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GESTÃO AMBIENTAL PRINCIPAIS ATRATIVOS (BENEFÍCIOS)

No documento Curso Basico de Gestão Ambiental (páginas 38-43)

Conformidade legal

Pressão das partes interessadas, melhoria da imagem (reputação)

Melhoria da competitividade Redução de custos

Conformidade junto à matriz e/ou clientes Visão preventiva x visão corretiva Melhoria contínua

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Conformidade legal

Além da existência de um crescente volu- me de requisitos legais (legislação), seu cum- primento é obrigatório, independentemente de se ter ou não um sistema de gestão. Este item, portanto, resulta em ganhos fi nanceiros reais, já que evita multas e passivos ambien- tais, além de uma maior transparência e con- fi ança junto aos órgãos fi scalizadores e ges- tores de meio ambiente;

Pressão de partes interessadas/melhoria da imagem (reputação)

• pressão crescente de terceiros, como ins- tituições fi nanceiras, companhias de segu- ro e outras partes interessadas em cada ramo de negócio;

• pressão dos acionistas quanto à imagem da organização junto ao público, autorida- des e sua valorização;

• pressão de grupos de interesse ambiental, organizações não-governamentais, con- sumidores, clientes internos e externos e suas organizações e o público em geral (na sua localidade) devido ao aumento da conscientização da comunidade sobre o meio ambiente (atuação responsável); e • risco de acidentes resultando em publici-

dade negativa e conseqüente prejuízo à imagem da organização.

Melhoria da competitividade

• por exigências tanto do mercado inter- no quanto do externo (barreiras comer- ciais).

Redução de custos (finanças)

• a otimização dos processos e do uso/reu- so de matérias-primas e insumos em ge- ral, resulta na diminuição dos custos (pro- dução mais limpa e ecoefi ciência);

• na redução do uso de recursos naturais; • melhoria do grau de risco da instituição

(planos de seguro mais atrativos);

• maiores facilidades de crédito e incentivos do governo;

• com conseqüente valorização da empre- sa;

• e redução nos riscos de acidente e seus custos fi nanceiros, de remediação, inter- rupção; e

• pela introdução de instrumentos econô- micos (fi nanceiros), como impostos ou tributos sobre os resíduos gerados, para estimular a diminuição nos níveis de polui- ção;

Conformidade junto à matriz e/ou clientes • por determinação ou requisitos da matriz

Visão preventiva (vigente) x visão corretiva (antes da existência desta norma)

• empresas com gestão ambiental conse- guem prevenir ocorrências geradoras de impactos signifi cativos ao meio ambiente, gerenciando suas atividades potencial- mente poluidoras.

Melhoria contínua

• a busca contínua da melhoria de seus pro- cessos que interajam com o meio ambien- te.

2.3.1.1 Conformidade Legal

Conformidade legal: Aumento das penalidades Exigência de automonitoramento Indenizações civis e processo criminal Menor tolerância das autoridades ante empresas poluidoras

Paralisação das atividades Mudança de local

Aquisição de novos equipamentos de controle e/ou correção do dano ambiental GESTÃO AMBIENTAL PRINCIPAIS ATRATIVOS T10M2

Os governos de todos os níveis estão refor- çando o controle das atividades industriais e aumentando as penalidades por violação das leis e regulamentações ambientais. O poder Judiciário dos países em desenvolvimento, em particular tem-se tornado, recentemen- te, bem “verdes” de fato. Penalidades civis e criminais novas e mais sérias são impostas à violação das lei ambientais, principalmente se a violação representa um risco à saúde ou danos de longo prazo aos recursos naturais, como qualidade do solo ou mananciais.

Os empresários são obrigados a monito- rar suas organizações para provar que elas estão em conformidade com a legislação em vigor, enquanto o pessoal das agências ambientais reguladoras está cada vez mais treinado para identifi car o descumprimento dessa legislação.

Indenizações civis ou processos criminais por violações de leis e regulamentos admi- nistrativos estão tornando-se mais severas, e a base dos processos está-se alastrando em muitos países para cobrir qualquer dano am- biental sem evidência de culpa (obrigação es- trita). Os riscos comerciais relatados incluem a perda da licença de operação ou produção e a imposição de penalidades criminais dire- tamente à administração superior.

