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2.10 Investimentos

2.10.2 Investimentos em renda fixa

Calil (2012, p. 129-130) define investimentos em renda fixa “como todos os produtos financeiros cuja rentabilidade pode ser prevista, prometida e garantida pelo captador de recursos”. O autor apresenta como opção de investimento em renda fixa:

- Caderneta de poupança; - Tesouro Direto;

- Certificados de Depósito Bancário (CDBs); - Debêntures;

- Notas promissórias; - Letras de câmbio;

- Letras de crédito imobiliário (LCI); - Letras de Crédito Agrícola (LCA); - Letras hipotecárias;

- Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs);

- Operações estruturadas em bolsa de valores ou de mercados futuros (feitas com Derivativos);

- Fundo de renda fixa (podem conter vários dos produtos acima). O Banco Central do Brasil (2013) corrobora explicando renda fixa:

Renda fixa: são investimentos que pagam, em períodos definidos, a remuneração correspondente a determinada taxa de juros. Essa taxa pode ser estipulada no momento da aplicação (prefixada) ou calculada no momento do resgate (pós-fixada), com base na variação de um indexador previamente definido acrescido ou não de uma taxa de juros. Nessa modalidade de investimento, existe o risco de crédito. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013, p. 46).

Calil (2012, p.132) complementa afirmando que “a vantagem da renda fixa é o baixo risco e a desvantagem é a rentabilidade menor quando comparada à renda variável”.

2.10.2.1 Caderneta de poupança

É a aplicação mais simples e tradicional, sendo uma das poucas, senão a única, em que se podem aplicar pequenas somas e ter liquidez, apesar da perda de

rentabilidade para saques fora da data de aniversário da aplicação (FORTUNA, 1999, p.308).

A poupança é o investimento mais popular, qualquer cidadão portador de CPF, RG e comprovante de residência pode abrir uma poupança em uma agência bancária.

De acordo com o site Portal do Investidor (2015) o rendimento da poupança sofreu mudanças em maio de 2012. Até esta data o rendimento era determinado pela TR (taxa referencial) mais juros de 0,5% ao mês, os depósitos realizados até 04 de maio de 2012 continuam a valer-se desta regra. A partir desta data o rendimento depende da taxa Selic, se a meta da economia for superior a 8,5% o rendimento continua como antes, se a meta for igual ou menor do que 8,5% os juros passam a ser 70% da Selic. A seguir na tabela 03 pode-se conferir como fica a rentabilidade da poupança a partir da taxa Selic.

Tabela 03: Exemplos de rentabilidade da caderneta de poupança Exemplos de rentabilidade da caderneta de poupança

Selic Rendimento (sem TR) Rendimento (com TR)

8,5% 5,95% 6,17%

7,5% 5,25% 5,25%

6,5% 4,55% 4,55%

Fonte: Adaptado de http://www.infomoney.com.br/infograficos/caderneta-de-poupanca

Apresentam-se abaixo no quadro 03 as vantagens e as desvantagens da poupança segundo o site Infomoney (2015):

Quadro 03: Vantagens e desvantagens da caderneta de poupança

VANTAGENS DESVANTAGENS

Liquidez diária: O investidor pode sacar o dinheiro a qualquer momento

Risco de crédito: Se o banco quebrar o investidor tem garantia de receber de volta até 250 mil garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

Isenção de IR ou IOF: Não há tributos incidentes sobre os ganhos da

Baixa rentabilidade: Não é incomum que o retorno da poupança fique abaixo da

caderneta inflação.

Ausência de taxas: OS bancos não cobram taxas para aplicações na poupança

Ruim no curto prazo: Se a aplicação for realizada por menos de 30 dias, a poupança não pagará o rendimento

Fonte: Adaptado de http://www.infomoney.com.br/infograficos/caderneta-de-poupanca

Silvestre (2010, p. 133) explica que o rendimento da poupança no longo prazo rendendo 0,55% líquidos nominais ao mês e descontando a inflação projetada de 0,40% ao mês, ainda resulta em 0,15% de rentabilidade líquida real e mensal. “Pode parecer pouco, mas, pelo princípio dos juros compostos, isso resulta em um ganho acumulado de 1,82% reais líquidos em um ano, quase 20% em dez anos, ou mais de 100% em quarenta anos”.

