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Distribuição dos alunos por sexo

3.CRUZAMENTO DOS DADOS E ANÁLISES ESTATÍSTICAS

3.2 Instituição x Variáveis do Questionário

TABELA 22 – Número de alunos, segundo tipo de instituição e se tiveram o conteúdo. Tiveram os conteúdos

Instituição Sim / % Não/% Nº total de alunos

Federal 9 /100% 0 9

Estadual 8/ 89% 1/1,1,3% 9

Particular 22/ 100% 0 22

TOTAL 39 / 97,5% 1/ 2,5% 40

p-valor = 0,171

Os resultados na Tabela 22 demonstraram que não há dependência entre as variáveis. O fato dos alunos terem ou não tido os conteúdos de acessibilidade e tecnologia assistiva independeu da natureza das instituições, se federal, estadual ou particular. Nas instituições federais e particulares 100% dos alunos confirmam ter tido os conteúdos. Nas estaduais, 8 afirmam e 1 nega. Em relação ao total de alunos participantes, independentemente do tipo de instituição freqüentada, 97,5% dos alunos declaram ter tido os conteúdos de acessibilidade e tecnologia assistiva na graduação em Terapia Ocupacional.

A Tabela 23 apresenta como o conteúdo de tecnologia assistiva e acessibilidade está distribuído no currículo dos alunos: se em disciplinas específicas, se incluído em outras disciplinas, se em disciplina específica e incluído em outras disciplinas, e/ou se em todos os critérios.

TABELA 23 – Número de alunos, segundo tipo de instituição e tipo de disciplina, se específica ou dentro de outra .

Disciplina específica ou dentro de outra

Instituição Disciplina Específica Dentro de outra disciplina Disciplina específica / dentro de outra Não teve na graduação Nº total de alunos Federal 4 3 2 0 9 Estadual 1 3 4 1 9 Particular 8 3 11 0 22 TOTAL 13 9 17 1 40 p-valor = 0,122

O p-valor da Tabela 23 identificou que não há dependência entre as variáveis. Os principais resultados demonstraram que 4 (44,5%) dos alunos das instituições federais remeteram o ensino dos conteúdos de tecnologia assistiva e acessibilidade às disciplinas específicas; e 3 (33,3%) apontaram para dentro de outras disciplinas. Nas estaduais 4 (44,5%) dos alunos remeteram o ensino de tecnologia assistiva às disciplinas específicas e dentro de outras, e 3 (33,3%) referiram a dentro de outras. Já nas instituições particulares, 11 (50,0%) remeteram este conteúdo às disciplinas específicas e dentro de outras e 36,4% apontaram para as disciplinas específicas obrigatórias.

A Figura 41 ilustra os dados apresentados da Tabela 24. .

17; 42,5% 7; 17,5% 13; 32,5%

1; 2,5%

Em disciplinas específicas e dentro de outras Incluído em outras disciplinas

Em disciplinas específicas

FIGURA 41 – Respostas dos alunos em relação à natureza das disciplinas oferecidas pelas instituições participantes.

A Figura 41 mostrou que os 17 alunos (42,5%) referiram que o conteúdo de tecnologia assistiva e acessibilidade foi estudado em disciplinas específicas e dentro de outras, seguidos por 13 alunos (32,5%) que apontaram para disciplinas específicas e exemplificaram as disciplinas de Tecnologia Assisitiva, órteses e próteses, e recursos adaptativos durante a graduação. 7 participantes (17,5%) declararam que os conteúdos de TA e AC fizeram parte de outras disciplinas.

A Tabela 24 relaciona a natureza da instituição, segundo o número de alunos, e percentual de carga horária teórica.

TABELA 24 – Número de alunos, segundo a natureza da instituição e carga horária teórica.

Carga horária teórica

Instituição Nada Menos de 20% Até 50% Até 70% Mais de

70% total Nº de alunos Federal 0 2 4 3 0 9 Estadual 1 4 4 0 0 9 Particular 0 4 9 6 3 22 TOTAL 1 10 17 9 3 40 p-valor = 0,235

A Tabela 24 apresenta que não há dependência entre as variáveis. Os dados mais representativos mostraram que, proporcionalmente, 44,5% dos alunos das instituições federais e estaduais declararam ter tido até 50% dos conteúdos de tecnologia assistiva e acessibilidade em cargas horárias teóricas. Nas federais, 3 (33%) alunos elevam para até 70% os conteúdos abordados nestas cargas horárias. Nas instituições particulares 9 alunos (41 %) declaram ter tido até 50% deste conteúdo, e 6 (27,3%) declararam ter tido até 70% dos conteúdos nas cargas horárias teóricas. Pode-se verificar que os alunos das instituições particulares receberam os maiores percentuais de conteúdos de acessibilidade e tecnologia assistiva dos que os das instituições públicas (federais e estaduais). Pode-se verificar que entre os alunos das instituições federais, estaduais e particulares predomina a percepção de terem tido “até 50%” destes conteúdos em cargas horárias teóricas, enquanto nas instituições estaduais os números entre as médias de “até 20%” e “até 50%” são equivalentes.

A Tabela 25 apresenta o cruzamento entre as informações relativas a natureza da instituição, segundo o número de alunos, e carga horária de práticas.

TABELA 25 – Natureza da instituição segundo número de alunos e carga horária prática.

