• Nenhum resultado encontrado

A discussão sobre hierarquia e disciplina nas Forças Armadas nos remete ao artigo 142 da Constituição brasileira:

Constituída pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam- se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Leirner (1997) evidencia que a hierarquia55 pode parecer, à primeira vista, uma segmentação escalonada no corpo do Exército que determina as possibilidades e limitações de cada indivíduo, de acordo com sua patente. Mas esta segmentação não é simples, pois ela apresenta “círculos hierárquicos”56 que, segundo o Art. 15, “são o âmbito de convivência entre os militares da mesa categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo”. (Estado- Maior do Exército, EM, 1980, p.8, apud Leirner, 1997, p.74). Por exemplo, o círculo de oficiais superiores reúne em um mesmo grupo majores, tenentes-coronéis e coronéis. Já o círculo de oficiais subalternos reúne primeiros e segundos-tenentes. Assim:

Esses círculos não representam apenas uma predisposição estatutária; eles realmente são incorporados a fundo na conduta militar. Nota-se uma divisão por círculos no ambiente de trabalho, salas, refeitórios, banheiros e, às vezes, como ocorre na ECEME57, andares inteiros vão se restringindo a

55

Hierarquia do Exército: Soldado, Cabo, Terceiro-sargento, Segundo-sargento, Primeiro-sargento, Subtenente, Aspirante-a-oficial, Segundo-tenente, Primeiro-tenente, Capitão, Major, Tenente-coronel, Coronel, General-de- brigada, General-de-divisão, General-de-exército e Marechal (somente em tempo de guerra).

56 Círculos de oficiais – Círculos de oficiais subalternos: segundo-tenente, primeiro-tenente; Círculos de oficiais

intermediários: Capitão; Círculo de oficiais superiores: Major, Tenente-coronel, Coronel; Círculos de oficiais- generais: General-de-brigada, General-de-divisão, General-de-exército, Marechal.

determinadas ocupações, próprias de certas posições, formando cenários distintos. Isso também se vê em formações58, onde as patentes formam blocos separados e organizados conforme suas distinções próprias e em exercícios, nos quais a execução de tarefas ocorre também de formas distintas, o que implica um arranjo espacialmente diferenciado entre elas. (LEIRNER, 1997, p.75-76)

Ainda sobre a hierarquia, segundo Leirner (1997):

Pode-se adiantar que a hierarquia, além de ser um princípio geral, norteia

toda a vida da instituição militar, reunindo, de maneira singular, um

princípio dado na lei e uma conduta a ela associada. Ela é o princípio primeiro de divisão social de tarefas, papéis e status dentro do Exército, determinando as condutas e estruturando as relações de comando- obediência, sistematizando a ação e a elaboração do conhecimento militar e mapeando o modo como as relações de poder devem estruturar-se. Além disso, ela determina o modo pelo qual o conhecimento e as informações são produzidos e circulados no interior da tropa. (LEIRNER, 1997, p.52-53)

Uma de nossas entrevistadas aborda vários aspectos da ascensão hierárquica relativa à mulher, relatando a restrição que existe de forma subjetiva, tendo por base a análise de onde ela pode estar hoje na Marinha do Brasil. Trata-se do plano de carreira delas e da questão da quarta jornada de trabalho, pois, apesar de as Representações da mesma na sociedade ter mudado, ainda persiste a Representação dos papéis domésticos e familiares que cabem à mulher. Essa questão fica bem clara nas palavras de Carvalho (1990):

[...] é a múltipla jornada de trabalho que se configura com nitidez, sendo aceita com resignação daquilo que vem com o peso do “costume cultural”, “da natureza”. O modelo intermitente do trabalho feminino paira sempre sobre suas cabeças, mesmo quando ganham equitativamente a seus maridos. (CARVALHO, 1990, p.124)

Para exemplificar, usamos a fala da Oficial C, quando aborda essa temática:

Se a gente falar do aspecto profissional...a gente vai ver que, é...profissionalmente falando, a estrutura da carreira é igual, né? Exceto que a gente não tem a carreira de combate, que a gente não pode ingressar pela Escola Naval, que a gente não pode chegar até...o...posto de oficial general, oriundas da Escola Naval, hoje a gente pode chegar ao posto de oficial general, porém não oriundas da Escola Naval, o que é diferente, que não é a mesma coisa. Então, embora não estejam abertos todos os acessos para nós, ainda, em termo de carreira, o que está aberto a gente têm as mesmas condições que os homens, profissionalmente falando. [...] Só que... do... do

58 Segundo nota do autor, são Reuniões de Tropa na qual o corpo se dispõe em blocos organizados para a

ponto de vista pessoal é bem diferente, do ponto de vista, do aspecto pessoal é bem diferente. Eu acho que é muito mais é...sacrificante os obstáculos que é..são impostos as mulheres, por conta da terceira e da quarta jornada de trabalho, por conta.., né? De filhos casa, marido... porque a Marinha, [...] é uma instituição voraz, as forças armadas são muito voraz, no sentido de querer sugar mesmo muito de seu tempo, da sua disponibilidade profissional e isso pra mulher, né? é uma dificuldade a mais aí porque você alia isso ao aspecto pessoal que em casa a família também [...].

