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Instrumento de registro e arquivamento dos dados

Ficha 4 – Ficha lexicográfico-toponímica adaptada e preenchida

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.5 Instrumento de registro e arquivamento dos dados

Os dados dos topônimos foram registrados em fichas lexicográfico-toponímicas, conforme o modelo proposto por Dick (2004, p. 130), as quais apresentam os seguintes campos: Localização do município; Topônimo; Acidente Geográfico (A.G); Taxionomia; Etimologia; Entrada lexical; Estrutura morfológica; Histórico; Informações enciclopédicas; Contexto; Fonte; Pesquisador; Revisor e Data de coleta, como o modelo abaixo.

Ficha 1 – Modelo de ficha lexicográfico-toponímica. Localização – Município:

Topônimo: A.G14: Taxionomia:

Etimologia: Entrada lexical: Estrutura morfológica: Histórico: Informações enciclopédicas: Contexto: Fonte: Pesquisador: Revisor: Data da coleta: Fonte: Dick (2004, p.130).

Os campos das fichas são descritos da seguinte forma (CURVELO, 2009, p. 71): Campo 1: Localização – localização geográfica do município. Nesse campo são registradas informações como o nome da Mesorregião e da Microrregião onde se situam os municípios.

Campo 2: Topônimo – nome do lugar.

Campo 3: Acidente Geográfico – irregularidade no nivelamento do solo, a qual pode ser classificada como: baía, chapada, delta, estreito, ilha, montanha, rio, vale, etc.

Campo 4: Taxionomia – nomenclatura que permite interpretar, descrever e classificar os nomes dos lugares quanto ao aspecto semântico.

Campo 5: Etimologia – informações sobre o significado do topônimo descrito a

14 O Acidente Geográfico (AG) pode ser substituído pelo Acidente Humano (AH) quando se tratar de um lugar

partir de sua estrutura mórfica.

Campo 6: Entrada lexical – refere-se ao elemento linguístico de base, à unidade significativa que pode ser uma palavra simples ou composta, uma locução ou uma frase.

Campo 7: Estrutura morfológica – são as unidades mínimas de significação (morfemas lexicais e gramaticais) que compõem o topônimo.

Campo 8: Histórico – informações sobre a origem e os fatos motivadores das alterações toponímicas.

Campo 9: Informações Enciclopédicas – informações complementares coletadas em materiais de segunda mão como livros, dicionários e pesquisa na internet.

Campo 10: Contexto – contexto situacional, que indica de onde o topônimo foi retirado.

Campo 11: Fonte – documentos e textos diversos que servirão de base para a pesquisa.

Campo 12: Pesquisador – aquele ou aqueles que fizeram a pesquisa. Campo 13: Revisor – aquele que revê a pesquisa.

Campo 14: Data da coleta – quando foram coletados os dados.

Vejamos um exemplo de ficha preenchida seguindo o modelo descrito acima.

Ficha 2 – Modelo de ficha lexicográfico-toponímica preenchida.

Localização – Município: Mesorregião 6: Centro-Sul Cearense > Microrregião 26: Iguatu

Topônimo: Icó A.H: Vila Taxionomia:

Hidrotopônimo

Etimologia: Segundo Falcão (1993, p. 48), Paulino Nogueira considera a palavra Icó como de origem indígena, composta de YG (água) + CÓ (roça), significando “água ou rio das roças”.

Entrada lexical: Icó Estrutura morfológica:

Histórico: Segundo Studart (1924, p. 99), o primitivo nome da cidade de Icó foi Arraial

de Nossa Senhora do O. Elevado à categoria de vila com o nome de Arraial da Ribeira dos Icós ou Arraial Novo, conforme Ordem Régia de 20 de outubro de 1736. Para o IBGE

(s/d), no lugar que corresponde à atual cidade de Icó, habitavam, no início do século XVIII, tribos indígenas que lutaram contra as ações de colonizadores. “Entre as serras do Pereiro e os vastos sertões do Cedro, o capitão-mor Gabriel da Silva Lago fez erguer uma paliçada para defender os moradores da ribeira do rio Salgado, surgindo ali o Arraial

de Nossa Senhora do O, padroeira do povoado.

