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4. RESULTADOS

4.2 ETAPA II

4.2.1 Revisão da Literatura

4.2.2.3 Grupo 3 – Medicamentos para alergias

A alergia é uma doença que afeta um grande número de pessoas em todo o mundo e não tem cura. Trata-se de uma reação alterada do organismo a algumas substâncias, uma hipersensibilidade a um antígeno (alergênico), específica de cada organismo62.

Para reações alérgicas como prurido, coriza, rinite alérgica, urticária, picada de inseto, ardência, ardor, conjuntivite alérgica, prurido senil, prurido nasal, prurido ocular alérgico, febre do feno, dermatite atópica, eczemas, caspa, dermatite seborreica, seborreia e oleosidade, obteve-se a indicação disposta no quadro 9. A partir disso, foi realizada busca de artigos utilizando-se os nomes dos medicamentos indicados conforme a tabela 3.

4.2.2.3.1 Loratadina

Foi realizada busca no PubMed com o descritor Loratadine. Seguindo a mesma metodologia das revisões anteriores, para este medicamento, foram encontrados 1.518 artigos, sendo 17 revisões sistemáticas com metanálises e cinco revisões sistemáticas sem metanálises. Após a leitura dos títulos 5 artigos foram incluídos por apresentarem relação com as indicações terapêuticas presentes neste trabalho e 17 foram excluídos por não apresentarem esta relação.

Quadro 22 - Artigos selecionados na revisão sistemática sobre loratadina.

Autores Título Classificação

do artigo no PubMed Qualidade da Evidência Paśko P, Rodacki T, Domagała- Rodacka R, Palimonka K, Marcinkowska M, Owczarek D (2017)63 Second generation H1 - antihistamines interaction

with food and alcohol-A systematic review. Revisão sistemática A Mösges R, König V, Köberlein J (2011)64 The effectiveness of levocetirizine in comparison with loratadine in treatment of

allergic rhinitis--a meta- analysis. Metanálise A Ratner P, Falqués M, Chuecos F, Esbrí R, Gispert J, Peris F, Luria X, Rosales MJ (2005)65

Meta-analysis of the efficacy of ebastine 20 mg compared

to loratadine 10 mg and placebo in the symptomatic treatment of seasonal allergic

rhinitis.

Metanálise A

Hansen GR (1999)66

Loratadine in the high performance aerospace environment. Metanálise A Slater JW, Zechnich AD, Haxby DG (1999)67 Second-generation antihistamines: a comparative review. Revisão sistemática A

Após a leitura completa dos artigos selecionados, foram extraídas as informações presentes no quadro 23, que serviram de base para elaboração do critério racional para prescrição do referido medicamento.

Quadro 23 - Informações extraídas dos artigos selecionados a partir da revisão sistemática sobre loratadina.

Referências Informações extraídas

Paśko P, Rodacki T, Domagała-Rodacka R,

Palimonka K, Marcinkowska M, Owczarek D (2017)63

Para medicamentos anti-histamínicos de segunda geração, os sucos de frutas ou o consumo de álcool podem afetar significativamente a eficácia e a segurança da terapia.

Mösges R, König V, Köberlein J (2011)64

Os resultados mostraram uma maior eficácia do tratamento com levocetirizina como monoterapia na redução dos sintomas alérgicos, quando comparado com o tratamento com a loratadina.

Ratner P, Falqués M, Chuecos F, Esbrí R, Gispert J, Peris F, et al

(2005)65

Esta meta-análise confirma que a 20 mg de ebastina tem um bom perfil de eficácia, induzindo uma diminuição maior dos sintomas de rinite do que 10mg de loratadina ou placebo.

Hansen GR (1999)66 Os estudo relata que ingerir 10 mg de loratadina

diariamente não tem efeitos sedativos ou nem prejudica o desempenho cognitivo-motor. Doses mais altas demonstraram comprometimento.

Slater JW, Zechnich AD, Haxby DG (1999)67

Para a rinite alérgica, todos os anti-histamínicos de segunda geração são eficazes e a escolha deve ser baseada em outros fatores. Para a urticária, a cetirizina e a mizolastina demonstram uma supressão superior da pápula. Para a dermatite atópica, como terapêutica complementar para reduzir o prurido, a cetirizina, o cetotifeno e a loratadina demonstram eficácia. Embora as evidências atuais não sugiram um papel primordial para esses agentes no manejo da asma, apóia-se uso em pacientes asmáticos quando há rinite alérgica, dermatite ou urticária coexistentes.

