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Investigações no âmbito do desenvolvimento da força muscular com

CAPÍTULO 1 – REVISÃO DA LITERATURA

1.6. Investigações no âmbito do desenvolvimento da força muscular com

O desenvolvimento da força em crianças e jovens tem sido objeto de estudo por vários estudiosos e investigadores. Um dos primeiros estudos na área com aplicação prática de um protocolo de força com crianças e jovens remonta ao final da década de setenta, esse estudo foi realizado por Vrijens (1978, citado por Rodrigues, 2000; Cunha, 1996), o qual aplicou um programa de força a dois grupos de jovens, um na idade pré-puberal e outro na adolescência, concluindo que apenas o trabalho de força com adolescentes, registou aumentos significativos de força. No entanto, este estudo apresentou algumas limitações em termos metodológicos, nomeadamente o facto de não ser considerada a idade biológica dos indivíduos e, sobretudo, a inexistência de grupos de controlo, assumindo-se, especialmente, este último aspeto, imprescindível para a validade de um trabalho desta natureza.

Um outro aspeto de extrema importância remete-se ao facto de que durante décadas, os treinadores conduziam habitualmente o treino dos jovens à imagem e semelhança do treino dos adultos, o que no trabalho de força especialmente em crianças, pode trazer implicações nefastas ao nível da saúde dos indivíduos (Marques, 2010a), bem como poderá trazer resultados extremamente falaciosos ao nível do rendimento.

Estas e outras limitações levaram a que o treino em crianças e jovens tenha sido preterido.

Na década de oitenta este foi um tema bastante polémico e de grandes discussões entre as ciências médicas e as ciências do desporto, indicando que o treino de força nos jovens era prejudicial para o seu desenvolvimento, nomeadamente ao nível do crescimento dos jovens, argumentando, Sobral (1988), que a maior parte das críticas ao treino de força em crianças e jovens devem-se à realização de alguns estudos metodologicamente limitados, que levaram a interpretações menos corretas dos resultados apurados.

No entanto, especialmente a partir década de noventa e até aos nossos dias surgiram diversos estudos nacionais e internacionais relativos ao treino da força em crianças e jovens e alguns deles específicos ao trabalho de força em contexto escolar, que introduziram novos dados, revertendo a ideia de que o treino de força não deveria ser trabalhado em crianças e jovens, assegurando pelo contrário a viabilidade do treino da força a partir da infância,

Danilo Miguel Lino da Conceição 20 recorrendo a treinos orientados com metodologias adequadas. Como diz Marques (1995, p. 212) “a questão não é mais se ou não treinar, mas como e o que treinar”.

Estudos analisados (Cunha,1996; Faigenbaum, et al., 1996; Faigenbaum, Westcott., Loud & Long, 1999; Rodrigues, 2000; Fontoura, Schneider & Meyer, 2004; Ingle, Sleap & Tolfrey, 2006; Marques & González-Badillo, 2005; Braga, 2007; Santos & Janeira 2008 e Ferrão, 2010), demonstram melhorias substanciais ao nível de ganhos de força muscular em crianças e jovens.

Em todas as investigações analisadas, está patente que a efetividade do treino da força depende da adequação do programa de treino à população com quem trabalhamos, e para isso há que considerar diversos fatores tais como a idade, o sexo, a intensidade, o volume e a duração do treino e, principalmente nos estudos mais recentes, a maturidade biológica.

Esta ideia da treinabilidade da força em crianças e jovens, já é reforçada pela comunidade médica, (AAP, 2001), e pela National Strength and Conditioning Association (Faigenbaum et al., 2009), ao afirmarem que as crianças e jovens, quando submetidos a um programa de treino adequado e a uma supervisão competente, podem aumentar a força muscular sem um significativo risco de lesão e com benefícios para a saúde.

Efetivamente são vários os autores que sugerem que o treino da força exerce efeitos positivos sobre crianças e jovens, contribuindo para um crescimento e um desenvolvimento harmonioso (Cunha, 1996; Faigenbaum, et al., 1999; Rodrigues, 2000; Marques, 2010a) desde que este seja corretamente projetado e que possua uma supervisão competente.

