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impacientes, intolerantes e desconfiados Invejosos, vingativos, perseguem aqueles cuja felicidade ou êxito é para eles uma afronta Sabem manipular os

No documento TRONO DA FÉ (páginas 54-59)

outros e toda sua força está em uma inteligência curiosa, de senso crítico e de

ironia ferina. É dominador, autoritário e no trabalho é exigente, perfeccionista

e minucioso.

Oduduá Orixá da criação (OduduaOrishaofcreation)

É possível separar o candomblé da memória dos tempos da escravidão da América, uma vez que ele tem origem na vinda dos negros africanos para serem utilizados como escravos. Estes negros eram provenientes de diversas tribos (nações) da África, que muitas vezes sequer falavam a mesma língua e que apresentavam identidades culturais diferentes. Admite-se, em grande escala, três ―padrões‖ de cultura negra na América 1. Fanti-Ashanti (originária da costa do ouro) 2. Fon (de origem Daomeana) 3. Yorubá (da Nigéria, com influências Banto) Esta última teve impo rtante influência, principalmente no Brasil e em Cuba. Ainda que as outras duas culturas tenham sido m ais atuantes na América Inglesa e Holandesa (Fanti-Ashanti) e na América Francesa (fon), no Brasil sua importância também é revelante; especialmente quando falamos dos aspectos religiosos das culturas negras.Podemos então pensar nessas culturas da seguinte forma:

Culturas Sudanesas

Os povos iorubá da Nigéria, os Daomeanos e os Fanti-Ashanti (da costa do ouro), além de outros grupos menores, foram seus mais importantes representantes.Entre eles, destacam-se os seguintes grupos: Nagô (yorubá), Jeje (daomeano) e Mina (fanti -ashanti). Este grupo está representando, no candomblé brasileiro pela ―nação‖ Ketu e pela ―nação‖ Jeje, representada especialmente pelo tambor de mina,

entre outros. Culturas Bantos

Representadas pelas inúmeras tribos dos grupos Angola Congolês, como os congos, angolas, cabindas, moçambiques e outros. Este grupo, representado no Brasil, pela ―nação‖angola, pelo ―candomblé de caboclo‖eoutros.Culturas Guineano-Sudanesas Islamisadas Representadas pelos grupos fula, mandiga e haussá. Grupos islamisados que não f ormaram, portanto, nações de candomblé.

MITOS

São várias as versões dos m itos dos orixás e, como em todos os mitos, algumas são incompatíveis entre si; mas a essência dos orixás pode ser perfeitamente absorvida através destas narrativas. Para os iorubás, a melhor representação do m undo é uma cabaça dividida ao meio, uma das metades constituindo o céu (orum, Obatalá), e a outra a terra (ayê, Odudua). No princípio de tudo, entretanto, não havia a terra, e os orixás viviam no orum, ao redor de Olorum, o senhor do Universo, secundado por Obatalá. Obatalá uniu-se a Odudua e tiveram dois filhos: Aganju, a terra firme, e Iemanjá, as águas dos oceanos.

Outro mito diz que a terra era então um vasto oceano e os orixás desejavam conhecê-lo. Obatalá encarregou Oxalá de descer ao ayê, a metade inferior da cabaça, e espalhar o pó preto que formaria a terra firme. Entregou a ele o saco com o pó preto e uma galinha. Oxalá então partiu em viagem, mas no meio do caminho sentiu sede. Exu, vendo que Oxalá sentia sede, ofereceu-lhe vinho de palma e Oxalá bebeu. E tanto vinho que Oxalá que embriagou-se e caiu em sono profundo. Exu tomou de Oxalá o saco da criação e o levou a Obatalá, a quem contou que Oxalá beberá e negligenciara sua tarefa.

Obatalá então entregou o saco a Odudua, que com ele desceu à terra, jogou o pó preto sobre o oceano e tornando se ela mesma uma galinha, ciscou o pó preto até que se formaram os continentes e toda terra firme que há.

Essa terra firme é Aganju, filho de Odudua e Iemanjá. Obatalá então criou um grande dendezeiro, pelo qual desceram à terra todos os orixás, cada um escolhendo uma parte do mundo que lhe agradava, e que passou a ser de seu domínio.

 Assim, Oxum e Obá escolheram as águas doces; Iansã quis os ventos; Xangô os trovões e as cachoeiras; Obaluaiê à terra firme; Nanã a lama dos fundos dos rios e os abismos; Ogum quis as montanhas e os m inérios; Oxossi as matas e florestas; Oxumarê o arco – íris; Ewá os horizontes. Apenas Exu não sabia o que escolher, pois tudo e nada lhe agradava. E considerou-se assim dono de tudo um pouco, com que os demais orixás

concordaram. Desse modo o mundo foi criado e dividido entre os orixás, e é por isto que cada um detêm o domínio de uma parte da natureza. Outro mito narra que Obatalá reuniu todos os materiais necessários à criação do mundo e mandou a estrela da manhã convocar todos os orixás.  Apenas Orunmilá apareceu. Por isso Obatalá o recompensou, permitindo que apenas ele conhecesse os segredos da criação e do por vir. E foi assim

que a estrela da manhã revelou a Orunmilá que todos os segredos e materiais da criação se encontrava numa concha de caramujo, dentro de um vaso que ficava entre as pernas de Obatalá.

Orunmilá tornou-se então, dono dos segredos, das magias e conhecedor do futuro, das vontades, aquele que sabe a vontade de Obatalá e de todos os orixás, o que sabe com que matéria o homem foi feito.

Outro mito narra que tendo tido o conhecimento das matérias da criação, teria s ido Orunmilá e não Odudua o criador da terra, aquele a espalhar o pó preto sobre as águas. Orunmilá então é considerado o amigo de Obatalá. Quis então Obatalá criar os homens. Ajalá, o orixá oleiro foi incumbido de moldar as cabeças dos rios e outros elementos da natureza.

cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. Depois que Ajalá terminava de fa zer os oris (cabeças) Obatalá soprava nelas e lhes dava eni, a vida.

 Assim surgiram a terra e os homens, sob o domínio dos orixás. Cada orixá viveu então episódios diversos em sua história, dos quais narraremos aqui apenas alguns, pois a quantidade de versões dos mitos é praticamente infinita.

Oduduá

Oduduá é uma das divindades primordiais. Ela é considerada, ao lado de Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada um foi incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiyê, ouniverso incluindo o mundo em que

vivemos. O universo é visto dentro do culto aos Orixás como uma grande cabaça e esta cabaça é representada por Oduduá e Obatalá. Oduduá é considerada como a parte de baixo da cabaça e Obatalá é considerado como a parte de cima da cabaça.

O nome Oduduá pode ser traduzido como a cabaça de onde jorrou a vida. Muitos costumam se enganar e a afirmar que Oduduá seria um Orixá masculino ao invés de masculino, mas o que ocorre é uma confusão entre a divindade feminina Oduduá com o ancestral iorubano divinizado Oduduá, que na verdade é conseiderado em território africano como sendo uma forma humana da deusa Oduduá, ou seja, o guerreiro legendário e a deusa Oduduá seriam as mesmas pessoas. Esta é uma visão muito ampla no que concerne à essência divina mas isso é algo que vai muito além da capacidade de aceitação de algumas pessoas e sacerdotes.

O surgimento de Oduduá, bem como o de Obatalá, é muito interessante. Diz-se que involuntariamente nos primórdios da criação, quando a única coisa existente nos mundos era o Olorun, a grande energia primordial, Oduduá, a deusa, surgiu do corpo de Olorun, a grande energia

primordial, assim como Obatalá e outra tantas divindades.

Foi Oduduá quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao lado de Obatalá, possibilitou o surgimento da vida.

Em terceiro lugar, com a Eerupeou ―Lama‖, mistura de Água e Terra, mas também vivificada por Seu Hálito e Centelha Divina (Fogo e Ar), Olorun criou o Imole Ex ú, o ―Terceira Cabaça‖, ou ―Terceiro Ser Criado‖ ou ainda, o ―Esu Ancestral‖, o Imole da Dinamização, da Transformação e da Restituição, quer no Além ou quer na Terra - da-Vida e, portanto, portador de todas as Qualidades do Vermelho, do Preto e do Branco. O Imole EsuAgba é, portanto, o primeiro Ara Orun ou ―Corpo do Além‖, ou seja, a ―Primeira Individualidade Espiritual‖ a ser criada com o concurso da Matéria combinada: Fogo (Centelha Divina), Ar (Hálito Divino), Água e Terra (Eerupe, a Lama). Sua qualidade de ―Terceiro Ser Criado‖ o constituiu em Osije ou ―Mensageiro Divino‖ com permissão expressa de se apresentar perante Olorun que somente receberá Oferendas se elas forem conduzidas por Imole EsuOsije.

Oduduá é uma OrixáFunfun absolutamente diferente dos demais, embora semelhante em essência, é feminina, sendo cultuada em diversas regiões como esposa de Obatalá, embora seja, em princípio, sua irmã. "Iya Male”

(Mãe das Divindades ou Mãe Divina)

ASCARACTERÍSTICASDOSFILHOSDEOXALÁ

Os filhos de Oxalá, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores (ajuntós).

São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.

Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos.

Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.

No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação.

Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou f alada) seja o ponto fundamental.

Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem.

Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.

A LINHA DE SANTO OU DE OXALÁ

A linha de Santo ou de Oxalá é constituída por espíritos de várias raças terrenas, entre eles, os pretos de Minas, pretos da Bahia, padres, frades, freiras e espíritos que, quando na Terra, tiveram grande sentimento católico.

Os chefes das Legiões e das grandes falanges são espíritos conhecidos no catolicismo com o nome de Santos, tais como sejam: 1. Legião de Santo Antônio

2. Legião de São Cosme e São Damião 3. Legião de Santa Rita

4. Legião de Santa Catarina 5. Legião de Santo Expedito 6. Legião de São Benedito

7. Legião de Simirômba (Frade) São Francisco de Assis

As falanges grandes e pequenas de espíritos desta Linha, infiltram-se entre as Linhas da Lei de Quimbanda com o propósito de diminuir a intensidade do mal por eles praticado e hàbilmente arrastá-los para a prática do bem e por este motivo, verificamos muitas vezes, nos trabalhos de Magia Branca aparecerem elementos ou falanges da Magia Negra e vice-versa.

OrinOduduá

Iyadakungbawa o; – Oh Mãe! nós suplicamos que nos libertes; ki o tonitomo; – olhai por nós, olhai por nossos filhos;

7ª. LINHA: OXALÁ

É a fusão de todas as outras.

As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais.

Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da paz e do amor. Suas falanges são:

1. Falange de Ogum Delê (Ogum) 2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô) 3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi) 4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá) 5. Falange de Cosme (Yori)

6. Falange do Povo de Bengala (Yorimá) 7. Falange dos Caboclos de Oxalá

Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada guia-chefe assume perante a Umbanda.

Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira, trevo e café.

I. LINHA DE OXALA *Liderada por Jesus Cristo+ ─

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