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4 OBJETIVOS, MÉTODOS E MATERIAIS

4.4 Identificação dos Perigos e Riscos

Após a identificação do processo produtivo na pedreira também foram identificados os subprocessos que compõe os trabalhos executados no local de estudo. Essa separação e análise facilita a identificação e a perceção dos perigos relacionados no processo produtivo evidenciando todos os aspetos importantes na avaliação (Castelo Branco, 2018) Os processos de produção e os subprocessos identificados na avaliação foram:

 Desmonte (Processo)

o Preparação para o início do processo de perfuração; o Posicionamento do carro de perfuração;

o Emboquilhamento; o Perfuração;

o Transporte de explosivos;

o Escorvamento do furo/Carregamento; o Rebentamento;

o Transporte a frente do desmonte;

 Transporte (Processo) o Vias de circulação;

o Carregamento de material;

o Transporte entre o desmonte e a central de britagem;

 Central de Britagem (Processo) o Descarga da Tolva; o Britador primário;

o Transporte de material através dos tapetes transportadores; o Britador secundário;

o Crivagem;

 Expedição de material (processo)

o Carregamento de material para expedição.

O processo de desmatagem não foi considerado nesse estudo de identificação dos riscos, uma vez que a área de trabalho na pedreira já havido sido desmatada, não havendo a possibilidade de uma validação de risco nesse processo.

Após a identificação de todo processo e subprocesso foram identificados 50 perigos que se desdobrados em diversos riscos. Após essa análise, a identificação do fator desencadeador é de suma importância para consequentemente a identificação dos riscos associados a atividade. Aspetos relacionados ao número de trabalhadores expostos, frequência de exposição ao perigo, equipamentos/máquinas utilizadas, utilização ou não de equipamentos de proteção individuais e se medidas de prevenção e controlo implementadas, foram utilizadas e sinalizadas para a montagem da matriz de risco que se encontram no apêndice I.

Uma profunda pesquisa de campo, conhecimento de todas as etapas de produção, funcionamento de todas as máquinas e equipamentos utilizados, incluindo as funções de cada trabalhador

envolvido na atividade é necessário para identificar possíveis fontes de dano que geram risco de acidentes de acordo com dinâmica da indústria extrativa (Castelo Branco, 2018).

Devido ao elevado número de riscos identificados nessa dissertação, dos 50 riscos avaliados optou- se em selecionar 11 riscos referente a cada processo de produção (Desmonte, carga e transporte, central de britagem e expedição de material) para discussão e análise, contudo a lista completa de todos os riscos e a avaliação dos riscos de acordo com cada método encontra – se no apêndice I. A tabela foi contruída com as informações consideradas importantes para uma correta avaliação, contendo seu processo de produção, subprocesso, identificação do perigo, evento desencadeador, uma imagem da atividade analisada, número de trabalhadores expostos, frequência de exposição e informações sobre as medidas de prevenção e controlo implementadas e finalmente os riscos associados bem como a provável consequência caso ocorra um acidente.

Para evidenciar assim os riscos selecionados para uma análise, segue a descrição e observações de cada risco de acordo com seu processo produtivo.

DESMONTE

Risco nº 2 – Soterramento/ Desmoronamento – Estado do Talude que pode apresentar instabilidade (pedras soltas após vários processos de detonação) e que pode atingir trabalhadores que estão no local de trabalho ou de passagem pelo local conforme figura 24.

 Geralmente desempenhada por 2 trabalhadores;  Executado várias vezes ao dia de forma não contínua;

 Não foi evidenciado nenhum sistema de Controlo e Prevenção.

Figura 24 - Soterramento/ Desmoronamento.

Risco nº 7 - Esmagamento - Início do processo e ajuste do furo para a perfuração com trabalhadores próximos para o monitoramento e controlo do processo conforme figura 25.

 Geralmente desempenhada por 1 trabalhador;  Ocorre de 1 a 2 vezes por semana;

 Um sistema de gestão e prevenção está implementado, mas não foi evidênciado a sua funcionalidade.

Figura 25 - Risco nº 2 - Esmagamento.

Risco nº 11 – Detonação incontrolada - Carregamento/ Utilização / Manuseio de explosivos para a colocação nos furos conforme figura 26.

 Geralmente desempenhada por 4 trabalhadores;  Ocorre de 1 a 2 vezes por semana;

 Um sistema de gestão e prevenção está implementado, mas não foi evidênciado a sua funcionalidade.

Figura 26 - Risco nº 3 – Detonação incontrolada.

CARGA E TRANSPORTE

Risco nº 19 – Queda de Material - Excesso de material no balde da escavadora giratória que pode ocasionar queda de material na cabine do motorista conforme figura 27.

 Geralmente desempenhada por 2 trabalhadores;  Executado várias vezes ao dia de forma não contínua;

Figura 27 - Risco nª 4 – Queda de Material.

Risco nº 22 – Atropelamento - Circulação de trabalhadores e equipamentos em simultâneo conforme figura 28.

 Geralmente desempenhada por 1 trabalhador;

 Executado várias vezes ao dia várias de forma não contínua;  Não foi evidenciado nenhum sistema de Controlo e Prevenção.

Figura 28 - Risco nª 5 – Atropelamento.

Risco nº 25 – Colisão/Impacto - Aproximação da escavadora giratória com o dumper/camião ao efetuar o carregamento de material conforme figura 29.

 Geralmente desempenhada por 2 trabalhadores;  Executado várias vezes ao dia de forma não contínua;

Figura 29 - Risco nº 6 – Colisão/Impacto.

CENTRAL DE BRITAGEM

Risco nº 28 –Projeção de rocha/ partículas - Presença de trabalhadores próximo a operação de descarga de material na tolva com risco de projeção de particulas/rochas conforme figura 30.

 Geralmente desempenhada por 1 trabalhador;  Executado várias vezes aoem tempos curtos;

 Não foi evidenciado nenhum sistema de Controlo e Prevenção.

Figura 30 - Risco nº 7 – Projeção de rocha/ partículas.

Risco nº 31 – Queda na Tolva - Operação de manutenção e desencravamento da tolva. Ocorre de forma diária devido ao tamanho das rochas conforme figura 31.

 Geralmente desempenhada por 1 trabalhador;  Ocorre de 1 a 2 vezes por semana;

Figura 31 - Risco nª 8 – Queda na Tolva.

Risco nº 43 – Esmagamento - Correias e engrenagens da central de britagem expostas sem suas devidas proteções / Corredor e acessos livres sem a devida sinalização conforme figura 32.

 Geralmente desempenhada por 1 trabalhador;

 Executado várias vezes ao dia de forma não contínua;

 Não foi evidenciado nenhum sistema de Controlo e Prevenção.

Figura 32 - Risco nª 9 – Esmagamento.

EXPEDIÇÃO DE MATERIAL

Risco nº 49 - Colisão/Impacto - Carregamento do material final para expedição conforme figura 33.

 Geralmente desempenhada por 2 trabalhadores;  Executado várias vezes ao dia de forma não contínua;

 Um sistema de gestão e prevenção está implementado, mas não foi evidênciado a sua funcionalidade.

Figura 33 - Risco nª 10 - Colisão/Impacto.

Risco nº 50 – Rebentamento dos pneus - Camião com excesso de material que será expedido conforme figura 34.

 Geralmente desempenhada por 1 trabalhador;

 Executado várias vezes ao dia de forma não contínua;

 Um sistema de gestão e prevenção está implementado, mas não foi evidênciado a sua funcionalidade.

Santos, Taynara 43