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Sequência da Massagem Geral 1 – Costas

No documento MASSAGEM AYURVEDICA (páginas 85-98)

A massagem Ayurvédica é geralmente praticada no chão. Coloca-se um colchão coberto com um lençol ou toalha e cobre-se o paciente com outro. A utilização de óleos é imprescindível para auxiliar os movimentos e não provocar irritações na pele, lubrificando-a. Atenção às características doshas de cada paciente para aplicação do óleo adequado.

Inicia-se pelas costas. O paciente coloca-se em decúbito ventral, com os braços ao longo do corpo e a cabeça voltada para um dos lados. O terapeuta posiciona- se atrás do paciente, uma perna com o joelho no chão entre os seus membros inferiores e a outra flectida com o pé assente no chão junto da coxa do paciente.

Massaja-se toda a região das costas, com as palmas das mãos, em movimentos de deslizamentos caudais-cefálicos. Massage toda a região, do centro da coluna até à periferia das costas. À medida que os tecidos forem aquecendo deve-se aprofundar o toque. O terapeuta deve ter em atenção a sua postura. O peso do corpo deve ser utilizado para aplicação dos movimentos sem grande esforço físico.

As mãos deslizam, em simultâneo ou intercaladamente, de forma palmar mas também com as polpas dos dedos e com os polegares para movimentos mais profundos. Estes movimentos ajudam a soltar os músculos, tecidos e tendões e activam a circulação.

A massagem das costas é importante para aliviar dores e tensões e para auxiliar na redução de problemas na coluna vertebral. Não esquecer que todos os órgãos do corpo estão ligados e interligados com as vértebras da coluna. Uma boa massagem em toda a extensão das costas vai activa-los e previne desequilíbrios e distúrbios nos mesmos.

As nádegas devem se bem massajadas e ―abertas‖ para fora com deslizamentos transversais. Movimentos feitos com as palmas das mãos e com as polpas dos dedos.

Aproveitar o movimento para delinear, com os polegares, a junção da bacia com o tronco. Este movimento vai ajudar a soltar a bacia e para aumentar a sua flexibilidade, auxiliando na correcção de possíveis desvios da coluna (escolioses).

A região glútea e lombar deve ser massajada bilateralmente. Com as mãos espalmadas sobre os glúteos, devem-se realizar deslizamentos bilaterais e rotativos

Quando estiverem bem aquecidos os glúteos devem ser massajados com as pontas dos dedos, ao mesmo tempo com uma mão de cada lado, ou com as mãos juntas um de cada vez, com uma certa pressão até atingir o nervo ciático.

Com as polpas dos polegares o terapeuta deve trabalhar os espaços intervertebrais com movimentos opostos de vai e vem. Os restantes dedos servem apenas para dar apoio lateral. Inicia-se os movimentos de deslizamento na base da coluna, sobre o espaço entre cada vértebra, e sobe até à 7º cervical. Este movimento deve ser repetido três vezes e ajuda na desobestrucção dos canais energéticos.

O terapeuta deve exercer uma pressão vigorosa, por alguns segundos, sobre os dois rins, seguida de uma massagem com deslizamentos laterais. Ferificar, quando da anamenese, se o paciente possui cálculos renais ou algum tipo de problema grave nos rins. Se assim for a pressão deve ser leve ou limitar-se a uma massagem ligeira com a palma da mão.

Com os polegares, fazem-se deslizamentos e pressão na musculatura intercostal, de distal para proximal. Inicia-se nas últimas costelas flutuantes e vai subindo de espaço a espaço paralelamente.

Realiza-se uma ligeira massagem, com os polegares ao redor da escápula, para aquecer os tecidos. Posiciona-se a polpa dos polegares no centro da curvatura da escápula e exerce-se pressão, até fazer a abertura da mesma, introduzindo ao máximo os dedos dentro do espaço. O paciente deve ter os braços ao longo do corpo e se houver rigidez muscular que dificulte a abertura, coloca-se o braço do paciente sobre as costas, facilitando assim o movimento

O terapeuta coloca-se lateralmente ao paciente e trabalha os músculos paravertebrais e espinhais. Inicia-se na região lombar e sobe até à cervical. Os músculos devem ser soltos em movimentos de deslizamentos curtos e com ligeira pressão, no sentido transversal, por todo o prolongamento da musculatura. Trabalha-se com ambas as mãos de um lado e depois do outro da coluna. O movimento repete-se três vezes aumentando a pressão. Se encontrarmos pequenos nódulos deveremos trabalha-los mais profundamente e por vezes são necessárias várias sessões até serem dissolvidos.

2 – Pescoço (posterior)

Segue-se a região cervical. O paciente pode colocar as mãos em baixo da testa. Não esquecer de colocar óleo sempre que necessário. Aquece-se toda a região dos ombros e pescoço, posterior e lateral. Os movimentos ascendem da 7º para a 1ª cervical canalizando a energia para o 6º e 7º chakras.

Com as polpas dos polegares devem-se trabalhar os espaços intervertebrais da região inter-escapular até à occipital. Toda a musculatura desta região deve ser solta e bem trabalhada devido às tensõs que aqui se acumulam. Trabalhar bem a parte superior do trapézio. Este, deve ser aquecido bilateralmente e trabalhado com amassamentos e pinçamentos. Devem-se realizar deslizamentos profundos desde a cervical até ao ombro.

Quando termina a massagem nos espaços intervertebrais, o terapeuta deve pressionar, no sentido horário, o ponto acima da 1ª vértebra cervical, no centro da nuca. É o vórtice energético traseiro do 6º chakra. Depois deve massajar os dois pontos laterais. Estes, são pontos de grande tensão, relacionada com a retenção de emoções negativas ou até de problemas relacionados com o fígado ou a vesícula biliar.

Depois de toda a zona bem trabalhada, o terapeuta deverá finalizar, com movimentos de deslizamento nas fibras superiores do trapézio nos dois lados do corpo em simultâneo. Deve iniciar o movimento na nuca e alongar, com firmeza, o músculo em direcção ao ombro. Repetir este movimento pelo menos três vezes.

A massagem das costas está terminada. O terapeuta aqui vai optar por fazer a massagem nos membros superiores pela parte posterior ou poderá faze-lo depois de trabalhar o tórax e aí trabalhará de ambos os lados.

O trabalho de pés e alongamentos será explicado no final da sequência final. Cabe a cada terapeuta aplicar o trabalho de pés e alongamentos que considerar mais útil, proveitoso e adequado, a cada caso e a cada paciente.

3 – Membros inferiores

No documento MASSAGEM AYURVEDICA (páginas 85-98)

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