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Processo 3: Processo n.º /15.0PBBJA, no âmbito do qual foi apresentada queixa porquanto

10. Gestão processual

Nos termos do disposto no art.ºs 262.º, n.º 1, e 263.º do Código de Processo Penal, o inquérito é da competência do Ministério Público e compreende o conjunto de diligências que visam investigar a existência de um crime, determinar os seus agentes e a responsabilidade deles e descobrir e recolher provas, em ordem à decisão sobre a acusação, cabendo a este, por regra, praticar os actos e assegurar os meios de prova necessários à realização das referidas finalidades (cfr. art.º 267.º do Código de Processo Penal).

O objectivo da investigação criminal tem por base reunir indícios que permitam concluir pela prática (ou não) de determinados factos que preenchem os tipos legais de crimes. Pretende, portanto, apurar-se que crime ocorreu, quando e onde ocorreu, bem como quem e que circunstâncias o praticou. Porém, além disso, na investigação criminal devem também recolher-se elementos de prova quanto aos factos que determinem a punibilidade ou não e, bem assim, quanto a factos que levem à determinação concreta da medida da pena.

A lei não indica quais os actos de inquérito que devem ser praticados pelo Ministério Público, o que, aliás, seria impossível, para além de uma referência genérica, deixando ao critério deste a escolha de quais os actos necessários à realização da finalidade do inquérito. Isto sem prejuízo de a lei impor a prática de certos actos de inquérito, como é o caso do interrogatório do arguido, nos termos do art.º 272.º do Código de Processo Penal.

Assim, como é referido por Germano Marques da Silva, «competindo a direcção do inquérito ao Ministério Público, não é curial que o Juiz possa intrometer-se na actividade de investigação e recolha de provas, salvo se se tratar de actos necessários à salvaguarda dos direitos fundamentais. A direcção do inquérito pertence ao Ministério Público e só a ele compete decidir quais os actos que entende dever levar a cabo para realizar as finalidades do inquérito. Para a prática de algum desses actos pode necessitar da intervenção do juiz, quer para os consentir quer mesmo para os praticar, mas só por sua promoção podem ter lugar, a menos que se trate de actos necessários à salvaguarda de direitos fundamentais dos requerentes (...) Ora se a lei confia ao Ministério Público a direcção da investigação, permitindo-lhe dispor quais os actos que entenda necessários à realização da finalidade do inquérito, não se

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compreenderia que depois submetesse a actividade desenvolvida a fiscalização judicial. O que fica sujeito a fiscalização judicial é a decisão do Ministério Público no termo do inquérito»59.

Como é sabido, entre nós foi consagrado em processo penal a regra geral da admissibilidade de todas as provas que não forem proibidas por lei, significando assim, em termos muito simples, que todas as provas serão legalmente admissíveis mesmo que não se encontrem tipificadas na lei (provas atípicas), desde que não sejam proibidas por qualquer disposição legal – princípio da legalidade da prova e princípio da inadmissibilidade das provas proibidas (cfr. art.ºs 125.º e 126.º do Código de Processo Penal)60.

Porque para além da função de realização da justiça por parte do Estado se torna igualmente necessário por parte deste proteger os direitos fundamentais dos intervenientes envolvidos, uma investigação criminal deve ser eficaz e eficiente. Eficaz no sentido de atingir o objectivo pretendido, e eficiente no sentido de atingir um objectivo definido da melhor forma possível. Portanto, uma investigação eficiente é aquela que é planeada, organizada – se possível temporizada –, por forma a reunir, no mais curto espaço de tempo, toda a prova da existência do crime e de quem são os seus autores61.

Assim sendo, uma vez recebida a notícia do crime, cumpre desde logo, num primeiro momento, fazer uma análise cuidada do conteúdo do Auto de Notícia/Denuncia/Queixa, tendo em vista:

– Encontrar as omissões de dados e factos fundamentais (localização no tempo e espaço) que podem ser de imediato colmatadas;

– Delimitar o âmbito da investigação, pela selecção dos factos nucleares;

– Decidir qual a prova necessária e os meios de recolha de prova mais adequados para a sua recolha;

– Decidir quem pratica os actos de investigação (Ministério Público ou Órgão de Policia Criminal)62.

