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IX – Meditação Mântrica

No documento MASSAGEM AYURVEDICA (páginas 54-60)

Significado de Mantra

Podemos reduzir a explicação de mantra simplesmente por ―palavras sagradas de poder‖.

Os mantras em geral são muito curtos, um breve verso comportando algumas sílabas e com sentido bem claro. Mas eles também podem consistir numa extensa combinação de sílabas aparentemente desprovidas de sentido. Os "sons- semente", formados de uma única sílaba e que terminam quase sempre por uma nasal, como o m ou n, constituem mantras ainda mais complexos e enigmáticos. Dentro desta categoria, o mantra mais conhecido é OM (AUM), palavra que diz-se contém a chave do universo. OM corresponde às três principais divindades - Brahma, Vishnu e Shiva.

Os mantras são compostos de diferentes formas, eles podem ser o produto de uma inspiração comunicada directamente pelo Cosmos ou podem resultar também de uma meditação, e nesse caso, ser uma emanação do espírito inconsciente de um iogue. Alguns são recolhidos diretamente no akasha, o éter cósmico ou memória universal, por adeptos de altíssimo grau, outros mantras são obras de poetas, cantores ou de místicos. Muitos mantras, considerados dentre os mais eficazes, foram compostos através de um dos vários métodos usados para reduzir a uma curta fórmula hermética toda uma obra importante, este procedimento é, às vezes, utilizado em proporções inimagináveis, é desta forma por exemplo, que um livro sagrado contendo milhares e milhares de versos pode ser resumido num só capítulo. Este capítulo pode, em seguida, ser reduzido a um só parágrafo, depois a um verso e, finalmente, a uma única sílaba . Esta sílaba última tem um poder tão grande que de forma análoga a um micro ponto da moderna computarização, encerra a essência de todo o tratado. O domínio desse mantra conferirá imediatamente ao discípulo uma compreensão intuitiva do conjunto do texto.

Além de OM , existem outros mantras do tipo "som-semente", tais com krim, hrim, vam, gam, ram, shrim, etc ..., cujas vibrações são inicialmente concentradas e depois projetadas, seja para o interior de si mesmo, seja para o exterior, na forma de invocações , ordens, bençãos com o propósito de agir como instrumento de protecção, de poderes curativos e armas de defesa.

Os mantras "internos" são dirigidos para uma parte do corpo, tal como a cabeça, o espaço entre as sobrancelhas, o plexo solar ou os órgãos sexuais, onde produzem vibrações de energias precisas. Dessa forma, os mantras orientais dirigidos para o crânio provocam ressonância nos alvéolos do cérebro, criando um tipo de iluminação mística. Afirma-se mesmo, na mantra ioga, que certos mantras efectuam uma viagem circular no corpo humano, e que as suas reverberações provocam o desaparecimento de tecidos usados e gastos, substituindo-os por tecidos novos. Os mantras podem ser dirigidos para uma parte específica do corpo que tenha necessidade de ser revigorada ou curada.

Acredita-se que existe um mantra para todos os estados e todas as doenças e melhor ainda, para todos os problemas, de qualquer natureza. Todos podem ser resolvidos com a entoação dos sons convenientes e apropriados, porque cada mantra é um som, e as vibrações sonoras constituem a própria base do universo. As doutrinas orientais atribuem enorme importância ao conhecimento e uso dos mantras.

É comum admitir que os efeitos de um mantra são reforçados com a repetição do mesmo: a entoação sem fim da fórmula aumenta o efeito de seus benefícios. O mantra age sobre o espírito, permitindo gradualmente ao praticante compreender o seu significado profundo. A sua constante repetição, sobretudo quando combinada com os pranayamas, ou técnicas respiratórias, contribui para suscitar um estado de transe e provocar uma iluminação mística. O mantra penetra nos reinos sobrenaturais, e de certa forma, compele aos deuses responder às preces que lhes são feitas. Se uma pessoa repete (com correcção) cem mil vezes um certo mantra que objetiva poder, homens e mulheres obedecer- lhe-ão implicitamente; se essa pessoa o repete duzentas mil vezes, ela poderá dominar todos os fenómenos naturais ; com um milhão de vezes, conseguirá a faculdade de viajar através de todo o universo. Utilizam-se rosários especiais para controlar o número de repetições. São feitos geralmente de grãos secos, enfiados num cordão.

