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Mediante o convite das professoras da turma que haviam trabalhado assuntos a respeito da água e da poluição, inclusive realizando um passeio nos arredores da escola, e como as crianças adoravam brincar imitando animais, principalmente, o leão, procuramos escrever uma história envolvendo o leão com a temática da água.

4. 4. 1 Implementação na pré-escola da “Escola Bairro Centro”

As atividades dessa UDI forma desenvolvidas em 25 de novembro de 2004 com o mesmo grupo de alunos e professores das implementações anteriores.

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4. 4. 1. 1 As atividades da UDI A implementação:

Sentamos sobre o tapete e conversamos a respeito do passeio que os alunos fizeram: contaram-nos que havia muito lixo, e quando perguntamos qual a importância da água, o Aluno 7 respondeu que era importante para tomar banho e a Aluna 5, para beber. O Aluno 2 contou-nos de como o seu peixe havia morrido, na água.

Em seguida combinamos que contaríamos uma história e que eles nos acompanhariam fazendo alguns barulhos relativos às passagens da história.

Contamos então a seguinte história:

No início, na floresta, tudo estava calmo, (fizeram “chhhhhh”, colocando o dedo sobre a boca para pedir silêncio) os animais brincavam, as árvores balançavam com o soprar do vento. (ergueram os braços e balançaram as mãos imitando o vento)

Aos poucos o sol forte escondeu-se por detrás de algumas nuvens, (todos procuraram se esconder atrás dos colegas imitando o sol que se escondia) que foram aparecendo, aparecendo...

De repente ouviu-se: Caabrummmm!(Fizeram esse som) Ia chover.

Alguns animais começaram a festejar, a chuva traria mais vida àquela floresta.

Mas vejam só: alguém não estava muito feliz com a chuva e tratou de se esconder, era João, o Leão.(Imitaram o leão se escondendo)

E ele continuou escondido esperando a chuva passar.

Enquanto isso, passeava na floresta, aproveitando a chuva, Dante, o Elefante. Ele adorava água.

De repente, ouviu-se um grito:

- Aaaiiiii...! (Os alunos também gritaram)

Desculpe, disse logo o elefante, foi sem querer. Ele, distraído, havia pisado no rabo do leão.

- O que fazes escondido aí? Perguntou o elefante.

- A chuva, brrrr...(Fizeram esse som) - gemeu o leão tenho medo da chuva. - Por quê? Continuou o Dante.

- Tenho medo de me molhar e derreter, tomar banho de jeito nenhum! - Derreter? Olhou espantado o elefante. Acho que isso não vai acontecer... - Como você sabe? Perguntou o leão.

O elefante pensou e disse: (Imitaram o elefante pensando, colocando a mão na cabeça)

- Bem, eu nunca vi ninguém derreter, olhe, eu não derreto.

- Pode ser que não funcione com você, eu é que não vou me molhar, não gosto da água, para mim ela não precisava existir! Exclamou o leão.

- Bem, vamos fazer o seguinte, você vem comigo, vamos passear e, vou lhe mostrar como a água é importante para todos da floresta.

- Hummm...não sei não... O elefante insistiu.

- Está bem, vamos. A chuva havia passado.

E agora, o leão acompanhava o elefante que lhe iria mostrar os benefícios da água. Primeiro, levou-o até o rio e mostrou que ali viviam os peixes e de como os animais bebiam daquela água.

Depois levou até a floresta e mostrou como ela crescia linda após a chuva.

Em seguida, conversaram com alguns animais que falaram a respeito da importância da água .

E assim, o dia passou. Já era quase noite e no entanto, João ainda estava com medo da água.

Dante o convidou para tomar banho no rio:

- Tomar banho? De jeito nenhum, eu não entro naquele rio!

De certa forma o elefante compreendia, realmente no rio havia muito água e poderia ser perigoso. O elefante pensou. Enfim perguntou:

- Você confia em mim? - Em você? Acho que sim...

Então o elefante correu até o rio, colocou enorme tromba na água e sugou.

Voltou para onde João estava e apontou sua tromba para cima (Com o braço imitaram a tromba do elefante) e ...a água jorrou!

O Leão fechou os olhos com medo de derreter. Depois de um tempo a água parou.

- Nossa! Exclamou admirado o leão. Não derreti! Não precisamos ir para o rio.

E assim, o leão começou a tomar banho, no início acompanhado pelo amigo Dante, até que aos poucos começou a ir sozinho.

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Fim

Quando perguntamos se haviam gostado da história, os alunos concordaram: dizendo que sim.

Procuramos então explorar um pouco a respeito da história, perguntando o que haviam entendido da mesma.

O Aluno 7 respondeu: - Temos que tomar banho! A Aluna 5 respondeu:

- Água! (Referindo-se ao tema principal tratado no livro.)

Em seguida, distribuímos para os alunos algumas figuras referentes a história, uma figura para cada aluno, inclusive para as professoras da turma, para que olhassem e tentassem relacionar com a história.

FIGURA 31 – Desenhos utilizados para atividades na pré-escola.

Os alunos mostraram as figuras para os colegas e então perguntamos, de acordo com estas figuras:

Tinha leão na história? E todos respondiam se tinha ou não. E assim seguimos até passarmos todas as figuras.

Em seguida, perguntamos se eles sabiam o que era uma trilha, responderam que não, então explicamos o que seria e dissemos que eles nos ajudariam a construir uma, representando o passeio feito pelo leão e o elefante.