Como é compreensível, não cumpre aqui descrever os vários passos que devem ser tomados durante uma investigação pela prática do crime de abuso de cartão de garantia ou de crédito,

59 Curso de Processo Penal, Tomo III, 2.ª Ed., Editorial verbo, 2000, pp. 85 e 86.

60 A investigação criminal enquanto processo de procura e recolha de indícios e de vestígios da prática de infracções

penais move-se dentro de um quadro normativo juridicamente complexo entre a prova conseguida e a prova aceite, de modo a prevenir a prática de abusos. A procura e recolha de prova que conduza ao esclarecimento da verdade material em tribunal dos factos ocorridos que consubstanciam a prática de um crime, quer objectivamente, quer subjectivamente, não é mais do que a realização prática das finalidades do Direito Penal na realização da justiça por parte do Estado.

61 Neste sentido, Maria José Fernandes, Investigação Criminal e Gestão de Inquérito: práticas de optimização de

meios (materiais e humanos) e de métodos de trabalho condicionantes do êxito da investigação, in “Gestão processual: agenda, conclusões, serviço urgente e serviço diário, provimentos e ordens”, Centro de Estudos Judiciários, 2013, p. 121.

62 Idem ibidem.

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porquanto, todas as investigações criminais são dinâmicas, no sentido em que cada caso é um caso, devendo proceder-se à recolha da prova mediante o uso dos meios mais adequados e eficazes previstos na lei, conforme essa necessidade vai sendo reclamada no tempo (processual).

Em todo o caso, existem certos procedimentos comuns que não podem deixar de ser observados na investigação deste tipo de crime.

Assim:

– Deve ter-se acesso ao contrato de concessão ou emissão do cartão de garantia ou de crédito em causa, para, dentro das obrigações contratualmente estabelecidas, se apurar quem suporta o prejuízo no caso de utilização abusiva do cartão e, assim, se apurar quem tem a legitimidade para apresentar queixa no caso do crime revestir natureza semi-pública ou particular;

– Determinar se a utilização abusiva do cartão ocorreu num terminal automático pagamento, mediante a introdução do código PIN, pois neste caso estamos perante um crime de burla informática e não perante o crime de abuso de cartão de garantia ou de crédito;

– Procurar recolher toda a informação sobre a utilização abusiva do cartão, quer junto da entidade emitente, quer junto do comerciante, incluindo qualquer documento que o agente do crime possa ter assinado (v.g. o talão de comprovativo da transacção) e que possa levar à sua cabal identificação;

– Havendo um suspeito, se necessário, solicitar a realização de perícias forenses de escrita manual e recolha de amostras referência; e;

– Procurar obter os dados informáticos gerados pela operação, usando, sempre que necessário, as normas processuais de obtenção de prova digital prevista nos art.ºs 11.º a 17.º da Lei n.º 109/2009, de 15 de Setembro (Lei do Cibercrime), em especial a preservação expedita de dados.

Quanto a este último meio de obtenção de prova, ou seja a preservação expedita de dados (cfr. art.º 12.º, da Lei do Cibercrime), ele pode vir a ser muito importante neste tipo de investigação, e traduz-se na ideia que sempre que se afigurar necessário para a prova do crime e no decurso de uma investigação criminal em curso, a obtenção de dados informáticos (cfr. art.º 2.º, al.ª b), da Lei do Cibercrime) específicos armazenados em sistema informático – incluindo dados de tráfego – em relação aos quais haja receio de que possam perder-se, alterar-se ou deixar de estar disponíveis, a autoridade judiciária competente, ordena a quem tenha a disponibilidade ou controlo desses dados, designadamente a fornecedor de serviços, que preserve os dados em causa.

Podendo ainda a preservação expedita de dados ser ordenada pelos órgãos de polícia criminal nos casos previstos no n.º 2 do art.º 12.º da Lei do Cibercrime.

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Esta medida destina-se a ser executada primordialmente pelos fornecedores de serviço de Internet, mas também o pode ser qualquer outra pessoa que tenha controlo sobre um sistema informático (cfr. art.º 2.º, al.ª a), da Lei do Cibercrime) onde os dados estejam armazenados.

