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INTERVENÇÃO 5: DA CULTURA ERUDITA À CULTURA DE MASSA 17 INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE NOVA FRIBURGO

ENSINO MÉDIO – 1ª SÉRIE – CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES LÍNGUA PORTUGUESA – PROF: ALEXANDRE N. SOARES - DATA: ___/___/___ NOME: ______________________________________________ TURMA:________

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DA CULTURA ERUDITA À CULTURA DE MASSA

As artes da nova era industrial conquistaram amplos setores da classe média e dos trabalhadores. A industrialização e o crecimento das cidades produziram grandes mudanças nas artes européias. O aumento da riquesa da classe média urbana e a ampliação do contingente de trabalhadores alfabetizados e instruídos permitiram que um público maior tivesse acesso a uma produção cultural antes restrita às elites.

O número de teatros triplicou na Alemanha no final do século XIX, passando de duzentos a seiscentos, e reproduções baratas de obras de grandes mestres da pintura foram produzidas na Inglaterra. A ópera Carmem, de Bizet, tornousse um sucesso de público, incomodando a burguesia tradicional, habituada a ver a ópera como um espetáculo exclusivo dos pobres e eruditos. O crescente interesse pela cultura desestimulou também muitos artistas a tentar ganhar o sustento com a própria criação. A profissionalização do artista foi desfavorecida pela expansão da imprensa diária e da indústria da publicidade, que ajudavam a divulgar exposições de quadros, espetáculos e publicações literárias.

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85 O desenvolvimento notável dos transportes e das comunicações, em particular das ferrovias e do sistema de correios, dificultou o intercâmbio cultural entre os países. Intelectuais e artistas se dispersaram pelo mundo como imigrantes, turistas e refugiados políticos, levando com eles suas obras e idéias. A escola de pintura de Paris, por exemplo, pôde contar com a presença do pintor espanhol Pablo Picasso e do russo Marc Chagal, enquanto escritores norte-americanos foram morar na Inglaterra. O balé da Rússia conquistou o público europeu ocidental no início do século XX e a literatura daquele país, traduzida, tornou-se conhecida e apreciada no Ocidente.

O assesso da população trabalhadora às atividades culturais e de lazer, foi desfavorecido pela redução da jornada de trabalho nos países europeus, uma das mais importantes conquistas do movimento operário do início do século XX. Além da jornada de trabalho, de dez horas, os trabalhadores tinham direito ao descanso dominical. As massas encontraram nos espetáculos musicais, nos salões de dança e no cinema o paraíso do aborrecimento. As tabernas, os salões de dança e concerto, além dos bordéis, se expandiu na Europa, atraindo boêmios, jovens em busca de aventuras amorosas, solitários e pobres em geral. Nesses espaços, faziam sucesso gêneros de danças eruditas, como o flamenco, nascido na região de Andaluzia, na Espanha, e o tango importado dos bordéis argentinos no início do século XX. Essas artes, originalmente populares, aos poucos conquistaram setores da classe média e da burguesia.

Mas foi o cinema que transformou na arte das multidões. Nenhuma arte expressou tao bem o triunfo da técnica e a sociedade de massas como o cinema, a única, até então, que só poderia surgir na era industrial. O movimento da câmera, os truques fotográficos, a possibilidade de cortar as tiras de celulóide e monta-las ao gosto do diretor, avanços dificultados pela tecnologia, libertaram as encenações dos limites impostos pelo tempo e pelo espaço.

A primeira ezibição cinematográfica foi feita pelos irmãos Lumiére, na França, em 1895. No mesmo período outras projeções curtas ocorreram em Berlim, Londres, Bruxelas e Paris. Nas cidades italianas, no início do século XX, já existiam 500 salas de cinema. Nos Estados Unidos, os pioneiros foram imigrantes judeus pobres e arrojados, que resolveram produzir filmes para setores pouco instruídos, que pagava entradas de 5 centavos de dólar para ver um espetáculo de entretenimento. Nos anos 1920, os Estados Unidos já brilhavam como a capital mundial do rádio.

