógicas perversas de opressão e de incremento das desigualdades e clivagens sociais. Inúmeras iniciativas têm objetivado o combate à violência nas escolas e nas comunidades à sua volta. (...) A escola, juntamente com outros espaços sociais, ao mesmo tempo em que atua na reprodução de mecanismos relativos à dominação masculina e à heteronormatividade, é um local privilegiado para a construção de uma consciência crítica e de desenvolvimento de práticas de respeito à diversidade e aos direitos humanos (BRASIL, 2007, p. 44).

Assim, podemos considerar que a Diversidade deve ser uma categoria ou uma temática presente e buscada pela educação. Tendo em vista a própria legislação e os anseios buscados por agentes variados ligados ao campo da educação, assim como essa pesquisa, podemos relacionar o conceito de gênero nessa categoria de diversidade e, por sua vez, podemos relacionar a temática da história das mulheres também nesse contexto. Portanto, mulheres, gênero, diversidade, família e Estado, de uma forma ou de outra, encontram-se na escola. Ou pelo menos podem se encontrar.

Nesse sentido, o ensino de história também tem uma função importantíssima, posto que, entre outras contribuições, os conhecimentos de história podem auxiliar na exposição e na compreensão dos processos históricos e as lutas que foram travadas historicamente através ou não de movimentos sociais, como, por exemplo, o Movimento Feminista, bem como das conquistas geradas por essas lutas, como é o caso da conquista de direitos das mulheres, vislumbrando no presente e futuro a possibilidade do exercício da cidadania e de novas lutas e novas conquistas, permitindo que o aluno se perceba como sujeito histórico e responsável pelas construções sociais de seu tempo.

O senso de responsabilidade perante o social que daí se origina exige conhecimentos de História, Sociologia e Política que deem conta da inter-relação entre o público e o privado, para que se evite tanto o esmagamento do segundo pelo primeiro, quanto a projeção individualista, no sentido inverso. A tradição escravocrata, patrimonialista e autoritária no Brasil tem produzido lamentáveis resultados em matéria de corrupção política e social, desrespeito à ordem constitucional e legal e abusos de toda sorte, em flagrante violação aos direitos de cidadania. O Ensino Médio, enquanto etapa final da Educação Básica, deve conter os elementos indispensáveis ao exercício da cidadania e não apenas no sentido político de uma cidadania formal, mas também na perspectiva de uma cidadania social, extensiva às relações de trabalho, dentre outras relações sociais (BRASIL, 1998, p. 12).

É fundamental que esse tipo de reflexão seja proposto nas escolas, nas aulas de história e, oportunamente, em outras disciplinas. A história das mulheres pode evidenciar as lutas e as

conquistas das últimas décadas. Muitos direitos foram conquistados, legislações foram alteradas ou criadas, porém essas conquistas ainda não são suficientes para pensar numa sociedade com mais equidade entre os gêneros.

Segundo Butler (2015), é preciso entender que as mudanças culturais são mais demoradas do que as mudanças legislativas, mesmo entendendo que uma categoria é reflexo da outra. Se por um lado se consegue direitos e espaços no campo legal ou na teoria; na prática, na vida cotidiana, e para atingir à maioria das pessoas, em termos culturais de mentalidade, essas mudanças não respondem a um processo automático.

Os números, as estatísticas, infelizmente ainda revelam um abismo enorme quando se trata de igualdade de gênero. Um exemplo no Brasil pode ser visto com relação à violência contra a mulher. Apesar de termos uma legislação específica há pouco mais de uma década, o Brasil ainda registra números alarmantes no que se refere à violência contra as mulheres. Isso vai de encontro com o que diz Butler, visto que é preciso ainda que muitas mudanças culturais aconteçam. E, nesse caso, isso se liga diretamente a essa pesquisa e à defesa dessa temática na escola e nas aulas de história. A escola pode ser essa ponte entre as mudanças legais, as velhas e novas gerações, as mudanças culturais e o exercício de uma cidadania política, civil e social. A escola é o espaço das mediações, de interesses, agentes, grupos, ideologias, políticas, pesquisa e conhecimentos. A escola pode ser o lugar de encontro de responsabilidades. “A disseminação de um conceito mais generoso de educação depende de toda a sociedade, e não só de medidas oficiais” (BRASIL, 2006, p. 13).Do Estado, da família, da comunidade, do indivíduo, da política, dos movimentos sociais, das pesquisas acadêmicas, do saber histórico e de todas as instituições e agentes que possam contribuir para uma educação que ajude a aprender a conviver e desenvolver uma concepção de cidadania que ajude a viver melhor, eu, você e o outro.