As autoridades podem aumentar o nível de controle e serem menos abertas a nego- ciações e menos transigentes com a empresa que é conhecida por ter problemas em cum- prir as leis e licenças ambientais, do que com aquelas que estão em conformidade com a lei.

Fora indenizações civis e processos cri- minais pelos danos causados por poluição acidental ou qualquer outro dano ambiental. Um número cada vez maior de empresas, em diferentes países, está também enfren- tando avisos de redução emergencial, quan- do autoridades ordenam que parem suas produções até que a situação de emergência passe. Em alguns casos, indústrias têm sido forçadas a mudar de local ou fazer grandes investimentos de capital em novos equipa- mentos de controle de poluição. Em outros casos, empresas têm sido forçadas a pagar para corrigir o dano ambiental causado por elas.

2.3.1.2 Pressão de Partes

Interessadas/Melhoria da Imagem (Reputação)

Pressão de partes interessadas, melhoria da imagem ( eputação)

Os consumidores preferem produtos ambientalmente corretos

Instituições financeiras e seguradoras avaliam o desempenho ambiental das empresas

A comunidade se manifesta contra a ão de

licenças

Grupos de pressão e consumidores mais influentes Empresas “limpas” são bem vistas

Divulgar melhorias no desempenho ambiental Transparência Parceiros da comunidade r concess - GESTÃO AMBIENTAL PRINCIPAIS ATRATIVOS T11M2

Espera-se que as empresas tenham boa atuação ambiental. Existem pressões para manter certos padrões mínimos e um nível de vigilância aceitável para prevenção de pro- blemas ambientais. Muitos acham que uma empresa com uma postura ambiental ruim não pode, de jeito nenhum, fabricar produtos de alta qualidade. Cada vez mais consumi- dores preferem os produtos fabricados sob condições vistas como menos prejudiciais ao meio ambiente.

Outros proprietários de ações como insti- tuições fi nanceiras e companhias de seguro avaliam, cada vez mais, a postura ecológica de uma empresa, podendo ser um cliente atual ou em potencial, antes que outros ser- viços ou condições favoráveis sejam nego- ciados.

Um “cliente” importante de cada empre- sa é a comunidade local onde ela opera. As companhias industriais mais bem-sucedidas hoje em dia têm como ponto de vista que elas devem “ganhar o direito” de operar em cada comunidade onde elas estão presentes. Es- sas empresas aumentam os padrões de ati- tude ecológica dos seus competidores.

Empresas que desconsideram as preo- cupações da população local com relação à poluição às vezes encontram seus pedidos de licença e seus portões de entrada bloqueados por manifestantes. Num caso extremo, uma multidão irada de cidadãos tailandeses, de fato, atacou e queimou uma fábrica por causa de um incidente de poluição de água potável. Normalmente, no entanto, a oposição resulta em atrasos na obtenção de permissão para projetos e construção e difi culdades com as autoridades regulamentadoras.

Grupos de pressão e consumidores estão se tornando mais infl uentes em vários paí- ses, sem mencionar a cobertura da mídia. Na Conferência de Estocolmo, de 1972, estive- ram presente cerca de 500 representantes de organizações não-governamentais; à Confe- rência do Rio de Janeiro, Rio 92, compare- ceram mais de cinco mil representantes des- sas organizações, todas elas defensoras das

questões ambientais, sociais e humanitárias em geral. Por tudo isso, a organização que não estiver atuando em conformidade com a legislação ambiental da sua terra, pode com- prometer sua imagem no país e no mundo todo, assim como sua habilidade de vender bens e obter empréstimos ou captar investi- mento.

É importante notar que disputas ecológi- cas não só prejudicam a reputação da em- presa, como podem tirar a atenção dos diri- gentes e demais colaboradores internos das suas responsabilidades principais, baixando sua moral e colocando sua organização em estado de confusão e incerteza. Que dirá um acidente ambiental!

Empresas “limpas” são freqüentemente vistas como boas vizinhas, inspiram confi an- ça nas autoridades e nos clientes. É mais provável que eles sejam consultadas por le- gisladores sobre novas leis, podem ter uma forte posição de negociação com as autorida- des licenciadoras no caso de acidentes ou de acordos de controle de poluição ou planos de melhoria ambiental.