A ideia principal a reter com a utilização deste meio de prova (assim como os restantes previstos na Lei do Cibercrime) é que o sucesso das investigações da criminalidade associada à informática e às redes de comunicações electrónicas exige, na maior parte dos casos, que as autoridades judiciárias e policiais tenham acesso aos elementos que compõem essas comunicações electrónicas e, por esta razão, os mesmos devem ser conservados previamente para o efeito.

Não se enumera outras diligências possíveis, porquanto, sintomático da pesquisa que fizemos, quer junto de alguns tribunais, quer junto da base de dados da jurisprudência, é o facto de existirem escassos casos em que este tipo legal de crime serviu de base a uma investigação criminal, e mais escassos ainda aqueles que chegaram a ser apreciados em sede de recurso. Não tendo sido encontrado nenhum processo por este crime que tenha sido investigado, julgado ou apreciado em sede de recurso nos últimos anos.

11. Conclusão

Na mesma altura em que foi introduzido o crime de abuso de cartão de garantia ou de crédito no Código Penal Português, foi igualmente introduzido o crime de burla informática, ambos assentes em pressupostos de criminalização diferentes.

Contudo, se em 1995 a criminalização da conduta prevista no crime de abuso de cartão de garantia ou de crédito era de alguma forma justificada, hoje em dia seria difícil encontrar essa justificação, concluindo-se que o crime de burla informática já tutela de forma satisfatória o bem jurídico protegido do património lesado com a utilização abusiva do cartão.

Com efeito, para além do cartão de garantia não ser muito utilizado em transacções (ao contrário do que sucede com os cartões de crédito), é preciso ter a noção que a partir do final da década de 90 do século passado a Internet e os sistemas informáticos dominaram o quotidiano da sociedade hodierna, facultando a comunicação e circulação de informação a nível transnacional, de forma instantânea e de fácil acesso, com custos relativamente baixos.

Esta massificação do uso da Internet provocou grandes benefícios para a actividade bancária e financeira, mas agravou de forma considerável os riscos associados à fraude de cartões, o que levou, por seu lado:

i) Que se abandonasse quase por completo os terminais manuais de pagamento com

cartões;

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iii) Que se instituísse fortes mecanismos de segurança, produzidos e desenvolvidos pela

informática, para criar uma forma de protecção “física”, prévia e eficaz, dos cartões e dos sistemas informáticos em que estes são usados.

A progressiva substituição dos cartões baseados na assinatura (equipadas com uma banda magnética para leitura) por cartões baseados no PIN (conformes á norma EMV), contribuiu para reduzir de modo significativo os abusos de utilização nos terminais de pagamento a nível europeu. Com efeito, no final de 2010, cerca de 90% de todos os terminais de cartões, e 80% de todos os cartões de pagamento, na UE eram conformes à norma EMV63.

E, embora este facto tenha contribuído para reduzir os abusos associada aos cartões nas operações físicas de pagamento, esses abusos estão agora a deslocar-se cada vez mais para as operações por cartão à distância, nomeadamente para os pagamentos através da Internet. Hoje em dia a realização de uma transacção física com um cartão de crédito implica, quase necessariamente, a introdução de um código PIN pelo utilizador e a comunicação instantânea entre o terminal automático onde é inserido o cartão (POS) e a entidade emitente do cartão.

Deste modo, ao inserir o cartão num terminal automático de pagamento (o qual fará a ponte entre o cartão e a entidade emissora), este verifica o tipo de transacção, o comerciante (registado e autorizado), o tipo da conexão (que deve obedecer a uma série de protocolos de segurança) e o valor da compra.

O terminal verifica também uma série de outras informações relativas ao cartão utilizado, tais como, o tipo de cartão, a data de validade, o nome do titular e outros detalhes para que a transacção possa ser inicializada. Uma vez conferidos esses dados, é necessário ainda que o titular introduza o código PIN para iniciar a transacção.

