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Impacto da Guerra Fria no Processo de Luta pela Independência da Namíbia

CAPÍTULO I – ANGOLA E NAMÍBIA: ENQUADRAMENTO HISTÓRICO E GEOPOLÍTICO

3. Namíbia: Breve Contextualização Histórica e Geopolítica

3.1. Impacto da Guerra Fria no Processo de Luta pela Independência da Namíbia

As repercussões da Guerra Fria também foram sentidas no processo de independência do Sudoeste Africano. Por um lado, o facto de Angola e a SWAPO estarem vinculadas a Cuba e à União Soviética, países da órbitra socialista, fazia com que os EUA não tivessem interesse em exercer uma forte pressão sobre a África do Sul, pois esta constituía um forte aliado na região, garantindo uma luta anticomunista309. Além disso, a possibilidade de a SWAPO obter bases militares em Angola, caso o MPLA assumisse o

304 Nesta mesma data foi decretado o cessar-fogo entre a SWAPO e as autoridades sul-africanas, facto que

permitiu o regresso à Namíbia de vários dirigentes da SWAPO (Hage Genigob, Andimba Toivo Ya Toivo, David Meroro), após a amnistia de 18 de junho de 1989.

305 Chanaiwa, David (2010), “A África Austral”, em Mazrui, Ali A. e Christophe Wondli (Editores), História Geral

da África, VIII: desde 1935, Brasília, UNESCO, (online). Disponível em

http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190256por.pdf, consultado a 30 de abril de 2016, p. 326.

306 Enciclopédia Luso-brasileira – Livro do ano 1989, Editorial Enciclopédia, Limitada, Lisboa, 1990, pp. 82. 307 Chanaiwa, David (2010), “A África Austral”, em Mazrui, Ali A. e Christophe Wondli (Editores), História Geral

da África, VIII: desde 1935, Brasília, UNESCO, (online). Disponível em

http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190256por.pdf, consultado a 30 de abril de 2016, p. 326.

308 Visentini, Paulo (2011), O Livro na Rua: Namíbia, Brasília, Thesaurus Editora, (online). Disponível em

http://funag.gov.br/loja/download/764-Livro-na-rua-Namibia.pdf, consultado a 2 de março de 2015, p. 10. Ver também em: Enciclopédia Luso-brasileira –Livro do ano 1989, Editorial Enciclopédia, Limitada, Lisboa, 1990, p. 355.

309 Ibidem, (2011), O Livro na Rua: Namíbia, Brasília, Thesaurus Editora, (online). Disponível em

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controlo, aumentaria enormemente o potencial da atividade militar da SWAPO no futuro próximo, uma vez que os EUA não desejavam uma mudança radical no Sudoeste Africano facto que levou a África do Sul a intervir em Angola, o MPLA que apoiara a SWAPO representava uma ameaça à segurança do regime sul-africano310.

A tentativa de busca de garantias para a realização de transações comerciais, depois do encerramento do canal do Suez, devido à Guerra dos Seis Dias (Terceira Guerra Árabe-Israelense), iniciada a 7 de abril de 1967, assim como a incapacidade dos enormes petroleiros utilizarem aquele canal, teriam levado os países ocidentais a empenharam-se no restabelecimento da rota do Cabo, por causa da sua importante posição para o comércio global. Os assessores militares da administração Reagan advertiram que as linhas petrolíferas do Ocidente poderiam ver-se ameaçadas se as instalações portuárias da África do Sul, Moçambique ou Angola fossem controladas por um regime servidor da União Soviética. Era, portanto, do interesse estratégico apoiar um regime declaradamente anticomunista, apesar das suas opressivas políticas raciais, em vez de se arriscar pelas intenções realmente desconhecidas de um regime sucessor311.