Assim que a postura ecológica da empre- sa é aperfeiçoada, ela pode propalar o seu progresso para aumentar seu valor e, possi- velmente, seu mercado de troca. Por exem- plo, algumas companhias têm políticas am- bientais e planos de ação públicos; documen- tam seu progresso em relação à redução de poluição e de lixo e em relação ao alcance de metas e objetivos ambientais.

Outras empresas publicam sua atuação em relação à produção mais limpa e o em- prego de tecnologia mais limpa no seu sis- tema produtivo. Outras, ainda, desenvolvem produtos que usam materiais recicláveis ou biodegradáveis, ou cumprem exigências dos clientes de produzir menos resíduos e mar- cam seus produtos como “verdes”.

A transparência junto à comunidade é um fator fundamental e, muitas vezes, gera ações conjuntas com a empresa, abrindo suas portas para a comunidade ou levando a

educação ambiental para a sociedade local, para escolas, criando parcerias.

2.3.1.3 Melhoria da Competitividade

Melhoria da Competitividade Custos maiores por desperdício de recursos naturais, matéria prima, retrabalho

Exposição do trabalhador à poluição

Compromisso ambiental é prática básica no comércio internacional

Consumidores começam a exigir critérios ambientais Padrões internacionais mais rigorosos para acesso a mercados - GESTÃO AMBIENTAL PRINCIPAIS ATRATIVOS T12M2

Uma empresa pode perder sua posição competitiva em mercados domésticos e também internacionais se deixar de prestar atenção às questões ambientais. A manei- ra mais óbvia é evidenciada pelos custos maiores vindos do desperdício de matérias- primas, água e energia, além de gastos com retrabalho e passivos ambientais. Uma em- presa que falha em cuidar do meio ambiente pode fabricar produtos de menor qualidade que podem ser rejeitados pela clientela. Ex- posição ao lixo e à poluição pode causar danos ou doenças aos trabalhadores ou à comunidade local.

Hoje em dia, nos Estados Unidos, na União Européia e em outras áreas ricas do mundo, as organizações devem assumir compromis- sos ambientais e, em muitos casos, aceitar a responsabilidade pelos impactos ambientais de suas ações como uma prática comercial básica. Até recentemente, essa tendência não se aplicava a empresas nas economias em desenvolvimento e em processo de in- dustrialização. Mas, rapidamente, práticas comer ciais mundiais evoluídas e acordos in- ternacionais preparam-se para mudar isso. Empresas com sérios problemas ambientais devem ser retiradas do mercado.

O “consumismo verde” é agora uma for- ça de mercado signifi cativa. Produtores ou fi rmas que vendem aos consumidores exi-

gem, freqüentemente, que seus fornecedo- res cumpram novos e mais rígidos critérios ambientais. Tais requisitos podem atingir a garantia de que os produtos fornecidos es- tejam de acordo com todas as exigências locais dos países importadores, para obrigar os fornecedores a cumprirem critérios am- bientais mínimos em seus próprios negócios e práticas de fabricação. Altos padrões de qualidade num produto podem signifi car que um fornecedor deve observar padrões igual- mente altos no seu processo de produção. Algumas companhias podem impor padrões de processamento diretamente sobre seus fornecedores e controlar o cumprimento desses padrões. Nesses casos, quem não se adequar a tais exigências está fora do processo. Aí, não é a legislação ambiental que está exigindo mudanças, mas sim a concorrência do mercado.

Leis podem ser aprovadas pelo congresso de um país a muitos quilômetros de distân- cia e não ter nenhuma jurisdição direta so- bre uma empresa, mas – por proibirem um produto ou seu componente – podem inter- romper os negócios dessa empresa. Como muitas substâncias formalmente aceitáveis estão sendo tiradas de circulação por causa das suas implicações na saúde e no meio ambiente, os fornecedores de produtos que contenham tais substâncias estão sendo for- çados a encontrar alternativas para enfrentar a perda de mercado, ou investir em tecnolo- gias mais limpas.

Competidores nacionais e internacionais ganham vantagens competitivas vendendo seus produtos ou processos de produção ecologicamente “amigáveis”. Nesse caso, uma empresa pode ser obrigada a provar ao público um nível de concordância ambiental, se quiser permanecer com vantagem compe- titiva.

O proprietário ou administrador de uma empresa deve preocupar-se com a gestão ambiental por uma razão fundamental: maus resultados ecológicos podem reduzir o valor de sua atividade e diminuir sua vantagem competitiva.

À primeira vista, preocupações ambientais podem parecer irrelevantes para companhias que operam nas atuais economias de mer- cados emergentes, cuja maior prioridade é a sobrevivência e liquidez. Isso parece ain- da mais verdadeiro para pequenas e médias empresas que vendem produtos ou serviços no mercado nacional.

Há uma crescente rede de padrões e exi- gências nacionais e internacionais que as empresas terão de cumprir se quiserem ter acesso aos novos mercados, ou mesmo se quiserem manter boas relações com as or- ganizações e países para os quais exportam seus produtos.

Num futuro muito próximo, as empresas não poderão exportar produtos perigosos ao meio ambiente (baixa biodegradabilidade, embalagens contendo substâncias perigosas etc.) ou que são fabricados sob condições ambientais inaceitáveis e, ainda, aquelas referente a questões de responsabilidade social. Esforços têm sido feitos para reduzir emissões em algumas indústrias, por exem- plo, e a lista de produtos e resíduos regula- dos está crescendo rapidamente.

Empresas em economias emergentes logo terão que atuar sob as mesmas normas que suas correspondentes nos Estados Unidos e União Européia (UE). Para poder vender seus produtos a esses mercados, terão que demonstrar que elas seguem as práticas am- bientais internacionais aceitas.

Alguns governos estão adotando leis de incentivo (não obrigatórias) a empresas para calcular os impactos ambientais de suas ati- vidades e para reduzir desperdícios ou me- lhorar suas tecnologias. Outros, como os da UE, têm adotado amplas exigências para gestão ambiental e esquemas de auditoria. A nova Organização Mundial do Comércio prestará crescente atenção aos aspectos ambientais do comércio internacional nos anos a seguir, enquanto os padrões ambien- tais e as práticas comerciais tornam-se mais internacionais.

Leis ambientais estão se tornando mais harmônicas em todas as partes do mundo. No futuro próximo, as leis em “áreas de alta tolerância” serão trazidas para um padrão mundial. As áreas de livre comércio, como a UE, a Área Econômica Européia e o Nafta nas Américas, têm estruturas comuns para regulamentações, políticas e cumprimento de leis ambientais. Às economias em desen- volvimento na América do Sul, África, Ásia, Europa Oriental e novos estados indepen- dentes serão solicitados a adotar os mes- mos padrões estabelecidos, se quiserem exportar para as regiões ditas do primeiro mundo.

Empresas em todo o globo também esta- rão sujeitas a um número cada vez maior de convenções ambientais internacionais num futuro muito próximo. Por exemplo:

• Comerciantes de resíduos devem cumprir a Convenção de Basiléia, no controle de movimentos entrefronteiras de resíduos nocivos e sua geração;

• Empresas de energia na Europa terão que cumprir os limites de emissão de enxofre, óxidos de nitrogênio e compostos orgâ- nicos voláteis, sob a Convenção da ECE (Comissão Européia de Economia), na po- luição do ar de longo alcance;

• Empresas que comercializam produtos químicos na UE terão que cumprir as nor- mas de importação, embalagem e rotula- gem dos produtos químicos nocivos; • Outros tratados internacionais, como os

Protocolos de Quioto e de Montreal, impli- cam novas exigências a serem cumpridas pelos países signatários, refl etindo-se so- bre as comunidades locais, num primeiro momento, e se estendendo para o mundo todo.

No estágio de produção, as melhoras téc- nicas na performance ambiental podem, às vezes, desenvolver-se como novos produtos para novos mercados. Produtos que causam

melhor impressão à sensibilidade ambiental de seus clientes podem ter uma importante vantagem competitiva sobre outros concor- rentes que não dão importância a tais con- siderações, principalmente se a diferença de preço for compensatória.

2.3.1.4 Redução de Custos (finanças)

Redução de Custos (Finanças)

– Minimizar desperdícios de matéria-prima e insumos pode diminuir os custos de produção

– Favorece a obtenção de financiamentos e prêmios de seguro

– Funcionários concentram-se nas tarefas principais sem se preocuparem com riscos ou protestos públicos

– Elimina risco de passivo ambiental e despesas dele decorrentes

GESTÃO AMBIENTAL

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