Relativamente à bibliografia consultada, apenas no que concerne à pesquisa nacional e cingindo-nos ao trabalho de força em contexto escolar, referenciaremos os estudos realizados por Cunha (1996), Rodrigues (2000) e Ferrão (2010), estudos estes realizados com alunos pré-púberes e púberes indo ao encontro dos objetivos específicos desta dissertação.

Na investigação levada a cabo por Cunha (1996), o autor avaliou os efeitos de um programa de treino de força com alunos do 7º ano de escolaridade por um período de 10 semanas. Este estudo de carácter experimental foi realizado com uma amostra de 47 alunos de ambos os sexos, no qual o grupo de controlo foi composto por 18 alunos pré-pubertários (idade média=12,5) e 6 alunos pubertários (idade média=13,2), e o grupo experimental era composto por 22 pré-pubertários (idade média=12,8) e 11 pubertários (idade média=13,5). O grupo experimental foi sujeito a treino específico de força, 15 minutos por sessão, três vezes por semana, integrado nas aulas de educação física. Para a execução do programa de treino, foram utilizados diversos acessórios como sacos de areia, cordas, bolas medicinais, barreiras, pneus e halteres. O programa de treino teve 10 semanas duração, ao fim das

Danilo Miguel Lino da Conceição 21 quais tanto o grupo de controlo como o experimental apresentaram aumentos nos níveis de força, porém, no grupo experimental esse aumento foi considerado significativo, particularmente ao nível da força explosiva dos membros inferiores e dos membros superiores. Ao nível da resistência abdominal foram os alunos pré-púberes de ambos os grupos que revelaram uma melhoria.

Rodrigues (2000), no estudo experimental que realizou, pretendia evidenciar a treinabilidade da força em jovens pubescentes, testando a eficácia de um protocolo de treino da força nas condições de aula de educação física. O protocolo teve a duração de 8 semanas à razão de 2 unidades semanais de treino.

A amostra foi constituída por 73 alunos de ambos os sexos do 8º ano de escolaridade, situados nos estádios maturacionais 3, 4 e 5 da Tabela de Tanner (1962). Foram constituídos seis grupos de trabalho: 2 de controlo, 2 que trabalharam com cargas contínuas e 2 que trabalharam com cargas descontínuas.

A partir da análise comparada das médias dos testes, constatou-se a existência de ganhos significativos de força em ambos os sexos, o trabalho contínuo mostrou-se mais efetivo no desenvolvimento da força. No trabalho com cargas descontínuas esses aumentos foram mais evidentes nos rapazes. Após o destreino os rapazes perderam menos força que as raparigas.

Deste estudo conclui-se que é possível melhorar a força nas condições específicas da aula de educação física com duas unidades semanais de treino, durante 8 semanas. Concluiu-se igualmente que os rapazes são mais fortes que as raparigas, que apresentam uma treinabilidade maior do que elas e que o trabalho desenvolvido com cargas contínuas e sistemáticas de treino é eficaz, embora, ao nível dos rapazes se possa trabalhar com cargas descontínuas, mas quando, nestes, o treino é realizado com base em cargas contínuas, os seus efeitos perduram mais no tempo.

Importa salientar que para a realização destes estudos recorreu-se a muitos materiais que não se encontram na maioria das escolas portuguesas. E para além disso, no estudo de Rodrigues (2000), todo o trabalho realizado pelo investigador foi realizado de forma não integrada na aula de educação física, mas sim em horários extra escolares.

No seu estudo, Ferrão (2010), pretendeu verificar os efeitos do destreino após a realização de um programa de treino pliométrico simples, de reduzido impacto articular e muscular, à razão de 2 sessões semanais, com o intuito de verificar os níveis da força dos membros inferiores e composição corporal (peso, altura e perímetros geminal e crural), após a nova aplicação do mesmo programa, durante o mesmo período de tempo, nas mesmas condições.

Danilo Miguel Lino da Conceição 22 Este estudo foi realizado no ano letivo 2009/2010 e teve a duração de 6 meses. Neste trabalho de investigação foram utilizados dados obtidos num estudo realizado pela mesma autora, entre outubro de 2008 e março de 2009, os quais permitiram a comparação do desempenho dos sujeitos nos diversos elementos avaliados após o destreino, permitindo assim a comparação da avaliação final do estudo realizado no ano letivo 2008/2009, com a avaliação inicial realizada no estudo efetuado no ano letivo 2009/2010.