Sorj (2004) aborda essa questão de forma bem esclarecedora:

[...] as obrigações domésticas impõem limites às oportunidades de trabalho oferecidas às mulheres no mercado de trabalho, cujas atividades se caracterizam por carreiras descontínuas, salários mais baixos e jornadas em tempo parcial. [...] os efeitos que os empregos de menor qualidade reservados às mulheres têm na manutenção de sua identidade doméstica. Bloqueadas nas suas carreiras profissionais e submetidas à pressão das normas sexuais de emprego, muitas mulheres acabaram por priorizar investimentos pessoais na esfera privada. (SORJ, 2004, p.108)

Quando se fala das Representações de papéis, destacam-se aqueles que recaem ainda na figura da mulher, com referência à casa e família, pois homens e mulheres militares estão integralmente à disposição da unidade. Essa relação fica bem demonstrada nas palavras de uma militar, no trabalho de Carvalho (1990, p. 124), “[...] o militar não pode faltar, mas para nós que somos mães, há situações em que somente a mãe resolve; pedimos dispensa, mas somos discriminadas”. Essa citação liga-se à questão abordada na fala da entrevistada Oficial C, quando diz que as Forças Armadas são vorazes, e que sugam muito de seu tempo, da sua disponibilidade profissional. E a pessoa que não tem esse tempo, essa disponibilidade profissional, já é vista negativamente. Também há aquelas que atingem o seu tempo na instituição militar e optam por ir para a reserva, devido aos compromissos que ainda têm com casa, filhos, marido, o que impede a sua ascensão hierárquica. Como bem lembra Leirner (1997), para a hierarquia, o que se apresenta com grande importância é a questão do sistema de classificação. Também podemos usar, para exemplificar a questão trabalhada, a fala da próxima entrevistada:

Não há privilégio. A carreira é transparente; pois o Estatuto Militar regulamenta toda a trajetória dos diversos Quadros e Corpos. Acredito que, no início, por ocasião de nossa chegada, certo temor e curiosidade foram gerados, de ambas as partes. Aceitação pessoal e profissional só poderia ocorrer com real competência e comprometimento com a carreira. Considera-se que, no início, a cada três anos, as mulheres seriam submetidas a uma avaliação rigorosa que levava em conta o conceito dos Comandantes

de cada militar e, após uma análise de perfil, estabelecia-se um corte. Na época, os militares do sexo masculinos, oriundos do meio civil, pertencentes ao Quadro Complementar também passavam por um crivo no terceiro ano de ingresso. Caso obtivesse conceito satisfatório para a Instituição, após o terceiro ano, entraria definitivamente para a vida militar. Esta situação deixou de existir em 1988, por ocasião da promulgação da atual Constituição Federal que definiu os parâmetros e prazos para a estabilidade nas diversas profissões; consequentemente, os militares aprovados no terceiro ano permaneceram definitivamente na vida militar.

Mas a Oficial F também relata que não ter filho nem marido facilita a vida dela pelo fato de ela poder se dedicar ao trabalho, tanto é que o chefe dela fala que ela, nesta posição, realmente, não pode cuidar de ninguém, é ideal que seja ela a assumir esse cargo, pois sempre está disponível, inclusive para assumir coisas de oficiais que têm filhos etc. Assim:

Então, eu não tenho é... assim, dia no dia chegar em casa e dividir coisas com a família, eu não tenho. Então, isso eu acho que facilita a minha vida e facilita muito o fato de eu poder me dedicar muito ao meu trabalho. Eu não saio no horário normal que praticamente todo mundo sai. E como o meu chefe ele não tem o hábito de sair no horário certinho, ele sai mais tarde porque ele tem alguns outros encargos colaterais, eu acabo ficando um pouco mais de tempo no meu trabalho e isso não me cria assim tanta dificuldade. Cria uma, né? Namorado sempre acha ruim que quer fazer alguma coisa e eu nunca chego no horário, E o chefe fala “Poh! Você é (cargo que ocupa) ideal, não tem Marido, não tem filho, não tem que cuidar de ninguém...”. Então, precisando eu estou sempre disponível, o que eu acho que é uma coisa que no fundo, no fundo é.... ajuda em parte, ajuda o chefe, os próprios subordinados, [...] mas no final a minha vida acaba sendo dificultada, mas... eu acho que faz parte.

