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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCA DE SE ULTILIZAR A BRINCADEIRA

4 A INTERFÊNCIA DO PROFESSOR NO BRINCAR

O brincar faz parte do processo do processo de ensino e aprendizagem das crianças e até mesmo do adulto, desde a infância as crianças assimilam suas fantasias, trazendo para o meio em forma de brincadeiras de diferentes maneiras que as ajudam a se desenvolverem, e a brincadeira não tem hora e nem local para ser inserida como objeto de conhecimento, pois ela possibilita um conhecimento mais amplo e facilitado de qualquer assunto ou tema, portanto é de extrema importância que dentro de sala de aula o professor deve inserir a brincadeira como peça indispensável em qualquer aula.

O professor sendo o principal responsável em organizar e promover situações em que as crianças terão um desafio para resolver, o professor deve primeiramente verificar qual é o objetivo a ser alcançado, aí sim inserir o conteúdo de uma forma divertida em que todas as crianças aproveitem e aprendam com a brincadeira proposta. Mas, cabe ao professor escolher uma brincadeira que todos participem, se a sala ficar pequena, explore o espaço externo da escola e se mesmo assim se não for favorável a brincadeira, não tem problema em levá-los para o exterior da escola, desde que tenha atenção e esteja atento a cada movimento das crianças.

O educador não precisa ensinar a criança a brincar, pois este é um ato que acontece espontaneamente, mas sim planejar e organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada, propiciando às crianças a possibilidade de escolher os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar. Dessa maneira, poderão elaborar de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos conhecimentos e regras sociais (RCNEI, 1998, p. 29).

De acordo com o RCNEI (2001), "A ludicidade está diretamente ligada como o educar, cuidar e brincar. No universo infantil por meio da ludicidade a criança consegue se desenvolver com mais facilidade.".

Ainda com o RCNEI (2001), "é no brincar que a criança conhece os diferentes vínculos entre as características do papel assumindo, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disso e generalizando para outras situações.".

O professor como principal responsável dentro de sala de aula deve utilizar métodos e metodologias diferentes sempre incluídos não somente a teoria, mas, inseri-la na pratica como brincadeiras, para que seus alunos aproveitem mais o tema

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trabalhado e podendo participar, sendo reflexivos, críticos, dinâmicos, totalmente capazes de enfrentar qualquer desafio que possa vir e enfrentar na sua vida. Portanto o professor deve não apenas ter o hábito de usar a o lúdico em sala de aula, mas sim, tornar a ludicidade constante em todas as suas aulas dentro e fora da sala, mas antes o mesmo deve fazer um levantamento do perfil dos seus alunos, para verificar qual é o método lúdico mais eficaz para sua turma, um método no qual os alunos conseguirão aproveitar com mais facilidade, lembrando sempre que antes de aplicar qualquer atividade, ele deve saber qual o seu objetivo com aquela aula e sempre perguntando e pegando dicas e opiniões dos seus alunos para que possa planejar de suas aulas do jeito que os alunos gostam.

É com o ludicidade que as crianças conseguem se expressar e de se integrar dentro de qualquer ambiente em que está, seja em casa ou em sala de aula. É com as atividades lúdicas que conseguem assumir valores, adquirindo assim conhecimentos diferentes, pois a cada brincadeira é um aprendizado diferente do outro, desenvolvendo assim suas habilidades, tomando responsabilidades para si, tornando-se assim mais crítico dentro de um ambiente sociável.

Com a ludicidade as crianças conseguem se desenvolver com mais facilidade, pois contribui com o seu aprendizado, as tornando mais sociável, formando valores nas crianças que no futuro serão de grande importância, pois também as estimula a entender valores, podendo assim utilizar para modificar o meio em que vive respeitando normas e regras entram da sociedade. Cunha (1994), "se hoje aprende a aceitar regras do jogo, amanhã será capaz de respeitar as normas sociais.".

A brincadeira surgiu em uma determinada etapa do desenvolvimento da sociedade, no curso da mudança histórica do lugar que a criança ocupa nela. A brincadeira é uma atividade social por sua origem, e por isso o seu conteúdo é social e é uma forma de vida e atividade da criança para orientar- se no mundo das ações e relações humanas, dos problemas e motivos das ações dos indivíduos (LAZARETTI, 2011, p. 1).

