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INCLUSÃO DE ALUNOS AUTISTAS E AS DIFICULDADES DO PROFESSOR NESTE PROCESSO

VANESSA APARECIDA ALVES SANTOS Graduação em Pedagogia com Habilitação em Deficiência Auditiva pela Univer- sidade Estadual Paulista: UNESP/Marília (2002); Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista: UNESP/Ma- rília (2006); Especialista em Neuropsicologia e Problemas da Aprendizagem pela Faculdade FACEL (2018); Especialista em Psicopedagogia Educacional (2019); Professora de Educação Infantil – na EMEI Dona Leonor Mendes de Barros.

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participar do estudo; termo de consentimento livre e esclarecido para os sujeitos participantes; roteiro de perguntas; gravador. Desta forma, A técnica de pesquisa utilizada neste estudo será estudo de caso e terá como instrumento de pesquisa a entrevista.

Para o desenvolvimento teórico deste estudo, fui buscar dados na literatura nacional, delineando-os diretamen- te com os tópicos relacionados com educação especial, educação inclusiva, papel do professor numa educação para todos e a importância da psicopedagogia.

A educação inclusiva é uma ação educacional humanística, democrática, amorosa, mas não piedosa, que percebe o sujeito em sua singularidade e que tem como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e inserção social.

O conceito de educação inclusiva surgiu a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. A ideia é que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular. O objetivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras.

Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto. No entanto, por vezes, surge uma imensa dificuldade por parte das escolas em conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais devido à necessidade de criar as condições adequadas.(BRASIL,1994)

Com a Declaração de Salamanca surgiu o termo necessidades educativas especiais, que veio substituir o termo “criança especial”, termo anteriormente utilizado para designar uma criança com deficiência. Porém, este novo termo não se refere apenas às pessoas com deficiência, este engloba todas e quaisquer necessidades consideradas “diferentes” e que necessitem de algum tipo de abordagem específica por parte de instituições. A educação inclusiva apoia os deficientes numa educação especial. A Educação Especial e suas ramificações, é a espinha dorsal da Educação, que se ocupa do atendimento e da educação de pessoas deficientes, ou seja, de pessoas com necessidades educativas especiais. (STAINBACK & STAINBACK, 1999).

Desta forma, destaca-se aqui a importância da psicopedagogia no entendimento dos processos psíquicos, que constroem a aprendizagem. Instrumentalizando assim, o profissional que atua com crianças autistas a compre- ender melhor os mecanismos utilizados para uma aprendizagem que seja significativa.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Psicopedagogia vem se construindo e consolidando como fonte de conhecimento e nos traz grandes contri- buições sobre o funcionamento psíquico, e consequentemente, para desenvolvimento humano, sendo o cérebro uma fonte de estudo inesgotável.

Em tempos remotos, acreditava-se que o cérebro e o corpo humano, eram membros distintos, e que cada um exercia funções desintegradas umas das outras. Por muito tempo a composição da estrutura mental do ser humano, foi vista e estudada apenas do ponto de vista biológico: cerebro x mente. (KRISTENSEN; ALMEIDA, GOMES, 2001, p. 259-274).

Atualmente, estudos e pesquisas apontam que as funções cerebrais e a mente, produzem interações, de forma a compor o ser social. Assim, a tarefa da neurociência, é a de fornecer explicações do comportamento em termos da atividade cerebral, de explicar como milhões de células neurais individuais, no cérebro, atuam para produzir o comportamento e como, por sua vez, elas são influenciadas pelo meio ambiente, inclusive pelo comportamento de outras pessoas.

Neste sentido, é que o cérebro é visto como a fonte biológica da aprendizagem, ou seja, a ele cabe todo o processamento, conservação e expressão das informações.

No que se refere à aprendizagem, contamos com a compatibilidade entre os neurotransmissores, que determi- nam a organização cerebral, para que o conhecimento seja adquirido com êxito. A incompatibilidade entre os neurotransmissores, ou melhor, qualquer disfunção no sistema nervoso central, ocasiona o distúrbio de aprendizagem. (BARROS, 2000)

Para que a aprendizagem ocorra, o cérebro recebe as informações visuais para realizar o processamento. As informações visuais são captadas pelos olhos e segue pelo nervo óptico até o lobo occiptal. Elas são desmem- bradas em forma de cores, movimentos, formas e outros dados que as compõem. Dali essas informações espalham-se pelas áreas vizinhas, à procura de outra informação correlata, encontrando essa referência, surge um novo arquivo que vai ser posteriormente armazenado (memória). (BIAGGIO, 1978)