Por meio de um único mantra pronunciado em voz alta, ou murmurado, ou repetido mentalmente, podemos obter aquilo que procuramos, pois todas as coisas são formas de manifestação do som. E o próprio Brahma é o Som do qual se nutre o universo.

Hoje em dia, o uso de expressões védicas em assuntos místicos, esotéricos, ocultismo é tão comum que fazem algumas palavras começarem a ter o seu sentido deturpado, às vezes, vulgarizado.

Palavras que têm a sua origem no sânscrito, a Língua Mãe, tais como: guru, karma, dharma, samsara, maya, budha, yoga, nirvana, tantra, mantra; são usadas, muitas vezes, em sentido completamente corrompido, por pessoas inescrupulosas ou mal informadas.

Entre as palavras supracitadas, o mantra, circunstancialmente tem vindo a ser confundido com palavras mágicas, orações, fórmula milagrosa, feitiçaria ou mera superstição; completamente distante do seu sentido real e científico.

O mantra não é uma oração porque nelas o devoto escolhe as suas próprias palavras.

O mantra não é magia porque não deve ser usado para interferir no curso dos fenómenos naturais e nem se trata de fórmula milagrosa porque é uma regra, uma lei e não um facto isolado sem explicação.

Os mantras são tecnicamente estudados no Tantra Shastra (escrituras védicas apropriadas para a era actual, Kali-yuga).

Os mantras são representações sonoras das Divindades, assim como as imagens são as Suas representações formais. O nosso mundo é constituído de nomes e formas (namarupa).

No princípio era o Verbo (OM), e o Verbo estava com Deus (Brahman), e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.(João 1.1-3)

Nas escrituras védicas aprendemos que o mantra original é o OM, formado pelas três letras A,U,M;.significando : Brahma, Vishnu, Shiva - o princípio da criação, manutenção e dissolução (ou absorção) do Universo.

Do OM saem todos os outros mantras, conforme ensina a ciência do Mantravidya, que podem ser constituídos por algumas das 50 letras do alfabeto sânscrito chamadas de matrikas (matrizes, ou mãezinhas). Os mantras monossilábicos são chamados de bijas (semente) e são vocábulos inetimológicos. O OM é o bija que dá origem aos demais bijas tântricos.

É ensinado que o Mantra é formado por um conjunto ordenado de letras em certa e determinada sequência sonora. Para que produza os efeitos específicos é necessário entoação apropriada com relação ao som e ritmo. Se o mantra for traduzido, ele perde a sua potência como tal (shakti), tornando-se mera palavra ou frase.

Nota: Os mantras devem ser pronunciados somente na língua sânscrito.

O Mantra precisa ser despertado (prabuddha) do mesmo modo que qualquer forma de energia (shakti) para se obter o resultado esperado. O conhecimento do seu significado é uma condição necessária, mas não suficiente para produzir bons frutos. De igual modo uma devoção ignorante não é uma condição ideal. O princípio é a união do som com a idéia através do conhecimento do mantra e do seu significado. Em Yoga ensina-se que o homem se identifica com o objecto da sua meditação, ou seja, unifica-se com o objecto em que concentra a sua mente. O Mantra no qual a Divindade se revelou, pode revela-La para o devoto iluminado ou para iluminá-lo. O Mantra é a Divindade em forma de vibração sonora. Mediante a recitação (japa) constante do Mantra atinge-se o Mantrasiddhi (perfeição) que é quando o devoto alcança a unidade com o seu objecto de culto, a Divindade do seu Mantra. Nesta unidade o sádhaka (devoto) torna-se um mantrasiddha. A japa é feita em estado de recolhimento e meditação, absorção no mantra para, no final, ser absorvido na Divindade. Não tem nada a haver com a crítica que Jesus fez às vãs repetições, ele referia-se exactamente às vãs repetições e não às práticas mantricas em estado meditativo.