Na perspetiva de Lázaro C. Sierra (2010) o argumento das linhas marítimas defendidas pelos EUA tinha muitas falhas. Primeiro, em termos estritamente estratégicos, as naves dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais não dependiam das instalações portuárias da África do Sul durante quase 15 anos. Todas as potências da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) compreenderam que, do ponto de vista político, era conveniente evitar as escalas dos portos da cidade do Cabo ou de Durban. Segundo, a ameaça que representava o controlo hostil dos portos africanos meridionais pressupunha um estado de guerra. Nessa eventualidade, os petroleiros ocidentais que vinham do Golfo Pérsico podiam ver-se, inquestionavelmente, ameaçados pelos submarinos soviéticos que operavam a partir de bases muito mais próximas da fonte desse petróleo. O controlo de Maputo ou Durban seria redundante. Por último, o argumento supunha que apenas os regimes africanos que recentemente haviam obtido a sua independência dariam um “cheque em branco” à União Soviética em relação ao uso do seu território no caso de qualquer conflito de uma superpotência312.

Por outro lado, a África do Sul explorou a sua posição geoestratégica no quadro da extensão da Guerra Fria para cenários secundários. Nesta perspetiva, a África do Sul identificava-se como um “país da Europa Ocidental estabelecido na África”. É preciso levar em conta que a elite branca mantinha vínculos tradicionais com a Europa Ocidental e,

310 Departamento de Informação e Publicidade da SWAPO, (1985), Nasce uma Nação – A Luta de Libertação

da Namíbia, Luanda, Zed Press, p. 244.

311 Sierra, Lázaro C. (2010), Angola e África Austral: Apontamento para a história do processo negocial para a

paz (1976-1992, Luanda, Mayamba, p. 111

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posteriormente, com os EUA. Geograficamente, o país encontrava-se na confluência de rotas marítimas e possuía, no seu subsolo, recursos minerais importantes, considerados estratégicos, para o desenvolvimento económico moderno que o Ocidente necessitava e que fazia da então União Sul-Africana um bastião do chamado “mundo livre”. Assim, a África do Sul explorou essas circunstâncias com o propósito de ordem política, económica e de segurança313. Peter Duiggnam e Lewis H. Gann (1994), descrevendo sobre os fatores do envolvimento dos EUA na África Austral, afirmam que,

Muitos dos problemas dos Estados Unidos, em África, resultaram do envolvimento soviético em "guerras de libertação" e de tentativas soviéticas para manter regimes declaradamente marxistas nesta sub-região do continente. Os nacionalistas e os governos africanos voltaram-se para a União Soviética para armas, treinamento e assistência financeira quando o Ocidente recusou tal auxílio314.

Por sua vez, as potências ocidentais concediam ajuda económica, política e militar à África do Sul, sem as quais este país teria cessado, desde há muito tempo, a sua ocupação no Sudoeste Africano, considerada ilegal pela ONU. Contudo, as firmas sul- africanas, britânicas, japonesas e canadianas retiravam fabulosos lucros da exportação dos recursos naturais e humanos. As conclusões do Comité Ad Hoc da ONU sobre os direitos humanos demonstraram que a África do Sul não manifestou nenhuma intenção de modificar a sua política de ocupação do Sudoeste Africano. As alterações mínimas introduzidas na lei sobre o trabalho forçado, após as greves de 1971 a 1972, são um subterfúgio para acalmar a opinião pública internacional315.

Dentro desta perspetiva, as principais armas consideradas legais na detenção e julgamento de presos políticos sudoestino-africano foram: a Lei de Supressão do Comunismo, aprovada pelo governo sul-africano, em 1950, reforçada e com o nome alterado para Lei de Segurança Interna, em 1976; a chamada Lei da Sabotagem, em 1962, e, mais especificamente a Lei do Terrorismo, aprovada em 1967. Estas leis terão sido promulgadas especificamente para abranger o novo contexto que se instalou desde 1966, motivada pela luta armada desenvolvida pela SWAPO, a fim de permitir o julgamento, de acordo com os seus preceitos, de militantes dos movimentos de libertação nacional316.

