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Distribuição dos alunos por sexo

CARGA HORÁRIA TOTAL TEÓRICA

A- Análise dos Conteúdos obtidos nas práticas

A.3 Principais conteúdos obtidos sobre Barreiras Arquitetônicas

Para apresentar e discutir os resultados obtidos acerca do tema das “Barreiras Arquitetônicas” apresenta-se, inicialmente, a referência de análise adotada da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. As normas da ABNT (2004) consideram como barreira arquitetônica “o impedimento de acessibilidade, natural ou resultante de implantações arquitetônicas ou urbanísticas”, que se aplicam a todas as pessoas incluindo os idosos, gestantes, pessoas com limitações temporárias ou permanentes.

A Tabela 13 organiza os conceitos apresentados sobre barreiras arquitetônicas, de acordo com os participantes.

TABELA 13 – Conceitos sobre Barreiras Arquitetônicas.

Conceito sobre Barreiras Arquitetônicas Número de alunos Percentual (%) 1. Noções gerais: conceitos, tipos,

normas regulamentadoras - NBR9050 13 32,5%

2. Dificuldade de acesso 9 22,5%

3. Responderam com exemplos práticos 4 10%

4. Responderam com exemplos de "soluções" p/ barreiras arquitetônicas

2 5%

5. "Barreiras naturais ou urbanas” 3 7,5% 6. Não tiveram o conteúdo ou não

responderam 4 10%

7. Empecilho para a independência 2 5%

8. Impedem a garantia do direito de ir e vir.

2 5%

9. Estratégias de eliminação de barreiras, sem especificar

1 2,5%

10. TOTAL 40 100%

A Tabela 13 chama a atenção pela ampla variedade de categorias criadas, com objetivo da organização das informações obtidas. A partir desse achado, pode-se inferir que a diversidade de respostas pressupõe a falta de sistematização do conteúdo de barreiras arquitetônica. Para responder, os participantes parecem ter partido da sugestão do próprio termo, influenciando na superficialidade identificada nas respostas. Embora 9 (22,5%) dos participantes tenham mencionado a dificuldade de acesso, conforme as referência adotadas para análise, apenas 3 (7,5%) dos participantes enriqueceram suas repostas detalhando as barreiras como “naturais ou urbanas”. Um outro aspecto que mereceu destaque foi que 3 dos participantes associaram como resposta as estratégias de

solução para as barreiras (ex. rampas), e não o conceito propriamente dito.

Dando sequência a última parte da análise desse conteúdo, buscou-se extrair das respostas organizadas, quais as pessoas mais afetadas pelas barreiras arquitetônicas, a partir do ponto de vista dos participantes.

A Tabela 14 registra quem são as pessoas mais afetadas pela presença de barreiras arquitetônicas, para os participantes.

TABELA 14 – Pessoas mais afetadas pela presença de Barreiras Arquitetônicas. Pessoas afetadas pelas Barreiras

Arquitetônicas

Número de alunos Percentual (%) 1. Não mencionaram pessoas em suas

respostas 22 55%

2. PNEs; pessoas com ou sem necessidades especiais, temporárias ou permanentes

14 35%

3. Não tiveram o conteúdo ou não responderam

4 10%

TOTAL 40 100%

Observou-se que na Tabela 14 predominaram as respostas de alunos que não mencionaram as pessoas mais afetadas em suas respostas, seguidas pelas respostas que apontaram para as pessoas com deficiência ou pessoas com ou sem deficiência, temporária ou permanentes (14 participantes, 35%). A falta de exemplos para outros tipos de deficiência pode, também, ser entendida como um indicativo de superficialidade dos conteúdos obtidos, tanto por conta dos demais tipos como deficiência visual, auditiva e outras, e mesmo dentro dos parâmetros da normalidade. Dentre os 14, 3 participantes (7,5%) consideraram todas as pessoas, enriquecendo suas respostas com a menção das pessoas com ou sem necessidades especiais, temporárias ou permanentes.

A Tabela 15 ilustra os exemplos de barreiras arquitetônicas, de acordo com os participantes.

TABELA 15 – Exemplos de Barreiras Arquitetônicas.

Identificação de Barreiras Arquitetônicas Número de alunos Percentual (%) 1. Ambientes, casas, calçadas, espaços

urbanos, serviços coletivos, de modo geral

15 37,5%

3. Exemplos práticos: falta de elevadores, falta de rampas, árvores e edificações

4 10%

4. Barreiras ambientais, naturais ou resultantes de implantações arquitetônicas

3 7,5%

5. Barreiras arquitetônicas, "de acordo com a legislação"

3 7,5%

6. Não responderam 3 7,5%

7. TOTAL 40 100%

A Tabela 15 demonstrou que 15 participantes (37,5%) fizeram referências quanto à presença de barreiras arquitetônicas, de maneira geral. 6 deles (soma dos itens 4 e 5) detalharam em suas respostas exemplos quanto a barreiras naturais e/ou arquitetônicas. Desses, 3 (7,5%) de forma específica e 3 (7,5%) de forma geral, mas reportando-se às definições formais. A contabilização dos participantes que responderam de forma insatisfatória ou não responderam soma um total de 15 participantes. Dos que responderam de forma geral, somam-se 18 participantes Ìtem 1 e 5 da Tabela). Sendo assim, 45% dos participantes apresentaram respostas consideradas deficitárias, gerando uma expectativa precária quanto ao nível de formação que os futuros profissionais dessa área estão recebendo. Dos 4 participantes que forneceram exemplos práticos (10%), predominaram a “falta de rampas e elevadores”, que correspondem a formas de solução para a presença de barreiras arquitetônicas. Tais asserções vêm ao encontro dos pressupostos teóricos adotados de acordo com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (2004), pois condizem com uma das dificuldades decorrentes de impedimentos. No entanto, a própria definição adotada remete o termo barreira arquitetônica ao impedimento de “acessibilidade”, natural ou resultante de implantações arquitetônicas, demonstrando uma associação do termo acessibilidade aos aspectos físicos relacionados às pessoas com restrições físicas, e não levou em conta a amplitude do termo “acesso” quando ligados tanto aos impedimentos naturais, como aos recursos tecnológicos e sociais. 1 participante exemplificou com a presença árvores e edificações. Também são exemplos de implantações urbanísticas a presença de “orelhões” e caçambas instaladas nas vias públicas, que oferecem perigo principalmente às pessoas com deficiência visual. Sem contar com a presença de degraus altos ou calçadas em condições precárias que inviabilizam a passagem de gestantes, idosos, ou pessoas com algum tipo de restrição, ou simplesmente com carrinhos de bebês. Ou seja, detectou-se a ausência de discussões mais amplas que ampliassem esse conceito e que instigassem os alunos para outras reflexões que envolvessem o dia-a-dia de toda a população.

A seguir se apresenta a análise dos conteúdos obtidos sobre design universal.