A aprendizagem significativa se constituiu por uma rede bem montada em que sempre que o professor oferecer informações de diferentes naturezas, sobre o mesmo conteúdo, estará ajudando o aluno a formar um aprendiza- do e conhecimento que poderá durar por toda vida. Fornecendo imagens, sons, a possibilidade de usar o corpo em movimentos e produzindo emoções, diversas partes do cérebro serão ativadas quando esse conteúdo precisar ser resgatado, tornando sua lembrança mais fácil. E ao unir esse conteúdo a um conhecimento prévio, serão traçados vários caminhos que tornarão o aprendizado mais eficaz. ( LATAILLE, 1992)

METODOLOGIA DA PESQUISA

A técnica de pesquisa que fundamenta este estudo foi a pesquisa de campo, em que os participantes foram submetidos ao Termo de Consentimento Esclarecido, atendendo aos pressupostos da Resolução do CNS 466/2012 de Pesquisas em Seres Humanos. O mesmo foi utilizado com os participantes do estudo a fim de obter a autorização para a realização da coleta de dados.

Participaram deste estudo cinco professoras que atuam com alunos do Eniso Fundamental I, no Município de São Caetano do Sul, com idade entre 7 e 11 anos, da EMEF Senador Flaquer.

Professora 1: tinha 37 anos de idade, formada em Pedagogia com Habilitação em Psicopedagogia e com experiência de 10 anos no magistério.

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Professora 3: 40 anos de idade, formada em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional e com 20 anos de atuação no magistério.

Professora 4: 52 anos de idade, formada em Pedagogia com Habilitação em Neuro Educação e com experiência de 26 anos no magistério.

Professora 5: 45 anos de idade, formada em Pedagogia com Habilitação em Educação Infantil e Séries Inciais e com experiência de 20 anos no magistério.

O critério utilizado para a participação das professoras neste estudo foi feito de acordo com a matrícula dos alunos com autismo. Desta forma, só participaram da pesquisa as professoras que tinham em suas salas alunos com tal caracterização.

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta dos dados que compõem este estudo foi a entrevista estrutu- rada e o caderno de registro contínuo de observação.

A opção de utilizar a entrevista estruturada ocorreu em razão de executar o procedimento com mais rapidez, e também em razão de obter precisamente as respostas dadas pelos sujeitos.

Assim, a entrevista tem sido um procedimento de coleta de dados amplamente utilizado em pesquisa em ciências humanas. Para alguns ela é designada como um método; para outros, um instrumento de pesquisa; e, para outros, uma técnica. (MANZINI, 2003)

Já o registro contínuo foi usado neste estudo como uma forma de coletar as informações em tempo real. Esse recurso foi utilizado pela pesquisadora para registrar na forma de descrição de comportamentos, o que aconte- cia com a atuação do professor em sala de aula.

Assim, as informações da entrevista e do caderno de registro contínuo foram agrupadas. E diante de uma análise de conteúdo dos registros, é que as mesmas foram discutidas dentro de um esquema de categorização das unidades de análise significativas para o objeto de pesquisa. Desta forma, Badin (1977), definiu categoriza- ção como uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento segundo gênero, com critérios previamente definidos.

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS OU SUGESTÕES

Buscando atingir o objetivo deste estudo é que apresentamos os resultados deste estudo na de categorias de análise produzidas pelos dados da entrevista e do registro contínuo de observação. Assim, segue abaixo o quadro com as categorias de análise expressas.

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Frente ao quadro apresentado, é possível observarmos que no item FORMAÇÃO, 2 das 5 professoras apenas possuem formação específica em áreas complementares à Educação Especial, nos indicando que, elas transi- tam com mais tranquilidade no processo de atuação com as crianças autistas. Elas buscam o tempo todo firmar a parceria com a escola, entendendo que esses alunos são parte de toda escola. Buscam ainda adaptar recur- sos/materiais e estratégias, para que o aluno com comportamento atípico consiga se manter organizado, de forma que não prejudique o processo de aprendizagem de todos. Mantém ainda contato constante com a psicopedagoga, que as orientam no trabalho mais significativo com esses alunos.

Nesse sentido, vale a pena entender que não existe uma Educação Especial e uma Educação Normal. A Educa- ção Especial e suas áreas a fins, permeiam todos os Níveis de Ensino, e nos remete a um novo modelo de Educação que atenda às necessidades de TODOS.