Outro fator importante em relação à hierarquia para as mulheres está atrelado ao acesso à Escola Naval. Algumas entrevistadas tratam a hierarquia de uma forma simples, como se todas pudessem ter acesso de forma igual, se comparada aos homens, na escala hierárquica. Isso fica evidente na fala da Oficial E.

É...até 97 nós tínhamos o corpo, um quadro só da reserva da Marinha para as mulheres, todas as mulheres entravam por esse quadro. Depois de 97 pra cá elas foram diluídas nos quadros. Então hoje a gente tem pro Corpo de engenheiros, Corpo de intendente, Corpo de Saúde, Corpo de Apoio, né? Praças. Então, nós conseguimos separar os quadros e entrar na mesma proporção em todos os outros. O único ainda que não tem é o Capelão, porque não tem mulher nessa área e a Escola Naval, oficiais da Armada, Fuzileiros, temos fuzileiras, né? Mulheres que atuam na Banda de Fuzileiros Navais, mas não temos ainda na Armada.

Já a Oficial D, apesar de tocar na questão da restrição do plano de carreira dos Corpos e Quadros da Marinha, afirma que não existe nenhuma restrição que se possa apontar por ser mulher. Assim:

As mulheres simplesmente a ascensão delas é restrita a, a... ao corpo de Saúde e o Corpo de engenheiros Navais. Mas como a liderança da Marinha são os, os que vêm da escola Naval, que é o da armada, Fuzileiros e Intendência, né? E... essas duas elas não vão assumir, como muitos homens não assumem. Então, eu acho que hoje em dia não tem nenhuma restrição que se possa falar por ser mulher não. A mulher que quer pode ir até Almirante, as novas que estão entrando, isso é válido totalmente.

A Oficial J nos dá indícios de mudanças, quando diz que “houve muita mudança ao longo dos anos. Me parece que hoje não há tanta diferença. apenas há diferença entre os demais quadros e os militares formados pela Escola Naval.”

Temos a visão daquelas que não consideram que existe diferença.

Fiquei pouco tempo na Marinha, saí mais porque não me adaptei ao militarismo. Mas no final não vi muita diferença em trabalhar fora da Marinha. Sempre existe a hierarquia no emprego. A mulher tem que lutar um pouco mais para se sobressair em qualquer emprego. Tem que mostrar mais serviço.

Tanto é que, quando abordada a questão sobre a diferença de tratamento pelo fato de ser mulher, a Oficial E reduziu a questão atrelando-a ao posto que a mulher ocupa na escala hierárquica.

É normal, é continência pra quem eu devo essa honra, sendo os mais antigos e cobrando a minha de quem tem que me dá, o mais moderno. A gente não vê muito, né? Tá tanto tempo na casa que não vê muito. Se passar um, uma pessoa com a patente maior que a minha, independente de ser mulher ou não, eu tenho que dá a vez pra ele. A gente tem isso no elevador, na escada, a gente não olha homem, mulher. A gente olha a patente. É esse o que diferencia a gente no trâmite diário, quem tem que abrir a porta, quem tem que fechar a porta, quem tem que sair na frente, quem tem que dar o lugar,...A gente já acostumou assim. Tem muito anos nessa rotina, né? Então, não tem mais esse problema.

Recentemente, no ano de 2012, tivemos a Ascenção da primeira mulher ao posto de generalato nas Forças Armadas Brasileira, Dalva Maria Carvalho Mendes, como Contra- Almirante. Entrou na primeira turma na área médica, uma das áreas que o estatuto da Marinha prevê para a ascensão até o posto de generalato. É importante mencionar esse fato, pois as entrevistas que efetuamos antes da promoção da Almirante Dalva Mendes não a mencionam.

As entrevistas feitas pós a referida promoção destacam muito o exemplo desta mulher pioneira, como veremos a seguir. A hierarquia é tão importante dentro da instituição que, quando o tema é a atuação da mulher dentro da instituição, a Oficial I aponta que “Acho que é boa, já que continuam entrando. Temos até uma Almirante. Acredito que sempre hão de cortar as asas das mais ascendentes”

Na visão da Oficial J, que faz menção à entrada da primeira oficial general, este fato garante a oportunidade de mostrar que elas são tão boas ou melhores:

As mulheres acharam o seu espaço. Hoje temos, no Brasil, a primeira oficial general (uma médica contra-almirante) e isto é o primeiro passo para garantirmos a nossa oportunidade de mostrarmos ao mundo que podemos ser tão boas ou melhores que eles.

