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Histórico e Ambiente Externo das Unidades de Atenção Básica

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 25 1.1 Objetivo e Desenvolvimento da Pesquisa

5 OS ESTUDOS DE CASOS MÚLTIPLOS

5.1 Histórico e Ambiente Externo das Unidades de Atenção Básica

A implantação de uma rede básica de saúde, conforme mencionado anteriormente faz parte do programa de descentralização dos serviços na saúde. No município de Ribeirão Preto, tal descentralização ocorreu na metade da década de 1980, com a assinatura do convênio das AIS, em 1983. Até 1983, as unidades de saúde, vinculadas à esfera pública municipal, recebiam a denominação de Postos de Atendimento Médico, funcionando na periferia da cidade, sem apresentar uma estrutura física adequada ao atendimento e sem equipamentos ou recursos humanos, em relação às demandas reais (ou potenciais) da população (MISHIMA, 1995).

As atividades desenvolvidas restringiam-se às consultas médicas eventuais, ou seja, ao atendimento de urgências e queixas, não havendo o seguimento rotineiro das pessoas atendidas. As unidades de saúde não contavam com o serviço de imunização, não tinham apoio para exames complementares em geral e não desenvolviam ações ligadas à Vigilância Epidemiológica. A equipe para atendimento restringia-se a um ou dois médicos por período

que, independente de sua especialidade, atendiam a demanda para aquela área, e de um a dois atendentes de enfermagem (MISHIMA, 1995).

A coordenação entre as unidades era realizada por um atendente que era encarregado por solicitar material, encaminhar relatórios de produtividade, mapas de freqüência dos trabalhadores e pela manutenção dos prédios. Não havia, portanto, instância gerencial nos atendimentos básicos, sendo que, no nível central, existiam poucos sanitaristas responsáveis pela gestão da rede municipal de saúde (MISHIMA, 1995).

O município de Ribeirão Preto possui a fundamentação dos termos (citados durante o capítulo 2) em suas unidades básicas de saúde, ou seja, possui uma gestão plena do sistema de saúde. Ribeirão Preto tem como responsabilidade estadual apenas o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP (HC) e o Hospital Psiquiátrico de Ribeirão Preto (MISHIMA, 2003).

A proposta dos Distritos Sanitários, promulgada em 1989, implicou no dimensionamento do município em grandes áreas de abrangência geográfica, onde se teria instalada uma unidade denominada Unidade Básica e Distrital de Saúde (UBDS), a qual seria responsável pelo atendimento básico para a população de acordo com a localização e referência nas especialidades de alta demanda ambulatorial para todo o seu Distrito.

Com o crescimento do município, houve a necessidade de melhoria no acesso da população aos serviços de saúde. Organizou-se o atendimento em 05 regiões, denominadas Distritos de Saúde. Tais distritos estão localizados nas Regiões: Norte - Distrito do Simioni, Sul - Distrito de Vila Virgínia, Leste - Distrito de Castelo Branco, Oeste - Distrito de Sumarezinho e Região Central - Distrito Central, conforme figura 12:

Figura 12. Mapa Distrital de Saúd Fonte: Secretaria Municipal de Sa Os Distritos de Saúde sã partir de aspectos geográficos, eco outros equipamentos sociais. A munícipes um atendimento básic residência, para tornar o atend (PREFEITURA MUNICIPAL DE Segundo o secretário m Franco, a divisão das unidades em políticas de qualidade. Estas pol distrito de saúde e são discutidas saúde7 que devem refletir o que necessitam de melhorias de qual discutida pelo colegiado que tem

7 Conselho formado por representantes d

úde de Ribeirão Preto Saúde (2005, p. 34)

são regiões com extensões territoriais e popula econômicos e sociais, que agrupam várias Unid A distribuição das Unidades em Distritos vi ásico e de pronto atendimento em urgências,

endimento especializado de algumas UBS DE RIBEIRÃO PRETO, 2008a)

municipal de saúde de Ribeirão Preto, Sr. em distritais é importante para o processo de olíticas são estabelecidas de acordo com as n as no colegiado. Neste colegiado participam os que a comunidade de cada unidade tem com ualidade. Ele afirma que a política não é “defi tem a função de analisar as realidades do dist

s de usuários; da Secretaria Municipal de Saúde e das un

ulações definidas a dades de Saúde e visa oferecer aos , próximo à sua S mais acessível r. Oswaldo Cruz de saúde e para as s necessidades do os conselheiros de omo prioridades e efinida”, mas sim istrito de saúde e

implantar melhorias. Entretanto, o entrevistado relata que é preciso ter um programa de educação permanente e inclusive afirma que há verba destinada para isto. Este programa tem como objetivo oferecer para os conselheiros, na área de gestão, para que as discussões sejam mais adequadas para políticas de qualidades das unidades básicas e distritais de saúde.