A amostra foi constituída por 40 sujeitos de ambos os sexos, em idade pubertária, não praticantes regulares de desporto, divididos em dois grupos. O grupo de controlo foi constituído por 19 sujeitos (10 do sexo feminino e 9 do sexo masculino) com 14,5 ± 0,61 anos de idade e realizou aulas normais de educação física, ao passo que o grupo experimental composto por 21 sujeitos (11 do sexo feminino e 10 do sexo masculino) com 14,6 ± 0,65 anos de idade, realizou o mesmo tipo de aulas com a inclusão de uma série de exercícios pliométricos.

Os sujeitos foram testados na impulsão vertical, salto a pés juntos, triplo salto sem balanço, quíntuplo salto e décuplo salto, em quatro momentos, ou seja, antes da aplicação do programa de treino, depois ao segundo mês de treino, ao quarto mês de treino e por último ao sexto mês de treino. Todos os sujeitos foram igualmente pesados e medidos na altura, nos perímetros geminal e crural antes da aplicação do programa de treino e após o sexto mês de treino.

Os principais resultados apontaram para uma melhoria significativa da performance em todos os saltos, dos perímetros geminal e crural e também no peso para o grupo experimental, não se verificando o mesmo para o grupo de controlo. Ambos os grupos tiveram um aumento significativo relativamente à altura.

Neste estudo a investigadora concluiu que os resultados obtidos apontavam para o facto de que após um período de destreino, a performance é rapidamente recuperada, tendo concluído igualmente que a inclusão de exercícios pliométricos simples nas aulas de educação física tem efeitos positivos na performance múltipla de salto, melhoria essa que parece estar relacionada tanto com processos neuro-coordenativos como com processos hipertróficos.

No que concerne à pesquisa internacional, Faigenbaum et al. (1996), num estudo realizado em 24 crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 12 anos, avaliaram os efeitos de um programa de treino de força nos exercícios, salto vertical, extensão de pernas e press de peito. Neste estudo, o grupo experimental foi constituído por 11 indivíduos do sexo masculino e 4 do sexo feminino e o grupo de controlo por 3 indivíduos do sexo masculino e 6 do sexo feminino. O grupo experimental foi sujeito a um programa específico

Danilo Miguel Lino da Conceição 23 de treino de força durante oito semanas, na frequência de 2 vezes por semana, seguido de um período de destreino de também 8 semanas.

Todos os sujeitos foram testados antes e no fim do período de treino, após 4 semanas de destreino e após as 8 semanas de destreino.

Nos resultados deste estudo constatou-se a existência de ganhos estatisticamente significativos de força, constatando-se que será possível aumentar a força em crianças com programas de força de curta duração, no entanto os investigadores com base nos resultados obtidos (decréscimo significativo nos valores dos testes de força após as 4 e após as 8 semanas do período de destreino) sugerem que os efeitos deste tipo de treino de força tendem a regredir ao longo de 8 semanas destreino, atingindo mesmo valores de pré-treino.

No estudo realizado por Faigenbaum et al. (1999), compararam-se os efeitos de dois programas de treino de força no desenvolvimento da força e da resistência muscular em crianças. Um dos programas foi caracterizado por exercícios com poucas repetições e cargas elevadas, ao passo que o outro, foi caracterizado por exercícios com um elevado número de repetições e cargas moderadas.

A amostra foi constituída por 11 sujeitos do sexo feminino e 32 do sexo masculino com idades compreendidas entre os 5 e 11 anos, sendo que 15 sujeitos realizaram exercícios caracterizados por poucas repetições (6 a 8) e cargas elevadas e 16 sujeitos realizaram exercícios caracterizados por um elevado número de repetições (13 a 15) mas com cargas moderadas (apenas 15 indivíduos deste último grupo acabaram o estudo). O grupo de controlo não realizou qualquer tipo de treino específico de força e foi constituído por 12 sujeitos.