Levar essa temática relacionada ao gênero e à adversidade para a escola, para as aulas de história, é criar uma oportunidade para desenvolver no aluno uma compreensão mais completa da história. Muito se fala sobre esses temas já no cotidiano das pessoas. Muitas vezes de forma equivocada, desinformada e incompleta. É função do ensino de história fornecer ferramentas conceituais, caminhos para pesquisa e desenvolver saberes históricos que, contextualizados e relativizados, possam fazer com que professores, alunos e comunidade lidem melhor com os conceitos relacionados ao tema da história das mulheres.

É preciso que uma aula de história, ou uma nova situação de aprendizagem, sejam capazes de demonstrar ao menos que o feminismo não é, e não se coloca como o oposto do machismo. Essa é ideia muito difundida no senso comum entre os alunos. É necessário e

possível mostrar que o feminismo historicamente lutou em todas as ondas dos movimentos por IGUALDADE. E que essa luta por igualdade é uma questão humana, presente em muitas outras pautas de períodos revolucionários importantes ao longo da história. O ensino de história e toda a comunidade escolar devem ser capazes de mostrar aos alunos e a toda a sociedade que essa luta por igualdade não é de interesse só das mulheres, mas de todos.

A formação de “cidadãos”, é importante ressaltar, não ocorre sem reflexões sobre seu significado. Do ponto de vista da formação histórica do estudante, a questão da cidadania envolve escolhas pedagógicas específicas para que ele possa conhecer e distinguir diferentes concepções históricas acerca dela, delineadas em diferentes épocas. O significado, por exemplo, que a sociedade brasileira atual tem de cidadania não é o mesmo que tinham os atenienses da época de Péricles, assim como não é o mesmo que possuíam os revolucionários franceses de 1789. O sentido que a palavra assume para os brasileiros atualmente, de certa maneira, inclui os demais sentidos historicamente localizados, mas ultrapassa os seus contornos, incorporando problemáticas e anseios individuais, de classes, de gêneros, de grupos sociais, locais, regionais, nacionais e mundiais, que projetam a cidadania enquanto prática e enquanto realidade histórica (BRASIL, 1998, p. 25).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As reflexões, a renovação e as propostas ligadas ao ensino de história têm, sobretudo nas últimas décadas, se aproximado e se beneficiado de mudanças significativas que aconteceram nos campos da historiografia e da museologia. Por um lado, novas pesquisas, novas agendas e novas produções ainda fazem com que a historiografia amplie bastante uma categoria que interessou muito nesse trabalho, a temática. Novos temas, juntamente com novas abordagens, estão permitindo inovações significativas também no ensino de história. Por outro lado, a museologia passou por transformações profundas nas últimas décadas e repensou o lugar dos museus.

Através da museologia social os museus estão sendo vistos e usados também como instituições de função educativa, configurando-se como uma ferramenta poderosa para continuar pensando e aperfeiçoando o processo de ensino e aprendizagem e o ensino de história. Contribuindo, desse modo, para ampliar e enriquecer os trabalhos acerca de conceitos como memória, identidade, representação e patrimônio.

Nesse sentido, o presente trabalho buscou estabelecer um diálogo entre todas essas transformações, e propor que a temática da História das Mulheres no Brasil possa usar os museus como meio, como ferramenta que se compromete juntamente com a história com as pautas atuais de nossa sociedade e contribua com o aprimoramento do ensino e na formação do cidadão. A ideia central aqui foi a de refletir sobre os aprendizados dessa pós-graduação, compartilhar experiências vindas de quem está todos dias no “chão de fábrica” da escola e fornecer um suporte básico para que professores de história possam, juntamente com seus alunos e toda a comunidade escolar, elaborar e realizar um museu na escola, e que essa experiência possa somar com tantas outras práticas e reflexões que buscam de modo geral uma aula de história melhor. Uma aula capaz de estimular e produzir discursos de cidadania, diversidade, respeito, solidariedade, tolerância e paz.

O aprendizado foi grande se considerarmos o ponto de partida de quem escreve. As dificuldades foram muitas. No fim de tudo, talvez esse trabalho não seja útil para outros professores ou pesquisadores. Pode ser que ele ajude o Vicente com suas gaiolas um dia. Mas de uma coisa estou certo, o caminho percorrido, as horas trabalhadas e a dedicação para a elaboração de tudo isso que foi proporcionado pelo Profhistória, está possibilitando que todos os meus alunos e alunas, os que tenho e os que ainda terei, certamente terão um professor e uma aula de história muito melhores. Foi isso o que busquei. Defeitos e limitações existem nesse

trabalho e na formação de quem o escreveu, mas certamente esse é um trabalho honesto e preocupado com um mundo melhor.

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