A Oficial E aborda a questão da oficial general, e a presença de uma mulher neste patamar demonstra, para a entrevistada, que elas estão participando dos resultados da atuação da mulher no começo dos altos escalões de decisões da instituição:

É...agora nós temos com...chegou a uma certa patente. Agora nós temos uma oficial general, uma contra-Almirante feminino, agora nós estamos participando de algumas decisões, a gente não tá atuando nos resultados, agora a gente tá interferindo rotas, né? Linhas de ações já estão sendo tomadas por mulheres, por pesquisas, por estudo..., a gente teve uma oficial médica que se formou em aviação pra saber como ela ia gerenciar uma doença que acontece lá em cima, não sei quanto de altitude, não sei quanto de pressão. Então, a gente tá resolvendo alguns problemas que nós partimos pra isso, pra conhecer melhor esse ambiente, pra gerenciar melhor essas falhas esses problemas, e como a gente agora tem uma patente alta, Mar-e- Guerras, né? Oficiais generais, em linhas decisórias, em atuações, a gente tá interferindo mais nessa área, mais isso é só o tempo, chegando aos 30 anos... Como diária Leirner (1997), a “hierarquia é o meio e a disciplina é o fim”. Uma das entrevistadas diz sobre essa relação entre hierarquia e disciplina: “instrutores homens e mulheres se esmeraram em formar uma turma de mulheres disciplinadas, no nosso caso só houve mulheres no curso de formação”.

Quando falamos na superação das dificuldades encontradas pelas mulheres e na conquista de um novo campo que estavam adentrando, estas precisavam ser feitas de uma maneira que respeite a hierarquia e a disciplina.

Inicialmente a maior dificuldade encontrada foi relativa ao padrão de conduta estabelecido pela Marinha; pois havia uma preocupação em projetar uma imagem positiva do novo Quadro perante a sociedade civil e para os

companheiros de Arma. No meu entender, precisávamos ser inserida em um novo grupo para somar positivamente e, aos poucos, ocupar o espaço que nos foi reservado com dignidade, respeito e competência profissional. Precisávamos conquistar um novo campo de trabalho de maneira prevista em regulamento, ou seja, respeitando a hierarquia, a disciplina. (OFICIAL H)

Sobre a camaradagem entre superiores e subordinados, os relatos informam que não há problemas, e trata-se mesmo de uma das facilidades que se encontram na instituição. Segundo Celso Castro (2004), desde o início da formação dos militares, são criadas situações que estimulam o desenvolvimento do companheirismo entre eles. Este também é estimulado porque os militares compartilham símbolos, objetos, gírias e preocupações comuns, que possibilitam uma facilidade de comunicação raramente encontrada em outros lugares. Mas isso não quer dizer que todos sejam amigos. Utilizando as palavras de Castro (2004, p.40), “[...] os amigos são poucos e os companheiros são muitos. A relação de amizade estabelece-se por opção, por escolha, enquanto a de companheirismo é compulsória”. Assim, temos:

E facilidades eu acho que o ambiente de trabalho, pelo menos nos lugares onde eu trabalhei, sempre foram muito bons, em termos de camaradagem, né? Eu sempre tive um acesso muito facilitado aos meus chefes, os meus chefes sempre foram pessoas assim, que sempre se mostram dispostos a ajudar, então, isso acaba deixando você mais segura pra você trabalhar porque você sabe se você tiver alguma dificuldade você pode recorrer ao seu chefe. Então, eu acho que [...] a facilidade eu acho que o ambiente de trabalho, a camaradagem entre os membros, né? (OFICIAL F)

Na discussão sobre o companheirismo, temos como exemplo a fala da Oficial A:

[...] mas existe hoje em dia umaaaa... um companheirismo uma cumplicidade que foi se criando ao longo dos anos, e o fato, outra, uma das razões de colocarem mulheres nas áreas de ensino, foram os primeiros lugares que nós fomos, se vê a inteligência da Marinha, que aquela garotada que tava se formando já estaria se formando sob uma Nova ordem. Na época eu não pensei nisso, só fiquei danada da vida, tão me colocando de, de...quando cheguei em casa falei “Papai, tão me colocando de, de...” como é que chama é...”Eu sou uma experiência, sou um experimento”. Papai “Era um experimento. Se tem que ser” Na época papai tava na ativa. “Você Tá, as pessoas não vão olhar você (nome da entrevistada), são as mulheres na Marinha.” Entendeu? E eu mais tarde, mais velha, eu fui ver as primeiras turmas [...], nós fomos para as áreas de ensino. Tá vendo? Eram escolas de aprendizes, Colégio Naval, no ano seguinte a...o meu já tinha a (nome) que era da minha turma dando aula de química para aspirante. Entendeu? A Marinha foi muito inteligente, áreas de serviço de seleção, as psicólogas, melhorar a entrada do pessoal, botar técnicos realmente, então acho que as autoridades naquela época foram muito safas, entendeu? Em fazer entrando devagarzinho em áreas que mudaríamos a mentalidade.