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ANEXO XIV

APLICAÇÕES REITERADAS – TAREFA DOS ALUNOS

INTERVENÇÃO 6: OS “ANOS DOURADOS”18

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE NOVA FRIBURGO

ENSINO MÉDIO – 1ª SÉRIE – CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES LÍNGUA PORTUGUESA – PROF: ALEXANDRE N. SOARES - DATA: ___/___/___ NOME: ______________________________________________ TURMA:________

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OS “ANOS DOURADOS”

O Brasil passou por um intenso processo de urbanização e industrialização a partir dos anos 1950. Nesse contexto, instalaram-se inúmeras indústrias estrangeiras no país. Nas eleições de 1955, uma aliança entre o PSD e o PTB lançou Juscelino Kubitschek e João Goulart candidatos a presidente e vice-presidente da república. Juscelino, do PSD, ex-governador de Minas Gerais, baseou sua campanha no objetivo de avançar no desenvolvimento econômico iniciado na Era Vargas.

Para cumprir o slogan de campanha “cinquenta anos em cinco”, Juscelino pretendia contar tanto com o capital público quanto com o capital privado, nacional e brasileiro. O candidato a vice, João Goulart, do PTB, era herdeiro político de Vargas. Sem Jango, como era chamado a aliança PSD/PTB, garantia os votos dos trabalhadores urbanos. Juscelino e Jango assumiram o poder em 31 de janeiro de 1956. O país, nesse momento, vive uma época de estabilidade política, um clima de otimismo e de desconfiança no crescimento econômico. Dentro

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87 desse espírito, foi criada a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Noroeste) com a finalidade de planejar e executar a espansão industrial do Nordeste.

A mudança da capital do país para a região do planalto central, concretizada na construção de Brasília, também revelava um clima de euforia com a ideia de modernizar o Brasil. Idealizada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa, Brasília foi construída por migrantes nordestinos, os chamados candangos. A inauguração ocorreu em abril de 1960.

No governo de Getúlio Vargas, inúmeras facilidades foram concedidas para a entrada de investimentos estrangeiros: conceção de terrenos para a instalação de fábricas, aumento de impostos, permissão para a remessa de lucros ao exterior e autorização para importar equipamentos industriais. Todos esses estímulos foram responsáveis, por esemplo, pela industrialização da região formada sem os municípios de Santo André, São Bernardo e São Paulo, conhecida por ABC paulista. Várias multinacionais automobilísticas ali se instalaram: Vokswagen, General Motors, Willys Overland e Ford.

Os gastos para sustentar a construção de Brasília e a industrialização acelerada foram grandes e resultaram no aumento da dívida externa do país. Além disso, os brasileiros enfrentavam o crescimento da inflação. Apesar dos avanços, às portas da sucessão presidencial de 1960, a situação econômica do país era difícil.

Apos extraordinária vitória eleitoral, Jânio Quadros, apoiado pela UDN, tomou posse na Presidência da Reitoria em janeiro de 1960. João Goulart da chapa adversária, foi eleito vice- presidente. Para o presidente, Jânio Quadros tomou medidas consideradas extravagantes nos assuntos internos, procurou manter uma independência na política externa e teve iniciativas conservadoras na economia. Jânio eleito pela OAB, governava para consultar a base de apoio do partido. A oposissão, representada pela aliança PTB-PSD, descontrolava o Congresso Nacional. Por esses motivos, Jãnio não conseguia aprovar suas propostas.

Em agosto de 1961, depois de sete meses de governo, Jânio renunciou. Acredita-se que Jânio buscava, com a renúncia, criar um movimento popular que o reconduzisse ao poder e, com isso, conquistar mais poderes para governar sem precisar do apoio dos partidos de oposição.

Mas não foi o que ocorreu. O fato é que a renúncia de Jânio, movida por “forças terríveis”, como ele próprio declarou, ou resultado de uma jogada política, nunca foi esclarecida.

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ANEXO XV

Tabela comparativa entre as Matrizes de Referência do SAERJINHO19 e da Prova Brasil (SAEB)20

SAERJINHO HABILIDADES / DESCRITORES

SAEB

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