Assim, iniciamos colocando no chão dois retângulos em branco e sobre o segundo retângulo colocamos uma figura:

FIGURA 32 – Início da trilha.

A partir daqui começamos a perguntar para cada aluno que possuía uma figura quantos retângulos poderíamos colocar. As perguntas eram feitas da seguinte forma: queremos colocar papéis (retângulos), mas queremos colocar mais do que dois papéis, então quantos nós colocamos? Na primeira vez disseram quatro.

FIGURA 33 – Desenvolvendo a trilha.

Depois de colocarem a figura no último retângulo, voltamos a perguntar: queremos colocar papéis (retângulos), mas queremos colocar menos do que quatro papéis, quantos colocamos?

Assim, seguimos até que todos os alunos colocaram suas figuras, por vezes aumentando o número de papéis, por vezes diminuindo. Percebemos que os alunos possuem boas noções de adição e subtração.

Dando prosseguimento as atividades, organizamos a turma em dois grupos: o grupo do leão (Aluno 4, Aluna 6, Aluno 7, Aluna 9) e o grupo do elefante (Aluno1, Aluno 2. Aluno 3, Aluna 5, Aluno 8).

Explicamos como se daria o avanço na trilha, ou seja, os alunos avançariam a quantidade representada no dado, caso atingissem a casa de uma figura, retornariam o mesmo número de casas do dado.

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Distribuímos os marcadores para percorrem a trilha, um marcador representando o leão e o outro, o elefante.

Um aluno de cada grupo jogou o dado para definirmos quem iniciaria a trilha (Aluno 1 e Aluno 7). O grupo do Aluno 1 retirou a maior quantidade no dado, iniciando o percurso na trilha. Após duas jogadas os alunos começaram a entender com mais clareza a dinâmica do jogo e quando havia dificuldade se auxiliavam mutuamente.

O grupo do elefante saiu na frente, porém, o grupo do leão o alcançou e terminou antes o percurso da trilha.

Durante o jogo surgiu uma pequena dúvida: ao jogarem o dado e percorrem a trilha, os alunos não sabiam se contavam a última casa, no momento de uma nova jogada. Ex.:. avançando duas casas cairia em figura, então retornariam duas casas.

FIGURA 34 – Lugar onde parar na trilha.

Acabamos definindo que a primeira casa a ser contada era sempre a próxima da última em que estavam. Desta forma, quando tinham que retornar voltavam à posição inicial.

Entre as dificuldades que percebemos durante o jogo, destacamos: a Aluna 6, que não entendia o “avançar” e o “retornar”, mesmo quando usamos a linguagem “andar casas para frente” e “andar casa para trás”; e também a enorme disposição do Aluno 1, que sempre queria jogar de novo, mesmo quando não era a sua vez.

Quando os alunos chegaram ao final da trilha, tendo terminado o jogo, organizamos os alunos em dois grupos.

Em seqüência, distribuímos para cada aluno uma folha de papel cartolina de aproximadamente 30 cm x 40 cm, juntamente com uma tampa e uma lata para cada grupo. Com este material, os alunos desenharam círculos (ou roda, como os alunos chamaram) no papel. Em seguida, distribuímos para cada aluno uma outra tampa, um pouco menor, e agora solicitamos que cada um fizesse três círculos. Depois distribuímos copinhos plásticos para cafezinho, para que cada aluno fizesse quatro círculos. Em outro papel branco, fizeram mais um círculo desse último tamanho. E, por último, distribuímos mais um círculo vermelho para cada aluno, já recortado. Ao todo os alunos dispunham de 10 círculos.

FIGURA 35 – Círculos

Depois dos círculos estarem cortados, solicitamos, inicialmente, que colocassem um círculo sobre o outro, de baixo para cima, do maior para o menor. Não houve dificuldades; para realizar a atividade, os alunos começaram a imaginar que essa superposição gerava sanduíches e “xis-burguers”.

FIGURA 36 – Relação entre os círculos.

Para a próxima atividade solicitamos que os alunos pegassem o maior círculo e o colocassem na sua frente. Quando algum aluno pegava outro círculo, que não fosse o solicitado, os outros o corrigiam.

FIGURA 37 – Círculo maior.

Em seguida, pedimos que pegassem os três círculos de mesmo tamanho, e organizassem sobre o anterior. Depois de diversas tentativas, nós acabamos os auxiliando:

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FIGURA 38 – Os quatro círculos maiores organizados.

Até o momento, os alunos não sabiam o que queríamos montar. Porém, a partir daqui, já começaram a dizer que daria um leão (Aluno 8). Pedimos então que pegassem os círculos menores e que organizassem com eles as orelhas e os olhos. Depois de colado, mostramos um modelo pronto, para que os alunos entendessem toda a estrutura. Esse modelo não estava colorido, era apenas formado pelos círculos.

FIGURA 39 – Face do leão

A seguir, pedimos que pegassem o círculo que faltava (não sendo o colorido), e mostramos que dobrando-o uma vez chegaríamos a metade (o que estes entenderam muito bem), e que poderíamos dobrar mais uma vez e que, então, com uma das quatro partes teríamos o nariz do leão.

FIGURA 40 – Nariz do leão

Após recortar e colar o nariz do leão, por fim, os alunos fizeram com papel crepom a juba do leão. Cada aluno escolheu a cor do papel.

FIGURA 41 – Leão

O Aluno 1 insistiu que gostaria de furar os olhos para fazer uma máscara.

Depois disso, eles estavam mais interessados em mostrar a banda de música que eles haviam criado. A professora comentou que as músicas eram de grupos atuais (o cantor Latino).