Contexto: Auto de Querela, eDenuncia que dá | Joaõ Pereira deLucena contra Felis Roiz | Barros branco moador na Praia da Caissa | ra termo desta Vila do Icó | Manoel Bezerra, eoutros [...] (Ximenes, 2006, l. 1-3; p. 109).

Fonte: www.ibge.gov.br

Pesquisador: Patrícia de Oliveira Batista Revisor: Patrícia de Oliveira Batista

Data da coleta: Novembro de 2010. Fonte: Dick, 2004, p.130.

Considerando que o nosso objetivo geral é descrever o léxico toponomástico cearense e que nossa pretensão não é a de elaborar um atlas linguístico, como tem sido feito na maioria das pesquisas em Toponímia, usaremos um modelo adaptado da ficha lexicográfico-toponímica proposta por Dick (2004, p. 130).

A ficha modificada contém os seguintes campos: Topônimo (nome do lugar), Localização (identificação da meso e da microrregião em que se localiza o lugar), Percurso onomástico (alterações toponímicas), Taxionomia (classificação do topônimo conforme as taxes de natureza física ou antropocultural), Contexto (trecho do auto de querela em que foi identificado o registro do topônimo), Nota linguística (informações sobre a etimologia da palavra) e Nota histórica (informações sobre os fatos históricos relacionados ao topônimo).

Acreditamos que este modelo adaptado, embora mais conciso, apresenta as informações mais pertinentes para o desenvolvimento dos objetivos delineados para esta pesquisa.

Ficha 3 – Ficha lexicográfico-toponímica adaptada. Topônimo Localização Percurso onomástico Taxionomia Contexto Nota linguística Nota histórica

Fonte: Elaborada pela autora.

Ficha 4 – Ficha lexicográfico-toponímica adaptada e preenchida.

Topônimo Vila do Icó

Percurso Onomástico Arraial de Nossa Senhora do O > Arraial da Ribeira dos Icós > Arraial Novo > Icó

Taxionomia Hidrotopônimo

Contexto <Testemunha3> Jozé Xime | nes branco Cazado morador na | Vila doIco que uiue de Suas plan | tas deidade detrinta ehum a | nnos, mais ou menos, testimun | nhajurada aos Santos Evangelhos | emhum Livro deles [...] (Ximenes, 2006, L. 33; A. 1; l. 143-146; p. 87).

Nota linguística Segundo Falcão (1993, p. 48), Paulino Nogueira considera a palavra Icó como de origem indígena, composta de YG (água) + CÓ (roça), significando “água ou rio das roças”.

Nota histórica Segundo Studart (1924, p. 99), o primitivo nome da cidade de Icó foi Arraial de Nossa Senhora do O. Elevado à categoria de vila com

o nome de Arraial da Ribeira dos Icós ou Arraial Novo, conforme Ordem Régia de 20 de outubro de 1736.

Para o IBGE (s/d), no lugar que corresponde à atual cidade de Icó, habitavam, no início do século XVIII, tribos indígenas que lutaram

contra as ações de colonizadores. “Entre as serras do Pereiro e os vastos sertões do Cedro, o capitão-mor Gabriel da Silva Lago fez erguer uma paliçada para defender os moradores da ribeira do rio Salgado, surgindo ali o Arraial Novo, hoje cidade de Icó” (IBGE, s/d). Em meados do século XVIII, foi erguida a capela de Nossa

Senhora do O, padroeira do povoado.

De acordo com Seraine (1948, p. 272), “no dia 1 de Outubro de 1824 foi jurada a república do Icó, e lido o decreto de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, que ordenava um empréstimo forçado. Elevada a cidade pela Lei provincial nº 244, de 25 de Outubro de 1842”.

Elevada à condição de cidade sob a denominação de Icós ou Icó.

Fonte: Elaborada pela autora.