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GESTÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL E NATURAL E PROMOÇÃO DO AMBIENTE

No documento ÍNDICE CAPÍTULO 1 : INTRODUÇÃO... (páginas 75-78)

A ÁRVORE DOS OBJECTIVOS PARA O SUDOESTE EUROPEU

PRIORIDADE 2 GESTÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL E NATURAL E PROMOÇÃO DO AMBIENTE

1 - PROBLEMÁTICA

O programa INTERREG III-B, inscrito numa lógica de desenvolvimento sustentável, abre ao SUDOE o caminho para reexaminar as condições duma melhor valorização transnacional dos seus recursos e vantagens patrimoniais.

O património natural, ambiental e cultural deste espaço foi moldado ao longo do tempo pelas actividades humanas. Traduz a evolução dos modos de utilização pelo homem dos recursos ambientais e dos diversos tipos de fixação da população.

Se este espaço sofre duma falta de infra-estruturas e duma fraca dinâmica económica, apresenta numerosas vantagens em termos de territórios naturais preservados e portadores de amenidades a valorizar.

Neste âmbito, a valorização económica e turística dos espaços naturais, zonas rurais, espaços fluviais, zonas de montanha, etc. deverá ser pesquisada a fim de desenvolver as utilizações numa perspectiva de desenvolvimento territorial.

Se bem que a constatação das dificuldades de gestão das paisagens seja suficientemente bem partilhada por todos, as ferramentas concertadas permitindo uma gestão duradoura destes patrimónios estão ainda por implementar. O desenvolvimento da cooperação transregional e transnacional deveria permitir afinar tanto os objectivos de gestão como a troca de experiências e a implementação de ferramentas apropriadas de valorização a favor dum território coerente.

No que respeita os recursos em água, a problemática da sua gestão no SUDOE apresenta aspectos específicos decorrendo por um lado, da localização geográfica duma parte importante do território, transição entre as zonas secas do Norte de África e as zonas húmidas do Centro e Norte da Europa, que afectam as disponibilidades em água e, por outro lado, a procura crescente que decorre do crescimento económico e da melhoria da qualidade de vida das populações.

A sobre-exploração da água, seja no contexto da insuficiência, seja no contexto de procura excedentária, constitui uma preocupação importante no SUDOE. Até agora, as políticas de água não se debruçaram verdadeiramente na relação montante/jusante das grandes bacias.

A gestão duma procura crescente necessita da implementação de ferramentas económicas de gestão apropriadas. Trata-se de zelar para que esta abordagem não penalize o desenvolvimento das actividades económicas, tanto nas regiões fortemente povoadas com uma procura crescente, como nas zonas de fraca densidade. A gestão da oferta deve tomar em conta e hierarquizar as necessidades dos diversos actores e consumidores potenciais : agricultores, famílias, empresas, actividades turísticas, pescadores, bem como as necessidades ecológicas.

Programa Operacional INTERREG III-B SUDOE

Além disso, a questão específica da água nas políticas do litoral atlântico e mediterrânico deverá ser tomada em consideração, em articulação estreita com as acções implementadas nos programas INTERREG III-B Atlântico e Mediterrâneo ocidental.

Na mesma lógica, o espaço do SUDOE constitui um local privilegiado para desenvolver as abordagens comparadas relativas às políticas e acções de valorização das fachadas marítimas das regiões dependentes do território elegível do SUDOE, em articulação com aquelas que poderão ser desenvolvidas no âmbito da Parte C do INTERREG III.

Em matéria de energia, o sobre-consumo ou desperdício energético é um problema comum a toda a Europa. Para o SUDOE, a questão é de saber como é que as fontes de energia de que dispõe podem ser melhor valorizadas, nomeadamente no que respeita a água e a madeira, no território francês, enquanto que na maior parte da Península Ibérica será necessário valorizar outras formas de energia.

No que respeita aos detritos, as respostas aos tratamentos são técnicas e necessitam igualmente de integrar a dimensão cultural dos territórios respectivos, para tratar da melhor forma as questões da redução dos detritos e dum tratamento eficaz.

A evolução das paisagens indica a da interacção entre o homem e a natureza no tempo, e por vezes, a evolução da interacção ainda mais directa entre a economia e a natureza. Mas a paisagem representa igualmente um património « memória » contribuindo para a identidade local e regional. Hoje em dia, muitas paisagens guardam os vestígios dessa história sobre a qual se sobrepõem, dum lado, a do abandono agrícola e do recuo demográfico e, de outro lado, a do crescimento urbano mais ou menos controlado.

A única via é realmente associar valorização do património e dimensão económica numa perspectiva sustentável do território. Assim, a agricultura e a silvicultura podem ser parceiras na gestão da água para o bem estar dos consumidores a montante, a agricultura e o urbanismo, parceiros na gestão do espaço periurbano, e a actividade florestal e as comunidades urbanas, parceiras na experimentação da madeira-energia. À noção de rentabilidade económica sectorial sobrepõem-se então as da memória colectiva e de património como vantagens para o desenvolvimento.

Enfim, no que respeita o património cultural, o SUDOE ainda carrega hoje muitos vestígios destas complementaridades e interdependências na história da sua vida económica e social. Se as últimas décadas esbateram estas considerações pela individualização das questões em jogo, os bens culturais deste espaço continuam suficientemente fortes para construir o futuro integrando um património reconhecido.

2 – OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

Programa Operacional INTERREG III-B SUDOE

Preservar o atractivo do grande SUDOE através da implementação de ferramentas e de métodos coordenados ;

Encorajar uma valorização sustentável para apoiar um desenvolvimento a longo prazo e favorecer a identificação deste espaço ;

Valorizar as acções permitindo antecipar a estruturação do território SUDOE ;

Procurar uma adequação óptima entre a acção dos operadores públicos e privados e as populações através duma valorização económica e social.

3- MEDIDAS

As três medidas seguintes apoiam-se na vantagem que constitui o património natural e cultural para um desenvolvimento equilibrado do território do espaço SUDOE :

- Preservar e melhorar o valor patrimonial dos espaços e dos recursos naturais, nomeadamente os recursos em água ;

- Dinamizar a valorização criativa do património cultural ;

Programa Operacional INTERREG III-B SUDOE

MEDIDA 2-1 : PRESERVAR E MELHORAR O VALOR PATRIMONIAL DOS ESPAÇOS E DOS

No documento ÍNDICE CAPÍTULO 1 : INTRODUÇÃO... (páginas 75-78)