Esta é a prática (sadhana) recomendado pelo Tantra Shastra e confirmado por diversos Avatares para esta nossa era (yuga). Ela não é um processo de repetição mecânica, pois de nada adiantaria. Diz-se que a prática da japa é como o homem que sacode o outro para acordá-lo, despertá-lo. Os Tântricos ensinam- nos que os lábios do devoto ao movimentarem-se para pronunciarem o mantra são como Shiva e Shakti em maithuna (relação sexual) que finalmente concebem a Deidade adorável do devoto. Deidade esta que é uma expansão do Absoluto

(Brahmam), que, por amor aos Seus devotos, manifesta-se neste mundo de formas e nomes. Nesta ocasião o iniciado diz: Eu e o Pai, somos um só. Eu Sou.

Importância da meditação mântrica no equilíbrio energético

O Mestre Egípcio Guardião da Luz Prateada (foi na vida terrena irmão do conhecido Serapis Bey e também chegou à ascensão ou nirvana) ensina que para um mantra dar certo temos que faze-lo com o coração, isto é, com vontade ou motivação própria e sem inibição.

Ter motivação significa ter motivos para o fazer, por exemplo: vou fazer um mantra para ser mais feliz, evoluir espiritualmente, ter saúde, equilíbrio, protecção, ser uma pessoa melhor, resolver os meus problemas, porque gosto de fazer e etc, etc.

Na anatomia humana, o esterno é o conjunto dos ossos na parte da frente do corpo humano que junta quase todas as costelas. Quando fazemos um mantra com motivação o osso que une a parte inferior do esterno com a parte superior, vibra.

Veja na figura o esterno na anatomia:

Ele está todo pintado da cor violeta, diferente das outras partes, cujo só os contornos estão pintados.

Para sabermos se estamos a praticar o mantra de forma efectiva, podemos tocar neste osso que une a parte superior e a inferior do esterno quanto estivermos a praticar o mantra e ver se ele vibra.

Veja nas figuras abaixo onde se localiza o osso que une a parte inferior do esterno com a parte superior:

Para que tenha mais uma referência, nesta parte mostrada pela figura acima, é o osso mais alto, é facil de senti-lo.

A vibração interna sentida vai ajudar também no equilíbrio energético dos chakras e como tal na nossa saúde física, mental e espiritual.

Sequências mântricas

Podería mensionar inúmeras sequências de mantras com e para diversas finalidades. Apresento algumas para equilibrar os chakras e para a cura.

MANTRAS PARA OS CHAKRAS

OM MANI PADME HUM (mantra para harmonizar os chakras e iluminação) OM MANE PADME HUM HRI

OM AIM HRIM SRIM KLIM SOU HU OM (mantra chakra coroa) OM KRIM NAMAHA (mantra chakra olho)

OM SO HU NAMAHA (mantra chakra garganta)

OM AIM HRIM KLIM CHAMUNDAYE VICHE (mantra chakra coração) OM SRIM NAMAHA (mantra chakra plexo)

OM HRIM NAMAHA (mantra chakra alma) OM AIM NAMAHA (mantra chakra base)

MANTRAS PARA CURA

UM TARE TUTTARE TURE MAMA SARVA RANDZA DUSHEN DRODA (Ajuda a superar problemas de saúde e auxilia no tratamento de doenças graves)

OM TARE TUTARE TURE SARVA DZARA SARVA DHUKKA BRASHA MANAYA PEH SOHA (Mantra que cura as enfermidades)

AOM TAT SAT TAM PAM PAZ (Mantra que traz a força curativa do Sol - Mantra do Arcanjo Miguel)

IN EN (Envoca as forças curativas do Espírito Santo) ADONAI (Mantra curativo da Lua)

GU RU (Mantra que cura o fígado) BHUR (Mantra que cura o Baço)

KRIM (cura o estômago, congestões, úlceras etc...) EFTAH (cura as cordas vocais e tiróide)

OMNIS BAUN IGNEOS (Mantra dos médicos Maias) ABRAXAS (cura pelos Seres do Fogo)

Mantras do Buda da Medicina: TEYATA OM BECATSE

BECATSE MAHA BECATSE . RADSA SAMUNG GATE SOHA

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