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gt; a oferta de formação no sector

No documento Manual F&B (páginas 90-93)

A estrutura legal da formação em Turismo, Hotelaria e Restauração, em Portugal, tem a intervenção directa do Ministério da Segurança Social e do Trabalho, da Secretaria de Estado do Turismo, do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Nos diferentes níveis de qualificação profissional existentes destacam-se: a Formação Profissional (pública e privada) e o Ensino Superior (público e privado).

Que níveis de qualificação profissional existem em Portugal?

Existem cinco níveis de qualificação profissional que apresentaremos de seguida:

> Nível I: execução de trabalhos simples, que implicam conhecimentos elementares;

> Nível II: execução duma actividade que implica a capacidade de utilizar técnicas e/ou instrumentos a ela relacionados;

> Nível III: execução dum trabalho técnico, implicando responsabilidades de coordenação;

> Nível IV: execução autónoma dum trabalho técnico, com responsabilidades de concepção, direcção e/ou gestão;

> Nível V: execução autónoma de uma actividade profissional independente, implicando o domínio científico da profissão.

O Observatório do Turismo lançou, em Setembro de 2002, uma base de dados sobre educação e formação em turismo, onde é apresentada a oferta formativa para o sector. De realçar que, neste sector, a formação profissional nos níveis I, II e III é da responsabilidade do Ministério da Educação e do Ministério da Segurança Social e do Trabalho (sistema de aprendizagem).

A Secretaria de Estado do Turismo, através do INFTUR, é também responsável pela formação específica em hotelaria e turismo, nos níveis II, III e IV.

Formação profissional inserida no sistema educativo

Esta tipologia de formação é da responsabilidade da Secretaria de Estado do Turismo e é promovida pelas escolas profissionais, nos níveis II e III.

[quadro 18]

> cursos de formação na área da hotelaria e restauração

(ministério do turismo)

nível i nível ii cursos de formação na área de hotelaria e restauração > mesa/bar > cozinha/pastelaria > hotelaria/restauração, organização e controle > cozinha F O N T E: A D A P T A D OD EO B S E R V A TóR I OD OT U R I S M O - B A S ED ED A D O SS O B R EE D U C AÇ Ã OEF O R M AÇ Ã OE MT U R I S M O (2002).

Formação profissional inserida no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)

Esta formação é promovida pelo Ministério da Segurança Social, através do sistema de aprendizagem, envolvendo uma componente geral e uma componente técnica, que permite aos formandos a obtenção duma profissão qualificada. Esta formação é ministrada nos centros de emprego e formação profissional, nas empresas e em centros educativos reconhecidos.

[quadro 19]

> cursos de formação na área da hotelaria e restauração (iefp)

nível i nível ii nível ii

cursos de formação na área de hotelaria e restauração empregada de andares/ /quartos padeiro pasteleiro cozinheiro empregado de mesa empregado de bar técnico de alimentação e bebidas F O N T E: A D A P T A D OD EO B S E R V A TÓ R I O D OT U R I S M O – B A S ED ED A D O SS O B R EE D U C AÇ Ã OEF O R M AÇ Ã OE MT U R I S M O (2002)

O Centro de Formação Profissional do Sector Alimentar (CFPSA) apresenta-se como um dos centros de formação do IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) com maior relevância no sector da restauração e resultou de um protocolo firmado entre este as seguintes entidades: ACIP (Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares); ACCCLO (Associação dos Comerciantes de Carnes do Concelho de Lisboa e Outros); AIPAN (Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte); ARESP (Associação da Restauração e Similares de Portugal); ARTOGEL (Associação Portuguesa dos Geladeiros Artesanais) e SITESE (Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços).

Para fazer face às crescentes exigências do mercado, o CFPSA disponibiliza vários níveis de formação, os quais se destinam a diferentes perfis de candidatos.

formação contínua

Os cursos têm uma duração curta e são ministrados em horário pós-laboral. Podem aceder a estas acções de formação os profissionais do ramo que tenham nacionalidade portu- guesa ou residência legal em Portugal. Para além destas condições de acesso, há ainda a conclusão do curso de qualificação com aproveitamento, a qual não é obrigatória.

Aprendizagem

Estes cursos são ministrados em horário laboral (sete horas por dia), e têm a duração de três anos, dando equivalência ao terceiro ciclo do ensino básico. Têm acesso aos mesmos jovens entre os 15 e os 24 anos, candidatos ao primeiro emprego e que tenham completado o segundo ciclo do ensino básico.

Qualificação

Dirigido a desempregados e maiores de 15 anos, este nível de formação forma profissionais em pastelaria e panificação, cozinha, serviço de mesa, análises de laboratório, preparação de carnes frescas e serviço de snack-bar. A escolaridade exigida varia consoante o curso escolhido.

O CFPSA forma jovens em todo o país, tendo instalações em Coimbra, Loulé, Pontinha e Porto.

Formação profissional inserida no instituto nacional de formação turística (inftur)

[quadro 20]

> cursos de formação na área da hotelaria e restauração

nível ii nível iii nível iv

cursos de formação na área de hotelaria e restauração cozinha/pastelaria restaurante/bar cozinha/pastelaria restaurante/bar técnicas de gestão hoteleira técnicas de gestão de restauração F O N T E: A D A P T A D OD EO B S E R V A TÓ R I OD OT U R I S M O – B A S ED ED A D O S S O B R EE D U C AÇ Ã OEF O R M AÇ Ã OE MT U R I S M O (2002)

Formação a nível do ensino superior

Os cursos de nível IV e V são ministrados pelos subsistemas do ensino superior português, politécnico e universitário, da tutela do Ministério da Ciência Inovação e Ensino Superior.

A Base de Dados do Ensino e Formação em Turismo, da responsabilidade do Observatório do Turismo, é uma ferramenta que permite pesquisar informação variada sobre os cursos profissionais e ao nível do ensino superior. Esta base de dados encontra-se disponível no respectivo website do já extinto Observatório do Turismo (www.observatorio-turismo.gov.pt).

Particularidades do sector no domínio da formação

Sendo um dos sectores que mais contribui para a riqueza e emprego em Portugal, o sector da restau- ração e bebidas, é também muito deficitário ao nível da formação. As conclusões do estudo da ARESP

(“Observatório da restauração 2002”), apontam que cerca de 15% da mão-de-obra empregue no sector necessita urgentemente de formação profissional qualificada.

Segundo o “Estudo de diagnóstico e prospectiva e caracterização de perfis profissionais para levanta- mento das necessidades de formação do sector agro-alimentar”, realizado pelo INOFOR, em 2001, as necessidades de formação profissional do sector devem ser orientadas para uma formação técnica de base complementar, nos seguintes domínios:

>Inglês, técnicas de marketing, técnicas de negociação, gestão de clientes, qualidade;

>Gestão estratégica e gestão de parcerias;

>Tecnologias e novos equipamentos;

>Higiene e segurança.

No documento Manual F&B (páginas 90-93)