A partir das informações apresentadas no quadro 23, foi definido o seguinte critério de prescrição racional para loratadina:

A loratadina apresenta-se como boa opção para o tratamento de reações alérgicas. Apesar da levocetirizina se mostrar mais eficaz, deve-se analisar a relação custo-benefício em cada caso. Em relação à segurança, deve-se evitar o uso diário superior a 10 mg, a fim de prevenir o comprometimento cognitivo e motor do usuário.

4.2.2.3.2 Maleato de dexclorfeniramina

Realizou-se busca no PubMed com o descritor Dexchlorpheniramine. Foram encontrados 171 artigos, sendo uma revisão sistemática sem metanálise. Não foram encontradas revisões sistemáticas com metanálises. Aplicou-se o filtro para estudos clínicos e 37 artigos foram identificados. Após a leitura dos títulos, quatro artigos foram incluídos por apresentarem relação com as indicações terapêuticas presentes nesta pesquisa e 34 artigos foram excluídos.

O quadro 24 apresenta os artigos selecionados na revisão sistemática.

Quadro 24 - Artigos selecionados na revisão sistemática sobre maleato de dexclorfeniramina.

Autores Título Classificação

do artigo no PubMed Qualidade da Evidência Díaz-Carrasco MS, Almanchel- Rivadeneyra M, Tomás-Luiz A, Pelegrín- Montesinos S, Ramírez-Roig C, Fernández-Ávila JJ (2018)68

Observational study of drug- drug interactions in oncological inpatients. Estudo clínico A Theunissen EL, Vermeeren A, Ramaekers JG (2006)69 Repeated-dose effects of mequitazine, cetirizine and

dexchlorpheniramine on driving and psychomotor

performance. Estudo clínico A Longo G, Poli F, Ventura A, Marchesi E (1990)70 Loratadine and dexchlorpheniramine in the treatment of perennial allergic

rhinitis in pediatric patients.

Estudo clínico A

Müller FO, Botha JJ, van Dyk M, Luus HG, Groenewoud G (1988)71 Attenuation of cutaneous reactivity to histamine by cetirizine and dexchlorpheniramine. Estudo clínico A

Após a leitura completa dos artigos selecionados, foram extraídas as informações presentes no quadro 25, que serviram de base para elaboração do critério racional para prescrição do referido medicamento.

Quadro 25 - Informações extraídas dos artigos selecionados a partir da revisão sistemática sobre maleato de dexclorfeniramina.

Referências Informações extraídas

Díaz-Carrasco MS, Almanchel-Rivadeneyra M, Tomás-Luiz A, Pelegrín-Montesinos S, Ramírez-Roig C, Fernández-Ávila JJ (2018)68

A prevalência da taxa de interações medicamentosas clinicamente relevantes é alta. Devido à frequência e gravidade potencial, destacou-se a associação com drogas depressoras do sistema nervoso central com risco de depressão respiratória.

Theunissen EL, Vermeeren A, Ramaekers JG (2006)69

A dexclorfeniramina prejudica significativamente o desempenho de direção de veículos automotores no primeiro dia de tratamento. Estes efeitos no desempenho da condução desapareceram após 8 dias de tratamento. Afirma-se que a dexclorfeniramina causa transtorno de condução leve. No entanto, quando tomado ao longo de vários dias, o efeito prejudicial desaparece, possivelmente como resultado da tolerância.

Longo G, Poli F, Ventura A, Marchesi E

(1990)70

A avaliação clínica geral mostrou-se semelhante e revelou a boa eficácia de ambas as drogas. A tolerabilidade foi satisfatória e não houve sinais de

sonolência. Os parâmetros hematológicos e

hematoquímicos não apresentaram alterações

clinicamente significativas e o peso corporal permaneceu constante. Com base nestes resultados, a loratadina é preferível à dexclorfeniramina graças à sua dosagem diária.

Müller FO, Botha JJ, van Dyk M, Luus HG, Groenewoud G (1988)71

A cetirizina foi significativamente mais eficaz que a dexclorfeniramina na supressão do tamanho das pápulas de 2 a 24 horas após a administração do medicamento. De fato, às 24 horas, a cetirizina ainda era tão eficaz quanto 2 horas após a ingestão. Dez indivíduos que receberam dexclorfeniramina relataram sintomas subjetivos relacionados à depressão do SNC, enquanto apenas um indivíduo que recebeu cetirizina relatou a mesma situação.

A partir das informações apresentadas no quadro 25, foi definido o seguinte critério de prescrição racional para maleato de dexclorfeniramina:

Apesar da boa eficácia do maleato de dexclorfeniramina sobre reações alérgicas, seu uso precisa ser criterioso, levando em consideração as alterações motoras promovidas no início do tratamento e devido a associação com drogas depressoras do sistema nervoso central aumentarem o risco de depressão respiratória.

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