Carga horária de práticas Instituição Nada Menos de

20% Até 50% Até 70% Mais de 70% total de alunos Federal 0 3 6 0 0 9 Estadual 1 2 4 1 1 9 Particular 1 8 10 2 1 22 TOTAL 2 13 20 3 2 40 p-valor = 0,838

Os principais achados da Tabela 25 revelaram que não há dependência entre as variáveis. Os conteúdos práticos predominaram nas respostas de “até 50%” das cargas horárias. Esta informação revelou que nas instituições federais 6, ou 66,6% dos alunos receberam proporcionalmente mais horas práticas, seguidas pelas particulares e estaduais, com 10 ou 45,5% e 4, ou 44,5% das respostas dos alunos. Uma informação interessante demonstrada por esta tabela foi que as instituições particulares apresentaram o maior percentual de respostas para “menos que 20%” (8 alunos, ou 36,4%), considerada próxima dos percentuais que predominaram sobre os referidos conteúdos (10 alunos ou “até 50%”), seguidas pelas federais, com 3 alunos ou 33,3%, e as estaduais, com 2 alunos ou 22,3% das respostas.

A Tabela 26 apresenta a natureza da instituição, segundo o número de alunos, e a percepção da capacidade para avaliar a necessidade do uso de recursos de acessibilidade e tecnologias.

TABELA 26 – Natureza da instituição, segundo número de alunos, e a percepção da capacidade para avaliar a necessidade do uso de recursos de acessibilidade e tecnologias.

Avaliar a necessidade do uso de recursos de acessibilidade e tecnologias

Instituição Sim /% Não/% Superficialmente Total de alunos Federais 8 / 88,9% 0 1 /11,1% 9 Estaduais 6 / 66,7% 1 / 11,1% 2 / 22,2 % 9 Particulares 16 / 72,7% 3/ 33,3% 3 / 13,6% 22 TOTAL 30 / 75% 4/ 10% 6 / 15 % 40 p-valor = 0,743

A Tabela 26 também retratou que não há dependência entre as variáveis. Retratou que os alunos das instituições federais e particulares se sentem proporcionalmente mais preparados para avaliar a necessidade do uso de recursos de tecnologia assistiva e acessibilidade do que os alunos respondentes das instituições estaduais. Dos 40 participantes totais, sem distinção entre a natureza das instituições, 75% se sentem preparados para avaliar os referidos conteúdos.

TABELA 27 – Número de alunos, segundo a natureza da instituição e a percepção da capacidade atuar com recursos de acessibilidade e tecnologias.

Atuar com recursos de acessibilidade e tecnologia

Instituição Sim/ % Não Superficialmente Nº total de alunos Federal 5 / 55,5% 0 4 / 44,5% 9 Estadual 5 / 55,5% 0 4/ 44,5 % 9 Particular 11 / 50% 2 / 9 % 9 / 41% 22 TOTAL 21 / 52,5 2 / 5% 17 / 42,5 40 p-valor = 0,786

A Tabela 27 apontou que, proporcionalmente, os alunos se sentem preparados para atuar com os recursos de tecnologia assistiva e acessibilidade, independentemente da natureza da instituição. Se somadas as respostas de “não e superficialmente”, de maneira geral, as respostas apresentam percentuais próximos entre as afirmativas e negativas nas federais, estaduais e particulares (44,5%, 44,5% e 41%), respectivamente.

TABELA 28 – Natureza da instituição, segundo o número de alunos, e a percepção da capacidade de criar e desenvolver inovações tecnológicas e de acessibilidade.

Criar e desenvolver inovações tecnológicas e de acessibilidade

Instituição Sim Não Superficialmente Nº total de alunos Federal 2 / 22,2 2 / 22,2 5 / 55,6 9 Estadual 2 / 22,2% 0 7 / 77,8% 9 Particular 11 / 50% 2 / 9 % 9 / 41% 22 TOTAL 15 / 37,5 4 / 10% 21 / 52,5% 40 p-valor = 0,20

A Tabela 48 demonstrou que a habilidade de criar e desenvolver inovações tecnológicas e de acessibilidade independem da natureza da instituição, se federal, estadual ou particular. Esta tabela mostrou também que nas respostas dos alunos das instituições particulares predominam as afirmações, enquanto nas instituições federais e estaduais as avaliações apontam para a superficialidade dos temas. Contudo, cabe ressaltar que mesmo os alunos das instituições particulares terem confirmado esta capacitação, se somadas as respostas “não e superficialmente” considerando-se como negativas, os percentuais entre as afirmativas e negativas se igualam (50%). Pode-se inferir que as respostas encontradas apontam para a superficialidade na abordagem do tema no período de graduação, independente da natureza das instituições.

Ainda em análise da Tabela 28, destacou-se uma curiosidade acerca das questões deste estudo. Vem-se discutindo que, desde os primórdios da profissão do terapeuta ocupacional, utilizou-se do termo “adaptações” como sinônimo de tecnologia assistiva e, durante o curso, registrou-se a oferta de subsídios para que se desenvolvessem os recursos de adaptação de atividades e materiais. No entanto, quando questionados sobre as condições de criar e desenvolver inovações tecnológicas e de acessibilidade, entre “não” e “superficialmente” somaram-se 25 alunos que não se sentiam capacitados para esta habilidade, o que equivale a um percentual significativo de 62,5% dos respondentes.