De acordo com dados municipais, cada Distrito de Saúde possui uma Unidade Básica e Distrital de Saúde (UBDS). Além do atendimento básico para sua área de abrangência, tem referência de algumas especialidades para todo o distrito. Cada Distrito é composto por várias Unidades Básicas de Saúde (UBS) que tem como finalidade prestar atendimento básico nas áreas médicas, odontológicas e de enfermagem, para a população regional, de acordo com área geográfica.

Assim, todas as unidades possuem uma retaguarda de laboratório clínico, ultrassonografia, radiologia simples e eletrocardiografia. Nas distritais e ambulatórios de especialidades também são realizados exames mais sofisticados através dos serviços contratados e /ou conveniados.

Para o ano de 2008, a rede básica contava com vinte e cinco Unidades Básicas de Saúde, sendo cinco Unidades Básicas e Distritais de Saúde, uma Unidade Básica de Saúde da Família e cinco núcleos de Saúde da Família (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO, 2008a).

Os aspectos teórico-conceituais, referentes à lógica assistencial (originada pela Estratégia Saúde da Família) tiveram sua primeira convenção a partir de fevereiro de 1999. Contando com os recursos humanos e materiais disponibilizados pelo Centro de Saúde Escola, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, instalou-se o primeiro Núcleo de Saúde da Família.

Em 2000 estruturou-se o Núcleo de Saúde da Família II, também com recursos providos pelo CSE, contando com parte do quadro de profissionais e do espaço físico da

unidade da Vila Tibério. No ano seguinte, com o apoio das Secretarias Municipal e Estadual da Saúde, viabilizou-se o projeto que previa a instalação de cinco unidades do PSF, adotando os moldes do Mistério quanto à composição das equipes (CACCIA-BAVA et al., 2004).

Ainda de acordo com os autores acima, em 2000, os Núcleos III, IV e V cobriam praticamente toda a área básica do bairro Sumarezinho. Em outubro de 2001, a pedido do gestor municipal, estes núcleos foram habilitados oficialmente pelo Ministério da Saúde como as primeiras unidades do PSF.

Em 2002, a Secretaria Municipal de Saúde amplia a estratégia para mais 9 equipes de Saúde da Família, com trabalhadores da própria rede municipal, sendo 7 delas inseridas em unidades básicas de saúde e 2 equipes em uma nova e pequena unidade ( uma Base de Apoio Comunitário) (RIBEIRÃO PRETO, 2003).

Dessa forma, até 2003, Ribeirão Preto contava com um total de 14 equipes de Saúde da Família – 5 ligadas à Universidade e 9 de responsabilidade exclusiva do município. Segundo dados da Secretaria Municipal de saúde, são 21 equipes que, em conjunto com os agentes comunitários de saúde (que fazem parte do Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS), tem um total de 303 agentes e conseguem cobrir 20,37% da população.

As equipes de Saúde da Família se distribuem conforme quadro 7. Pode ser observado pelo quadro que o CSE possui um maior número de equipes de saúde da família. Isto se dá em virtude da territorialidade da instituição, onde há um grande número de bairros atendidos, conseqüentemente maior número de famílias.

Unidade de Saúde Número de equipes existentes

Núcleo de saúde da Família 1 (CSE Sumarezinho) 1 equipe Núcleo de Saúde da Família 2 (CSE Sumarezinho) 1 equipe Núcleo de Saúde da Família 3 (CSE Sumarezinho) 1 equipe Núcleo de Saúde da Família 4 (CSE Sumarezinho) 1 equipe Núcleo de Saúde da Família do Jd Heitor Rigon 2 equipes

CSE Vila Tibério 1 equipe

UBS Jardim Zara 3 equipes

USF Ribeirão Verde 4 equipes

UBS Marincek 2 equipes

UBS Presidente Dutra 2 equipes

UBS Vila Recreio 3 equipes

UBS Maria Casagrande 2 equipes

Total 21 equipes

Quadro 7. Distribuição das Equipes da Saúde da Família Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (nov. de 2008).

Assim, os serviços de Atenção Básica à saúde, no município de Ribeirão Preto, se encontram distribuídos sob diversos arranjos organizacionais, divididos em módulos, conforme a seguinte composição:

Módulo I: Unidades só com o Programa Saúde da Família