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4.1 O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte: as

4.1.1 IFRN: nova institucionalidade para uma escola centenária

De acordo com a Lei 11.892, que criou os Institutos Federais, estes são instituições que aglutinam a oferta de educação superior, básica e profissional, com estrutura “[...] pluricurriculares e multicampi especializados na oferta de Educação Profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas [...]” (BRASIL, 2008). Isso significa uma ampla atuação que permeia diferentes níveis de ensino, além da capilaridade que alcança ante o processo de expansão ao qual nos referimos. Outro dado relevante consiste em que, por força da Lei, passam a ser instituições acreditadoras e certificadoras de conhecimento, tendo autonomia para criar e extinguir cursos. Tornam-se, de fato, instituições de educação organizadas e estruturadas de forma singular.

Destacamos também que, em documento da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, que trata das concepções e diretrizes dos Institutos Federais, a concepção de Educação Profissional norteadora para essas instituições é assim apresentada:

[...] a concepção de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) orienta os processos de formação com base nas premissas da integração e da articulação entre ciência, tecnologia, cultura e conhecimentos específicos e do desenvolvimento da capacidade de investigação científica como dimensões essenciais à manutenção da autonomia e dos saberes necessários ao permanente exercício da laboralidade, que se traduzem nas ações de ensino, pesquisa e extensão (BRASIL, 2008b, p. 9).

Essa concepção já fazia parte de um documento oficial que antecedeu a Lei de criação dos IFs, configurando-se como emancipatória e imbuída do caráter de formação humana. Integra, portanto, diferentes aspectos da vida do homem em sociedade, articulando trabalho e educação, ao mesmo tempo que reconhece a necessidade de inserção no mundo do trabalho, como também acena a inserção amparada no conhecimento articulado e em práticas integrativas (ensino, pesquisa e extensão).

Em trabalho que trata especificamente dos fundamentos político-pedagógicos dos Institutos Federais, Pacheco (2015, p. 14) afirma que “o que se propõe é uma formação contextualizada, banhada de conhecimentos, de princípios e de valores que potencializam a ação humana na busca de caminhos de vida mais dignos”. Considera, ainda, “[...] uma formação profissional mais abrangente e flexível, com menos ênfase na formação para ofícios e mais na compreensão do mundo do trabalho e em uma participação qualitativamente superior nele”. No entanto, Pacheco (2015) também alerta para a necessidade de promoção de processos

formativos para os docentes dessas instituições que atendam uma formação política voltada para as peculiaridades do projeto político-pedagógico dos Institutos Federais. Segundo o autor, “sem isso, é muito difícil que esse projeto sobreviva, pois ele está intrinsecamente vinculado a um projeto de sociedade e a uma visão política da EPT” (PACHECO, 2015, p. 38).

Em relação aos objetivos traçados na Lei para os IFs e em consonância com o objeto de estudo desta pesquisa, está o de ministrar, em nível de educação superior, “cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na

formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática,

e para a educação profissional” (BRASIL, 2008, grifos nossos). O destaque na própria Lei de

criação dos IFs para a oferta de cursos de formação pedagógica é um importante indício do foco na formação dos professores da modalidade, considerada no âmago da Lei.

Foi dentro dessa nova realidade institucional que, em 2009, os campi da Fase II, iniciada dois anos antes, foram inaugurados. Nessa segunda etapa, o objetivo era implantar uma “escola técnica em cada cidade-polo do País”, observada também uma planificação geográfica de distribuição territorial equilibrada entre as unidades, visando à redução de distância de deslocamento para os estudantes das regiões atendidas. Assistimos, assim, à inauguração dos campi Apodi, Caicó, João Câmara, Macau, Natal-Cidade Alta, Santa Cruz, Pau dos Ferros, Nova Cruz, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante. Paralelamente ao plano de expansão, o Instituto investiu também na criação do Campus de Educação a Distância, que funciona nas instalações do Campus Natal-Central.

Com o lançamento da Fase III da expansão, já no governo Dilma Rousseff, além dos critérios observados nas fases anteriores, para a definição dos municípios a serem contemplados com novas escolas, também foram levados em consideração parâmetros vinculados a indicadores sociais de desenvolvimento humano e pobreza. O estado foi beneficiado, então, a partir de 2013, com mais cinco campi: Ceará-Mirim, Canguaretama, São Paulo do Potengi, Lajes e Parelhas (ESTEVÃO, 2016, p. 27).

