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5.2.2 – INSTALAÇÕES E INTERVENÇÕES URBANAS

5.2 INTERVENÇÕES EFÊMERAS

5.2.2 – INSTALAÇÕES E INTERVENÇÕES URBANAS

As instalações são organizações artísticas de ambientes através de elementos escultóricos ou intervenções em um espaço. É um meio que se vale do conceito mais ampliado de obra de arte exposto na primeira seção, de obra não como objeto isolado, mas como catalisadora de experiências no espaço. Neste sentido, este meio possui uma estreita ligação com a arquitetura, pois também lida primordialmente com a questão do espaço. Já a intervenção urbana se refere, de modo mais ampliado, a qualquer tipo de intervenção que atue diretamente sobre a paisagem visando proporcionar re-significações em seu contexto, sem necessariamente definir um ambiente a ser adentrado e experimentado. De tão incipiente, não se pode afirmar que em Maceió exista uma expressão de arte urbana que se valha da instalação e/ou da intervenção urbana. Alguns poucos e isolados exemplos32 não poderiam configurar uma categoria nesta pesquisa, pois, diferentemente do caso das performances, atualmente nenhum indício aponta para um maior desenvolvimento desses meios em Maceió.

Escolhemos citar aqui apenas uma intervenção urbana, intitulada “Lambe-lambe”, de autoria de Renata Voss e Flávio Rabelo (autor da performance “Estranho”) e realizada em 2005. A intervenção consistiu em espalhar por diversos lugares do centro da cidade cartazes “não-publicitários”, com imagens do artista associada a frases como “eu tô com fome”, “olhos da cara” e, coincidentemente, “olho da rua”. Finalizar esta pesquisa mencionando este trabalho foi uma forma de, simbolicamente, retomar a força da expressão “no olho da rua” com a qual iniciamos nossa explanação. Como colocou T.S.Elliot, o fim de toda busca

32 A título de exemplo, sublinha-se aqui uma instalação concebida pelos bolsistas do grupo de pesquisa Estudos

da Paisagem, liderado pela Professora Maria Angélica da Silva, da UFAL, em 2004. Tratava-se de um ambiente a ser adentrado, instalado na Praça Dois Leões, com o objetivo de transmitir a experiência sensorial da paisagem brasileira do séc. XVI experimentada pelo olhar holandês, quando da presença destes no território nacional. Este exemplo foi escolhido devido ao fato de ser uma das únicas intervenções artísticas na cidade que teve participação efetiva de alunos do curso de arquitetura e urbanismo da UFAL.

consiste em retornar ao lugar de onde partimos e o conhecermos pela primeira vez.

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