313 Pereira, Analúcia D. (2010) “A África do Sul Independente: segregação, Apartheid e transição pactuada

(1910-1994), em Visentini, Paulo G. F. e Analúcia D. Pereira (Org.) África do Sul: História, Estado e Sociedade, 1ª edição, Brasília, Fundação Alexandre Gusmão. Disponível em http://funag.gov.br/loja/download/709- africa_do_Sul_-_Historia_Estado_e_Sociedade.pdf, p. 39, consultado a 11 de março de 2016.

314 Duiggnam, Peter e Lewis H. Gann (1994), Communism in Sub-Saharan Africa: A reappraisal, Estados Unidos

da América, Hoover Institution of the University Stanford, pp. 20-21. Tradução nossa do original: “many of the problems of the United States in Africa stemed from the Soviet involvement in "wars of libertation" and from Soviet attempts to keep avowedly Marxist regimes in power. African nationalists and governments had turned to the Soviet Union for arms, training, and financial assistance when the West refused such aid.

315 CDIH-MPLA, Luanda, Boletim do Militante, Ano I, nº 2, 26 de Maio de 1977.

316 Departamento de Informação e Publicidade da SWAPO, (1985), Nasce uma Nação – A Luta de Libertação

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A África do Sul defendia e persistia com uma política de criação e desenvolvimento de zonas habitacionais para “não brancos” (bantustões e os homelands), tal tratava-se de um pressuposto para o estabelecimento de um autogoverno com autonomia administrativa, sob a égide de Pretória, sem responsabilidade política. O projeto de criação de Estados de base etnolinguística tinha o objetivo de abrandar as pressões internacionais que pesavam sobre o governo sul-africano e, ao mesmo tempo, continuar a manter os negros fora dos bairros e das terras dos brancos, mas sistematicamente perto deles para servirem de mão- de-obra barata. Condenada pela ONU, a política de bantustões e homelands constituíam uma espécie de evolução do apartheid, pois considerava-se que isso era uma estratégia para dividir os africanos para consolidar o domínio da minoria branca317.

De acordo com o Embaixador de Portugal na África do Sul, era compreensível que o governo sul-africano não consentisse em formar, no seu território, “Estados-negros”, a partir dos quais se previa no futuro uma independência, de tal modo amplos e populosos que viessem a constituir uma potencial ameaça, em relação ao território sul-africano destinado, exclusivamente, à raça branca. Esta conceção antiquada de “dividir para melhor governar” tinha, para Portugal, bastante interesse, dado que a maioria dos bantustões planeados ocupara territórios junta da fronteira das suas colónias de Moçambique e de Angola318. Segundo o Embaixador português a política de desenvolvimento separado do Hendrik Frensch Verwoerd (mentor da política de apartheid), empreendida pelo Primeiro-Ministro da África do Sul, tinha reais probabilidades de se concretizar, pois, certas atitudes de Verwoerd revelavam uma maior segurança na sua doutrina e, portanto, maior flexibilidade nas suas relações com o mundo exterior. Este chegou a essas conclusões por causa do convite que foi dirigido por aquele Primeiro- Ministro, a 26 de abril de 1961, a dois membros da ONU para visitarem o Sudoeste Africano319.

Os membros do Comité Ad Hoc apresentaram, a 10 de fevereiro de 1967, uma proposta para a administração do território do Sudoeste Africano até à independência. Neste contexto, a posição dos países africanos membros do Comité Ad Hoc, apresentada à Assembleia Geral da ONU, a 7 de março de 1967, em relação à administração do território, previa que as despesas com o Comité da ONU para o Sudoeste Africano fossem custeadas pelo orçamento ordinário da ONU. O Comité, após a sua eleição, deveria

317 Pereira, Analúcia D. (2010) “A África do Sul Independente: segregação, Apartheid e transição pactuada

(1910-1994), em Visentini, Paulo G. F. e Analúcia D. Pereira (org.) África do Sul: História, Estado e Sociedade, 1ª edição, Brasília, Fundação Alexandre Gusmão. Disponível em http://funag.gov.br/loja/download/709- africa_do_Sul_-_Historia_Estado_e_Sociedade.pdf, consultado a 11 de março de 2016, pp. 43-44.