A referência faz parte do relato do Professor Francisco das Chagas de Mariz Fernandes, assessor de suporte organizacional do IFRN, constante no livro organizado por Marília Estevão, o qual apresenta um panorama geral sobre o IFRN após dez anos do início do processo de expansão e de interiorização (2005-2015). Atualmente, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte é formado por: uma Reitoria, localizada em Natal; dois campi mais antigos – Natal Central e Mossoró –; dezesseis campi frutos do processo de expansão – Apodi, Caicó, Canguaretama, Ceará-Mirim, Currais Novos, Ipanguaçu, João Câmara, Macau, Natal-Cidade Alta, Natal-Zona Norte, Nova Cruz, Parnamirim, Pau dos Ferros, Santa Cruz, São Gonçalo do Amarante e São Paulo do Potengi; três campi avançados –

Lajes, Parelhas e Jucurutu56 –; e um Campus de Educação a Distância, que atualmente é denominado de Campus Avançado Natal – Zona Leste, conforme Portaria n. 1438/2018, do MEC. Assim, o IFRN totaliza 22 campi, distribuídos em 17 municípios (IFRN, 2018). Segue figura que representa a referida distribuição:

56 O Campus Avançado de Jucurutu ainda não está em funcionamento, mas apenas em fase de construção, portanto,

não será considerado para efeito da análise dos dados. Contudo, achamos relevante informar a autorização de um novo campus por parte do MEC, numa conjuntura em que se defende a contenção dos gastos públicos.

Figura 1 – Distribuição dos campi do IFRN no Estado do Rio Grande do Norte

Fonte: Relatório de Gestão 2018 (IFRN, 2018, p. 12).

Conforme verificamos na Figura 1, atualmente, o IFRN abrange todas as mesorregiões do Estado e, de acordo com o relato do Prof. Mariz (ESTEVÃO, 2016), apenas 5 das 19 microrregiões do Rio Grande do Norte não foram contempladas com unidades do Instituto (IFRN, 2016). Porém, ressaltamos que os campi não atendem apenas aos municípios onde estão localizados, mas a todo o seu entorno.

Outro dado importante sobre a Lei de criação dos IFs é que, ao tratar das finalidades e características das instituições, define no Inciso IV do Art. 6º, como orientação, que a oferta formativa ocorra “[...] em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal”

(BRASIL, 2008). Mais uma vez, recorremos ao relato do Prof. Mariz para compreender melhor como essa orientação foi trabalhada no IFRN:

De forma geral, a definição preliminar da atuação acadêmica de cada campus em implantação foi precedida do estudo das vocações econômicas e sociais da respectiva região, considerados os arranjos produtivos locais, a economia e os indicadores sociais das cidades beneficiadas, os planos de investimentos governamentais e privados na área e a matriz de oferta educacional existente na região.

Com apoio nesses dados e respaldo no projeto político-pedagógico institucional, o IFRN, juntamente com as prefeituras e órgãos regionais da educação, realizou audiências públicas para ouvir representantes de cada comunidade. Nesses encontros, buscou-se um consenso sobre os cursos a serem inicialmente ofertados e a escolha do principal e estratégico eixo tecnológico vinculado à dinâmica acadêmica dos respectivos campi (ESTEVÃO, 2016, p. 27).

Na sequência do relato, o Professor Mariz esclarece que o único Campus a ter sua área de atuação definida por metodologia diferente foi o de Currais Novos, pois recebera do Governo do Estado a doação de um centro para pesquisa sobre tecnologias do queijo, direcionando a produção de alimentos como um dos focos para essa área tecnológica.

O Plano de Desenvolvimento Institucional (2014-2018), revisado em 2015 e aprovado pela Resolução de n. 17/2016 do CONSUP, apresenta um quadro no qual constam os arranjos produtivos sociais e culturais locais que subsidiam a definição das áreas de atuação em cada

Campus. Os arranjos foram identificados por meio de macroindicadores socioeconômicos,

conforme é demonstrado a seguir.

Quadro 6 – Municípios atendidos pelo IFRN e os arranjos produtivos sociais e culturais locais

Mesorregião Microrregião Município/Campus Arranjos produtivos sociais e culturais locais

Agreste Potiguar

Baixa Verde João Câmara Cajucultura, agricultura, pecuária, apicultura e comércio Borborema

Potiguar

Santa Cruz Confecções e

ovinocaprinocultura Agreste

Potiguar

Nova Cruz Agropecuária, indústria e serviços

São Paulo do Potengi Agropecuária, comércio e extrativismo Central Potiguar Seridó Ocidental

Caicó Confecções, bordados, laticínios e pecuária

Seridó Oriental Currais Novos Minério, laticínios e alimentos Macau Macau Sal marinho, carcinicultura,

pesca e petróleo Leste Potiguar Natal Natal (Campus –

Natal Central)

Indústria, serviços e comércio

Natal (Campus – Cidade Alta)

