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4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.2 Dados financeiros

4.2.3 Hábito de poupar e investir

Para conhecer os hábitos de economia de dinheiro e investimentos foi interrogado aos empresários o que eles costumam fazer com as reservas que sobram no final do mês conforme apresentado no gráfico 14.

Gráfico 14: Destino das reservas no final do mês

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

As respostas dos empresários confirmam dados sobre seu comportamento financeiro, 39% afirmaram guardar as reservas do final do mês na poupança, tendo assim um investimento e uma reserva pessoal. Outros 39% afirmaram reinvestir o dinheiro das sobras na empresa buscando aumentar a rentabilidade da mesma, é um investimento mais arriscado e com menor liquidez ao se comparar com a poupança, mas quando bem administrado pode trazer uma rentabilidade maior. O índice de 17% que afirmam nunca sobrar dinheiro no final do mês está abaixo do esperado, condsiderando a grande massa que confirmam não realizar o controle e o planejamento financeiro. Por fim, dos 5% que afirmam aplicar em outro investimento entre eles imóveis, conta corrente, e guardar em casa como destino de aplicação das reservas financeiras, o que traz a tona a falta de conhecimento de alguns empresários sobre investimentos, sendo que a conta corrente, ou manter o dinheiro em casa não são investimentos, isto é, não trarão retorno de juros a estes empresários. O gráfico 15 explana se os empreendedores costumam poupar dinheiro. 39% 5% 39% 17% Guarda na poupança Aplica em outro investimento

Quando sobra investe na empresa

Gráfico 15: Hábito de poupar dinheiro

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

Apenas 22% dos respondentes afirmaram guardar uma parcela de seus ganhos mensalmente, 32% dizem que somente quando sobra guardam dinheiro, 29% alegam ter vontade de guardar mas nunca sobra dinheiro, e 17% admitem não ter o hábito de poupar.

Gráfico 16: Percentual poupado mensalmente

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

Dos que afirmaram poupar dinheiro mensalmente a maioria (50,8%) diz poupar até 5% de sua renda, 24,6% alegam poupar entre 5% e 10% de suas rendas, 16,4% asseguram poupar entre 10% e 20% de suas rendas e apenas 8,2% afirmam

[PORCENTAG EM] [PORCENTAG EM] [PORCENTAG EM] [PORCENTAG EM]

Sim, todo o mês reservo uma parcela de meus ganhos

Quando sobra costumo guardar

Gostaria de poupar mas nunca sobra dinheiro Não tenho o hábito de poupar 0 10 20 30 40 50 60

poupar acima de 20% de suas rendas. O gráfico 17 traz o fator mais importante ao realizar um investimento.

Gráfico 17: Fator de maior relevância ao realizar um investimento

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

De acordo com o gráfico 17 o fator mais importante para 61% dos respondentes é a segurança, preferem seu dinheiro salvo à correr riscos apresentando um perfil conservador, e apenas 16% considera a rentabilidade do investimento o fator mais importante. O gráfico a seguir demonstra os produtos financeiros dos quais os empresários costumam investir.

Gráfico 18: Investimento em produtos financeiros

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

RENTABILIDADE SEGURANÇA LIQUIDEZ 16% 61% 23% 41% 44% 0% 3% 0% 0% 12% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

Não investe em produtos financeiros Poupança CDB Fundos de Investimentos Letras e Notas do Tesouro Nacional Ações Outros

Entre os empresários 44% diz investir na poupança, sendo este o produto financeiro mais popular e conhecido pela sua segurança, dado este que confirma o gráfico 17 onde demonstra que estes preferem a segurança ao investir. Dos respondentes 41% afirmam não investir em produtos financeiros, este dado confirma o fato de que apenas 22% haviam confirmado reservar uma parcela de seus ganhos mensalmente, o restante o faz somente quando sobra ou não o faz.

Gráfico 19: Prazo das aplicações

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

Quando questionados a qual prazo geralmente realizam suas aplicações a maioria dos respondentes, 56% afirmam nunca terem feito aplicações financeiras. Dos que afirmam realizar, 22% aplica a curto prazo, e apenas 6% a longo prazo. Isto é, apenas a menor parcela dos empresários está preocupada com uma reserva financeira para o futuro aplicando a médio ou longo prazo. O gráfico 20 apresenta por quanto tempo os empresários conseguiriam manter seu padrão de vida atual no caso de uma queda brusca de seus rendimentos.