O programa de treino durou 8 semanas à razão de 2 treinos por semana. No pré e pós treino os sujeitos foram avaliados nos exercícios de extensão de pernas e press de peito, realizando uma repetição com a sua carga máxima (1-RM), foi também realizada uma avaliação intermédia às 4 semanas.

Nos resultados deste estudo constatou-se a existência de ganhos significativos de força (1-RM) no exercício de extensão de perna para os dois grupos de trabalho em comparação com o grupo de controlo. No press de peito, apenas o grupo que realizou exercícios caracterizados por um elevado número de repetições e cargas moderadas, conseguiu ganhos de força significativamente maiores que o grupo de controlo.

Nos testes de resistência muscular, em que os indivíduos foram encorajados a realizar o máximo de repetições possíveis com a carga máxima obtida no pré teste, no exercício de extensão de pernas, observaram-se ganhos estatisticamente significativos nos dois grupos de trabalho, no entanto os ganhos dos sujeitos que realizaram um elevado número de repetições com cargas moderadas, obtiveram ganhos estatisticamente superiores aos

Danilo Miguel Lino da Conceição 24 sujeitos que realizaram um programa de exercícios caracterizado por poucas repetições e cargas elevadas. No exercício, press de peito, apenas o grupo que realizou um programa de força caracterizado por um elevado número de repetições utilizando cargas moderadas, obtiveram ganhos estatisticamente significativos.

Os investigadores consideraram que os resultados do estudo suportam o conceito de que a força muscular e a resistência muscular pode ser melhorada durante a infância, sendo mais favorável a utilização programas de treino utilizando cargas moderadas recorrendo a um maior número de repetições.

No estudo realizado por Fontoura et al. (2004), o objetivo principal foi avaliar o efeito de 12 semanas de destreino após 12 semanas de treino.

A amostra deste estudo foi composta por 14 rapazes divididos em dois grupos, um experimental e um de controlo. O grupo experimental foi composto por sete sujeitos do sexo masculino, pré-púberes, com uma média de idades de 9,4 ± 1,6 anos e foi sujeito a um programa específico de força por doze semanas, seguindo-se de um período igual de destreino. O grupo controlo foi composto por sete meninos pré-púberes, com idades de 9,7 ± 1,7 anos, os quais não participaram em nenhuma atividade física orientada ou programa específico de treino ao longo das 24 semanas de duração do estudo.

Todos os indivíduos foram sujeitos a um teste de 1-RM de extensão de joelhos e flexão de cotovelos antes e após o treino e após as 12 semanas de destreino.

O treino foi supervisionado e desenvolvido com recurso a equipamentos específicos e foi composto por oito exercícios, incluindo a extensão de joelhos e flexão de cotovelos.

Os resultados deste estudo indicaram que após as 12 semanas de treino, o grupo experimental aumentou significativamente os níveis de força em ambos os testes. Após as 12 semanas de destreino, o decréscimo na força não foi estatisticamente significativo, no entanto, quando corrigida pelo peso e pela massa corporal, o teste de extensão de joelhos (1-RM) diminuiu significativamente.

No que se refere ao grupo controlo, os investigadores consideraram que houve um aumento gradual e biológico da força de 1-RM, sendo significativo apenas ao final das 24 semanas.

Neste estudo, os investigadores concluíram que após as 24 semanas, apesar de a redução de força não ter sido estatisticamente significativa, deve-se considerar que ocorreu um decréscimo, após a interrupção do treino, podendo ser substancial na criança que pratica desporto a nível competitivo. Então, para estes investigadores, a manutenção do treino de força deve ser considerada, principalmente em períodos preparatórios nas diversas modalidades desportivas.

Danilo Miguel Lino da Conceição 25 Na investigação de Ingle et al. (2006), estudaram-se os efeitos de um programa de treino complexo (exercícios de treino de força a par de exercícios pliométricos) seguido por período de destreino. A amostra foi constituída por 54 participantes do sexo masculino com idades 12,3 ± 0,3 anos, altura 1,57 ± 0,07 metros e massa corporal de 50,3 ± 11,0 kg, sendo que foram designados 33 indivíduos para o grupo experimental (tendo apenas 26 participantes completado o treino) e 21 para o grupo de controlo.