Cultura, hospitalidade e serviços

Natal (Campus – Zona Norte)

Indústria, serviços e comércio Região

Metropolitana de Natal

Parnamirim Comércio, turismo, indústria e artesanato

São Gonçalo do Amarante

Agropecuária, pesca, comércio, indústria e apicultura Macaíba Ceará-Mirim Agropecuária, comércio,

extrativismo, indústria e pesca Litoral Sul Canguaretama Carcinicultura, comércio,

agricultura, turismo e serviços Oeste Potiguar Chapada do

Apodi

Apodi Apicultura, ovinocaprinocultura e cerâmica

Vale do Açu Ipanguaçu Apicultura, agricultura, pecuária, cerâmica e fruticultura Mossoró Mossoró Petróleo e gás natural, sal,

Pau dos Ferros Pau dos Ferros Caprinocultura, pecuária, comércio e serviços

Todas ---- Vários (Campus de

Educação a Distância)

Áreas diversificadas

Fonte: Extraído do Plano de Desenvolvimento Institucional 2014-2018 (IFRN, 2016, p. 27).

Somente a título de exemplo, o Campus Ipanguaçu, localizado na microrregião do Vale do Açu, cujos arranjos produtivos sociais e culturais locais de destaque são agricultura, apicultura, pecuária, fruticultura e cerâmica, oferta os Cursos Técnicos Integrados de Informática, Agroecologia e Meio Ambiente; Curso Técnico Integrado de Agroecologia na modalidade de Educação de Jovens e Adultos; Cursos Técnicos Subsequentes em Meio Ambiente e Manutenção e Suporte em Informática; Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia; e as Licenciaturas em Química e Informática.

O quadro não considerou os Campi Avançados de Parelhas e de Lajes, pois o documento do qual o extraímos precede o funcionamento destes. Por essa razão, vamos abordar alguns dados sobre esses Campi. O Campus Avançado de Lajes está localizado no município de Lajes, na mesorregião Central Potiguar e na microrregião de Angicos. No aspecto econômico, predominam o comércio e a prestação de serviços, mas também o cultivo de milho e feijão, a produção de mel de abelha e a criação de animais (ovelhas, cabras e bois). O Campus Avançado de Parelhas está localizado no município de mesmo nome, também na mesorregião Central Potiguar, porém na microrregião do Seridó Oriental. O município destaca-se pela produção de cerâmica (telhas), mas no campo apresenta variados cultivos, sendo os mais comuns: banana, batata-doce, castanha de caju, coco-da-baía, feijão, goiaba, laranja, limão, mamão, manga e tomate. A criação de animais também é realizada em Parelhas, com destaque para bois, cabras e ovelhas (ESTEVÃO, 2016).

Conforme os documentos institucionais, os dados contribuíram para a definição dos cursos a serem ofertados em cada unidade do IFRN. Segue quadro síntese dessa oferta, considerando todos os Campi do IFRN:

Quadro 7 – Síntese das ofertas de cursos do IFRN

Modalidade Cursos Quantitativo

Integrados Administração, Agricultura, Agroecologia, Agropecuária, Alimentos, Apicultura, Biocombustíveis, Comércio, Controle Ambiental, Cooperativismo, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Eletromecânica, Equipamentos biomédicos, Eventos, Geologia, Informática, Informática para internet, Jogos digitais, Lazer, Logística, Manutenção e Suporte em Informática, Mecânica, Mecatrônica, Meio Ambiente, Mineração, Multimídia, Química, Recursos Pesqueiros, Refrigeração e Climatização, Têxtil, Vestuário, Zootecnia.

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Subsequentes Administração, Agropecuária, Alimentos, Apicultura, Biocombustíveis, Comércio, Controle Ambiental, Cooperativismo, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Equipamentos biomédicos, Estradas, Eventos, Geologia, Guia de Turismo, Guia de Turismo (EaD), Informática, Informática para internet (EaD), Logística, Manutenção e Suporte em Informática, Mecânica, Mecatrônica, Meio Ambiente, Mineração, Petróleo e Gás, Química, Recursos Pesqueiros, Redes de Computadores, Refrigeração e Climatização, Saneamento, Segurança do Trabalho, Segurança do Trabalho (EaD), Vestuário, Zootecnia.

35

PROEJA Alimentos, Agroecologia, Comércio, Cooperativismo, Edificações, Eletrotécnica, Informática, Manutenção e Suporte em Informática, Química, Recursos Pesqueiros, Refrigeração e Climatização, Zootecnia, Meio Ambiente.

13

Licenciaturas Biologia, Ciências da Natureza e Matemática, Educação do Campo, Física, Geografia, Geografia-INCRA, Informática, Letras Espanhol, Letras Espanhol (EaD), Formação Pedagógica de Docentes para a Educação Profissional, Formação Pedagógica para Graduados não Licenciados, Matemática, Química.