Uma vez iniciada a transacção, a entidade emitente do cartão vai conferir todos os dados que foram recolhidos pelo terminal automático e verificar que o cartão dispõe de saldo suficiente para o pagamento. Assim autorizando ou não aquele pagamento. Todo este processo leva poucos segundos e é totalmente automatizado por meios informáticos.

Portanto, segundo este procedimento mais recente de utilização de cartões, torna-se muito difícil, senão quase impossível, ocorrer um pagamento sem que o cartão disponha de saldo suficiente para o efeito. A não ser que se recorra a práticas cibercriminosas, tuteladas pelo

direito penal informático (no qual se inclui o crime de burla informática)64.

63 Livro Verde para um mercado europeu integrado dos pagamentos por cartão, por Internet e por telemóvel, de

11.01.2012, COM (2011) 941 final, disponível na página de Internet em:

http://www.europarl.europa.eu/meetdocs/2009_2014/documents/com/com_com(2011)0941_/com_com(2011)09 41_pt.pdf.

64 Sobre a autonomia do direito penal informático, veja-se com interesse, BENJAMIM SILVA RODRIGUES, Direito

Penal, Parte Especial, Tomo I – Direito Penal Informático-Digital, Coimbra Editora, Coimbra, 2009, pp. 197 e ss., onde este Autor defende a existência desta autonomia face ao direito penal comum, seguindo essencialmente o modelo de autonomia de ciência criminal proposto por JOSÉ DE FARIA COSTA, “Direito Penal Económico”, in

Colecção Textos Jurídicos n.º 4, Quarteto Editora, Coimbra, 2003, mais concretamente, pela existência distintiva de

metodologia, objecto e princípios próprios.

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Já a utilização pela Internet dos cartões de crédito, para além de muitas vezes ser também rodeada de mecanismos de segurança (tais como a confirmação da operação através da inserção de um código enviado ao titular), indubitavelmente, a sua utilização abusiva, a ocorrer, resultará da utilização em sistemas informáticos de dados sem autorização, o que cai na previsão do referido crime de burla informática.

Com isto concluímos, em primeiro lugar, que a utilização abusiva dos cartões de garantia ou de crédito, hoje em dia, integra-se quase exclusivamente na conduta prevista no crime de burla informática, p. e p. pelo art.º 221.º, n.º 1, do Código Penal, pois essa utilização implica a inserção de dados em sistemas informáticos.

No entanto, como ainda é possível a utilização de cartões em certos terminais manuais ou automáticos de pagamento, em que a assinatura do titular do cartão valida a transacção em substituição da introdução de um código PIN, o crime de abuso de cartão de garantia ou de crédito, p. e p. pelo art.º 225.º do Código Penal, pode vir a ser praticado, mas somente em situações muito residuais.

Isto leva-nos então à segunda conclusão, que o crime de abuso de cartão de garantia ou de crédito, p. e p. pelo art.º 225.º do Código Penal, deveria ser revogado, por violar o carácter subsidiário da tutela penal em sintonia com o princípio da necessidade.

Com efeito, segundo o principio da não-intervenção moderada do Direito Penal, os «processos novos de criminalização (chamados processos de neocriminalização) só devem ser aceites como legítimos onde novos fenómenos sociais, anteriormente inexistentes, muito raros ou socialmente pouco significativos, revelem agora a emergência de novos bens jurídicos para cuja protecção se torna indispensável fazer intervir a tutela penal em detrimento de um paulatino desenvolvimento de estratégias não criminais de controle social»65. O que não

sucede actualmente com o crime de abuso de cartão de garantia ou de crédito em análise, daí a sua necessária revogação em nossa opinião.

IV.Hiperligações e referências bibliográficas

Hiperligações

Banco de Portugal Bases de dados jurídicas

Acesso ao Direito da União Europeia (Eur-Lex)

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6.Crime de burla informática e nas comunicações. Enquadramento jurídico, prática e gestão processual

6. CRIME DE BURLA INFORMÁTICA E NAS COMUNICAÇÕES – ENQUADRAMENTO JURÍDICO,

PRÁTICA E GESTÃO PROCESSUAL

Paulo Luís Rodrigues Mota I. Introdução

II. Objectivos III. Resumo

1. Crime de burla informática e nas comunicações – evolução legislativa