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Os investimentos previstos para as malhas Sul, Sudeste, Centro-Leste, Oeste e Paulista totalizavam US$ 4,2 bilhões em valores do ano de concessão de cada malha (ver Tabela 30). Até 2010, as concessionárias responsáveis por estas malhas já haviam sido investidos R$ 4,8 bilhões a valores do ano de concessão de cada malha (ver Tabela 30). Se for usada à mesma conversão que o Governo Federal

utilizou no momento de concessão (US$ 1,00=R$ 1,00), tem-se que já foi investido mais que o previsto nessas malhas sendo que ainda resta mais da metade do tempo de concessão.

Tabela 30 - Investimentos previstos no momento de concessão e realizados até 2010 em valores do ano de concessão

Investimentos

Previstos Investimentos Realizados

Sul US$ 276,5 mi R$ 1,15 bi

Sudeste US$ 1,68 bi R$ 1,87 bi

Centro-Leste US$ 827,6 mi R$ 1,05 bi

Oeste US$ 359 mi R$ 147,3 mi

Paulista US$ 1,07 bi R$ 596 mii

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios da CVM e dos editais de concessão

Segundo o balanço patrimonial da ALL (CVM, 2011), concessionária da malha Sul, o investimento bruto em ativos imobilizados total de 1996 até 2010 foi de R$ 2.793 milhões em valores correntes. Deste total, R$ 825,6 milhões foram investidos em locomotivas, ou 29,6%. Em vagões foram investidos R$ 711,2 milhões, ou 25,5%. Já na via permanente, R$ 830,9 milhões, ou 29,7%. Entre os demais investimentos se destacam equipamentos para manutenção da via permanente de R$ 86,3 milhões e equipamentos para processamento de dados com R$ 66,7 milhões.

Em valores de 1996, corrigidos ano a ano pelo IGP-DI, o total investido equivaleu a R$ 1.152 milhões (ver Tabela 30). Os investimentos previstos no momento da concessão durante todo o período de concessão eram de US$ 276,5 milhões em 1996 (ver Tabela 30). Se for usada à mesma conversão que o Governo Federal utilizou no momento de concessão (US$ 1,00=R$ 1,00), então se tem que em menos da metade da concessão já foram investidos mais que quatro vezes que o previsto.

Já o balanço patrimonial da MRS (CVM, 2011), concessionária da malha Sudeste, o investimento bruto em ativos imobilizados total de 1996 até 2010 foi de R$ 4.638,7 milhões em valores correntes. Deste total, R$ 1.406,8 milhões foram investidos em locomotivas, ou 30,3%. Em vagões foram investidos R$ 1.218,6 milhões, ou 26,3%. Já na em bens imóveis, entre ele e principalmente em via permanente, R$ 1.366,35 milhões, ou 29,5%.

Em valores de 1996, corrigidos ano a ano pelo IGP-DI, o total investido equivaleu a R$ 1.871,8 milhões (ver Tabela 30). Os investimentos previstos no momento da concessão durante todo o período de concessão eram de US$ 1.680,3

milhões em 1996 (ver Tabela 30). Se adotar-se a mesma conversão que o Governo Federal utilizou no momento da concessão (US$ 1,00=R$ 1,00), então tem-se que em menos da metade do período da concessão já foram investidos mais que 11% que o previsto no momento da concessão.

O balanço patrimonial da FCA (CVM, 2011), concessionária da malha Centro- Leste, o investimento bruto em ativos imobilizados total de 1995 até 2010 foi de R$ 2.587,1 milhões em valores correntes. Deste total, R$ 416,8 milhões foram investidos em locomotivas, ou 16,1%. Em vagões foram investidos R$ 346,3 milhões, ou 13,4%. Já em bens imóveis, principalmente em via permanente, R$ 1.209,5 milhões, ou 46,8%.

Em valores de 1995, corrigidos ano a ano pelo IGP-DI, o total investido equivaleu a R$ 1.047,8 milhões (ver Tabela 30). Os investimentos previstos no momento da concessão e realizados durante todo o período de concessão eram de US$ 827,6 milhões em 1995 (ver Tabela 30). Se for adotada a mesma conversão que o Governo Federal utilizou no momento de concessão (US$ 1,00=R$ 1,00), então tem-se que em menos da metade da concessão já foram investidos mais que 26% que o previsto no momento da concessão.

Segundo o balanço patrimonial da NOVOESTE (CVM, 2011), concessionária da malha Oeste, o investimento bruto em ativos imobilizados total de 1996 até 2010 foi de R$ 358,8 milhões em valores correntes. Deste total, R$ 70,8 milhões foram investidos em locomotivas, ou 19,7%. Em vagões foram investidos R$ 61,7 milhões, ou 17,2%. Já na em bens imóveis, principalmente em via permanente, R$ 198,5 milhões, ou 55,3%. Entre os demais investimentos se destacam equipamentos de telecomunicação e sinalização de R$ 5,4 milhões e equipamentos para manutenção da via permanente com R$ 4,3 milhões (CVM, 2011).

Em valores de 1996, corrigidos ano a ano pelo IGP-DI, o total investido equivaleu R$ 147,3 milhões (ver Tabela 30). Os investimentos previstos no momento da concessão durante todo o período de concessão eram de US$ 359 milhões em 1996 (ver Tabela 30). Se adotada a mesma conversão que o Governo Federal utilizou no momento de concessão (US$ 1,00=R$ 1,00), então tem-se que em menos da metade da concessão foram investidos somente 41% do total previsto, sendo que até dezembro de 2010 já haviam se passado 48,3% do período de concessão (espera-se, normalmente, que a maior parte do investimento venha a

ocorrer no início da concessão). Portanto, pode-se considerar que o nível de investimento esteve muito abaixo do esperado no momento da concessão.

Segundo o balanço patrimonial da FERROBAN (CVM, 2011), concessionária da malha Paulista, o investimento bruto em ativos imobilizados total de 1996 até 2010 foi de R$ 1.385,3 milhões em valores correntes. Deste total, R$ 134,8 milhões foram investidos em locomotivas, ou 9,7%. Em vagões foram investidos R$ 426,7 milhões, ou 30,8%. Já em bens imóveis, principalmente em via permanente, R$ 690,2 milhões, ou 49,8%. Entre os demais investimentos se destacam equipamentos de telecomunicação e sinalização de R$ 17 milhões e equipamentos de processamento de dados com R$ 9,4 milhões (CVM, 2011).

Em valores de 1998, corrigidos ano a ano pelo IGP-DI, o total investido equivaleu R$ 595,8 milhões (ver Tabela 30). Os investimentos previstos para todo o período de concessão eram de US$ 1.071,7 milhões em 1998 (ver Tabela 30). Se adotada a mesma conversão que o Governo Federal utilizou no momento de concessão (US$ 1,00=R$ 1,00), então tem-se que em menos da metade da concessão foram investidos somente 55,6% do total previsto, sendo que até dezembro de 2010 já haviam se passado 40% do período de concessão. Como se espera que a maior parte do investimento ocorra no início da concessão, pode-se considerar que o nível de investimento observado está abaixo do esperado no momento da concessão.