O grupo experimental cumpriu um programa de treino complexo à razão de três vezes semanais, por um período de 12 semanas, após o qual todos os participantes experimentaram um igual período de destreino. Todos os sujeitos foram testados no pré treino, no pós treino e depois do período de destreino.

Para os investigadores os resultados obtidos no estudo sugerem que o treino complexo traz pequenas melhorias na potência anaeróbia, no desempenho do salto, do arremesso e na corrida de velocidade e traz algumas melhorias no desempenho da força dinâmica. Após o período de destreino o grupo experimental experimentou um declínio para valores similares aos do pré teste na generalidade dos testes realizados.

No grupo de controlo não se verificaram alterações significativas em nenhum dos testes realizados ao longo do estudo.

Os investigadores concluíram, que em rapazes pré púberes, o treino complexo é uma forma de treino eficaz e seguro que confere pequenas melhorias na potência anaeróbia, no salto, arremesso e corrida, e traz melhorias na força dinâmica. No entanto, após o destreino, os incrementos do treino complexo são perdidos.

Num outro estudo realizado por Braga (2007), testou-se a eficácia de um programa de treino de força nas aulas de educação física em adolescentes do sexo masculino, pretendendo apurar resultados dos níveis de força máxima, força explosiva e força de resistência.

A amostra foi constituída por 230 alunos do sexo masculino com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos, divididos por um grupo experimental composto por 131 indivíduos e um grupo controlo constituído por 99 indivíduos.

O grupo experimental participou num programa de treino realizando exercícios pliométricos e calisténicos, sem uso de aparelhos, durante 12 semanas, à razão de 2 vezes por semana. O treino foi realizado nas aulas de educação física e durava 15 minutos por sessão. O grupo de controlo cumpriu as atividades normais das aulas de educação física, não participando no programa específico de trabalho da força.

Todos os indivíduos foram avaliados nos pré e pós teste através dos testes de abdominais, salto em comprimento, arremesso de bola medicinal, dinamometria de mão e barra modificada, bem como foram medidos e pesados. Antes da aplicação do protocolo de

Danilo Miguel Lino da Conceição 26 treino e após a aplicação do mesmo, todos os alunos do grupo experimental foram avaliados na sua maturação biológica, segundo a escala de Tanner (1962), para verificar uma possível melhoria na força devido à troca de estágio.

Em todos os testes de força, o grupo experimental apresentou valores de força em todas as suas expressões maiores do que o grupo controle e essas diferenças foram significativas.

O grupo experimental apresentou aumentos significativos nas três expressões da força analisadas, ao passo que o grupo de controlo, de forma geral, não apresentou diferenças significativas nas expressões de força analisadas.

O investigador conclui que face aos resultados, a força deve ser trabalhada nas aulas de educação física.

No meio da competição desportiva existem também diversos estudos realizados com crianças e jovens que apontam indiscutíveis ganhos de força muscular com benefícios na performance desportiva.

No estudo de investigação cientifica, realizado Marques & González-Badillo (2005), testou-se o efeito de um programa de treino de força sobre o salto vertical, em jogadores de basquetebol com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos de idade.

A amostra foi constituída por 20 indivíduos todos do sexo masculino divididos equitativamente pelo grupo de controlo e grupo experimental. Assim o grupo de controlo (médias da idade de 11.4 ± 0.96 anos) realizou durante oito semanas três sessões normais de treino de basquetebol, ao passo que o grupo experimental (médias da idade 11.4 ± 1.17 anos), para além do treino regular de basquetebol, foi submetido, antes de cada sessão de treino, a um trabalho de força com pesos livres duas vezes por semana. Todos os atletas foram testados no pré e pós treino, no salto vertical sem contramovimento e com contramovimento. Os resultados finais indicaram que o grupo experimental melhorou significativamente a força explosiva. Em contrapartida, o grupo de controlo não conseguiu melhorias com expressão estatisticamente significativa em nenhum dos testes realizados.

Os investigadores concluíram então que o grupo experimental melhorou de maneira significativa a força explosiva medida através dos saltos verticais sem e com contramovimento, não ocorrendo idêntica significância com o grupo de controlo. Concluíram ainda que um trabalho ligeiro de força dinâmica com pesos livres pode ser eficaz em

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