318 AHDMNE- GNPAI, Relatório, proc. 950.129, UL 1174, pasta H.2.10, A independência de Ovambolândia e as

suas repercussões em Angola, (07-05-1962).

319 AMU-GNP, relatório 950.129, proc. UL 1174, pasta H.2.10, A independência de Ovambolândia e as suas

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transferir-se para o Sudoeste Africano, a fim de assegurar a retirada das forças militares e a cessação da polícia sul-africana320.

Os EUA apresentaram restrições em relação a tal plano, pois, a 15 de março, o Canadá, a Itália e os Estados Unidos submeteram ao Comité Ad Hoc uma proposta que recomendava a nomeação, pelo Secretário-Geral, de um representante especial para o Sudoeste Africano, que ficaria encarregado de fazer o estudo da situação no território para apresentar as condições em que se poderia alcançar a independência. O projeto dos países latino-americanos (apresentado pelo Chile e pelo México) previa que o Conselho da ONU para o Sudoeste assumisse a responsabilidade completa da administração do território até à independência. O Conselho, além de tomar as medidas necessárias, depois de consultar os representantes da população, deveria entrar imediatamente em contacto com as autoridades da África do Sul, e remeter periodicamente um relatório à Assembleia Geral sobre a administração do território321.

Os EUA tinham declarado ao Comité Ad Hoc que não concordavam com muitos pontos dos planos latino-americanos e africanos, defendendo a posição ocidental anteriormente apresentada e sublinhando em especial que se deveria procurar resolver a questão exclusivamente por meios pacíficos e contactar com os elementos representativos da população do território antes de se considerarem as medidas concretas propostas por aqueles delegados322. O jornal New York Times, de 8 de maio de 1967, em editorial sob o título “Futilidade sobre o Sudoeste Africano”, considerou este debate da Assembleia Geral como um dos mais frustrados dos últimos 20 anos e, como o título indica, um exercício de futilidade. O edital salienta ainda que nenhuma das grandes potências tencionava, até então, tomar qualquer ação significativa para retirar o controlo do território do governo de Pretória, não estando a própria União Soviética disposta a apoiar a tentativa da ONU de ocupar o Sudoeste Africano por via militar para instalar a nova administração. Aquele jornal vai mais longe ao referir que “os EUA não desejavam fazer qualquer coisa para executar a resolução nº 264 do CSNU, de 27 de outubro de 1966, sobre a qual a Assembleia Geral da ONU revoga formalmente o mandato cedido à África do Sul pela Sociedades das Nações, apesar de o terem votado a favor, pois consideravam que teria sido mais acertado não a ter apoiado nessa altura”323.

O bloco socialista receava que o território do Sudoeste de África se transformasse noutro “Congo”, demorando-se para se alcançar a independência e mergulhando num caos político. A URSS declarou que o facto de o propósito do Comité da ONU para o

320 AMU-GNP, projecto de circular: questão do Sudoeste Africano, pasta H.2.10, a independência de

Ovambolândia e as suas repercussões em Angola, (31-05-1967).

321 AMU-GNP, projecto de circular: questão do Sudoeste Africano, pasta H.2.10, a independência de

Ovambolândia e as suas repercussões em Angola, (31-05-1967).

