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O arquivo da Universidade começa a partir do ano de 1947 (de 1929 a 1947 ainda não está disponível em micro filme). A primeira notícia que eu encontrei é de 29 de junho de 1947, com o título: "O rum cana priva ao tesouro de US $20.000.000." Esta notícia que tem perfil de jornalismo investigativo, baseia-se na opinião de vários "entendidos" que a produção anual do rum cana atinge cerca de 4.380.000 litros por ano e coloca que "um dos problemas mais graves que tem que lidar o governo de Porto Rico, é o causado pela fabricação e venda do rum clandestino". Como uma das principais fontes do jornalista é citado senador Lorenzo Ysern Aponte, que era um fabricante de espíritos e está posicionado como alguém que "estudou a questão do rum clandestina" e que concluiu que os impostos deixando a pagar o montante de rum ilegal sobre 20 milhões dólares USD. Como uma das principais fontes do jornalista, é citado senador Lorenzo Ysern Aponte, que era um fabricante de bebidas alcoólicas e que é colocado como um que tem "estudou a questão do rum clandestino" e que chegou à conclusão de que os impostos que deixa de pagam a quantia de rum clandestina para mais de US $20.000.000 USD. O jornalista passou a explicar com base em relatórios que obteve, como em algumas vilas da ilha, (ênfase feita pelo autor em aldeias pobres) que carecem de fábricas e não tem agricultura (industrial), nem comércios florescentes, a destilação de rum clandestina, junto com a bolinha15 constituem as mais importantes indústrias da região e                                                                                                                

passo a citar "mais da metade dos habitantes da zona rurais e pobres dos povoados", que costumam tomar licor, bebem o rum cana, feito com materiais e métodos não ajustados às regras de higiene e vendido desrespeitando as leis de fiscais". Logo, o autor faz uma descrição simplificada de um alambique, com as palavras da época, usando a palavra

“aparelho” na mesma é descrita a atividade como uma “sumamente fácil” utilizando

uma descrição mais ou menos mecânica do alambique, “a manufatura de um alambique para destilar rum cana é uma sumamente fácil, consiste em duas latas e uma serpentina de cobre que se faz de tubos flexíveis de cobre comprados em qualquer ferraria ou adquirindo a serpentina bem feita de alguma refrigeradora ou de algum aparelho similar descartado.”

Através deste jornal são apresentados alguns dos principais atores das agências governamentais relevantes para a investigação e repressão dos destiladores ilegais, o chefe do Bureau de Bebidas Alcoólicas e Narcóticos do Tesouro e a sua Divisão de Pesquisa do Rum Clandestino, Rafael Saldaña, que de acordo com o jornalista, têm feito um “trabalho esplêndido" na perseguição, indo atrás dos fabricantes e vendedores do rum cana, se bem explica que eles não contam com o suficiente pessoal para a "magnitude do trabalho". Continua a descrição das operações da agência com o número de agentes despregados em nível da ilha, desempenhados nessas tarefas e o salário deles, um total de 48 agentes para cobrir toda a ilha com seus 77 cidades e distritos de 800 bairros. Oferece uma visão abrangente das prisões, dos alambiques destruídos e confiscos, desde o 1 de julho de 1946, até o 31 de maio de 1947, com um total de 412 alambiques confiscados juntamente com os proprietários presos, foram confiscados 50 alambiques sem encontrar os seus donos e têm destruído 954 aparelhos para destilar rum clandestino escondidos nos campos e nos mangues. Além disto 369 denúncias perante os tribunais de Justiça e fizeram mais de 2.351 causas que tem sido punidas administrativamente. Nota interessante é a participação da Polícia da Ilha nestas operações onde é dito que em alguns casos "a cooperação da polícia tem sido excelente e em outros, a polícia não tem prestado cooperação nenhuma para perseguir os fabricantes de rum clandestino". No decorrer do mesmo ano, acrescenta o autor, eles confiscaram ou apreenderam por estarem envolvidos no transporte de bebida ilegal, 38 veículos a motor, 11 veículos sem motor e

19 animais. Toda esta atividade foi realizada para a "perseguição dos traficantes do rum

clandestino".

Por outro lado, deve ser notado que o autor tenha incluído a quantidade de permissões e licenças outorgados a outros estabelecimentos legais para a preparação de bebidas alcoólicas, ele detalha umas “1,300 licenças à farmácias, aos fabricantes de produtos químicos e a outros estabelecimentos autorizados a vender ou preparar narcóticos ou medicinas que os contenham”. Interessante que o chefe do Negociado de Bebidas opine que a lei. é eficaz, bem orquestrada, para impedir a fabricação e venda de rum clandestino, mas enfatiza que é necessário "mais pessoal e equipamento melhor" pois o trabalho desses agentes é "detetivesco" e quase sempre depende de confidências. Além destes detalhes estatísticos, narra como os agentes têm que "entrar em manguezais e pântanos para afundando-se na água e na lama para surpreender um alambique clandestino ainda que às vezes é defendido com punhal cravado ou tiro, pelos

escarnecedores da lei". No final da reportagem é localizada uma área residencial popular

do município de São João e suas lagoas, que acordo com o Bureau de Bebidas, "oferecem o lugar próprio para ocultar alambiques e é aí que se está constantemente fabricando rum fora da lei" precisamente, para acessar esses lugares, o Bureau adquiriu uma lancha rápida. São descritas as quatro primeiras operações para atacar as "fábricas de rum clandestino” assinalando-se os lugares; o Cano Martin Peña, a Lagoa São José respectivamente, onde foram destruídos 20 alambiques sem proprietário, ocuparam-se 5 serpentinas de cobre e 10 galões de rum. Além disso, foi confiscada uma iole16 apressando os seus ocupantes sendo destruídas 24 pipas de batida com 1,200 galões, no segundo percurso, foram encontrados 7 alambiques com 7 galões de rum, destruíram-se 4 galões de rum. Na terceira viagem se destruíram 12 alambiques, 6 serpentinas de cobre e 24 pipas de batida e apreenderam-se 5 galões de rum e uma iole.