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Menos Poluição Menos oluição

No documento Curso Basico de Gestão Ambiental (páginas 30-34)

Têxtil 1.000 por tonelada de tecido Refinação do petróleo 290 por barril refinado

2.1.5 Menos Poluição Menos oluição

Coleta de lixo: Disposição: p em área urbana – 93% em área rural – 19% adequada – 40% inadequada – 60%

5 MENOS QUE SÃO MAIS

T6M2

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB – 1989, reali- zada pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística – IBGE – e editada em 1991, a disposição fi nal de lixo nos municípios brasi- leiros assim se divide:

• 76% em lixões;

• 13% em aterros controlados e 10% em aterros sanitários;

• 1% passa por tratamento (compostagem, reciclagem e incineração).

Informações sobre a relação entre a quan- tidade de lixo produzido e quantidade de lixo coletado são de extrema relevância12, forne-

cendo um indicador que pode ser associado tanto à saúde da população exposta, quanto à proteção do ambiente, pois resíduos não coletados ou dispostos em locais inadequa- dos acarretam a proliferação de vetores de doenças e, ainda, podem contaminar, prin- cipalmente, o solo e corpos d’água. Confor- me o Quadro 1 da página 19 – o número de moradores em domicílios particulares per- manentes, com coleta de lixo em relação à população total, por situação do domicílio, do relatório do IBGE, na área urbana, até 1999, representava 92,9% da população, enquanto na área rural esse número cai para 18,8% no mesmo período.

As variáveis utilizadas neste indicador são a quantidade de lixo coletada por dia, que recebe destino fi nal considerado adequado, e a quantidade total de lixo recolhido diaria- mente, expressas em toneladas/dia. Consi- dera-se um destino adequado ao lixo sua dis- posição fi nal em aterros sanitários; sua des- tinação a estações de triagem, reciclagem e compostagem; e sua incineração através de equipamentos e procedimentos próprios para este fi m. Por destino fi nal inadequado compreende-se seu lançamento, em bruto, em vazadouros a céu aberto, vazadouros em áreas alagadas, locais não fi xos e outros des-

tinos, como a queima a céu aberto sem ne- nhum tipo de equipamento. A disposição do lixo em aterros controlados também foi consi- derada inadequada, principalmente pelo po- tencial poluidor representado pelo chorume, que não é controlado neste tipo de destino. O indicador é constituído pela razão, expres- sa em percentual, entre o volume de lixo cujo destino fi nal é adequado e o volume total de lixo coletado. A fonte das informações deste indicador é o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística. IBGE –, através da Diretoria de Pesquisas,Departamento de População e In- dicadores Sociais (Pesquisa nacional de sa- neamento básico 2000, 2002).

O acesso ao serviço de coleta de lixo é fundamental para a proteção das condições de saúde, através do controle e redução de vetores e, por conseguinte, das doenças re- lacionadas. A coleta do lixo traz signifi cativa melhoria para a qualidade ambiental do en- torno imediato das áreas benefi ciadas, mas por si só não é capaz de eliminar efeitos am- bientais nocivos decorrentes da inadequada destinação do lixo, tais como a poluição do solo e das águas, através do chorume. O tra- tamento do lixo coletado é condição essencial para a preservação da qualidade ambiental e da saúde da população.

Associado a outras informações ambien- tais e socioeconômicas, incluindo serviços de abastecimento d’água, saneamento ambien- tal, saúde, educação e renda, é um bom indi- cador de desenvolvimento humano. Trata-se de indicador muito importante, tanto para a caracterização básica da qualidade de vida da população residente num território e das atividades usuárias dos solos e das águas dos corpos receptores, quanto para o acom- panhamento das políticas públicas de sanea- mento básico e ambiental.

Em resumo, com base no relatório do IBGE, em sua Tabela 58 – Quantidade de lixo coletado, por tipo de destino fi nal no Brasil – 1989-2000, a quantidade de lixo coletado, por tipo de destino fi nal, foi considerada no ano 2000, de um total de 228.413 toneladas geradas por dia, 40,5% ou 92.487 toneladas/

12 http://www.ibge.gov.br/home/geografia/ambientais/ids/ids. pdf – pg.107

dia foram consideradas dispostas de modo adequado, enquanto 59,5%, ou 135.926 to- neladas/dia, de maneira inadequada.

Dados extraídos do IBGE, na edição de “Indicadores de Desenvolvimento Sustentá- vel do Brasil”, com informações sobre a re- alidade brasileira, integrando as dimensões social, ambiental, econômica e institucional, apresentam os diversos temas desta nova abordagem teórico-metodológica, voltada a pensar a ação presente considerando tam- bém as necessidades futuras.13

A dimensão ambiental dos indicadores de desenvolvimento sustentável diz respei- to ao uso dos recursos naturais e à degra- dação do ambiental, e está relacionada aos objetivos de preservação e conservação do meio ambiente, considerados fundamentais ao benefício das gerações futuras. Estas questões aparecem organizadas nos temas atmosfera, terra, oceanos, mares e áreas costeiras, biodiversidade e saneamento. Nesta dimensão, optou-se por reunir num tema relativo a sanea mento os indicadores relacionados a abastecimento d’água, esgo- tamento sanitário, e coleta e destino de lixo, por também expressarem pressões sobre os recursos naturais, e serem questões perti- nentes à política ambiental. Veja abaixo um resumo desses temas:

• Camada de ozônio (fonte: http://www. ibge.gov.br/home/geografia/ambientais/ ids/ids.pdf) – O ozônio da atmosfera ab- sorve a maior parte dos raios ultravioleta (UV-B) nocivos do ponto de vista biológi- co. Sem a ação de fi ltragem da camada de ozônio, os raios ultravioleta podem pe- netrar na atmosfera e provocar profundos efeitos sobre a saúde humana, dos ani- mais, das plantas e dos microorganismos. É capaz de afetar a vida marinha, os ciclos biogeoquímicos e a qualidade do ar. A eli- minação de substâncias destruidoras da camada de ozônio e sua substituição por substâncias menos nocivas conduzirão à

reconstituição da camada de ozônio e à utilização de produtos menos agressivos ao meio ambiente

Poluição do ar – A poluição do ar nos grandes centros urbanos é um dos grandes problemas ambientais da atualidade, com conseqüências dramáticas sobre a saúde da população, especialmente para as crianças, os idosos, e os portadores de doenças do trato respiratório, como asma e insufi ciência respiratória. Automóveis, veículos a diesel e indústrias são as principais fontes de polui- ção atmosférica dos centros urbanos. A con- centração de poluentes no ar ambiente é o resultado, em determinado território, da emis- são proveniente das fontes estacionárias e móveis, conjugada a fatores tais como clima, geografi a, uso do solo, distribuição e tipologia de fontes, condições de emissão e dispersão dos poluentes. O monitoramento do ar nestas áreas visa a fornecer informações sistemáti- cas e regulares para a análise do estado da qualidade do ambiente, subsidiando ações de fi scalização, controle e gestão da qualida- de do ar, como, por exemplo, melhoria dos transportes públicos e introdução de tecnolo- gias não-poluentes.

• Agricultura/Uso de Agrotóxicos – O au- mento da produção de alimentos de manei- ra sustentável é o grande desafi o atual do setor agrícola. Os agrotóxicos, produtos uti- lizados para o controle de pragas, doenças e ervas daninhas, estão entre os principais instrumentos do atual modelo de desen- volvimento da agricultura brasileira. Agro- tóxicos podem ser persistentes, móveis e tóxicos no solo, na água e no ar. Tendem a se acumular no solo e na biota, e seus resí- duos podem chegar às águas de superfície por escoamento, e às subterrâneas por li- xiviação. A exposição humana e ambiental a esses produtos cresce em importância pelo aumento do volume de vendas. O uso intensivo dos agrotóxicos está associado a agravos à saúde da população, tanto dos consumidores quanto dos trabalhadores que lidam diretamente com os produtos, à contaminação de alimentos e à degrada- ção do meio ambiente.

13 http://www.ibge.gov.br/home/geografia/ambientais/ids/ids. pdf

• Agricultura/Queimadas – No Brasil e em outros países, o uso do fogo é prática tra- dicional para a renovação de pastagens e liberação de novas áreas para as ativi- dades agropecuárias. As queimadas são ações autorizadas pelos órgãos ambien- tais, implicando controle e manejo do fogo para a renovação e a abertura de pastos e áreas agrícolas. Elas têm sido a forma mais usada para a conversão de fl ores- tas na Amazônia e dos cerrados do Brasil Central em áreas agropastoris. Os incên- dios fl orestais correspondem a situações de fogo descontrolado, que consomem grandes áreas com vegetação nativa, pas- tagens e cultivos. Têm origem em queima- das descontroladas e no uso não autoriza- do do fogo para fi ns agropastoris. Tanto as queimadas quanto os incêndios fl orestais destroem, anualmente, grandes áreas de vegetação nativa no Brasil, sendo uma das principais ameaças aos ecossistemas brasileiros. Ocorrem, majoritariamente, durante a estação seca (maio-setembro). A freqüência de ocorrência de focos de calor pode ser utilizada como indicador do avanço das atividades agropecuárias e áreas antrópicas sobre as regiões com vegetação nativa, desde que associados a outros indicadores.

• Esgotamento sanitário – A ausência ou defi ciência dos serviços de esgotamento sanitário é fundamental para a avaliação das condições de saúde, pois o acesso adequado a este sistema de saneamen- to é essencial para controle e redução de doenças. Associado a outras informações ambientais e socioeconômicas, incluindo outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, é um bom indicador universal de desenvolvimento sustentá- vel. Trata-se de indicador muito importan- te tanto para a caracterização básica da qualidade de vida da população residente num território, quanto para o acompanha- mento das políticas públicas de sanea- mento básico e ambiental. Ao permitir a discriminação das áreas urbanas e rurais, este indicador fornece subsídios para análise de suas diferenças. No Gráfi co

37 (p. 122) o número de moradores em domicílios particulares permanentes ur- banos, (por tipo de esgotamento sanitário Brasil – 1992/1999), demonstra que em 1999, aproximadamente 50% possuem rede coletora, 25% fossa séptica e 25% outras formas de esgotamento, enquanto menos de 5% não possuíam esgotamen- to sanitário.

Já em relação ao esgoto tratado versus o esgoto coletado, o Gráfi co 39 (p. 128) de- monstra que em 2000, apenas 35% do es- goto coletado é tratado, se comparado com 20% em 1989.

• Acesso a água – O acesso à água tra- tada é fundamental para a melhoria das condições de saúde e higiene. Associado a outras informações ambientais e socio- econômica, incluindo outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, é um indicador universal de desenvolvimen- to sustentável. Parte signifi cativa da popu- lação é provida de água através de poço ou nascente, cuja qualidade pode ser ou não satisfatória. Portanto, neste indicador é considerado apenas o conjunto da po- pulação que tem acesso à rede geral de abastecimento. Considerando o Gráfi co 36 (p. 117), o Percentual de moradores em domicílios particulares permanentes com acesso a sistema de abastecimen- to d’água, segundo situação do domicílio Brasil – período 1992/1999, em área urba- na esse número da população é em torno de 90%, enquanto na área rural não chega a 30%.

Este relatório demonstra claramente o quanto desperdícios e falta de estrutura po- dem resultar na poluição do meio ambiente e na perda da biodiversidade. Além disso, o lixo resulta em poluição visual, do ar, do solo e da água e pode ainda provocar a trans- missão de doenças transmitidas por insetos (mosquitos da dengue, malária, febre ama- rela) ou animais (ratos e urubus, que podem transmitir leptospirose, tifo, desinteria, entre outras doenças) cuja cadeia alimentar se faz no lixo.

Classes dos Resíduos14

Classe 1 – Resíduos Perigosos: são aque-

No documento Curso Basico de Gestão Ambiental (páginas 30-34)