322 Ibidem. 323 Ibidem.

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Sudoeste Africano ter sido mal defendido permitia toda a espécie de manobras das potências colonizadoras, e, nesse sentido, não se queria responsabilizar pelas obrigações financeiras decorrentes da administração do território. O projeto foi aprovado com 85 votos favoráveis e 2 contra (Portugal e África do Sul) e 30 abstenções (do Malawi, do Botswana, do bloco socialista e do grupo ocidental – com exceção da Espanha e da Grécia). Segundo o jornal New York Times, de 20 de maio de 1967, a África do Sul tinha mostrado que não estava disposta a aceitar as conclusões saídas de tal votação. Os países ocidentais já julgavam que a resolução não poderia ser executada, o que naturalmente produziria maior dano à imagem da ONU do que ajuda à população do território no sentido de alcançar a independência324. Evidentemente, esta situação viria a verificar-se nos anos seguintes, quando a SWAPO perdeu a confiança e passou logo à luta armada, como vimos atrás.

Os EUA defenderam a política de “quiet diplomacy”, solicitando não apenas ao governo de Pretória, mas a todas as partes interessadas, para demonstrarem a maior vontade e esforço com vista ao entendimento. Os países africanos impugnaram o projeto por muito moderado que fosse e os países socialistas justificaram as suas posições por duvidarem da boa-fé da África do Sul, alegando que só pretendia explorar o diálogo com as NU para manter a política de repressão das populações do Sudoeste Africano325.

Recorda-se que a URSS, Cuba e outros países da órbita socialista, envolverem-se no apoio aos movimentos de libertação e, sobretudo, no cumprimento dos seus interesses políticos, geopolíticos e geoestratégicos na África Austral, que, no entanto, foram responsável pela vitória militar e, consequentemente, conquista e consolidação do poder político por do MPLA em Angola, bem como teria desempenhado um papel determinante na manutenção do MPLA no poder, frente as investidas sul-africanas e zairense, em apoio a FNLA e a UNITA.

Politicamente, a SWAPO causou um furor à África do Sul quando anunciou que poderia procurar ajuda cubana tal como o MPLA tinha feito: "we reserve the right to invite them too", disse um porta-voz da SWAPO. Entretanto, o novo governo de Angola advogava o dever internacionalista para ajudar outros movimentos de libertação africanos326. De acordo com Lázaro C. Sierra (2010), internamente o domínio branco significou que os negros sul-africano e sudoestino-africano não tinham suficientes recursos para derrotar o sistema de apartheid. Regionalmente o predomínio da África do Sul significou que alguns vizinhos deste país não se achavam em posição de romper os laços económicos que os vinculavam a Pretória ou de oferecer apoio aos movimentos da

324 AMU-GNP, projecto de circular: questão do Sudoeste Africano, pasta H.2.10, a independência de

Ovambolândia e as suas repercussões em Angola, (31-05-1967).

325 AMU-GNP, Organização das Nações Unidas – Conselho de Segurança, Relatório do Secretário-Geral a

Situação da Namíbia, proc. GG-3-4, repartição 5. (27 – 03 – 1973.

326 James, W. Martin III (2011), A Political History of the Civil War in Angola, 1974-1990 [online], New Jersey,

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oposição ao regime sul-africano, no exílio. Por outro lado, a posição, relativamente segura da África do Sul, que derivava da sua relativa autossuficiência económica e militar, fazia improvável a eficácia de pressões internacionais, tais como sanções económicas ou embargos de armas327.

Portanto, com o fim da Guerra Fria e o colapso da URSS, a ONU passou a desempenhar um papel importante no processo de descolonização do Sudoeste Africano. A monitoração dos direitos humanos em El Salvador, as eleições na Nicarágua, a violência na Somália e na Jugoslávia tornaram-se objetos de deliberações do CSNU, já que as atividades relacionadas com operações de paz, neste período, viam-se limitadas devido à falta de consenso entre os membros da ONU e entre membros do CSNU, motivadas dela proxy war328. Desde então, a Carta das Nações Unidas passou a ser um instrumento de descolonização e autonomia dos povos que assim almejavam e a ONU passo principal a sede das discussões desta problemática.