13

Bacharelados (Tecnologia)

Alimentos, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Agroecologia, Automação industrial, Comércio Exterior, Construção de Edifícios, Design de Moda, Energias Renováveis, Fabricação Mecânica, Gestão Ambiental, Gestão Ambiental (EaD), Gestão Desportiva e de Lazer, Gestão Pública, Gestão do Turismo, Logística, Marketing, Produção Cultural, Processos Químicos, Redes de Computadores, Sistemas para Internet.

20

Bacharelados (Engenharias)

Engenharia de energia, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária e Ambiental

3

Pós-Graduação (Lato Sensu)

Aperfeiçoamentos em: Gestão (EaD), Educação Profissional Integrada à Educação Básica (EaD), Uso de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação (EaD), para Professores dos Municípios do RN, Língua Portuguesa, Matemática e Cidadania (EaD);

Especializações em: Educação Ambiental e Geografia do Semiárido, Educação Ambiental e Geografia do Semiárido (EaD), Educação e Contemporaneidade, Ensino da Língua Portuguesa e Matemática numa abordagem transdisciplinar (EaD), Gestão Ambiental, Literatura e Ensino (EaD), Tecnologias Educacionais e Educação a Distância (EaD), para Professores dos Municípios do RN: Língua Portuguesa, Matemática e Cidadania (EaD), Gestão Pública (EaD), Educação do Campo – Saberes da Terra, Educação Profissional Integrada à Educação Básica (EaD), Ensino de Ciências Naturais e

Matemática, Gestão de Programas e Projetos de Esporte e de Lazer na Escola, Educação de Jovens e Adultos no contexto da diversidade, Ensino de Matemática para o Ensino Médio, Ensino de Ciências Naturais na Educação Básica, Tecnologias Aplicadas à Educação, Ciência e Tecnologia de Alimentos na modalidade a distância.

Pós-Graduação (Stricto Sensu)

Mestrados Profissionais em: Ensino de Física, Uso Sustentável dos Recursos Naturais; Mestrado Acadêmico em Educação Profissional; Mestrado em Ensino, Doutorado em Educação Profissional.

5

Fonte: Dados do portal disponíveis em: <http://portal.ifrn.edu.br/ensino/cursos>. Acesso em: 11 fev. 2020.

De acordo com os dados do portal utilizados para construir o Quadro 07, são ofertados 34 cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, sendo 13 desses oferecidos também na modalidade de Educação de Jovens e Adultos; 35 cursos técnicos subsequentes; 20 graduações tecnológicas; 13 licenciaturas; 3 engenharias; 22 pós-graduações, sendo 4 aperfeiçoamentos e 18 especializações; 4 mestrados; e 1 doutorado. No quadro, não apresentamos a oferta de cursos de qualificação profissional (FIC), por serem de menor duração. O IFRN tem, assim, uma oferta bem ampla, articulada ao potencial de desenvolvimento local e às demandas macro, como os cursos de Informática ofertados em quase todos os Campi. Segundo o relatório de gestão 2018, são 40.178 estudantes matriculados nas diferentes unidades do Instituto, incluindo o Campus de Educação a Distância (Campus Avançado Zona Leste). Para o atendimento desse público, o relatório aponta a existência de 2.646 servidores, dos quais 1.499 são docentes efetivos e ativos (IFRN, 2018).

Conforme discutimos em capítulo anterior, o exercício da docência demanda conhecimentos de fontes variadas, que precisam ser objeto de reflexão e de sistematização. Defendemos também que a docência na modalidade de Educação Profissional requer ainda mais fundamentação em virtude de suas peculiaridades. Compreendemos que em uma instituição com a diversidade de oferta como a do IFRN faz-se necessário ter uma política de formação que vislumbre as demandas formativas internas. Entre outros aspectos, destacamos que o mesmo docente pode transitar, inclusive no mesmo período, por diferentes cursos, da Formação Inicial e Continuada (FIC) à Pós-Graduação Stricto Sensu, cujo público se diferencia de um curso para o outro.

Todavia, não basta ter a proposição de uma política de formação, mas uma proposta que considere a Educação Profissional para além das demandas mercadológicas, para não incorrer no risco de apenas legitimar os interesses hegemônicos. Convém, ainda, alertar para o fato de que nenhuma instituição propõe formações com caráter emancipatório se esta não emanar do seio institucional. Nesse caso, consideramos que, antes de investigar as ações formativas

pensadas e realizadas por uma instituição, é fundamental identificar as concepções que norteiam o seu fazer político e pedagógico.