Brincar é uma forma de aprendizagem a criança aprende enquanto brinca. É na brincadeira que possibilitará que a criança tenha valores e coloquem em prática tudo que aprendeu o que será uma base das suas aprendizagens.

Segundo Piaget (1976), a atividade lúdica e o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Ela não é apenas uma forma de desafogo ou algum entretenimento para gastar energia das crianças; constitui um meio que enriquece e contribui para o desenvolvimento intelectual.

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Borba (2007, p. 43) afirma que, "se incorporarmos, de forma efetiva, a ludicidade nas nossas práticas, estaremos potencializando as possibilidades de aprender e o investimento e o prazer das crianças no processo de conhecer".

Contudo, o professor deve ter ciência de deve articular o lúdico com as situações dentro de sala de aula. Para que consiga planejar as aulas de acordo com o conteúdo e ir adequando suas aulas práticas, principalmente controlar o tempo de casa etapa. As brincadeiras nem sempre precisam ser tão movimentadas, algo que exija o esforço físico dos seus alunos, pode alternar com jogos e regras diferentes. Tudo vai depender dos seus objetivos, e de uma boa elaboração e divisão do tempo da aula, muito esforço poderá cansar os alunos e se o tempo não for bem administrado, seu planejamento poderá ir por água a baixo.

O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos crianças e adultos. (VYGOTSKY, 1987, p. 35).

Portanto ele não deve se apegar aos objetivos pedagógicos, pois poderia resultar em algo em excesso, uma condução em demasia das brincadeiras, o que poderia gerar um resultado contrário do que se esperava, dando fim ao elemento lúdico empregado e desgastaria seus alunos, algo que pode ser bem negativo para a relação entre os alunos e as aulas.

167 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a realização do Trabalho de Conclusão do Curso, onde foi desenvolvido o tema LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO: A importância de se utilizar a brincadeira ficou evidente que o tema abordado é de extrema importância e que hoje é uma necessidade incluir a ludicidade dentro e fora da sala de aula.

Também ficou evidente no decorrer da elaboração do mesmo que, o professor é umas das “peças” principais para que os alunos atinjam os seus objetivos enquanto estiverem em convívio escolar. O professor deve garantir que seu aluno esteja em total conforto dentro de sala e que fique à vontade com os colegas de sala, garantindo assim que se desenvolvam em todos os sentidos, fornecendo momentos de aprendizagem dentro e fora da sala de aula de forma lúdica, estimular a leitura não apenas dentro de sala e de brincadeiras livres para que tenham seus momentos de contado com os demais colegas colocando em prática suas imaginações e fantasias. A conclusão desta proposta é entender que a ludicidade deve fazer parte do cotidiano de cada professor, que ele use como ferramenta desde o momento em que vai elaborar e planejar suas aulas, sempre planejando aulas que façam sentido e que os alunos entendam o motivo de estarem fazendo aquela atividade proposta pelo professor, pois o mesmo deve garantir que os alunos realmente estejam aprendendo com seu método de ensino, pois o principal é garantir que os alunos aprendam, não de forma monótona ou como era em uma escola tradicional, mas sim aproveitar cada espaço da escola e seu exterior para que garantam seu desenvolvimento integral.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

_____. Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). 6 ed. Brasília: Camará dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2008, p.13

KISHIMOTO, Tizuko. Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo; Pioneira, 1994.

KISHIMOTO, Tizuko. Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 11. Ed. são Paulo: Cortez, 2008.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei Federal n.º 9.394, de

26/12/1996.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2002

SANTOS, Santa Marli Pires dos. O brincar na escola: metodologia Lúdica – Vivencial, coletânea de jogos, brinquedos e dinâmicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

VYGOTSKY, L.S.;A formação Social da mente. São Paulo: Martins fontes 1998 ____;. LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e

Aprendizagem – MULTIEDUCAÇÃO, www.uol.com.br.psicopedagogia/jogos, 1994.