Assim, como consequência das atuais mudanças que perpassam a educação em todo país, se instala a neces- sidade de equiparar as oportunidades de acesso e permanência na escola, garantindo uma educação de qualidade para todos. Neste sentido, os sistemas educacionais procuram articular orientação e diretrizes, com o objetivo de melhor subsidiar esses sistemas, para avançarem num processo de reforma estrutural e organiza- cional. (MANTOAN, 2003)

Em resposta a este contexto educacional, o Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade assumiu a opção de desenvolver ações que pudessem garantir um amplo processo democrático, envolvendo diferentes atores da esfera pública e também os gestores das escolas, os quais de forma direta ou indireta influenciam na qualidade da educação. A esfera pública implementa políticas educacionais orientadas pelo princípio da inclusão, enquanto os gestores das escolas se comprometem com a elaboração de projetos político pedagógi- cos que valorizam o desenvolvimento profissional e o envolvimento de todos os membros da comunidade escolar, e equipe multidisciplinar que amparam o desenvolvimento de ações inclusivas, promovem uma educa- ção para todos. (MACEDO, 2001)

Com os dados obtidos com este estudo, foi possível observar ainda, que aqueles professores que não possuem uma formação específica em Educação Especial, ou nas áreas a fins, tendem a se acomodar com a situação: não vem a importância de firmar parceria, o que a escola oferece está de bom tamanho, e ainda não consegue perceber a necessidade de todas as crianças, e acaba tendo a mesma conduta para todos.

Desta forma, o momento é de descartar os subterfúgios teóricos, as distorções propositais do conceito de inclusão condicionadas à capacidade intelectual, social e cultural dos alunos, para atender às expectativas e exigências da escola. Porque sabemos que podemos refazer a educação escolar, segundo novos paradigmas, preceitos, ferramentas, tecnologias educacionais. De fato, as condições que temos, hoje, para transformar as escolas brasileiras nos autorizam a propor uma escola única, em que a cooperação substitui a competição, pois o que se pretende é que as diferenças se complementem e que os talentos de cada um sobressaiam. (MANTO- AN, 2003)

Dentre as inúmeras reformas que estamos realizando nas escolas e redes de ensino em que estamos implemen- tando uma escola para TODOS, a elaboração e a execução de currículos, em todos os níveis de ensino, impli- cam em interação e não mais em distribuição e transmissão do saber por via unilateral e hierarquicamente direcionada, do professor para o aluno. Ambos podem e devem ser coautores dos planos escolares, comparti- lhando todos os seus atos, do planejamento à avaliação, e respeitando-se mutuamente. (OMOTE, 2008). As turmas escolares organizadas por ciclos de desenvolvimento e formação fazem desaparecer as séries escolares e o tempo de aprender passa a ser um aliado e não mais um inimigo dos alunos. A avaliação da aprendizagem torna-se um processo de duas mãos em que não se analisa apenas um de seus lados, o do aluno, sem conhecer o outro, o do ensino e atuação do professor. Estamos, a duras penas, combatendo a descrença e o pessimismo dos acomodados e mostrar que a inclusão é uma grande oportunidade para que alunos, pais e educadores demostrem as suas competências, poderes e responsabilidades educacionais. (MONTEIRO; MANZINI, 2008).

Assim, o trabalho psicopedagógico faz toda a diferença quando se trata de crianças autistas, em que o compro- metimento comportamental é bastante acentuado, fazendo necessário o acesso dos mecanismos de aprendiza- gem desta criança por outras vias, possibilitando que essa criança tenha a oportunidade de aprender e alavan- car seu desenvolvimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Educação Inclusiva trata de uma educação para todos, em que escola/ família/ saúde tenham a oportunidade de sair do estado de acomodação para a transformação.

A Educação Inclusiva, ainda requer a parceria e o envolvimento de todos, em que os desafios juntamente com as oportunidades, culminem na aprendizagem significativa. Educar para todos, é ter o olhar sensível para as necessidades, e criatividade para elaborar materiais e recursos que supram essas necessidades, sem perder o foco nas habilidades que nossos alunos trazem.

Desta forma, num primeiro momento, os professores diante da insegurança ao receber um aluno com determi- nada necessidade especial, devem planejar suas aulas baseando-se nos conhecimentos já adquiridos desse aluno e adaptando-as observando as peculiaridades de cada aluno, isso certamente estimulará seu aprendiza- do.

As novas abordagens que permeiam o tema da educação inclusiva trazem consigo um repertório de experiên- cias e vivências com uma diversidade de informações e materiais que proporcionam ao educador criar, elabo- rar, transformar as formas de ensinar, aprender e construir uma educação que seja acessível para todos. (ALVES, 2006)

Assim, viabilizar a permanência do aluno deficiente na escola regular proporcionando a aprendizagem significa- tiva implica em ações direcionadas a escola, ao professor, à família e ao aluno propriamente dito (STAINBACK, 1999).

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professor em sala de aula, de forma que ele consiga atender às necessidades de seus alunos, em diferentes níveis e situações.

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”, Albert Einstein, físico alemão. REFERÊNCIAS

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1994)

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. (2008)

ALVES, V.A. ANÁLISE DAS MODALIDADES EXPRESSIVAS DE UM ALUNO NÃO FALANTE FRENTE DIFERENTES INTERLOCUTORES EM SITUAÇÃO DE JOGO. (Dissertação de Mestrado). UNESP-Marília/SP. 2006.172p.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Trad. RETO,L; PINHEIRO, A. Lisboa, Portugal: Edições 70. 1977. 226p. BARROS, C.S.G. Pontos de Psicologia Escolar. São Paulo: Editora Ática, 2000.