56% 6% 8% 22% 8% Nunca aplicou

Longo prazo (seis anos ou mais)

Médio prazo (de dois a cinco anos)

Curto prazo (até um ano) De seis meses a um ano

Gráfico 20: Período em que se manteria com economias no caso de uma queda brusca de rendimentos

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

No gráfico 20 o maior grupo de respondentes, 30% afirmam que conseguiriam manter seu atual padrão de vida no caso de perda de rendimentos pelo período de até meio ano, apenas 13% confirmam que conseguiriam manter-se por mais de um ano, o que confirma os dados do gráfico anterior onde 14% asseguram ter aplicações financeiras de médio ou longo prazo. Ainda 38% dos respondentes dizem conseguir se manter por até um mês ou nenhum período, é um dado agravante devido às intempéries de mercado e instabilidade de salário as quais os MEI’s estão expostos, uma reserva financeira pessoal é necessário caso houver contratempos.

Quanto ao hábito de poupar e de investir dos empresários pode se afirmar que menos da metade 44% investem as reservas do final do mês, e 39% destinam à empresa. Apenas 22% dos respondentes mantém o hábito de reservar uma quantia mensalmente para investimentos, destes pouco mais da metade reserva 5% de seus rendimentos, comparado ao percentual de empresários que afirmaram realizar o planejamento provisionando as sobras que era de 30% temos um índice reduzido dos que realmente o fazem na prática. O fato de 32% pouparem apenas quando sobra e de 29% ter vontade de poupar, mas nunca sobrar reflete a falta de planejamento e controle destes empresários sobre suas finanças.

Os respondentes alegam a segurança como principal fator ao realizar um investimento, o que explica o fato de 44% investirem na poupança. Possivelmente

Nenhum Até um mês De um a seis

meses De seis meses a um ano Mais de um ano 13% 25% 30% 19% 13%

este fator está relacionado a falta de conhecimento em produtos para investimento, e na falta de planejamento, pois sem saber quando irá utilizar o dinheiro aplicado fica difícil determinar uma aplicação adequada e poderia existir outros produtos que renderiam mais como CDI, Tesouro Direto, LCI entre outros.

A maioria dos empresários 68% conseguiriam se manter com suas economias em no máximo seis meses, uma parcela deste percentual não conseguiria chegar a este período. É um dado agravante, maior do que o percentual de 56% que afirmaram nunca ter realizado aplicações financeiras. Com a instabilidade do mercado e a não garantia do recebimento dos proventos em dia, ou mesmo o valor pretendido, uma reserva financeira seria o ideal para tempos de crise e vulnerabilidade. De maneira geral os empresários não possuem o hábito de poupar e de manter investimentos, a maioria não se preocupa com o futuro e não poderia manter-se por muito tempo sem os seus rendimentos.

4.2.4 Empréstimos

No item empréstimos buscou-se conhecer como os empresários lidam quando é necessário buscar dinheiro de outras fontes das quais não sejam seus rendimentos. Para isso foi questionado qual a reação dos mesmos diante de um gasto inesperado, conforme exposto no gráfico 21.

Gráfico 21: Reação diante de um gasto inesperado

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

LIMITE DO CHEQUE ESPECIAL EMPRÉSTIMOS RECURSOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS VENDEREI ALGUM BEM CARTÃO DE CRÉDITO RECORREREI A AMIGOS, FAMILIARES E CONHECIDOS OUTRA 7% 9% 28% 12% 7% 31% 6%

Evidencia-se duas respostas como as principais fontes para adquirir recursos diante de um gasto inesperado, 31% dos empresários afirmaram que recorreriam a amigos, familiares ou conhecidos e 28% dizem que resgatariam aplicações financeiras pessoais para cobrir o gasto extra. O gráfico 22 expõe quais as modalidades de empréstimos que são utilizados pelos empresários.

Gráfico 22: Empréstimos

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

Quase metade dos empresários, 49% afirmam nunca terem solicitado empréstimos, dos respondentes que afirmam recorrer a empréstimos quando necessário a modalidade mais procurada é o empréstimo pessoal, e a menos procurada é o cheque especial, os empresários que acabam utilizando o cheque especial pagam mais caro do que o empréstimo pessoal, a não ser que seja utilizado por pouquíssimos dias este empréstimo não compensa. Os empresários que citaram outra fonte alegaram utilizar crédito rotativo, empréstimo de amigos ou de financeiras.

Apesar do baixo percentual de 22% de empresários que alegaram reservar todos os meses uma parcela para economias os dados apresentados no quesito empréstimos são positivos. Um grupo de 31% dos respondentes recorreria a amigos e familiares quando necessário solicitar empréstimo, e 28% recorreriam a recursos próprios, retirando de investimentos. Quase metade dos respondentes 49% afirmam nunca terem solicitado empréstimos, é um índice alto diante do desempenho financeiro que vem sendo apresentado até agora.

Nuna solicitei empréstimos 49% Cheque especial 6% Empréstimo pessoal 23% Crédito para MEI 12% Outro 10%

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