2.10.2.2 Certificado de Depósito Bancário (CDB) ou Recibo de Depósito Bancário (RDB)

Fortuna (1999) explica que o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e o Recibo de Depósito Bancário (RDB) são títulos de captação de recursos financeiros utilizados por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento e bancos múltiplos, sendo conhecido oficialmente como depósito a prazo.

De acordo com o site Infomoney (2015) o investidor que adquirir um CDB ou RDB está realizando uma forma de “empréstimo” ao banco. Este modelo de aplicação possui a garantia do FGC em até 250 mil desta forma é considerado de baixo risco se a aplicação for até este valor.

Fortuna (1999) explica os prazos de aplicação em CDB que pode ser pós ou prefixado. Para os títulos prefixados o prazo mínimo de aplicação é de 30 dias e o ganho só será conhecido no momento do resgate. Para os títulos pós-fixados o prazo mínimo de aplicação é de 120 dias.

O site Infomoney (2015) esclarece que existem três tipos de CDB: o prefixado, o pós-fixado e os que pagam juros mais um índice de inflação.

- Prefixado: A taxa é negociada com o banco e predefinida, durante a vigência do título o investidor irá receber apenas o que foi acordado. Indicado quando a taxa está alta mas têm tendência a cair.

- Pós – fixado: É o mais comum dos títulos de CDB. A rentabilidade do investimento está atrelada á alguma taxa de referência. A principal delas é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que geralmente está próxima da Selic (taxa básica de juros). Indicado quando a tendência da taxa é subir ou permanecer alta.

- Variável a partir de um índice de inflação: O investidor pode ser remunerado a partir de um índice de inflação, geralmente utilizado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais uma taxa de juros prefixada. Indicado quando o investidor quer proteger o poder de compra a longo prazo.

O custo para aplicações em CDB se resume em IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações realizadas em um prazo menor que 30 dias. E Imposto de Renda no qual a alíquota varia de acordo com o prazo da aplicação: 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para 721 dias ou mais.

Fortuna (1999) explica a diferença entre CDB e RDB. O CDB é transferível por endosso nominativo desde que respeitado os prazos mínimos. Já o RDB é intransferível e só poderá ser rescindido em caráter excepcional e com o acordo da instituição depositária.

2.10.2.3 Fundos de investimentos

Fortuna (1999) comenta que o segredo dos fundos de renda fixa é justamente a ideia de condomínio “embora os aplicadores tenham o direito de resgatar suas cotas em prazo curto, nem todos o fazem ao mesmo tempo, isto é, sempre fica uma grande soma disponível, que pode ser aplicada em títulos mais rentáveis” (FORTUNA, 1999, p. 279).

Fortuna (1999) classifica os fundos de investimentos a partir da volatilidade, ou seja, a dispersão para baixo ou para cima da rentabilidade diária em relação à média da rentabilidade em certo período conceito este de desvio padrão. Dessa forma classifica-se em:

Quadro 04: Fundo de investimento x Volatilidade

Fundo de Investimento Volatilidade

Curto Prazo Baixíssima com liquidez diária

Renda Fixa Baixa

Renda variável e Fundos de Hedge focados em derivativos com enfoque de proteção

Média

Ações Alta

Renda variável focado em derivativos sob enfoque especulativo

Altíssima volatilidade

Fonte: Fortuna (1999, p. 279).

2.10.2.4 Tesouro direto

De acordo com o Tesouro Nacional (2015) o Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a BMF&F Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet.

Fortuna (1999, p. 54.) explica que o Tesouro Nacional atua como caixa do Governo, captando recursos via emissão primária de títulos, para execução e financiamento das dívidas internas do Governo.

Calil (2012) complementa afirmando que o Tesouro Direto é mais seguro do que a poupança, pois tem garantia integral do governo brasileiro, só não se recebe o investimento.

Silvestre (2010) afirma ser uma ótima opção de investimento a médio e longo prazo, pelo diferencial de rentabilidade que é oferecido pelos títulos federais através do Tesouro Direto.

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