BIAGGIO, A.M.B. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópoles: Vozes, 1978.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: recomenda- ções para a construção de escolas inclusivas. 2 ed. Coordenação geral SEESP/MEC. Brasília: MEC, 2008 KRISTENSEN,C.H.; ALMEIDA, R.M.M.; GOMES, W.B. Desenvolvimento Histórico e Fundamentos Metodológicos da Neuropsicologia Cognitiva. In: História e Metodologia da Neuropsicologia Cognitiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001, 14(2), pp. 259-274.

LATAILLE, Yves et alii. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão. São Paulo: Summus, 1992

MACEDO, L. Fundamentos para uma Educação Inclusiva. Psicologia da Educação-Revista do Programa de Estudos Pós Graduando (PUC/SP), São Paulo, v.13, p.29-51, 2001.

MANTOAN, M.T.E. Inclusão Escolar: O que é? Porque? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MANZINI, E. J. Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semi-estruturada. In: MARQUEZINE, M. C.; ALMEIDA, M. A.;

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RESUMO

Este artigo visa analisar a importância do AEE (Atendimento Educacional Especializado) na vida das crianças com deficiência, além de entender os motivos que leva educadores a apresentar insegurança quando se tem em sua turma, alunos com deficiência ou que necessita de atendimento especializado. O trabalho realizado na sala de AEE, reflete positivamente na vida dessas crianças, tanto no desenvolvimento pessoal quanto na vida escolar, profissional e social, seu principal objetivo é a identificação, elaboração e organização no apoio pedagógico, complementando e ou suplementando a formação dos alunos com deficiência, para sua autonomia e independên- cia na escola e fora dela. Para tentar elucidar o tema, serão abordadas teorias que permitem a clareza dos objeti- vos do trabalho na sala de recursos e a importância da integração das crianças com deficiência nos espaços escolares. Para tanto foi realizado do estudo qualitativo e diálogo com três professoras da rede pública munici- pal, sendo duas da sala regular e uma da sala de recursos para coleta de dados.

Palavras-chave: Atendimento Educacional Especializado, Sala Regular e Inclusão. INTRODUÇÃO

Assuntos como a inclusão, tem ganhado força nas últimas décadas, pois é uma realidade e está inserida em diversas modalidades educacionais, mas não é raro encontrar educadores que apresentam dificuldades e insegu- ranças quando acolhem um aluno com deficiência em sala de aula, desta forma, é muito importante buscar compreender as problemáticas nas quais se encontram esses profissionais, visto que muitos se questionam sobre o que fazer diante de um aluno com deficiência incluso em sua sala e como proceder para garantir sua aprendizagem.

Algumas instituições de ensino contam com o apoio de profissionais especializados, que dão suporte para que o professor possa ministrar os conteúdos e transmitir o conhecimento para seus alunos, esse tipo de apoio ainda causa dúvidas em alguns profissionais por não compreenderem a real função dele, e acabam querendo transferir a responsabilidade com o aluno para o professor especializado, muitas vezes alegando não ter formação para atender o aluno com deficiência. Pode-se dizer que essas dificuldades e inseguranças que acometem alguns professores, seja causada por despreparo para enfrentá-las, o que lhes causa desconforto, angústias e até mesmo piedade para com o educando incluso na turma.

Acredita-se que uma possível solução para essa problemática, seria a obrigatoriedade de especialização na área de Educação Especial e Inclusiva para todos os docentes tanto para os que estão em formação até para os que já estão atuando na área. Desta forma, a inclusão dos alunos com deficiência, não causaria estranheza nem insegurança aos professores ao se depararem com esses educandos.

Para reparar as inseguranças e dificuldades, acredita-se que o primeiro passo seria a busca por conhecimento e meios de assegurar a cada educando o máximo de seu desenvolvimento, independentemente de suas diferenças e necessidades, para que possam assim, ter as mesmas condições de internalização de conteúdos como os demais alunos. Para tanto, se faz necessário um bom planejamento com ações sistematizadas e metodologias especificas para atingir os objetivos propostos.

O autor Libânio 1994 (pág. 150), nos dá uma definição sobre o que vem a ser o método: “O conceito mais simples de “método” é o de caminho para atingir um objetivo (...). Os métodos são, assim, meios adequados para realizar objetivos.”, e ainda: “O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos, utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos de métodos de ensino.”

Assim, o profissional da educação, deverá observar os limites do seu aluno e ir em busca de metodologias e estratégia diversificadas garantindo assim aprendizagem adequada para cada um.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: