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Integração na Comunidade Escolar O professor a turma e a escola

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 111-114)

3. ENQUADRAMENTO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

4.2 Área 2 Participação na Escola

4.2.1 Integração na Comunidade Escolar O professor a turma e a escola

enriquecimento curricular, como a própria participação nos conselhos de turma, reuniões de direcção de turma, reuniões de grupo e participação em iniciativas da própria escola, todas proporcionaram um enriquecimento pessoal bastante significativo, contribuindo assim para a percepção das tarefas do professor na escola e modo como deverá actuar nas mesmas.

4.2.1 Integração na Comunidade Escolar - O professor a turma e a escola

A integração na comunidade escolar deverá ser um princípio de qualquer sujeito pertencente à escola. Cada escola é caracterizada com uma cultura própria e uma maneira específica de actuar. Como já fui referindo neste documento cada contexto é um contexto diferente o que reafirma a necessidade de o perceber.

É impossível exercer uma profissão, com competência, sem conhecer o modo de funcionamento da “empresa” que nos admite. Neste sentido é pertinente a nossa integração na comunidade escolar.

Enquanto estagiária encarei a minha participação na escola, sabendo que o meu papel não se limitaria, de modo algum, ao contexto de “sala de aula”, isto é, relação professora/aluno. Pretendia, deste modo, uma participação activa que me identificasse com a própria instituição e o projecto educativo decorrente da mesma.

Perceber todas as burocracias da escola torna-se praticamente impossível, se não houver uma integração nas mesmas. Lembro-me dos momentos iniciais deste percurso de formação quando, nós, estagiárias, fomos convocadas para as primeiras reuniões de conselho de turma. Todo o processo que se gerou à volta das mesmas era para mim desconhecido, não fazia a mínima ideia dos aspectos fundamentais a tratar, nem me sentia capaz e dotada de competências para intervir perante o conjunto de professores.

Estas circunstâncias foram, com o passar do tempo, ultrapassadas, pois à medida que vamos permanecendo na escola e desempenhamos as funções que ela nos exige, tornamo-nos mais autónomas, conscientes e interventivas. Se inicialmente me apresentei tímida e receosa, terminei o ano lectivo com uma capacidade interventiva mais alargada e conhecedora de muitos dos princípios do meu desempenho como professora.

Inevitavelmente, cada acção desempenhada na escola contribui para o nosso desenvolvimento profissional e para a nossa afirmação, enquanto pertencentes a uma comunidade escolar que nos acolhe. É de todo importante a experimentação e o conhecimento das tarefas e cargos possíveis a desempenhar na escola. A realidade que nos espera futuramente poderá exigir-nos o desempenho afincado de uma delas, sendo assim necessário possuir competências adequadas que nos permitam assumir o seu controlo.

verdadeiramente. Durante as mesmas reflecti e pensei nos momentos da minha escolaridade obrigatória e nas minhas exigências enquanto professora. Este foi um processo complicado, pois muitas vezes dei por mim a raciocinar como aluna e não como professora. Contudo, não considero este aspecto negativo. É indispensável pensar no aluno e colocar-se no seu papel para perceber todo o processo de que é alvo.

Enquanto inexperiente no contexto escolar, foram aspectos que me favoreceram o saber ouvir, a motivação, a busca incessante pelo desconhecido, a capacidade de superação e acima de tudo o trabalho em grupo. Para tal, foi preciosa a actuação da professora cooperante que desde o primeiro momento nos incutiu a necessidade de conhecer o funcionamento do professor na escola, privilegiando o trabalho desenvolvido em grupo, considerando assim que, para o funcionamento correcto, a escola deverá interagir como um grande grupo que trabalha pelos mesmos interesses.

Ainda sobre o mesmo aspecto, refiro a extrema importância dada às reuniões com a professora cooperante, pois os diálogos, mesmo que por vezes breves, acabaram por aumentar o meu leque de conhecimentos acerca da profissão que futuramente desejo desempenhar. Mais que uma professora tornou-se fundamental o seu papel de amiga, favorecendo a transmissão de experiências, que por vezes, mesmo parecendo insignificantes, me fizeram pensar e repensar as minhas acções.

O papel do (a) estagiário(a) na escola poderá ser, mais ou menos gratificante, dependendo do sujeito que o desempenha. Para mim, tornou-se fundamental a relação criada com os restantes professores do grupo de Educação Física. A interacção e proximidade com os mesmos, proporcionou uma melhor integração no contexto escolar. O facto de criar boas relações entre eles permitiu desfazer o afastamento criado entre outros professores da escola, impeditivo na percepção dos diferentes papéis e funções a desempenhar.

Deste modo, aponto a extrema necessidade, durante a formação, do convívio com os colegas da escola, como forma facilitadora do trabalho em grupo, da comunicação, da inclusão no seio escolar, e do entendimento das diferentes funções do professor

Muitas das experiências antes de serem vivenciadas poderão ser causadoras de incertezas, constrangimentos e receios. Contudo, a própria experiência e participação conseguem dotar-nos das mais diversas capacidades nunca antes imagináveis. Considero o meu desempenho extremamente gratificante pois dele resultaram diversas experiências enriquecedoras para as quais neste momento me sinto minimamente preparada. Organizar actividades curriculares, presidir uma reunião, desempenhar as funções de director de turma e por consequência tomar decisões conscientes e eficazes são aspectos que fui apurando ao longo do ano e dos quais tomei consciência das suas dificuldades.

Por fim, não devo deixar de referir a extrema importância da actuação do professor na escola. Dela resulta uma melhoria educativa nos alunos potenciada pelas experiências do âmbito curricular e extra-curricular. Enquanto profissionais é nosso dever conseguir uma formação integral dos educandos.

É uma função da escola formar sujeitos aptos para enfrentar as exigências sociais, sendo assim, torna-se fundamental a preocupação tanto pelas diversas disciplinas curriculares como pela concretização pertinente de projectos e actividades de acordo com as necessidades culturais e sociais dos jovens dos nossos dias Neste sentido o professor é o principal agente para a realização dos mesmos.

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 111-114)