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Distribuição dos alunos por sexo

CARGA HORÁRIA TOTAL TEÓRICA

A- Análise dos Conteúdos obtidos nas práticas

A.4 Principais conteúdos obtidos sobre Design Universal

Apresenta-se a seguir a definição de Design Universal exposto por Christenson (1999), adotada como referência para essa análise. Para esse autor, o Design Universal considera “uma abordagem incorporada a produtos, bem como aos fatores de edificação e elementos que aumentam e estendem as possibilidades para que os mesmos possam ser utilizados pela maioria das pessoas” (p. 24).

A Tabela 16 demonstra a proporção de respostas obtidas pelos alunos participantes em relação aos conteúdos de design universal (ANEXO 10), acessados durante o período de formação.

TABELA 16 – Conteúdos sobre design universal.

Conteúdos sobre design universal Número de alunos Percentual (%) 1. Não tiveram o conteúdo ou não

souberam responder* 21 52,5%

2. Produtos, serviços e ambientes acessíveis ao maior número de pessoas

8 20%

3. Conceitos, legislação e normas da

ABNT 6 15%

4. Noções, princípios e procedimentos

gerais*. 5 12,5%

5. TOTAL 40 100%

A partir da Tabela 16 pode-se verificar que das 40 respostas obtidas, 26 (65%) foram qualificadas como noções e conceitos gerais (*), ou não responderam, por não terem tido o conteúdo, ou outro motivo não especificado. Basicamente 8 participantes (20%) corresponderam a respostas que puderam ser consideradas como satisfatórias. Reforça-se, aqui, mais um argumento de superficialidade para a abordagem dos temas durante o período de graduação, dado que o conhecimento sobre design universal perpassa os conceitos de acessibilidade e tecnologia assistiva. Apesar das inúmeras possibilidades vivenciadas na sala de aula, observou-se que houve a tentativa de respostas, mas que denotaram uma aproximação ou mesmo dedução do significado a partir do termo, sinalizando para a inexistência de um conceito teórico formalmente oferecido. As respostas pareceram partir de conceitos do senso comum e não de um conceito devidamente trabalhado em um curso de formação para atuação específica na

área.

Considerando-se que se trata da formação de profissionais para atuar no universo do design universal e no planejamento de produtos, a formação deve oferecer ampla e aprofundada fundamentação teórica e prática e de forma sistematizada. Trata-se de preparar seus profissionais para atuarem de forma reflexiva e competente. Isso se aplica tanto na construção de soluções compatíveis com a funcionalidade das pessoas, sejam elas com ou sem necessidades especiais, temporárias ou permanentes ao longo de seu desenvolvimento ou em qualquer espectro de atuação. Incluem-se, então, as condições de instituir bem como firmar a importância de sua atuação profissional nas equipes de trabalho que envolvem o design universal, as diferentes tecnologias, bem como as inovações tecnológicas. Acrescenta-se, aqui, que todos os aspectos até então apontados subsidiam o reconhecimento da atuação do profissional da terapia ocupacional no mercado de trabalho.

A Tabela 17 ilustra as informações em relação às pessoas beneficiadas pelo design universal, de acordo com os participantes.

TABELA 17 – Pessoas correlacionadas aos princípios do Design Universal. Pessoas associadas aos princípios do

Design Universal

Número de alunos Percentual (%) 1. Não mencionaram usuários; não

responderam ou não tiveram o conteúdo

25 62,5%

2. “Todas as pessoas”, sem especificação ou maior número de pessoas

7 17,5%

3. Deficientes ou não 3 7,5%

4. PNEs 3 7,5%

5. Pessoas com diferentes habilidades ou limitações

2 5,0%

6. TOTAL 40 100%

A Tabela 17 demonstrou que dentre os participantes, somam-se 25 (62,5%) os que não mencionaram nenhum tipo de usuário, ou não responderam, ou declararam não terem tido os conteúdos ou não saberem, ou ainda terem tido apenas noções superficiais sobre estes conteúdos. Trata-se de um número significativo para a área de formação.

7 dos participantes (17,5%) consideraram em suas respostas “todas as pessoas”, apontando para um conhecimento aparentemente mais abrangente. No entanto, 5 agregaram níveis mais interessantes de conhecimento, enriquecendo suas respostas com

“pessoas com diferentes habilidades ou limitações (2), ou ainda deficientes ou não” (3). 3 participantes (7,5%) relacionaram como usuários do design universal as pessoas com deficiência. Pode-se considerar que este dado apontou para a influência distorcida da vertente norte-americana na formação, que direcionou o conceito de design universal para essas pessoas.

A sequência da análise buscou extrair das respostas a que os alunos associam aos conteúdos do design universal.

A Tabela 18 ilustra a aplicação dos princípios do Design Universal, de acordo com os alunos participantes.

TABELA 18 - Aplicação dos princípios do design universal. Aplicação dos princípios do design universal Número de

alunos

Percentual (%)

1. Não responderam ou não tiveram o conteúdo

22 55%

2. Produtos, edificações, mobiliários,

serviços e equipamentos. 9 22,5%

3. Acessibilidade, de modo geral 5 12,5%

4. TA: órteses, adaptações, comunicação alternativa

3 7,5%

5. Vida cotidiana 1 2,5%

TOTAL 40 100%

A Tabela 18 demonstrou que, dentre os participantes que consideraram o conteúdo analisado em suas respostas, 28 participantes ou não responderam ou o fizeram de forma superficial (como por exemplo citaram “acessibilidade e vida cotidiana”, relativos aos itens 1, 3 e 5), o que pode ser considerado como um percentual bastante significativo (70%), de respostas imaturas e superficiais, o que assume importância quando considerada a área de formação. 9 (22,5%) fizeram considerações satisfatórias em termos das definições formais.

Os resultados apresentados sobre acessibilidade, tecnologia assistiva, design universal e barreiras arquitetônicas permitiram acessar o nível de conhecimento que os graduandos em terapia ocupacional estão apresentando sobre os referidos temas. Nesta pesquisa buscou-se explorar mais aprofundadamente o nível de aprendizado dos participantes, utilizando-se da apresentação dos conteúdos sobre os diferentes temas, bem como da extração dos conceitos, dos usuários e da aplicação destes conteúdos, como o explicitado inicialmente. A seguir, apresenta-se uma síntese de cada um desses

tópicos valorizados.

A Figura 33 sintetiza os conteúdos que predominaram nas respostas dos participantes, organizados a partir dos temas de interesse e apresenta sua legenda para orientação de leitura.

FIGURA 33 – Síntese das respostas encontradas sobre os temas acessibilidade, tecnologia assistiva, barreira arquitetônica e design universal.